Distúrbios do metabolismo energético de ruminantes

Documentos relacionados
Distúrbios do metabolismo energético de ruminantes

Metabolismo da Glicose. Glicose, metabolismo e enfermidades relacionadas. Metabolismo da Glicose. Prof. Me. Diogo Gaubeur de Camargo

30/05/2017. Metabolismo: soma de todas as transformações químicas que ocorrem em uma célula ou organismo por meio de reações catalisadas por enzimas

METABOLISMO ENERGÉTICO integração e regulação alimentado jejum catabólitos urinários. Bioquímica. Profa. Dra. Celene Fernandes Bernardes

Núcleo de Pesquisa, Ensino e Extensão em Pecuária Universidade Federal de Pelotas/ RS

CETOSE EM VACAS LEITEIRAS: TIPOS, PATOGENIA E PROFILAXIA 1

Epinefrina, glucagon e insulina. Hormônios com papéis fundamentais na regulação do metabolismo

Gestação - Alterações Hormonais e Metabólicas Durante o Exercício

Rubens Alves Pereira Mestrando em Biotecnologia Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia PPGB/UFPEL Núcleo de Pesquisa,

TEMA: A influência do metabolismo na ingestão de matéria seca e na ocorrência de doenças em vacas leiteiras no periparto

Utilização de Butafosfan e Cianocobalamina em Vacas Leiteiras

Corpos cetônicos. Quais são? A partir de qual composto se formam? Como se formam? Quando se formam? Efeitos de corpos cetônicos elevados?

Estratégias de regulação do metabolismo. Epinefrina, glucagon e insulina

Amido na dieta de vacas lactantes e teoria da oxidação hepática. Claudia Faccio Demarco Caroline Oliveira Farias

Metabolismo energético e digestão de amido em gado de leite: o que se sabe e que ferramentas podem melhorar o desempenho

Gliconeogênese. Gliconeogênese. Órgãos e gliconeogênese. Fontes de Glicose. Gliconeogênese. Gliconeogênese Metabolismo dos aminoácidos Ciclo da Uréia

Efeito do β-hidróxibutirato no metabolismo energético de vacas lactantes

Aumento nas concentrações de isopropanol em vacas leiteiras com cetose e a produção de isopropanol a partir da acetona no rúmem

Definindo Metabolismo...

METABOLISMO DE CARBOIDRATOS METABOLISMO DOS LIPÍDIOS METABOLISMO DE PROTEÍNAS

Corpos cetônicos e Biossíntese de Triacilglicerois

Interação do Metabolismo e Regulação da Ingestão

INTRODUÇÃO METABOLISMO DA ENERGIA BALANÇO ENERGÉTICO A ENERGIA ENERGIA DOS ALIMENTOS 19/06/2013 NUTRIENTES FORNECEDORES DE ENERGIA

e-book CETOSE EM BOVINOS LEITEIROS Cetose em Bovinos Leiteiros //

BIOSSÍNTESE DE ÁCIDOS GRAXOS E TRIACILGLICERÓIS. Bianca Zingales IQ-USP

Tecnologia de Leite e derivados

Cetose e tempo de ruminação na vaca leiteira 1

CETOSE PÓS-PARTO EM VACA LEITEIRA 1 POSTPARTUM KETOSIS IN DAIRY COW

Painel Temático: Cetose e álcool no leite

Metabolismo Energético em Ruminates. Integrantes: Êmili H, Mariéli M. e Theline R.

Manejo e Alimentação da Vaca em Lactação

de 81% para cetose subclínica nas duas primeiras semanas após o parto e no pico de produção.

21/10/2014. Referências Bibliográficas. Produção de ATP. Substratos Energéticos. Lipídeos Características. Lipídeos Papel no Corpo

Amir Gil Sessim Samanta R. Fensterseifer Orientação: Simone Halfen

TÍTULO: MENSURAÇÃO DE PARÂMETROS HEMATOLÓGICOS E DOSAGEM DE GLICOSE PLASMÁTICA EM DIFERENTES ESTÁGIOS DE LACTAÇÃO EM VACAS LEITEIRAS.

Interação dos mecanismos fisiológicos que influenciam a fertilidade em vacas leiteiras

Características Metabólicas dos Diferentes Tecidos Metabolismo de Estados Patológicos

Avaliação nutricional do paciente

O cérebro necessita de cerca de 120 g de glicose/dia, isso é mais que a metade de toda a glicose estocada no fígado e músculo.

OXIDAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS E PRODUÇÃO DE URÉIA

Pâncreas Endócrino. Prof. Dr. Luiz Carlos C. Navegantes. Ramal: 4635

O papel da suplementação na Pecuária Leiteira

CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS EM SAUDE MENTAL NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO HIPOGLICEMIA

Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri - UFVJM. Fisiologia Endócrina. O Pâncreas. Prof. Wagner de Fátima Pereira

Periparto sem transtornos

Funções do Metabolismo

DEFICIÊNCIA DE FÓSFORO EM BOVINOS LEITEIROS

Bioquímica Prof. Thiago

Fisiologia do Sistema Endócrino. Pâncreas Endócrino. Anatomia Microscópica. Anatomia Microscópica

DESLOCAMENTO DO ABOMASO. Marcio Nunes Cor rêa

Metabolismo e produção de calor

QBQ 0230 Bioquímica. Carlos Hotta. Metabolismo integrado do corpo 17/11/17

A influência da hipocalcemia subclínica nos transtornos metabólicos e na fertilidade de vacas leiteiras no pós parto

*Distúrbio do metabolismo de CHO devido ao aumento da demanda por glicose pelos fetos em desenvolvimento nas últimas 6 semanas de gestação

Profa. Angélica Pinho Zootecnista. Dpto de Zootecnia Fones:

IMPORTÂNCIA DO USO DE DRENCH DURANTE O PERIPARTO DE VACAS LEITEIRAS

Catabolismo de Aminoácidos em Mamíferos

Integração de Metabolismo.

Hormônios do pâncreas. Insulina. Glucagon. Somatostatina. Peptídeos pancreáticos

Manejo Nutricional e suas Influências na Qualidade do Leite. Gabriel Candido Bandeira RC DSM TORTUGA

Monossacarídeos. açúcares simples. Monossacarídeos. Carboidratos formados por C, H, O

Pâncreas Endócrino Controle da glicemia

Universidade Federal do Pampa Campus Itaqui Bioquímica GLICONEOGÊNESE. Profa. Dra. Marina Prigol

Impacto do pré e pós parto no resultado produtivo e reprodutivo em fazendas leiteiras

PERÍODO ABSORTIVO E PÓS-ABSORTIVO

GLICONEOGÊNESE ou NEOGLICOGÊNESE

Alterações do equilíbrio hídrico Alterações do equilíbrio hídrico Desidratação Regulação do volume hídrico

Avanços em Nutrição Mineral de Ruminantes Suplementando com precisão

BE066 - Fisiologia do Exercício BE066 Fisiologia do Exercício. Bioenergética. Sergio Gregorio da Silva, PhD

AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA NO IDOSO

Universidade Federal de Pelotas Programa de Pós-Graduação em Veterinária Disciplina de Doenças metabólicas DOENÇAS METABÓLICAS

A Diabetes É uma doença metabólica Caracteriza-se por um aumento dos níveis de açúcar no sangue hiperglicemia. Vários factores contribuem para o apare

Animais Monogástricos. Digestão Monogástricos. Animais Monogástricos. Digestão Monogástricos 28/08/2012

Efeito da Alimentação com Farinha de Peixe e Ácido Graxo n-3 na Produção e Respostas Metabólicas no Início da Lactação em Vacas Leiteiras

MANEJO REPRODUTIVO DE VACAS DE LEITE NO PRÉ- PARTO

Universidade Salgado de Oliveira Disciplina de Bioquímica Básica Carboidratos e metabolismo

GUIA DE ESTUDOS INSULINA E GLUCAGON

Bioquímica Nutrição Estrutura, propriedades, digestão, transporte, absorção e oxidação de lipídeos. Prof. Sérgio Henrique

Tecnologia de Leite e derivados

Profa. Dra. Raquel Simões M. Netto NECESSIDADES DE CARBOIDRATOS. Profa. Raquel Simões

REGULAÇÃO HORMONAL DO METABOLISMO DO GLICOGÊNIO E DE LIPÍDIOS

PANCREAS A eliminação do suco pancreático é regulada, principalmente, pelo sistema nervoso. Quando uma pessoa alimenta-se, vários fatores geram

MACRONUTRIENTES NO EXERCÍCIO

Glicogênese, Glicogenólise e Gliconeogênese. Profa. Alessandra Barone

Pâncreas endócrino. Regulação do metabolismo orgânico e do balanço energético

Classificação das Vitaminas

Fisologia do esforço e metabolismo energético

Fisiologia Comparativa (animais) Fisologia do esforço e metabolismo energético. Fisiologia Aplicada (Humanos) Potência. Duração

Metabolismo do colesterol e das lipoproteínas

Aula 05 DIABETES MELLITUS (DM) Definição CLASSIFICAÇÃO DA DIABETES. Diabetes Mellitus Tipo I

28/10/2016.

Tetania da. Lactação e das. Pastagens

Metabolismo de PROTEÍNAS

Glicólise. Professora Liza Felicori

Metabolismo do exercício e Mensuração do trabalho, potência e gasto energético. Profa. Kalyne de Menezes Bezerra Cavalcanti

Estágio Extracurricular - Suinocultura

Controle Hormonal do Metabolismo

Impacto Econômico das Doenças do Periparto de vacas leiteiras

Alternativas terapêuticas para o tratamento de cetose clínica

Transcrição:

Distúrbios do metabolismo energético de ruminantes

Distúrbios do metabolismo energético de ruminantes Cetose Toxemina da prenhes Lipidose hepática

Gliconeogênese Ruminante a glicose alimentar é baixa (fermentada a AGCC) Sist. nervoso, eritrócitos, glândula mamária e feto GLICOSE Adaptado à gliconeogênese e ao uso de fontes E alternativas Somente compostos tricarboxílicos originam glicose Propionato (acetato e butirato) Lactato Glicerol Aminoácidos

Gliconeogênese Propionato AGCC derivado fermentação de fibra, amido e proteínas precursor de 30 a 50% da glicose do ruminante em balanço energético positivo (propionato succinato oxalacetato) metabolizado no fígado Lactato derivado da dieta (silagen), propionato, glicose (músculo), aminoácidos 10% glicose ruminantes

Gliconeogênese Glicerol composto tricarboxílico liberado quando o tecido adiposo é mobilizado (constituinte da mol. de triglicéride) 5% glicose no animal alimentado 23% no animal em jejum Aminoácidos 9 a 10% da glicose no animal alimenado aumenta na medida que a necessidade de glicose excede a absorção de propionato e lactato órgão de estoque é o tecido muscular convertidos em fígado e rins

Oxidação de gorduras e geração de corpos cetônicos Corpos cetônicos acetona, b-hidroxibutirato e acetoacetato produzidos na mitocôndria hepática, sendo formas de exportar energia para outros órgãos. originados da oxidação parcial dos ácidos graxos e do ácido butírico da dieta 7 a 12% energia animal alimentado, seco e não gestante gestação, lactação e jejum possuem efeito poupador de glicose

Possíveis de serem exportados Glicose C6 triglicéride Lactato Glicerol Alanina e outros aa C3 mitocôndria C2 Ác graxos C16 C18 C2 Acetato Aspartato e outros aa propionato C4 C4 ciclo de Krebs CO2 C5 C6 CO2 C4 Corpos cetônicos Glutamina e outros aa

Ligação entre a cetogênese e a gliconeogênese O aumento de uma é acompanhado pelo aumento da outra 1- oxaloacetato unidades C4 (remoção de compostos glicogênicos) é removido do ciclo de Kreb s quando a demanda de glicose é alta, ocorrendo acúmulo do acetato (C2) oriundo dos ácidos graxos, que são removidos como corpos cetônicos

Ligação entre a cetogênese e a gliconeogênese 2- formação de unidades C2 e seu transporte para a mitocôndria (geração e transporte de compostos cetogênicos) lipólise e entrada de acetato são estimuladas quando a demanda de glicose é alta e deprimida quando existe glicose suficiente. controle endócrino balanço energético negativo, lactação final de gestação controle metabólico suprimento de precursores gliconeogênicos. Dieta com alto propionato (grãos).

Glicose C6 triglicéride Lactato Glicerol Alanina e outros aa C3 mitocôndria C2 Ác graxos C16 C18 C2 Acetato Aspartato e outros aa propionato C4 C4 ciclo de Krebs CO2 C5 C6 CO2 C4 Corpos cetônicos Glutamina e outros aa

Triglicérides e lipoproteínas O excesso de AGNE decorrentes da lipólise que não pode ser removido do hepatócito como corpos cetônicos é reesterificado a triglicérides, um composto atóxico. Os triglicérides são exportados do fígado para outros tecidos, como fonte de energia, na forma de lipotroteínas, compostas por triglicérides, fosfolípides, colesterol e proteína.

Alterações no metabolismo energético durante o periparto 1- estes são mecanismos normais, que possibilitam as vacas sustentarem altas produções de leite 2- doenças metabólicas ocorrem por desajustes nos mecanismos homeostaticos Cetose inadequada gliconeogênese Lipidose hepática perda no controle da liberação de ácidos graxos e nos mecanismos de liberação de lipoproteínas

Alterações no metabolismo energético durante o periparto 3- combustível energético se deriva da dieta e das reservas orgânicas. O nutricionista deve levar em conta tanto a energia diretamente ingerida pelo animal como o papel desta na eficiência de utilização das reservas orgânicas. => Animal obeso = elevada lipólise = elevada necessidade de remover triglicérides do fígado = maior chance de lipidose

Alterações no metabolismo energético durante o periparto Demanda energética manutenção seca 75% acima mantença final gestação Feto uso ineficiente da E glicose, lactato e aa 30% glicose diária Ingestão de alimentos redução paradoxal com inicio antes do parto máximo consumo algumas semanas após o parto Lactação 60 a 80% da glicose diária para síntese do leite

Acetonemia da vaca leiteira 1- forma subclínica cetose subclínica 2- forma clínica cetose clínica

Cetose subclínica Definição estágio pré-clínico da cetose caracterizado pela elevação das concentrações de corpos cetônicos no organismo. Prevalência primeiros 2 meses de lactação 7 a 32% rebanho (produção, alimentação e manejo) semana de lactação (pico 4 sem) raça estação do ano alimentação vacas velhas

Cetose subclínica Métodos de detecção Glicemia Ácidos graxos não esterificados Corpos Cetônicos: melhor método de detecção da enfermidade. Plasmáticos: acetoacetato e b-hidroxibutirato variação circadiana Leite: acetona. Menor variação circadiana Urina: acetona Acetona no leite: 0,4 a 1,0-2,0 mmol/l

Cetose subclínica Métodos de detecção Resultados 0 a 1,2 mmol/l normal 1,2 a 5 mmol/l subclínica > 5 mmol/l cetose clínica

Cetose subclínica Interpretação biológica 1- Avaliação do estado clínico: alta correlação com a cetose clínica 2- Avaliação do balanço energético e adequação da dieta: balanço energético negativo gliconeogênese baixo propionato dietético 3- Avaliar a ingestão de ácido butírico 75% butirato é convertido a corpos cetônicos

Cetose subclínica Produção leiteira Secreção láctea depende de glicose p/ síntese de lactose Hipercetonemia bloqueia captação de glicose pela mama. Redução na produção de 4.4 a 6.0% (DOHOO, MARTIN, 1984)

Cetose subclínica Fertilidade Acetona no leite (mmol/l) 0-0,4 0,41-1,0 1,01-2,1 2,01 parto à primeira Inseminação (dias) 82,5 85,7 87,6 91,7 parto a última Inseminação (dias) 103,8 111,1 112,4 113,7 núm.inseminações 1,76 1,83 1,80 1,87 ovários policísticos (%) 1,0 1,8 2,90 4,1

Cetose subclínica Prevenção nutricional Vacas de alta produção recém paridas devem receber dietas palatáveis, ricas em energia e balanceadas, produzidas com ingredientes de alta qualidade higiênica e nutricional. Promover mudança gradual das dietas de período seco e lactação Otimizar o manejo nutricional das vacas

Cetose subclínica Prevenção nutricional Forragem de alta qualidade!! Aumentar a ingestão de matéria seca e energia 35 a 50% da ração, sendo o restante concentrado Correto balanço entre energia:proteína

Cetose subclínica Prevenção nutricional Manejo nutricional reduzir o período de déficit energético e antecipar o desenvolvimento das papilas rumenais restrição alimentar no final de lactação para que as vacas não se tornem obesas (aumento das doenças metabólicas) no final do período seco adaptação gradual da flora rumenal à dieta de lactação e aumentar o arraçoamento dividir o concentrado em, no mínimo, 4 refeições

Cetose clínica Definição Enfermidade metabólica dos ruminantes produzida por um transtorno do metabolismo de carboidratos e ácidos graxos. Bioquimicamente se caracteriza por hipercetonemia, hipercetonúria, hipoglicemia e baixos níveis de glicogênio hepático.

Cetose clínica Sinais clínicos Ocorre de 1 a 6 semanas após o parto (pico 3 semana) Perda de peso moderada acompanhada de perda do apetite Odor de acetona no hálito e leite Recusa grãos > silagem > feno Segunda fase grande emagrecimento Queda gradual e crescente da produção leiteira Sinais vitais normais Anorexia, fezes secas e sem diminuição de quantidade Abatimento, depressão moderada e cansaço.

Cetose clínica Etiologia rações com alta relação acetato:propionato (2:1) carência de concentrados aporte insuficiente de energia obesidade (escore 4 e 5) excesso de proteínas, que são fermentadas a butirato mudanças bruscas na alimentação no início da lactação estabulação contínua estresse de parto e lactação hiporexia deficiências de Cobalto e Fósforo (redução ingestão NDT) contaminação do concentrado com antibióticos

Cetose clínica Patologia clínica Corpos cetônicos em urina ou leite 1- negativo descarta-se a doença 2- positivo a- cetose subclínica b- cetose clínica c- cetose secundária a outras doenças Glicemia diminui de 40-50 para 15-25 mg/dl

Cetose clínica Diagnóstico diferencial cetose por subalimentação primária cetose alimentar ( butirato) cetose por subalimentação secundária deslocamento de abomaso, mastite, piometra indigestão simples, reticulopericardite traumática

Cetose clínica Patogenia Hipoglicemia Aumento da utilização vaca produzindo 50litros leite consome glicose circulante em 16 min Diminuição da síntese diminuição da capacidade enzimática hepática insuficiente precursores gliconeogênicos (glicerol, aa, lactato e propionato)

Cetose clínica Patogenia Aumento de ácidos graxos não esterificados (AGNE) reflete mudanças hormonais e metabólicas aumento de AGNE resulta em hipoinsulinemia hipoglicemia aumento hormônio crescimento (lipolítico)

Cetose clínica Patogenia Aumento de corpos cetônicos são uma fonte normal de energia para o ruminante adulto nesta condição sua produção supera sua capacidade de utilização, levando aos problemas decorrentes

Cetose clínica Cetose nervosa mesma doença 10% dos animais Causas hipoglicemia hipercetonemia álcool isopropilico mesmo efeito no SNC que álcool etílico produzido no rúmen e cérebro a partir dos corpos cetônicos

Cetose clínica Cetose nervosa Sintomas andar em círculo deficiência propioceptiva compressão da cabeça cegueira aparente lamber-se e lamber objetos tremores moderados e leve tetania sialorréia mugidos frequentes

Cetose clínica Tratamento 500 ml de glicose 50% IV rápido AGNE em 60% acetoacetato em 70% insulina ( lipólise) Glicocorticóides (0,04 mg/kg) dose única estimula apetite liberação aa do músculo (precursores ácido cítrico) produção leiteira glicemia exacerba degeneração gordurosa do fígado

Cetose clínica Tratamento Propilenoglicol (terapia adjunta) permanece 1 hora no rúmen, sendo convertido em glicose via piruvato e oxaloacetato no fígado. 125 a 250 gramas, 2 x dia, até desaparecer sintomas pode ser tóxico acima desta dosagem