A INCLUSÃO SOCIAL DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL DANIELA DA SILVA ATANÁSIO LEILA MARIA NUNES DA CUNHA MENDES NILZA TEREZINHA NUNES PARENTE LINS SP 2009
2 RESUMO Discutir a inclusão social, buscando compreender as ligações existentes entre ela e as demandas da comunidade, especificamente com pessoas com deficiência visual, vai de encontro ao trabalho desenvolvido junto a AMUL Associação da Mulher Unimed de Lins, motivando o interesse em pesquisar sobre a temática. Inclusão social é um termo amplo, que assume significados de acordo com o momento em que está sendo contextualizada, podendo representar na maioria das vezes a forma de trazer para a sociedade pessoas que foram excluídas e estavam privadas de seus direitos. Palavras Chaves - Inclusão Social, Deficiência visual, Sociedade
3 INTRODUÇÃO: Para Carmo (1991) a inclusão social pode ser considerada como uma atitude que visa combater a exclusão social em seus mais diferentes aspectos, como as pessoas de classe social, nível educacional, com deficiência física e mental, idosas ou minorias raciais que não têm assegurado o acesso a oportunidades. No final da década de 1970, a sociedade contemporânea passou a discutir mais abertamente as questões relativas às minorias sociais. No Brasil, esse período coincide com o processo de abertura política. Assim, as discussões dos direitos ganham ênfase na sociedade. O processo de inclusão social de pessoas com necessidades especiais passa a ser amplamente discutido, culminando em documentos de diversos órgãos de proteção a pessoa humana, tais como a Declaração de Salamanca, em 1994, respaldada pela Convenção dos Direitos da Criança (1988) e da Declaração sobre Educação para Todos (1990). Segundo dados da ONU (2006) os projetos de inclusão social em implantação ou já implantados no Brasil de maior repercussão são os seguintes: O processo de inclusão das pessoas com necessidades educacionais especiais nas escolas de ensino regular; A inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho nas empresas com mais de cem funcionários, proporcionalmente. O sistema de cotas para negros, índios e estudantes egressos da escola pública nas universidades; A inclusão social, em suas diferentes faces, é efetivada por meio de políticas públicas, que além de oficializar, devem viabilizar a inserção dos indivíduos aos meios sociais. OBJETIVO: Fundamentar a pesquisa à luz das teorias referentes à Inclusão Social.. MATERIAL: Para descrever a importância da inclusão social das pessoas com deficiência visual no contexto da sociedade contemporânea será realizada uma pesquisa através de método de revisão bibliográfica abordando os seguintes autores: Batista (1998 e 2005); Bucaglia (1993); Carmo (1991); Jannuzzi (1990); Maciel (2000).
4 DESENVOLVIMENTO: De acordo com a(wikipédia, a enciclopédia livre.) inclusão social é uma ação que combate a exclusão social geralmente ligada a pessoas de classe social, nível educacional, portadoras de deficiência física e mental, idosas ou minorias raciais entre outras que não têm acesso a várias oportunidades, ou seja, Inclusão Social é oferecer aos mais necessitados oportunidades de participarem da distribuição de renda do País, dentro de um sistema que beneficie a todos e não somente uma camada da sociedade.para isso, é necessário que sejam estabelecidos padrões de acessibilidade nos diferentes espaços (escolas, empresas, serviços públicos), assim como é necessário o investimento em formação inicial e continuada dos profissionais envolvidos no processo de inclusão, principalmente dos professores (BRASIL, 2001). Hoje, no Brasil, milhares de pessoas com algum tipo de deficiência estão sendo discriminadas nas comunidades em que vivem ou sendo excluídas do mercado de trabalho. O processo de exclusão social de pessoas com deficiência ou alguma necessidade especial é tão antigo quanto a socialização do homem (MACIEL, 2000, p. 01). De acordo com dados de estimativas da ONU (2006), aproximadamente 10% da população são de pessoas que possuem alguma forma de deficiência física, sensorial ou mental e que, em função dessa limitação, encontram dificuldades ou são impedidas, total ou parcialmente, de realizar as atividades cotidianas normalmente. Nesse sentido, ações como a que a AMUL Associação da Mulher Unimed de Lins, desenvolvem podem gerar a equiparação de oportunidades que é o objetivo da inclusão quando assegura aos cidadãos meios para tal. A AMUL é uma entidade sem fins lucrativos, que desde seu início participa de diversos projetos de responsabilidade social à comunidade, através de trabalho voluntário, atuando como agente de transformação social. As associadas são mulheres ligadas ao Sistema Unimed e, quaisquer voluntárias que queiram engajar na sua proposta de trabalho. O principal foco de trabalho da AMUL é o Programa Vida Iluminada, que tem como prioridade a inclusão de pessoas com deficiência visual nos diferentes segmentos da sociedade. É, portanto, através da Inclusão Social que é possível oferecer aos mais necessitados oportunidades de participarem ativamente da sociedade. Assim, é necessário preparar a sociedade para que aceite essa inclusão de maneira pró-
5 ativa.o acesso inclusivo aos benefícios oferecidos pela sociedade é cada vez mais considerado como determinante na definição do grau de desenvolvimento de uma cidade ou um país. Segundo Maciel (2000), se o objetivo é a busca de uma nova sociedade mais justa e fraterna, as pessoas com deficiência, organizadas em suas entidades representativas, derrubaram preconceitos, existentes desde os tempos mais antigos, e construíram, a partir de um rumo inovador, uma forma diferente de pensar o deficiente e a deficiência. Este novo pensar, conforme nos aponta Maciel (2000) exigiu toda uma nova filosofia de atuação, um novo vocabulário, e o mais importante trouxe uma imagem mais real das pessoas com deficiência, afastando a imagem do coitadinho ou do capaz de vencer acima de todas as dificuldades impostas pela natureza (aspas da autora). Esta imagem de certa forma inovadora tornou-se um elemento importante nas ações referentes à inclusão, já que, até então, existiam conceitos inteiramente equivocados, segundo os quais havia apenas dois tipos de deficientes: o coitadinho e o super-herói (MACIEL, 2000). Para Maciel (2000) basicamente, essas duas formas estão interligadas por conceitos pré-existentes. O deficiente coitadinho seria incapaz para tudo, inclusive e especialmente para tomar suas próprias decisões, ou seja, é um ser digno de pena. Já, o super-herói seria digno de grande admiração, em virtude de sua grande coragem e imensa força de vontade. Estas duas visões embora diferentes inspiram cada um a seu modo, atitudes sempre danosas para inclusão e a dignidade das pessoas com deficiência (BUSCAGLIA, 1993). Para Buscaglia (1993), se de um lado, a imagem de coitadinho promove atitudes paternalistas, assistencialistas e caritativas, ou seja, exclui toda noção de respeito aos mais básicos direitos como, por exemplo, o da autodeterminação. De outro lado, a visão de super-herói induz a que se desconsidere a necessidade de a sociedade remover os obstáculos que dificultam a vida dos deficientes, já que a força de vontade, a coragem e a determinação dessas pessoas seriam suficientes para que fosse bem-sucedido na vida e em decorrência, serem integradas à sociedade. Portanto, conclui-se assim que a noção de cidadão com direitos também é excluída.
6 Para Jannuzzi (1990), é necessário substituir essas imagens equivocadas, o que não é fácil, principalmente, porque o preconceito que existe na sociedade em relação as pessoas com deficiência, também foi introjetado pelos próprios deficientes que, sem perceberem a gravidade de tal ato, assumem para si essas imagens distorcidas e passam a adotar posturas tão incoerentes para si mesmos quanto totalmente contraproducentes para a causa das pessoas deficientes. Portanto, a conscientização da sociedade sobre quem são realmente as pessoas com deficiência tem de incluir, necessariamente, os próprios deficientes.
7 CONCLUSÃO: De acordo com as diretrizes da Política Nacional de Saúde da Pessoa Portadora de Deficiência é preciso criar mecanismos para a promoção da qualidade de vida das pessoas com deficiência; promover a assistência integral à saúde da pessoa com deficiência;estimular medidas de prevenção de deficiências; ampliar e fortalecer os mecanismos de informação; estimular a organização e funcionamento dos serviços de atenção à pessoa com deficiência; e incentivar e promover a capacitação de recursos humanos (Ministério da Saúde, 1995). Para se promover a inclusão social da pessoa com deficiência é necessário que se promovam ações de instituições públicas e privadas, bem como de organizações civis, com objetivo final de promover a inclusão da pessoa portadora de deficiência em sua comunidade, tornado-a apta ao trabalho e ao exercício da vida social, segundo as suas possibilidades (Ministério da Saúde, 1995).
8 SOCIAL INCLUSION OF THE CARRIER VISUAL DISABILITY ABSTRACT Discuss social inclusion, seeking to understand the links between it and the demandsof the community, specifically for people with visual disabilities, go against the work performed along the AMUL - Association of Women's Unimed Lins -, motivating interest in researching temática.inclusão the media is a broad term, which assumes significance in accordance with the time being contextualized, can represent most of the time how to bring to society who have been excluded and were deprived of their rights. Keywords:Social Inclusion,Disabled, Society
9 REFERÊNCIAS BATISTA, C. G. Crianças com deficiência visual: como favorecer sua escolarização? Temas em Psicologia, 6(3), 217-229, 1998. Disponível em < http://www.scielo.br/pdf/prc/v17n3/a11v17n3.pdf>. Acesso em 23/07/2009. BATISTA, C. G. Formação de conceitos em crianças cegas: questões teóricas e implicações educacionais. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 21(1), 7-15, 2005. Disponível em < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0102-37722005000100003&script=sci_arttext&tlng=pt >. Acesso em 23/07/2009. BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília, DF: MEC/SEESP, 2001.. Ministério da Saúde. Secretaria de Assistência à Saúde. Coordenação de Atenção a Grupos Especiais. Programa de Atenção à Saúde da Pessoa Portadora de Deficiência. Atenção à pessoa portadora de deficiência no Sistema Único de Saúde: planejamento e organização de serviços. Brasília, 1995. BUSCAGLIA, L. Os deficientes e seus pais. Rio de Janeiro: Record, 1993. CARMO, A.A. Deficiência física: a sociedade brasileira cria, "recupera" e discrimina. 2. ed. Brasília, DF: MEC, 1991. JANNUZZI, G.M. Políticas sociais públicas de educação especial. Revista Vivência, São José (SC), n. 12, p. 24-25, 1990. MACIEL, MARIA REGINA CAZZANIGA. Portadores de deficiência: a questão da inclusão social. São Paulo Perspec. 2000, vol.14, n.2, pp. 51-56. ISSN 0102-8839. Disponível em < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0102-88392000000200008&script=sci_arttext >. Acesso em 25/06/2009. UNICEF, OMS, UNESCO. Medidas vitais. Brasília, Seguradoras, 2006.
10 Wikipédia, a enciclopédia livre. Disponível ehttp://pt.wikipedia.org. Acesso em 04/09/2009.
11 Autores: Daniela da Silva Atanásio - Pós-Graduanda em Educação Especial Inclusiva CPF: - 170.377.288-10 daniatanasio@ig.com.br - fone: (14) 9103-4596 Leila Maria Nunes da Cunha Mendes Pós-Graduanda em Educação Especial Inclusiva CPF:- 061.823.858-12 leilanunesmendes@hotmail.com fone: (14) 9745-9257 Nilza Terezinha Nunes Parente Pós-Graduanda em Educação Especial Inclusiva CPF:- 04836629845 fone: (14) 35236423
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