O professor faz diferença?



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Transcrição:

Artigo publicado no Correio do Estado em 24/07/09 Campo Grande - MS A pedagogia faz diferença. Esta é a tese que será defendida no Seminário Internacional promovido pela Secretaria Estadual de Educação em parceria com o Instituto Alfa e Beto. O Seminário tem como título Profissão Professor: o resgate da pedagogia, e será realizado em Campo Grande no dia 2 de setembro de 2009. O título do seminário reflete o seu objetivo: demonstrar que a valorização da profissão do professor passa pelo resgate da pedagogia. Por que resgatar a Pedagogia? Que Pedagogia cabe resgatar? A partir do Romantismo, no século XIX, e com intensidade maior no século XX, a pedagogia foi alvo de inúmeras e intensas críticas por filósofos, sociólogos e educadores. Embora partindo de diferentes perspectivas, o alvo sempre foi o mesmo: a pedagogia tradicional. Para facilitar as críticas, a pedagogia tradicional sempre foi apresentada como o que há de pior. No processo, ao invés de criticar eventuais limitações da pedagogia tradicional, o que se perdeu foi a tradição pedagógica. É isso que cabe resgatar. Mas qual a essência da tradição pedagógica? A essência da tradição pedagógica é ensinar. As evidências científicas cada vez mais contundentes e rigorosas demonstram a diferença que faz o professor que domina os conteúdos e que sabe ensinar. O ensino deve ser intencional, direto, estruturado, sistemático, dirigido. Nada disso implica abandonar a atenção pessoal ao aluno, a motivação, os cuidados com a linguagem. Também não implica abandonar o uso de técnicas de descoberta guiada sempre que nas mãos de um bom guia. O resgate da tradição pedagógica se faz com o uso dos conhecimentos científicos. O Dr. Clermont Gauthier, da Universidade do Québec, irá mostrar como a evidência científica sugere que quando determinados princípios e práticas são adotados, os resultados são melhores. Essas evidências são comuns ao ensino das mais diferentes disciplinas e níveis de ensino, e precisam ser levadas a sério. Além de rever a evidência sobre o que funciona, em geral, o seminário oferecerá uma visão aprofundada de três temas específicos a alfabetização, o ensino da língua materna e o ensino da matemática. Não por acaso, esses são os três temas escolhidos como prioridade de atuação da Secretaria Estadual de Educação. José Morais, da Universidade Livre de Bruxelas, irá apresentar uma revisão da literatura científica sobre alfabetização: o que é, quando se deve alfabetizar, que métodos se devem usar, como avaliar se o aluno aprendeu a ler, o que deve saber um professor alfabetizador. O ensino da língua materna é particularmente crítico, pois, uma vez consolidada a alfabetização, ele é instrumental para o aluno poder compreender o

que lê nas diversas disciplinas. Nos últimos anos, além dos descaminhos que levaram ao caos na alfabetização, o ensino da língua portuguesa também vem cedendo a modismos pedagógicos que precisam ser revistos. A concepção predominante no Brasil é a de que é possível compreender o sentido dos textos sem um esforço sistemático de entender a sua estrutura gramatical subjacente. O que se deve ensinar? É importante ensinar gramática? O que, como e quando deve ser ensinado? Essas são algumas das questões que o Professor Roger Beard, da Universidade de Londres, virá debater com os educadores sul-mato-grossenses. Ensino da Matemática será o tema desenvolvido pelo Professor Nuno Crato, Presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática e profundo conhecedor não apenas das mazelas que afetam o ensino da matemática em nosso país, mas também das soluções e saídas cientificamente comprovadas que podem nos ajudar a ensinar melhor. Os educadores poderão se surpreender com as evidências científicas sobre o que funciona na educação, em geral, e, especialmente, na alfabetização e no ensino da língua materna e da matemática. O seminário também irá demonstrar que o um professor como qualquer profissional não é um mágico: ele é tão bom quanto os métodos que utiliza. A discussão será feita à luz da evidência científica mais atualizada e das práticas de ensino utilizadas nos países em que a educação constitui, de fato, um instrumento de promoção da equidade e de mobilidade social. O convite está feito. Vamos resgatar a tradição pedagógica? Vamos voltar a ensinar? Vamos resgatar o orgulho de ser professor?

Artigo publicado no Estado de Minas Belo Horizonte - MG A pedagogia faz diferença. Esta é a tese que será defendida no Seminário Internacional promovido pela APP Associação dos Professores Públicos de Minas Gerais em parceria com o Instituto Alfa e Beto. O seminário se intitula Profissão Professor: o resgate da pedagogia, e será realizado em Belo Horizonte no dia 31 de agosto de 2009. O título do seminário reflete o seu objetivo: demonstrar que a valorização da profissão do professor passa pelo resgate da pedagogia. Por que resgatar a Pedagogia? Que Pedagogia cabe resgatar? A partir do Romantismo, no século XIX, e com intensidade maior no século XX, a pedagogia foi alvo de inúmeras e intensas críticas por filósofos, sociólogos e educadores. Embora partindo de diferentes perspectivas, o alvo sempre foi o mesmo: a pedagogia tradicional. Para facilitar as críticas, a pedagogia tradicional sempre foi apresentada como o que há de pior. No processo, ao invés de criticar eventuais limitações da pedagogia tradicional, o que se perdeu foi a tradição pedagógica. É isso que cabe resgatar. Mas qual a essência da tradição pedagógica? A essência da tradição pedagógica é ensinar. As evidências científicas cada vez mais contundentes e rigorosas demonstram a diferença que faz o professor que domina os conteúdos e que sabe ensinar. O ensino deve ser intencional, direto, estruturado, sistemático, dirigido. Nada disso implica abandonar a atenção pessoal ao aluno, a motivação, os cuidados com a linguagem. Os resultados do sistema educacional de Minas Gerais Estado de Minas Gerais refletem exatamente a situação econômica do estado, ou seja, o desempenho dos alunos se explica mais pelo nível sócio-econômico das famílias do que pela diferença trazida pela escolha. Se o fator sócio-econômico for controlado, os resultados seriam equivalentes aos dos demais estados. Esse é o desafio a ser encontrado: criar uma escola que faz diferença. O resgate da tradição pedagógica se faz com o uso dos conhecimentos científicos. O seminário irá mostrar como a evidência científica sugere que quando determinados princípios e práticas são adotados, os resultados são melhores. Essas evidências são comuns ao ensino das mais diferentes disciplinas e níveis de ensino, e precisam ser levadas a sério. Além de rever a evidência sobre o que funciona, em geral, o seminário oferecerá uma visão aprofundada de três temas específicos a alfabetização, o ensino da língua materna e o ensino da matemática. Em cada tema serão abordadas as questões sobre o que ensinar, como ensinar e como avaliar. Os educadores serão surpreendidos com as evidências

científicas sobre o ensino dessas disciplinas. O seminário também irá demonstrar que o um professor como qualquer profissional não é um mágico: ele é tão bom quanto os métodos que utiliza. Serão debatidas questões tais como o que é alfabetizar, quais são os métodos mais eficazes, se devemos ensinar gramática ou se é preciso ensinar tabuadas e frações. A discussão será feita à luz da evidência científica mais atualizada e das práticas de ensino utilizadas nos países em que a educação constitui, de fato, um instrumento de promoção da equidade e de mobilidade social. O convite está feito. Vamos resgatar a tradição pedagógica? Vamos voltar a ensinar? Vamos resgatar o orgulho de ser professor?

Artigo publicado no Jornal do Comércio Porto Alegre RS A pedagogia faz diferença. Esta é a tese que será defendida no Seminário Internacional promovido pela Secretaria Estadual de Educação em parceria com o Instituto Alfa e Beto e a UNDIME. O seminário tem como título Profissão Professor: o resgate da pedagogia, e será realizado em Porto Alegre no dia 26 de agosto de 2009. A partir do Romantismo, séculos XIX e XX, a pedagogia foi alvo de intensas críticas. Embora partindo de diferentes perspectivas, o alvo sempre foi o mesmo: a pedagogia tradicional. Para facilitar as críticas, a pedagogia tradicional sempre foi apresentada como o que há de pior. No processo, ao invés de criticar eventuais limitações da pedagogia tradicional, o que se perdeu foi a tradição pedagógica. É isso que cabe resgatar. A essência da tradição pedagógica é ensinar. As evidências científicas demonstram a diferença que faz o professor que domina os conteúdos e que sabe ensinar. A Secretaria de Educação do Rio Grande do Sul elegeu a alfabetização como a prioridade da atual gestão, face à constatação dos resultados que vinham sido obtidos. Este tema será abordado por José Morais, professor da Universidade de Bruxelas. A discussão do tema constituirá uma oportunidade ímpar para que as autoridades educacionais, pesquisadores e professores superem seus preconceitos, atualizem seus conhecimentos e questionem seus pressupostos. O seminário abordará questões como o que é alfabetizar, quais são os métodos mais eficazes, como sabemos que existem métodos mais eficazes, como devemos avaliar a alfabetização e como devem ser formados os professores alfabetizadores. Além da alfabetização das crianças, o seminário abordará dois outros temas o ensino da língua materna e o da matemática. A discussão sobre os pontos em questão será feita à luz da evidência científica mais atualizada e das práticas de ensino utilizadas nos países em que a educação constitui, de fato, um instrumento de promoção da equidade e de mobilidade social. O convite está feito.

Artigo publicado no Jornal do Commercio Recife PE A pedagogia faz diferença. Esta é a tese que será defendida no Seminário Internacional intitulado Profissão Professor: o resgate da pedagogia, a ser realizado em Recife no dia 24 de agosto de 2009. O título do seminário reflete o seu objetivo: demonstrar que a valorização da profissão do professor passa pelo resgate da pedagogia. A partir do Romantismo, nos séculos XIX e XX, a pedagogia foi alvo de inúmeras e intensas críticas por filósofos, sociólogos e educadores. Embora partindo de diferentes perspectivas, o alvo sempre foi o mesmo: a pedagogia tradicional. Para facilitar as críticas, a pedagogia tradicional sempre foi apresentada como o que há de pior. No processo, ao invés de criticar eventuais limitações da pedagogia tradicional, o que se perdeu foi a tradição pedagógica. É isso que cabe resgatar. A essência da tradição pedagógica é ensinar. As evidências científicas cada vez mais contundentes e rigorosas demonstram a diferença que faz o professor que domina os conteúdos e que sabe ensinar. O ensino deve ser intencional, direto, estruturado, sistemático, dirigido. Nada disso implica abandonar a atenção pessoal ao aluno, a motivação, os cuidados com a linguagem. No seminário em Recife, a alfabetização das crianças será um dos temas abordados por José Morais, professor da Universidade de Bruxelas. No Estado de Pernambuco este é o primeiro e mais grave problema da educação. Em maio deste ano, um teste de ditado com alunos do 2º ao 5º ano em alguns municípios pernambucanos representativos revelou o estado de calamidade vigente: mais de 70% desses alunos são analfabetos. A rendição da tradição pedagógica aos modismos é um dos responsáveis por essa situação. Acreditamos que essa discussão constitui uma oportunidade ímpar para que as autoridades educacionais, pesquisadores e professores superem seus preconceitos, atualizem seus conhecimentos e questionem seus pressupostos. O seminário abordará questões como o que é alfabetizar, quais são os métodos mais eficazes, como sabemos que existem métodos mais eficazes, como devemos avaliar a alfabetização e como devem ser formados os professores alfabetizadores. O seminário colocará em evidência o fosso que existe entre o conhecimento científico atual e as crenças e práticas que ainda prevalecem em nosso país a respeito dessa questão. Além de resgatar a tradição pedagógica e tratar da alfabetização das crianças, o seminário abordará dois outros temas o ensino da língua materna e o da matemática. Em cada tema serão abordadas as questões sobre o que ensinar,

como ensinar e como avaliar. Os educadores serão surpreendidos com as evidências científicas sobre o ensino dessas disciplinas. O seminário também irá demonstrar que o um professor como qualquer profissional não é um mágico: ele é tão bom quanto os métodos que utiliza. A discussão dos temas será feita à luz da evidência científica mais atualizada e das práticas de ensino utilizadas nos países em que a educação constitui, de fato, um instrumento de promoção da equidade e de mobilidade social. O convite está feito. Vamos resgatar a tradição pedagógica? Vamos voltar a ensinar? Vamos resgatar o orgulho de ser professor?

Artigo publicado no Jornal do Brasil Rio de Janeiro RJ A pedagogia faz diferença. E por quê? A resposta é simples: precisamos refletir sobre o modo de ensinar. E refletir também sobre o papel do professor, suas competências e desempenho. Há um conjunto de questões importantes para o debate no Brasil, especialmente quando se discute a qualidade da Educação nas nossas escolas. Devemos resgatar a pedagogia, sim. Mas qual pedagogia? A partir do Romantismo, no século XIX, e com intensidade maior no século XX, a pedagogia foi alvo de inúmeras e intensas críticas por filósofos, sociólogos e educadores. Embora partindo de diferentes perspectivas, o alvo sempre foi o mesmo: a pedagogia tradicional. Para facilitar as críticas, a pedagogia tradicional sempre foi apresentada como o que há de pior. No processo, ao invés de criticar eventuais limitações da pedagogia tradicional, o que se perdeu foi a tradição pedagógica. É isso que cabe resgatar. Essa é a tese que será defendida no Seminário Internacional promovido pela Secretaria de Educação Integral em parceria com o Instituto Alfa e Beto. O seminário tem como título Profissão Professor: o resgate da pedagogia, e será realizado no Rio de Janeiro dia 28 de agosto de 2009. O título reflete o seu objetivo: demonstrar que a valorização da profissão do professor passa pelo resgate da pedagogia. A essência da tradição pedagógica é ensinar. As evidências científicas demonstram a diferença que faz o professor que domina os conteúdos e que sabe ensinar. O ensino deve ser intencional, direto, estruturado, sistemático, dirigido. Nada disso implica abandonar a atenção pessoal ao aluno, a motivação, os cuidados com a linguagem. A avaliação realizada pela Secretaria Municipal de Educação no inicio do ano letivo reflete uma situação conhecida, mas calamitosa: poucos alunos conseguem atingir os níveis mínimos de conhecimento necessários para prosseguir seus estudos com sucesso. Percentagem significativa dos alunos sequer foi alfabetizada de maneira adequada. O resgate da tradição pedagógica se faz com o uso dos conhecimentos científicos. O seminário irá mostrar como a evidência científica sugere que quando determinados princípios e práticas são adotados, os resultados são melhores. Além de rever a evidência sobre o que funciona, em geral, o seminário oferecerá uma visão aprofundada de três temas específicos a alfabetização, o ensino da língua materna e o da matemática.

Embora o ensino geral precise ser repensado à luz da tradição pedagógica, o ensino da língua materna merece atenção especial. Este ponto é particularmente crítico, pois, uma vez consolidada a alfabetização, ele é instrumental para o aluno poder compreender o que lê nas diversas disciplinas. Nos últimos anos, além dos descaminhos que levaram ao caos na alfabetização, o ensino da língua portuguesa também vem cedendo a modismos pedagógicos que precisam ser revistos. A concepção predominante no Brasil é a de que é possível compreender o sentido dos textos sem um esforço sistemático de entender a sua estrutura gramatical subjacente. O que se deve ensinar? É importante ensinar gramática? O que, como e quando deve ser ensinado? Essas são algumas das questões que o Professor Roger Beard, da Universidade de Londres, virá debater com os educadores cariocas. Os educadores poderão se surpreender com as evidências científicas sobre o que funciona na educação, em geral, e, especialmente, na alfabetização e no ensino da língua materna e da matemática. O seminário também irá demonstrar que o um professor como qualquer profissional não é um mágico: ele é tão bom quanto os métodos que utiliza. A discussão será feita à luz da evidência científica mais atualizada e das práticas de ensino utilizadas nos países em que a educação constitui, de fato, um instrumento de promoção da equidade e de mobilidade social. Está posto o convite. Agora, vamos ao debate. A valorização do professor requer o resgate da pedagogia das garras das ideologias.

Artigo publicado no Jornal de Brasília em 06/08/2009. Brasília - DF A pedagogia faz diferença. E por quê? A resposta é simples: precisamos refletir sobre o modo de ensinar. E refletir também sobre o papel do professor, suas competências e desempenho. Há um conjunto de questões importantes para o debate no Brasil, especialmente quando se discute a qualidade da Educação nas nossas escolas. Devemos resgatar a pedagogia, sim. Mas qual pedagogia? A partir do Romantismo, no século XIX, e com intensidade maior no século XX, a pedagogia foi alvo de inúmeras e intensas críticas por filósofos, sociólogos e educadores. Embora partindo de diferentes perspectivas, o alvo sempre foi o mesmo: a pedagogia tradicional. Para facilitar as críticas, a pedagogia tradicional sempre foi apresentada como o que há de pior. No processo, ao invés de criticar eventuais limitações da pedagogia tradicional, o que se perdeu foi a tradição pedagógica. É isso que cabe resgatar. Essa é a tese que será defendida no Seminário Internacional promovido pela Secretaria de Educação Integral em parceria com o Instituto Alfa e Beto. O seminário tem como título Profissão Professor: o resgate da pedagogia, e será realizado em Brasília no dia 27 de agosto de 2009. O título reflete o seu objetivo: demonstrar que a valorização da profissão do professor passa pelo resgate da pedagogia. A essência da tradição pedagógica é ensinar. As evidências científicas cada vez mais contundentes e rigorosas demonstram a diferença que faz o professor que domina os conteúdos e que sabe ensinar. O ensino deve ser intencional, direto, estruturado, sistemático, dirigido. Nada disso implica abandonar a atenção pessoal ao aluno, a motivação, os cuidados com a linguagem. Também não implica abandonar o uso de técnicas de descoberta guiada sempre que nas mãos de um bom guia. Brasília possui o sistema de educação mais bem organizado do país, do ponto de vista de infra-estrutura, salário de professores e recursos pedagógicos. O desempenho dos alunos, em termos absolutos, encontra-se entre os melhores do país. No entanto, como todos reconhecem, esse desempenho é muito fraco muito aquém do que seria necessário para dar aos alunos das escolas públicas uma chance de sucesso. Além disso, como é de conhecimento geral, a diferença de desempenho dos alunos de Brasília com os demais alunos do país se deve, fundamentalmente, ao nível sócio-econômico da população local. Se esse fator for controlado, os resultados seriam equivalentes aos dos demais estados. Esse é o desafio a ser encontrado: criar uma escola que faz diferença.

O resgate da tradição pedagógica se faz com o uso dos conhecimentos científicos. O seminário irá mostrar como a evidência científica sugere que quando determinados princípios e práticas são adotados, os resultados são melhores. Essas evidências são comuns ao ensino das mais diferentes disciplinas e níveis de ensino, e precisam ser levadas a sério. Além de rever a evidência sobre o que funciona, em geral, o seminário oferecerá uma visão aprofundada de três temas específicos a alfabetização, o ensino da língua materna e o ensino da matemática. Em cada tema serão abordadas as questões sobre o que ensinar, como ensinar e como avaliar. Os educadores serão surpreendidos com as evidências científicas sobre o ensino dessas disciplinas. O seminário também irá demonstrar que o um professor como qualquer profissional não é um mágico: ele é tão bom quanto os métodos que utiliza. Serão debatidas questões tais como o que é alfabetizar, quais são os métodos mais eficazes, se devemos ensinar gramática ou se é preciso ensinar tabuadas e frações. A discussão será feita à luz da evidência científica mais atualizada e das práticas de ensino utilizadas nos países em que a educação constitui, de fato, um instrumento de promoção da equidade e de mobilidade social. Os seminários contam com a participação de quatro especialistas internacionais em diferentes áreas da educação que prometem enriquecer o debate com visões atualizadas sobre como os países mais desenvolvidos na educação lidam com três aspectos centrais para a valorização do magistério: conteúdo do programa pedagógico; maneiras de ensinar e suas comprovações científicas e preparação de professores. Está posto o convite. Agora, vamos ao debate. A valorização do professor requer o resgate da pedagogia das garras das ideologias.