CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO TRIBUTÁRIO - 03 Aula Ministrada pelo Prof. Tatiana Scaranello 28/11/2017 E-mail: tributario@legale.com.br tatiana.saranello@gmail.com AULA 24 DECADÊNCIA - Decadência é forma de extinção do crédito tributário, - A Decadência tributária é distinta da decadência civil. - A Decadência no direito tributário não é interrompida.
- Fundamentadas no Princípio da segurança jurídica: o devedor não pode ficar esperando por todo o sempre a cobrança de determinada dívida. Defende a premissa que não se pode dever para sempre. A decadência se aplica para o fisco e para o contribuinte. Se não houve a observação do prazo de decadência, o fisco não pode postular o recebimento. - A doutrina diverge, uns definem como causa da extinção de crédito tributário outros da obrigação tributária.
Decadência como Norma: direito potestativo (unilateral e vinculado), subjetivo, Decadência como Fato Jurídico: é inercia do sujeito competente Decadência na Relação Jurídica: perda do direito subjetivo DECADÊNCIA LANÇAMENTO PRESCRIÇÃO - Defende que não há interrupção de prazo decadência tributaria.
- Com a extinção do direito subjetivo do fisco em constituir o credito tributário, nasce o direito do contribuinte em não ter o credito constituído. Com a prática do fato do direito abstrato, surge o direito objetivo no caso concreto. A obrigação é ilíquida, pois é preciso o lançamento para instrumentalizar e consequentemente liquida-la para assim apurar o valor a ser pago. Observação: 4ª espécie de lançamento tributário. - Juiz do trabalho constituindo o crédito tributário,
Art. 114, CF. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar (...) VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; Exemplo: No caso de reconhecimento de vínculo trabalhista, o juiz do trabalho reconhece a obrigação tributária, liquida e faz o lançamento para o contribuinte realizar o pagamento. As hipóteses de suspensão da exigibilidade não impede o fisco de que efetue o lançamento, pois o que foi suspenso foi a exigibilidade e não a constituição do crédito tributário. Art. 151, CTN. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário: I - moratória; II - o depósito do seu montante integral; III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do processo tributário administrativo; IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança. V a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras espécies de ação judicial; (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001) VI o parcelamento. (Incluído pela Lcp nº 104, de 2001)
Resposta: A decadência tem por objeto a obrigação tributária, pois, não houve ainda o lançamento, logo, não pode ser extinto algo que não existe ainda.
Quando contribuinte paga tributo já decaído, mesmo assim faz jus ao recebimento do valor pago indevidamente. O STJ entende que mesmo prescrito, pode repetir o valor pago indevidamente. A direito potestativo. B Reservado a lei complementar, Art. 146, III, b CF. C o instrumento normativo que define a norma de decadência D Após o lançamento começa a prescrição. E Se ocorreu a decadência, não ocorre o lançamento, logo, não se fala de prescrição.
O despacho do juiz que ordenar a citação em execução fiscal -No caso de execução fiscal de PJ, e na hipótese de redirecionamento, há o prazo de 05 anos a partir da citação da pessoa jurídica. Decisão viabilizou a contagem do prazo a quo da prescrição para redirecionamento no prazo de 05 anos da data da ciência da ocorrência da hipótese de redirecionamento. teoria da actio nata Momento da ciência da lesão. II - Protesto da CDA III Protesto Judicial e etc. IV Parcelamento que faz o reconhecimento de dívida.
A súmula reconheceu a inconstitucionalidade de decreto lei e lei ordinária quando tratou de decadência.
O Estado pode fixar prazo menor de prescrição e decadência que o CTN fixou. Posto que o fixado no CTN fixou o prazo máximo, podendo outros entes fixar prazos menores
Natureza declaratória e constitutiva Constitui o credito Declara quem são sujeito passivo e ativo, valor. - Oficio: direito a autoridade faz tudo, - Declaração: fornece as informações ao fisco, declarando - Homologação: faz a declaração e faz o pagamento, faz tudo. Há o prazo prescricional que altera em razão do tipo de lançamento.
- Lançamento realizado pela Justiça do Trabalho, bem como a execução do referido tributo. Decadência perante a administração Quando o contribuinte pretender requerer valor pago indevidamente por meio administrativo.
Prescrição perante ao judiciário. Inviabilidade de ingressar com a ação para requerer o dinheiro pago indevidamente para a Fazenda. - Pagamento antecipado é para tributos sujeitos ao lançamento de homologação (icms) e o pagamento antecipado é causa de extinção do crédito, sujeito apenas a homologação por parte
da fazenda. Termo a quo da contagem de prescrição para entrar com ação de repetição de indébito de pagamento efetuado a maior. - dolo, fraude ou simulação. - Medida preparatória (fisco confiscando os livros) - Apenas vicio formal PRAZOS DECADÊNCIA
No dia 11/02/2015 já está decaído, PRIMEIRA REGRA
Neste caso, a lei define data para fato gerador, assim, a lei deverá ser a vigente a época deste. Súmula 584, STF Ao imposto de renda calculado sobre os rendimentos do ano-base, aplica-se a lei vigente no exercício financeiro em que deve ser apresentada a declaração. Caso declare a menor e pague, ou declare e não pague, o fisco lançará o remanente de oficio;
Quem atua é o contribuinte para realizar o lançamento e não a fazenda. Antes, a tese dos 5 + 5 havia um prazo decadencial de 10 anos, pois a interpretação era em conjunto com o art. 173 CTN.
Era aplicado os dois artigos simultaneamente, o art. 150, 4º e o art. 173, I do CTN. Não se aplica mais a presente tese. Lei complementar 118/2005. Se a fazenda não lançou nos primeiros 5 anos, não haveria a
SEGUNDA REGRA Em 02/01/2016 já estará decaído. Evento tributário = fato gerador Apenas para quem declara e não paga SÚMULA N. 360, STJ - O benefício da denúncia espontânea não se aplica aos tributos sujeitos a lançamento por homologação regularmente declarados, mas pagos a destempo. Observação: Apenas os declarados não podem ser objetos de denuncia espontânea.
- Não se trata se o contribuinte realiza o pagamento ou não, mas sim a atividade de declaração. Se declarou, utiliza o 150, 4º. Exercício para resolver...
TERCEIRA REGRA
QUARTA REGRA Apenas se dá em casos de vício formal, jamais em relação a vício material Conta-se da data da anulação no lançamento anterior viciado. Observação: Paulo de Barros defende que isto é uma interrupção da decadência.
Resposta: Neste caso não houve decadência.
QUINTA REGRA Medida preparatório: solicitação dos livros contábeis para fiscalização. Antecipação do prazo em decorrência do ato fiscalizatório.
- 05 anos para postular no judiciario
Tese de 02 anos para ingressar no judiciário, devendo analisar e verificar qual é melhor para o caso A dos 5 anos ou a dos 2 anos, para assim aplicar a que melhor se ajuste ao contribuinte. BONS ESTUDOS!!!! Prof. Ramiru Louzada