Obras descortinam tesouro arqueológico



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Transcrição:

Informe Linha 4 do metrô Edição #7 / Ano 2 Reflorestamento Informe INFORME Linha LINHA 4 4 01 CCRB planta milhares de espécies da Mata Atlântica em parque nacional. Pág. 9 Divulgação CCRB Obras descortinam tesouro arqueológico Quem passa pela Leopoldina, no Centro do Rio de Janeiro, não imagina os tesouros que existem sob a região. Durante o trabalho de arqueologia desenvolvido nas obras da Linha 4 do Metrô (Barra da Tijuca Ipanema), foram encontradas mais de 200 mil peças, inteiras ou fragmentadas, que remontam ao Rio dos séculos XVII, XVIII e XIX. Podemos estar diante do mais importante sítio arqueológico da cidade. A quantidade e a qualidade do material encontrado são impressionantes, afirma Cláudio Prado de Mello, arqueólogo responsável pelo trabalho de pesquisa no sítio arqueológico Matadouro Imperial. Um dos objetos encontrados por Cláudio e sua equipe que conta com 26 profissionais, entre arqueólogos, historiadores, biólogos e ajudantes, foi uma escova de dentes em marfim e osso com a inscrição em francês: S M L EMPEREUR DU BRESIL (Sua Majestade, o Imperador do Brasil). Acredita-se que ela pertenceu a Dom Pedro II ou outro membro da família real portuguesa, que vivia ali perto, em São Cristóvão. Continua nas páginas 6 e 7 INTERVENÇÕES No leblon pág. 10 Bairro tem novas alterações de trânsito. MEDALHISTA PARALÍMPICO NA BARRA pág. 12 Auxiliar administrativo ganhou o bronze em Sydney. biblioteca rubem fonseca pág. 11 Escritor batiza projeto de estímulo à leitura. TRANSFERÊNCIA DE CONHECIMENTO pág. 3 Estudantes de Engenharia fazem curso na Linha 4.

2 Informe Linha 4 Informe Linha 4 3 Barra Ipanema em 15 minutos Linha 4 do Metrô vai transportar mais de 300 mil passageiros por dia a partir de 2016 A Linha 4 do Metrô do Rio de Janeiro que ligará a Barra da Tijuca a Ipanema vai transportar, a partir de 2016, mais de 300 mil pessoas por dia e retirar das ruas cerca de 2 mil veículos por hora/pico. Com a nova linha, o passageiro poderá utilizar todo o sistema metroviário da cidade pagando uma única tarifa. Serão seis estações (Jardim Oceânico, São Conrado, Gávea, Antero de Quental, Jardim de Alah e Nossa Senhora da Paz) e, aproximadamente, 16 quilômetros de extensão. A Linha 4 do Metrô entra em operação no primeiro semestre de 2016, Trajeto da Linha 4 15 Tempo estimado minutos após passar por uma fase de testes. O Governo do Estado do Rio de Janeiro está implantando a Linha 4 do Metrô porque são inquestionáveis a eficiência deste sistema de transporte e sua importância para o desenvolvimento do Rio de Janeiro. O metrô tem enorme capacidade de transporte de passageiros e traz melhorias ao trânsito e ao meio ambiente, retirando veículos das ruas. Trata-se da realização de um antigo sonho dos cariocas. A população do Rio de Janeiro será beneficiada pela obra, que vai integrar bairros e regiões da cidade com rapidez, comodidade e segurança, afirma o secretário de Estado da Casa Civil, Regis Fichtner. Com a nova linha, o passageiro poderá seguir, sem baldeação, do Jardim Oceânico, na Barra, à Estação Uruguai, na Tijuca. O trajeto Barra General Osório será feito em 15 minutos, e o Barra Tijuca, em 50 minutos. Sobre o empreendedor A Concessionária Rio Barra é responsável pela implantação de toda a Linha 4 do Metrô do Rio, e é constituída por dois consórcios construtores: o Linha 4 Sul, responsável pela obra entre Ipanema e Gávea, e o Rio Barra, que constrói o trecho entre a Gávea, incluindo a estação, e o Jardim Oceânico, na Barra da Tijuca. Linha 4 transfere conhecimento para estudantes de Engenharia Estudantes de Engenharia Civil e Mecânica do Rio de Janeiro estão aprendendo na prática como se tira do papel projetos de grande porte e alta complexidade. A Concessionária Rio Barra, o Consórcio Linha 4 Sul e o Consórcio Construtor Rio Barra, responsáveis pela construção da Linha 4 do Metrô (Barra da Tijuca Ipanema), maior obra de infraestrutura metroviária do Brasil, criaram o Programa Transferência de Conhecimento (PTC), do qual participam as universidades UFRJ, UFF, UERJ e PUC-Rio. A primeira turma, com 60 alunos, começou em 19/10 no canteiro administrativo do Jardim de Alah. A segunda, com 16 graduandos e pós-graduandos em Engenharia Civil da PUC-Rio, começou em 09/11 no canteiro administrativo do Jardim Oceânico. Pela primeira vez no país é realizada uma iniciativa com vistas a divulgar e transferir informações sobre a maciça mobilização de um megaprojeto, que requer engenharia avançada. O objetivo é compartilhar a vivência profissional não só das técnicas de engenharia, mas de outras atividades essenciais à execução de um megaempreendimento, como logística de equipamentos, ações ambientais, recursos humanos, comunicação com a comunida- Alunos aprendem na prática como executar com gestão eficiente um projeto de alta complexidade de do entorno e até a criação de refeitórios e cozinhas industriais para milhares de trabalhadores. Este conhecimento precisa ser transferido aos futuros profissionais, de modo que eles cheguem mais bem preparados e desafiados ao mercado de trabalho, explica Marcos Vidigal do Amaral, Diretor de Contrato do Consórcio Linha 4 Sul e idealizador do programa. Lúcio Silvestre, diretor de contrato do Consórcio Construtor Rio Barra, avalia que os alunos vão se beneficiar com as aulas e visitas aos canteiros. Uma obra complexa como esta exige não apenas cálculos dos engenheiros, mas administração e gestão como um todo. Nos conhecimentos de Engenharia são aplicados e utilizados elementos de gestão para a melhor performance do projeto, explicou aos estudantes. Alunos receberão certificado ao fim do curso Tempo de viagem entre as estações Barra Nossa Senhora da Paz: 13min15seg Nossa Senhora da Paz Carioca: 18min Gávea Barra: 9min50seg Antero de Quental Barra: 9min31seg Jardim de Alah Barra: 11min11seg General Osório Barra: 15min31seg Antero de Quental Carioca: 24min Barra Uruguai: 50min58seg Gávea Leblon: 3min01seg Barra Pavuna: 1h20min, com transbordo Jardim Oceânico Carioca: 34min EXPEDIENTE Esta publicação é de responsabilidade da Concessionária Rio Barra. Redação e edição: FSB Comunicações Projeto gráfico e diagramação: Marcelo Medeiros TIRAGEM: 100.000 exemplares O Programa Transferência de Conhecimento (PTC) tem duração de 52 horas/aula. Ao final das aulas, os alunos serão divididos em grupos para a realização de um trabalho de conclusão. A equipe que apresentar o melhor trabalho será premiada. Os alunos receberão ainda um certificado de participação. O programa será mantido até a Linha 4 do Metrô entrar em operação, no primeiro semestre de 2016. Fernando Azevedo, pós-graduando de Engenharia Civil na PUC-Rio, vê o PTC como uma chance de aprender na prática o que vem estudando. Penso em fazer minha dissertação na área de túneis, modelagem, e este curso será valioso para mim, avaliou. Renata Ferraiuoli, estudante de Engenharia Civil da UFF, acredita que está diante de uma oportunidade importantíssima para sua formação profissional. Estou muito animada com o que vou aprender, afirmou. Graduandos e pós-graduandos em aula CONSÓRCIO CONSTRUTOR RIO BARRA Endereço: Av. Armando Lombardi, 30 - Barra da Tijuca Cep: 22640-000 Rio de Janeiro - RJ Telefax: (21) 3389-2100 Responsável pela obra entre Barra da Tijuca e Gávea CONSÓRCIO CONSTRUTOR LINHA 4 SUL Endereço: Avenida Epitácio Pessoa, 365 - Jardim de Alah Cep: 22410-090 Rio de Janeiro - RJ Telefax: (21) 2134-3700 Responsável pela obra entre Ipanema e Leblon

4 Informe Linha 4 Informe Linha 4 5 TBM foi batizado de Bárbara pelos colaboradores Tatuzão entra em fase de testes O Tunnel Boring Machine (TBM), o Tatuzão, que vai perfurar os túneis da Linha 4 do Metrô entre a Estação General Osório e a Gávea, entrou em fase de testes no final de outubro. A previsão é que neste mês de dezebro o equipamento comece a construir os túneis do metrô partindo da caverna subterrânea construída ao lado da General Osório, em Ipanema. As aduelas (anéis de concreto que formarão os túneis), que estão sendo produzidas na Leopoldina, começaram a ser levadas para a caverna. Até agora foram fabricados mais de 600 anéis, que correspondem a mais de 1km de túnel. Construção das estações Na Praça Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, é executada a concretagem da laje de um dos dois acessos e estão sendo construídas as lajes intermediária e de cobertura (teto da estação). Quando finalizado esse serviço, a superfície da praça será recomposta e as escavações continu- arão no subsolo. Já na Praça Antero de Quental, no Leblon, foram iniciadas as escavações da estação e acontecem também os serviços de Jet Grouting, técnica de impermeabilização e estruturação do solo, além da construção das paredes diafragma (paredes da estação) e remanejamento de redes. No canteiro da Estação Jardim de Alah, estão sendo feitas as paredes diafragma, a instalação de cortinas de proteção aos prédios do entorno, além do Jet Grouting e remanejamento de redes. Shaft do acesso Rocinha da Estação São Conrado é aberto Mais de 6 mil metros de túneis escavados No trecho Barra da Tijuca Gávea, a construção dos túneis do metrô se dá pelo método New Austrian Tunnelling Method (NATM) Drew and Blast, com detonações controladas em rocha. Iniciadas em 2010, as escavações já abriram mais de 6 mil metros de túneis. O serviço acontece 24 horas e em quatro direções ao mesmo tempo: Barra São Conrado; São Conrado Barra; Gávea São Conrado; e São Conrado Gávea. Além dos túneis, os profissionais da Linha 4 trabalham em ritmo acelerado na Estação São Conrado. Totalmente escavada, as equipes se dedicam agora à construção das plataformas e salas técnicas, de onde a futura estação será operada. Ao mesmo tempo, estão em execução dois dos três acessos da estação. A Estação Jardim Oceânico, na Barra, está com as paredes diafragma (paredes de contenção) prontas e é escavado o corpo da estação, além da construção dos dois acessos na Avenida Armando Lombardi. Já no canteiro de obras da Estação Gávea, instalado em parte do terreno do estacionamento da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), acontecem os serviços de Jet Grouting e de remanejamento de redes subterrâneas. Antero de Quental Estoque de aduelas (Leopoldina) Nossa Senhora da Paz Barra da Tijuca São Conrado Gávea

6 Informe Linha 4 Informe Linha 4 7 Os achados mais importantes História Cachimbo com figura turca expressiva Equipe de arqueologia acompanha a execução das obras Peças do passado do Brasil foram encontradas no terreno da Avenida Francisco Bicalho, ao lado da antiga estação de trens da Leopoldina, onde o Consórcio Linha 4 Sul instalou a fábrica de aduelas que serão utilizadas pelo Tatuzão. Em todo o empreendimento da Linha 4 do Metrô, a equipe de arqueologia acompanha as obras, para o caso de aparecer algum material nas escavações. Na Leopoldina o serviço foi intensificado, pois já se tinha notícia da existência do sítio arqueológico, apesar de, até então, nunca terem sido feitas prospecções no local. A História mostra que a região da atual Leopoldina servia como local de descarte de resíduos vindos do Palácio da Quinta da Boa Vista, próximo dali. Além da escova de dentes, foram encontrados frascos de perfume, canecas com o brasão da família real e joias dos nobres. Entre 50cm e 2,5m da superfície, encontramos peças de louça, vidro, porcelana, couro e até ouro. Com este trabalho é possível reconstituir o passado desta região, diz o arqueólogo Cláudio Mello. Resgatados com extremo cuidado, os materiais estão sendo catalogados e serão enviados a uma instituição de pesquisa arqueológica escolhida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Também houve parceria do Consórcio com o Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), representado pelo diretor-geral Paulo Vidal. Cláudio Mello, arqueólogo responsável 120 Peças de louça e porcelana do século XIX 110 Garrafas e recipientes de Stoneware Tipo de cerâmica muito resistente produzida na Alemanha e que começou a ser exportada para o Brasil, Londres e EUA em 1853. Na época, o produto exportado era a água da fonte de Nassau conhecida por ser muito pura e acreditava-se que curava todos os males, que vinha dentro das peças de Stoneware. 80 Garrafas de vidro branco e 60 Garrafas de vidro colorido importados do século XIX Pastas de dentes 6 Garrafas com conteúdo preservado Algumas garrafas e frascos encontrados intactos ainda guardam seus produtos, como perfumes, produtos químicos etc. 60 Cachimbos europeus, africanos e indígenas dos séculos XVII, XVIII e XIX Alguns podem ser até de período pré- -histórico. 2 Peças de ouro Um anel oco com vidro imitando uma pedra preciosa, exatamente como os produzidos durante o Império Romano. Material será estudado para tentar descobrir se veio de Roma ou se é uma peça do século XIX reproduzindo as joias do Império Romano. O outro é um alfinete de gravata de ouro maciço do século XIX. 5 Peças de couro e tecido 30 Moedas dos períodos Imperial e Republicano Calçada pé-de-moleque Era o calçamento do antigo Matadouro Imperial de São Cristóvão, que funcionou entre 1853 e 1881. 15 escovas de dente em osso e marfim Os primeiros habitantes da região da Leopoldina foram índios que procuravam as águas calmas e quentes do Saco de São Diogo para caçar e pescar. Pesquisas indicam que ali perto, na área do Gasômetro, vivia a tribo de Araribóia e que, após a chegada dos franceses ao Rio de Janeiro, por volta de 1570, foram levados para Niterói. Mais tarde, D. João VI decidiu se mudar do Paço da Cidade (Praça XV) para São Cristóvão, fato que determinou as profundas mudanças pelas quais o local passou. Por volta de 1808, começou-se a fazer um aterro que facilitaria o caminho do Rei e de seus súditos: o Caminho das Lanternas ou o Aterrado das Lanternas (onde era instalada uma espécie de poste para iluminar o trajeto) seguia da região da atual Central do Brasil até São Cristóvão. No meio do caminho estava o Largo do Matadouro, atual Leopoldina. Ali existiu, entre 1853 e 1881, o local oficial do abate de animais que era controlado pelo poder público. O Matadouro Imperial de São Cristóvão foi inaugurado em 1853 e foi utilizado ativamente até passar a incomodar pelo mau cheiro e abutres que perseguiam os restos de animais. Em 1881, o matadouro foi transferido para a antiga Fazenda dos Jesuítas, em Santa Cruz, e os pavilhões da região da Leopoldina, foram demolidos. O único remanescente das construções é o pórtico neoclássico de acesso que pode ser visto na atual Praça da Bandeira, na entrada da Escola Nacional de Circo.

8 Informe Linha 4 Informe Linha 4 9 Anna Carolina Pereira Divulgação CCRB Funcionários são alertados para os cuidados com as mãos durante o trabalho Parque Nacional da Tijuca recebe as mudas A segurança como um valor nos canteiros de obra O Consórcio Construtor Rio Barra realizou em setembro a 3ª edição da Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT), que desta vez teve como tema Cuidados com as mãos. Durante cinco dias, funcionários assistiram a palestras e participaram de dinâmicas para ampliar o entendimento de segurança não como um fator qualquer, mas como um valor no ambiente de trabalho. É uma grande satisfação quando os colaboradores nos procuram para elogiar, tirar dúvidas e falar que não sabiam que a segurança era tão importante no ambiente de trabalho, afirmou o coordenador de segurança do trabalho e organizador da SIPAT, Roberto Mauro. O momento mais emocionante da semana foi a palestra de encerramento, que reuniu cerca de mil pessoas no Canteiro Administrativo Central. O palestrante Wesley Almeida, técnico em segurança do trabalho e bacharel em Direito, que perdeu os dois braços enquanto prestava serviços de manutenção elétrica em uma siderúrgica de Minas Gerais, ressaltou a importância do comprometimento de todos para que as obras da Linha 4 do Metrô tenham zero como número de incidências em suas frentes de serviço. Compartilhar a segurança é você dizer para o seu companheiro de trabalho, em determinada atividade que vocês estiverem executando, que ele só a faça se for segura. A responsabilidade está nas mãos de cada um de nós. Não façam como eu fiz. Sigam todas as normas e os procedimentos e não deixem de usar o Equipamento de Proteção Individual (EPI). Carrego a consequência de um acidente e não quero que ninguém passe pelo o que passei, contou Wesley. Para o engenheiro coordenador de túneis do CCRB, Luigi d Ayala, o debate sobre a segurança no processo produtivo é de extrema importância nos trabalhos do Consórcio. As boas práticas nos trazem um ganho que não tem valor. Faço um apelo para que o que conversamos hoje ecoe em nós o tempo todo, pediu Luigi aos funcionários. O armador Francisco de Chagas Brito contou que já tinha cuidado, mas agora terá o triplo. Temos que trabalhar com segurança e nos preocuparmos com a do nosso colega. É muito importante a SIPAT porque, com o tempo, há o risco de cair na rotina e deixarmos de fazer todos os procedimentos adequados, disse. Espécies nativas são plantadas O Consórcio Construtor Rio Barra, responsável pelas obras da Linha 4 do Metrô (Barra da Tijuca Ipanema) entre a Barra da Tijuca e a Gávea, plantou cerca de 2.500 mudas de dez espécimes da Mata Atlântica na encosta dos morros do Matheus e do Ramalho, no Parque Nacional da Tijuca, próximo à Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá. A ação faz parte da compensação ambiental estabelecida pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA). Entre as mudas estão Jatobá, Ipê-roxo, Paineira Rosa e Angelim do Campo. O local foi escolhido por se tratar de uma área devastada e hoje em processo de reflorestamento. Após o término do plantio das mudas, a empresa contratada pelo consórcio para realizar o serviço continuará dando suporte e realizando a manutenção do replantio até que se completem 36 meses, para garantir a sobrevivência e sucesso do reflorestamento. Atividades como essa são de grande importância para a saúde dos ecossistemas, pois a recuperação de um ambiente degradado permite a manutenção da biodiversidade do local e a redução de gases que intensificam o efeito estufa. A ação faz parte da parceria entre o Consórcio Construtor Rio Barra e o Instituto Chico Mendes. O Consórcio também mantém bromélias no Jardim Botânico. Cerca de 2.500 mudas de espécimes da Mata Atlântica foram as escolhidas para o plantio nos morros Divulgação CCRB

10 Informe Linha 4 Informe Linha 4 11 Rubem Fonseca batiza projeto de estímulo ao hábito de leitura RUA SEM SAÍDA Leblon tem novas intervenções de trânsito Dando continuidade às obras para a implantação da Linha 4 do Metrô (Barra da Tijuca Ipanema), foi necessário interditar parte da Rua Igarapava e da Avenida Ataulfo de Paiva, nos trechos próximos ao canal da Avenida Visconde de Albuquerque, no Leblon. As intervenções foram iniciadas em 30/11 com o bloqueio parcial das duas vias e alterações viárias no Leblon e Alto Leblon. A circulação de pedestres está preservada. Na Ataulfo de Paiva, será construído um shaft (poço) que receberá o Tunnel Boring Machine, o Tatuzão, equipamento que vai abrir os túneis da Linha 4 entre Ipanema e Gávea. A máquina estará vindo da escavação em areia pelos bairros de Ipanema e Leblon e neste local ela será preparada para o início da escavação em rocha, em direção à Gávea. Após a manutenção, o Tatuzão continuará a escavação, e o shaft será utilizado como parte do sistema de ventilação e funcionará como uma saída de emergência da Linha 4 do Metrô. Na Igarapava, será realizado serviço de tratamento do solo na área de transição entre areia e rocha, para auxiliar a escavação do Tatuzão, de forma semelhante ao que está sendo realizado na Barão da Torre, em Ipanema. Para dar suporte à execução das obras, estão sendo instalados um canteiro de apoio na Igarapava, próximo à esquina com a Avenida Visconde de Albuquerque, e um canteiro administrativo sobre o canal. Ações para mitigação de impactos A sinalização está reforçada e agentes de tráfego trabalham na região para orientar os motoristas. A intervenção viária, definida em conjunto com a Secretaria Municipal de Transportes e com a CET-Rio (Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio de Janeiro), será mantida até abril de 2015 na Igarapava e até março de 2016 no trecho da Ataulfo de Paiva. Alterações Viárias Há inversão total de direção nas ruas Sambaíba e Professor Azevedo Marques e, parcial, na R. Jerônimo Monteiro, no trecho entre as avenidas General San Martín e Ataulfo de Paiva. As ruas Aperana e Gabriel Mufarrej operam em mão dupla. Está proibido o estacionamento nos lados par e ímpar da numeração da Rua Gabriel Mufarrej e do lado par da Aperana. Além de parte da Ataulfo de Paiva, próximo à Visconde Albuquerque, há ainda o bloqueio da ponte sobre o canal da Visconde de Albuquerque, em frente à R. Igarapava e ao canteiro de obras. Com o objetivo de estimular o hábito de leitura entre os cerca de três mil trabalhadores das obras da Linha 4 do Metrô no trecho Ipanema Gávea, o Consórcio Linha 4 Sul inaugurou no início de outubro a Biblioteca Rubem Fonseca, no canteiro de obras da Praça Antero de Quental. Padrinho do projeto, o autor de Agosto e do lendário Mandrake participou, ainda, do lançamento da Campanha Doe Livro, Doe Cultura, também de estímulo à leitura. As iniciativas fazem parte do Projeto Rubem Fonseca, que desde maio disponibiliza exemplares sobre os mais variados temas nos canteiros de Ipanema, Leblon, Copacabana e Leopoldina. Devido à boa aceitação e à grande procura dos colaboradores por novos títulos, o projeto evoluiu para a construção de bibliotecas em cada um dos sete canteiros (Leopoldina, Gastão Bahiana, Nossa Senhora da Paz, Jardim de Alah, Antero de Quental, 23o BPM Leblon e Canteiro Central Jardim de Alah). A primeira delas foi a Biblioteca Rubem Fonseca, no Participe da campanha Doe Livro, Doe Cultura O próprio escritor, que esteve no canteiro, doou 34 livros de seu acervo pessoal para a biblioteca canteiro da Praça Antero de Quental. Tenho muito orgulho de ter uma biblioteca no local onde as pessoas trabalham e que tenha meu nome. Essa biblioteca será motivo de uma alegria muito grande para a minha vida inteira, disse Rubem, que já Para ampliar os caminhos da leitura, o Consórcio Linha 4 Sul lançou a campanha Doe Livro, Doe Cultura, como parte do Projeto Rubem Fonseca, para que funcionários do empreendimento e a comunidade do entorno doem exemplares nas Centrais de Atendimento instaladas nas proximidades de cada frente de serviço de Ipanema e Leblon. O objetivo é estimular a leitura entre os colaboradores e suas famílias. A leitura é capaz de mudar a forma de pensar e criar novos horizontes, disse Maria Beatriz da Costa, responsável pela implementação das bibliotecas nos canteiros. Os exemplares integrarão o acervo das bibliotecas dos canteiros de obras da Linha 4 até a inauguração da nova linha, em 2016. Depois disso, todos os livros serão doados ao Espaço de Leitura Rubem Fonseca, que será construído pelo Consórcio na Cruzada São Sebastião, no Leblon. As editoras Casa da Palavra, Nova Fronteira e Sextante aderiram à campanha doando aproximadamente 200 títulos. Além disso, colaboradores também trouxeram de casa exemplares que não liam mais. Para estimular o comércio do entorno das obras e iniciar o projeto, o Consórcio comprou 135 livros na Livraria Argumento do Leblon para o Projeto Rubem Fonseca e outros 320 para presentear funcionários da obra. doou 34 livros de seu acervo pessoal. O consagrado escritor é frequentador assíduo da praça por conta de dois Ipêsroxos cuidados por ele, batizados de Cassiana e Beatriz, o último plantado pelo Consórcio a pedido de Rubem Fonseca. Onde doar Centrais de Atendimento Jardim de Alah Av. Epitácio Pessoa, s/n (esquina com a Rua Visconde de Pirajá) Nossa Senhora da Paz Praça Nossa Senhora da Paz, s/n (ao lado da Rua Visconde de Pirajá) Leblon Antero de Quental Praça Antero de Quental, s/n (ao lado da Rua Bartolomeu Mitre) Horário de funcionamento De segunda a sexta, de 8h às 18h, e aos sábados, de 9h às 16h.

12 Informe Linha 4 Um medalhista paralímpico no canteiro da Linha 4 Fazer parte das obras da Linha 4 do Metrô (Barra da Tijuca-Ipanema), um dos compromissos do Governo do Estado do Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos de 2016, tem um gostinho especial para um dos colaboradores do Consórcio Construtor Rio Barra. João Aires é um medalhista paralímpico e hoje, aos 40 anos, trabalha como auxiliar administrativo no canteiro do Jardim Oceânico. Durante quase 10 anos, João foi zagueiro da Seleção Brasileira de futebol paralímpico. Nos Jogos Paralímpicos de Sydney (Austrália), em 2000, ele conquistou uma medalha de bronze. Mas não foi a única. Também levou o bronze no Pré-Olímpico de Kiev, na Ucrânia, em 1999, e nos Jogos Pan-Americanos de Mar del Plata, em 1995. E participou dos Jogos Paralímpicos de Atlanta (EUA), em 1996, dos Jogos Sul-Americanos no Chile, em 1998; e no Brasil, em 2002. É muito bacana saber que a Linha 4 servirá às Olimpíadas no Rio. É uma satisfação ainda maior estar presente neste canteiro, disse João, que aos 7 anos de idade foi atropelado e teve um traumatismo craniano encefálico. A lesão provocou uma paralisia do lado esquerdo de seu corpo. Mas o menino que amava jogar bola não se deixou abater. Tudo o que eu queria era jogar futebol com meus amigos. Como me mantive ativo desde criança, entendi que a deficiência não é um obstáculo. É uma limitação física, mas não é uma incapacidade. João se tornou atleta profissional em 1995, quando entrou para a Seleção Brasileira e disputou um campeonato na Argentina, em outubro, e o Pan-Americano de Mar del Plata, em novembro. Além do sucesso como medalhista, João conta que O auxiliar administrativo João Aires jogou futebol nos Jogos Paralímpicos de Sydney e levou o bronze ganhou muito em condicionamento físico e na mobilidade para andar. Para jogar futebol, é preciso uma resistência muito grande. Você tem que correr por muitos minutos. E com a melhora física, vem também a psicológica, bem-estar, de ter menos estresse, ser mais focado no trabalho, sentir-se integrado à sociedade. Um obstáculo que antes era pesado, passa a ser mais fácil de superar. Nosso trabalho, como portadores de necessidades especiais, era mostrar que também somos úteis. O esporte é indicado para todos, avaliou. PARA MAIS INFORMAÇÕES INTERNET www.metrolinha4.com.br twitter.com/metrolinha4 TELEFONE 0800-0210620 De segunda a sexta-feira, das 8h às 18h Mantenha a cidade limpa. Não jogue este impresso em vias públicas.