Língua Gestual Portuguesa como primeira língua dos nativos (Pessoas Surdas) e segunda língua do país de Portugal: A 1

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Transcrição:

Língua Gestual Portuguesa como primeira língua dos nativos (Pessoas Surdas) e segunda língua do país de Portugal: A 1 1. Informações gerais sobre a Língua Gestual Portuguesa (LGP) A Língua Gestual Portuguesa (LGP) é utilizada por gestuantes nativos, ou seja, utilizadores em Portugal. A LGP é a primeira língua da Comunidade Surda portuguesa e pode ser utilizada pelas pessoas em geral que podem aprender a LGP como segunda língua para integrar a Comunidade Surda, conhecer os aspetos linguísticos da LGP e da Cultura Surda. A LGP foi reconhecida pela Constituição da República Portuguesa no ano de 1997 (artigoº. 74, ponto 2 e alínea h) como língua de acesso à educação das pessoas surdas. Ao nível da educação, a Comunidade Surda opta pelo modelo de educação bilingue, protegido pelo Estado desde 2008 com a publicação do Decreto Lei nº. 3/2008b de 7 de janeiro, criando para o efeito as Escolas de Referência para a Educação Bilingue dos Alunos Surdos (EREBAS). Presentemente, ao nível da aplicação deste decreto a qualidade linguística da LGP a nível educacional ainda não é totalmente cumprida pois muitas vezes é recomendada apenas como língua opcional, portanto a metodologia de educação bilingue para alunos surdos ainda não foi verdadeiramente aplicada de forma coerente. Os habitantes portugueses são 10, 35 milhões e estima-se que 13% das pessoas apresenta dificuldades auditivas como refere o CENSOS de 2011. Possivelmente as pessoas Surdas e deficientes auditivas estão contabilizadas em conjunto. Não existem dados concretos no que diz respeito aos utilizadores de LGP mas o numero deverá ser muito superior ao das pessoas com incapacidade auditiva pois existem muitos utilizadores da LGP ouvintes como os familiares de pessoas surdas, os docentes e técnicos que trabalham nas escolas de surdos e ainda os intérpretes de LGP. O curso de LGP para pessoas ouvintes é ministrada por entidades formadoras reconhecidas, ou seja, a Associação Portuguesa de Surdos (APS) e Associação de Surdos do Porto (ASP). Este curso destina-se à aprendizagem de LGP como segunda língua e os conteúdos e os requisitos do curso são baseados no Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (QERCL). 1.1. A Modalidade e Parâmetros de LGP As diversas línguas gestuais naturais existentes, são compostas por níveis linguísticos como: fonologia, morfologia, sintaxe, lexicologia e semântica, pragmática da mesma forma que nas línguas orais- auditivas. A diferença é sua modalidade de produção e percepção que decorre numa modalidade visuoespacial. A comunicação em LGP não compreende apenas o conhecimento de gestos isolados

(vocabulário) e é necessário conhecer a sua gramática para combinar as frases, para estabelecer a comunicação utilizando simultaneamente um parâmetro gramatical que apenas existe nas línguas gestuais i.e. as expressões não manuais (ex. expressão facial). A nível da LGP surge da combinação de configurações de mão, movimento, localização, orientação da palma da mão no espaço ou no corpo onde os gestos são produzidos. Também é utilizada a expressão facial e corporal que transmitem os sentimentos, os quais juntos compõem as bases fundamentais desta língua. Assim, a LGP apresenta-se como um sistema linguístico complexo de transmissão de ideias e fatos, oriundos da Comunidade Surda Portuguesa existindo também diferenças dialectais. 2. Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (QERCL). Seguimos ao Quadro como o modelo reconhecido pela Associação Portuguesa de Surdos que tem três níveis de aprendizagem para a utilização da LGP e cada um dividido em duas etapas: - A1 e A2: Estudos Básicos (Utilizador Elementar); - B1 e B2: Estudos Intermédios (Utilizador Independente); - C1 e C2: Estudos Avançados (Utilizador Proficiente). No projeto Give me a Sign, planos de sessão para os níveis A1 (iniciação) e A2 (elementar) foram trabalhados. 2.1. Os objetivos de aprendizagem para A1: A1 (iniciação): - Ser capaz de compreender e usar expressões familiares e quotidianas, assim como enunciados muito simples, que visam satisfazer necessidades concretas. - Poder apresentar-se e apresentar outros, utilizando o alfabeto manual, ser capaz de fazer perguntas e dar respostas sobre aspectos pessoais como por exemplo: o local onde vive, as pessoas que conhece e as coisas que tem. - Poder comunicar de modo simples, e interagir e cooperar com o interlocutor consoante a sua proficiência linguística. A2 (Pós - iniciação): - Ser capaz de compreender frases isoladas, incluindo situações que recorram a uma ou mais palavras soletradas manualmente, e expressões frequentes relacionadas com as áreas identificadas (por exemplo, identificações, entre outros);

- Ser capaz de comunicar em tarefas simples e de rotina que exijam apenas uma troca de informação simples e directa sobre assuntos que lhe são familiares e habituais. Pode descrever de modo simples a sua formação, o meio circundante e, ainda, referir assuntos relacionados com necessidades imediatas; - Poder comunicar de modo simples, e interagir e cooperar com o interlocutor consoante a sua proficiência linguística.

2.2.2. Estrutura de sessão Esta sessão recorrerá a diversas metodologias próprias do formador. O formador deverá ter um papel de facilitador de comunicação permanente com os formandos Surdos estrangeiros; Devem ser criadas oportunidades de trabalho individual e em grupo, fomentando a capacidade de adaptação aos postos de trabalho de cada formando de modo a que estes, na sua vida prática possam criar alternativas de resolução aos problemas diários de cada formando Surdo estrangeiro, recorrendo a novos caminhos e metodologias que se traduzam em práticas inovadoras no convívio com os Surdos nativos. Cada sessão deverá durante quatro aulas por semana e 2 horas por dia, enquanto depois de 10 minutos de intervalo ao respeito da organização de programação do formador. Em geral, deve-se alcançar dos temáticos do plano de sessão. Níveis Duração Objetivo Competência - Ser capaz de compreender e - Ser capaz de compreender e usar usar expressões familiares e expressões familiares e quotidianas, quotidianas, assim como assim como enunciados muito simples, enunciados muito simples, que que visam satisfazer necessidades visam satisfazer necessidades concretas. Pode apresentar-se e apresentar concretas; outros, utilizando o alfabeto manual; - Poder apresentar- se e A1-100 a 120 apresentar outros, utilizando o - Ser capaz de fazer perguntas e dar iniciação horas alfabeto manual, ser capaz de respostas sobre aspectos pessoais como, fazer perguntas e dar respostas por exemplo, o local onde vive, as sobre aspectos pessoais como pessoas que conhece e as coisas que tem; por exemplo: o local onde vive, as pessoas que conhece e as coisas que tem; - Poder comunicar de modo simples, se o - Poder comunicar de modo interlocutor falar lenta e distintamente e simples, e interagir e cooperar se mostrar cooperante. com o interlocutor consoante a sua proficiência linguística.

- Ser capaz de compreender - Ser capaz de compreender frases frases isoladas, incluindo isoladas, incluindo situações que situações que recorram a uma recorram a uma ou mais palavras A2 100 a 120 ou mais palavras soletradas soletradas manualmente, e expressões P ó s - horas manualmente, e expressões frequentes relacionadas com áreas de iniciação frequentes relacionadas com as prioridade imediata (p. ex.: informações áreas identificadas ( por pessoais e familiares simples, compras, exemplo, identificações, entre meio circundante, trabalho). outros); - Ser capaz de comunicar em - Ser capaz de comunicar em tarefas tarefas simples e de rotina que simples e em rotinas que exigem apenas exijam apenas uma troca de uma troca de informação simples e informação simples e directa directa sobre assuntos que lhe são sobre assuntos que lhe são familiares e habituais. familiares e habituais. Pode descrever de modo simples a - Poder descrever de modo simples a sua s u a f o r m a ç ã o, o m e i o formação, o meio circundante e, ainda, circundante e, ainda, referir referir assuntos relacionados com assuntos relacionados com necessidades imediatas. necessidades imediatas; - Poder comunicar de modo simples, e interagir e cooperar com o interlocutor consoante a sua proficiência linguística. 2.2.3. Plano de sessão da sessão do nível iniciação (A1) Temático Conteúdo Quotidiano Parâmetros Comunicação

- Nome próprio, Configuração Conhecer a 1. Identificação - Apresentar e apelido, nome gestual, das mãos; identificação pessoal conhecer os gestos local onde foi Expressão própria em básicos do tema; atribuído o nome facial e LGP; gestual, contato com corporal; - Dar e pedir surdos, nacionalidade, Relacionar aos informações de sexo, ser Surdo, formandos e caráter pessoal ; ouvinte. formador sobre identificação. - Entrevistar outros formandos para conhecer melhor em LGP. - Cumprimentar / Configuração Usar 2. Forma de cortesia - Treino dos gestos, Saudar/despedir-se; das mãos; frequentemente repetições, revisões - Bom dia! Expressão desta forma; para usar sem erros; - Boa tarde! facial e - Boa noite! corporal; - Até amanhã! - Dialogar e - Até logo! vocabulário e suas - Adeus! varações em LGP; - Caracterizar-se a si Configuração Conhecer as 3. Caracterização próprio e aos outros das mãos; características física - Efetuar perguntas em termos físicos; Expressão da cultura e respostas com as - Traços físicos, facial e sobre frases simples e vestuário, cores, etc. corporal; importância do corretas; campo visual. 4. Cores - Conhecer, identificar, caracterizar, apresentar os gestos de cada cor;

5. Organização temporal 6. Alimentação 7. Relações familiares 8. Mundo da sociedade - Dinamizar vários contextos para o tema; - Identificar vários grupos: categorias; - Descrever a rotina diária; - Apresentar uma pequena história da sua vida perante os outros formandos. - Finalizar frases em LGP (frases isoladas e simples) de forma correta, respeitando a ordem sintática da LGP Configuração Usar - Dias da semana, das mãos; frequentemente meses, estações do Expressão deste tempo; ano, números, horas, facial e entre outros. corporal; Produzir em LGP os acontecimentos de cada formando - Refeições do dia: Configuração Produzir e Pequeno-almoço, almoço, lanche, jantar e ceia; - Dieta, vegetariana, comida estrangeira e tradicional -Alguns alimentos. - Vive com quem; das mãos; Expressão facial e corporal; Configuração compreender em LGP sobre alimentação; Usar gestos para fazer comida a rotina Conhecer a - Família mais das mãos; identificação próxima; Expressão dos membros - Desenhar ou com facial e familiares; fotos construir o mapa corporal; genealógico gravar os Usar história gestos correspondentes da família e os em LGP; encontros - Conto livre de uma familiares história. - Escola, instituto, Configuração Usar gestos na trabalho, entre outros. das mãos; rotina sobre Expressão mundo rotativo facial e de cada corporal; formando Perguntas e respostas

- Desporto, lazer, Configuração Usar gestos na 9. Passatempos - Avaliar todos os atividades culturais, das mãos; rotina sobre formandos através entre outras. Expressão passatempos de filmagem facial e cada formando corporal; Perguntas e respostas - Enunciar histórias - Relato durante fim- Configuração Relatar 10. História em LGP através de de-semana, férias, das mãos; história de material visual tempos de lazer, entre Expressão cada formando; (vídeo, computador outros. facial e e tablet) máximo de corporal; Perguntas e um a três minutos. respostas Plano de sessão da sessão do nível Pós - iniciação (A2) Temático Conteúdo Quotidiano Parâmetros Comunicação Configuração Relatar -Rever os gestos, das mãos; história de treinar, corrigir para Expressão cada 1. Revisões e treino evitar erros e - Temas gerais do facial e formando; de conteúdos já esquecimento dos programa A1; corporal; leccionados. gestos; Perguntas e respostas - Apresentar o relato de cada formando o tempo de férias; - Acrescentar os novos gestos de conhecimento de cada formando

- Articular os gestos - Habitação, edifícios Configuração 2. Acessibilidade para compor frases. da escola, emprego, das mãos; significação instituições e serviços E x p r e s s ã o d a f a c i a l - Conhecer os meios corporal; das Pessoas e equipamentos necessários para Pessoas Surdas; públicos e privados. e Conhecer a acessibilidade Surdas; Configuração Relatar 3. Frases em LGP - Comida Escola; das mãos; história (curta - Fazer perguntas e Desporto Emprego; Expressão e complexa) respostas com as Casa Escola facial e de cada frases simples de Família corporal; formando forma correta; - Conhecer, Configuração Produzir/ 4. Apresentação em identificar, - Banda Desenhada, das mãos; compreender LGP (imitação ou caracterizar, vídeo, entre outros Expressão em LGP nos inventada) apresentar os gestos facial e contextos de cada tema; corporal; deste tema - Descrever a rotina Configuração Visualização 5. Transmissão ao diária; - Videoconferência das mãos; acessível dos vivo através o computador Expressão meios de - Finalizar os gestos ou tablet facial e tecnologias da (frases isoladas e corporal; comunicação simples) de forma correta respeitando a ordem sintática da LGP; Configuração Relatar ao 6. Apresentação do - Avaliar todos os - Desporto, lazer, das mãos; tema livre relato formandos através de atividades culturais, Expressão (complexo) de filmagem. entre outros. facial e cada corporal; formando

2.2.4. Avaliação Final a alcançar Ao final da formação, os formandos Surdos estrangeiros deverão ser avaliados ao nível da comunicação básica para comprovar a sua capacidade de comunicar com os Surdos nativos de LGP presencialmente ou à distância. 3. Referência Bibliografia CARVALHO, Paulo Vaz (2011). Estudos Surdos I, Universidade Católica Editora, Pro_LGP: 11; CORREIA, Isabel Sofia (2011). Uma Língua que se Sente. EXEDRA Surdos Notícias, 8, p.19 (www.fpas.org.pt); CORREIA, Isabel Sofia (2013). et al Pensar as Línguas: Língua Gestual e Conhecimento Explícito, In CORREIA, I, EXEDRA, Revista; 10 Anos de Reconhecimento da Língua Gestual Portuguesa. Vídeo produzido por Surd universo. 2007; ALVES, Cidália Ferreira (2013). Da Teoria à Prática: A Voz dos Usuários da Língua Gestual Portuguesa, In CORREIA, I. Cap.II, ATILGP; AMARAL, Maria Augusta et al. Para uma Gramática de Língua Gestual Portuguesa (Colecção Universitária, série Linguística). Portugal, 1994. Editora Caminho. ISBN 972-21-0981-2; Associação Portuguesa de Surdos. «Comunidade surda em Portugal». Consultado em 11 de novembro de 2014; BALTAZAR, Ana Bela - Dicionário de Língua Gestual Portuguesa. Porto Editora. 2010; MESQUITA e SILVA, Guia Prático de Língua Gestual Portuguesa, Editora Nova Educação, 2007, Braga Portugal.