VII ENCONTRO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO DA UFPI GT 02 Formação de Professores CONTRIBUIÇÕES DO PIBID DE PEDAGOGIA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES

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Transcrição:

VII ENCONTRO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO DA UFPI GT 02 Formação de Professores CONTRIBUIÇÕES DO PIBID DE PEDAGOGIA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES Flávia Janiele de Araújo Soares (PIBID/Pedagogia) Thaís Sousa Siqueira (PIBID/Pedagogia) Introdução A formação inicial do professor, além de colaborar para o exercício da sua atividade docente, deve também proporcionar a construção da sua identidade profissional. Esta se faz mediante a revisão constante do significado social da profissão articulada aos sentidos que cada professor emprega ao seu oficio nas situações cotidianas da sala de aula (PIMENTA, 2005). Nesse sentido, as experiências que os alunos de licenciatura vivenciam no seu processo de formação inicial são fundamentais para a construção dos saberes necessários para o exercício do oficio. Assim, nós do grupo do PIBID de Pedagogia, temos desenvolvido atividades realtivas à prática docente que promovem, além da construção desses saberes, o desenvolvimento de práticas educativas que contribuem de forma significativa com a construção de nossas identidades profissionais. Ou seja, são experiências que nos ajudam a consolidar efetivamente o processo de nos tornarmos professoras, além de nos ajudar a compreender, na prática, qual o verdadeiro sentido da docência. (PIMENTA, 2005; BASSO, 1998). Nesse sentido, o presente trabalho objetiva apresentar relatos de atividades que demonstram como vinham sendo construídas as competências e habilidades necessárias ao bom desempenho da função docente, e ainda mostrar como a articulação escola e IES pode dar certo na busca de uma melhoria na qualidade do ensino e do aprendizado dos alunos das escolas. Metodologia Nesse relato, objetivamos apresentar como vinham sendo desenvolvidas as experiência vivenciadas através do Programa Institucional de Bolsa de

Iniciação à Docência - PIBID de Pedagogia da UFPI. Ou seja, interessa-nos apresentar relatos de atividades que demonstram a construção das competências e habilidades necessárias ao futuro profissional docente. Para isso, apresentamos nesse texto, o resumo das atividades desenvolvidas durante todo o período letivo de 2011 que contribuiu de forma significativa com a nossa formação inicial e na construção de nossa identidade como futuros profissionais da educação. As atividades do grupo PIBID de Pedagogia foi desenvolvido na Escola Municipal Maria Melo localizada em Teresina Piauí. Estava envolvido no projeto um grupo composto por 08 bolsistas do Curso de pedagogia da UFPI Campus Petrônio Portela, uma coordenadora de área e uma supervisora professora na escola. Os bolsistas juntamente com a supervisora, com a coordenadora de área planejavam e elaboravam as atividades a serem desenvolvidas durante a semana e conforme a necessidade da professora e de seus alunos. Para o planejamento das oficinas e monitorias os bolsistas precisaram buscar subsídios através de pesquisas bibliográficas, aprofundando seus conhecimentos e, com isso, incrementando suas estratégias de ação com objetivo de prover maior segurança e habilidade na transmissão dos conteúdos aos alunos da escola. Todo o cronograma foi posto em prática nos turnos manhã e tarde, dentro da sala de aula, e na biblioteca da escola. Além disso, foram realizadas pelos bolsistas atividades extracurriculares, como apresentações teatrais, e organização de Feira cultural. As atividades de monitoria foram realizadas durante todo o semestre letivo com os alunos do 3º ano do ensino fundamental envolvendo um total de 15 alunos participante. Resultados e Discussão A inserção dos graduandos de licenciatura na sala de aula em escola pública de ensino básico durante o período de formação inicial proporcionou aos bolsistas do PIBID de Pedagogia uma noção real das dificuldades, do planejamento e das atividades que fazem parte do cotidiano da escola. O contato direto com o aluno, através das oficinas, monitorias, e participação em atividades extracurriculares na escola, proporcionou um

aprendizado mútuo, já que no processo ensino-aprendizagem há uma troca de conhecimentos. As atividades diferenciadas realizadas provocaram reações tanto nos professores, quanto nos alunos. Nos professores por perceberem que não basta ministrar apenas aulas teóricas, mas que devem procurar introduzir novas modalidades didáticas estimulando a motivação dos alunos. Já os alunos, mostraram mais interesse pelas aulas diferentes porque a monotonia das aulas já não os estimulava e motivava a estudar. A inserção de acadêmicos na escola é de grande valia na sua formação inicial, pois, ao entrarem em contato com a realidade escolar, estão dinamizando sua formação profissionalizante, construindo uma postura docente crítica e em constante transformação. Na realização das atividades, as dificuldades encontradas e enfrentadas levaram os bolsistas do PIBID a desenvolver diversas competências profissionais entre elas podemos citar: a paciência, a valorização da carreira docente, o desenvolvimento de novas estratégias para ensinar; melhor compreensão da relação teoria e prática; conhecimento da dinâmica de funcionamento de uma escola pública; melhoria da autoconfiança e valorização do trabalho em grupo. O professor ideal é alguém que deve conhecer sua matéria, sua disciplina e seu programa, além de possuir certos conhecimentos relativos às ciências da educação e à pedagogia, e desenvolver um saber prático baseado em sua experiência cotidiana com os alunos (TARDIF, 2002). O PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) instituído, no âmbito do Ministério da Educação, da Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), com vistas a fomentar a iniciação à docência de estudantes das instituições federais de educação superior e preparar a formação de docentes em nível superior, em curso presencial de licenciatura de graduação plena, para atuar na educação básica pública. No âmbito da UFPI o Programa foi instituído no ano de 2008, pela Resolução CEPEX nº208/08, de 11 de novembro de 2008, ratificada pela Resolução CEPEx nº 223, de 12 de dezembro do mesmo ano, com o objetivo

valorizar o professor, elevando a qualidade das ações acadêmicas voltadas à formação inicial de professores nos cursos de licenciaturas. E, com isso promover a melhoria da qualidade da educação básica nas escolas conveniadas. O PIBID é composto por um docente da UFPI, na qualidade de, Coordenador Institucional, por docentes da UFPI na qualidade de Coordenadores de Área, por professores da Educação Básica, na qualidade de supervisores e por alunos dos cursos de licenciatura da Universidade Federal do Piauí, todos bolsistas da Capes. O PIBID tem por objetivos: I. incentivar a formação de professores para a educação básica, especialmente para o ensino médio; II. valorizar o magistério, incentivando os estudantes que optam pela carreira docente; III. promover a melhoria da qualidade da educação básica; IV. promover a articulação integrada da educação superior do sistema federal com a educação básica do sistema público, em proveito de uma sólida formação docente inicial; V. elevar a qualidade das ações acadêmicas voltadas à formação inicial de professores nos cursos de licenciaturas das instituições federais de educação superior. VI. incentivar as escolas públicas de educação básica, tornando-as protagonistas nos processos formativos dos estudantes das licenciaturas, mobilizando seus professores como co-formadores dos futuros professores. A formação de professores vem sendo discutida tanto em âmbito nacional quanto inter nacional. Nesse contexto, o Programa de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) tem sido uma aposta do governo fede ral para promover uma mudança de cultura da formação de professores no Brasil por envolver ações em prol da valorização e do reconhecimento das licenciaturas para o estabelecimento de um novo status para os cursos de formação e como política de incentivo à profissão de magistério.

O programa tem por objetivo estimular a docência pelo fomento de ações a serem desenvolvidas nas escolas públicas da educação básica por alunos das licenciaturas em conjunto com os professores dessas instituições e os docentes das universidades. Portanto, o PIBID faz parte de um grande movimento nas políticas públicas com vistas a suprir a defasagem de formação e de valorização do trabalho docente (Scheibe, 2010, p. 996), principalmente por meio da concessão de bolsas para os estudantes de licenciatura, com o intuito de incentivá-los a optarem pela carreira docente ao permitir a construção da identidade profissional desde o início do curso, tendo em vista os desafios que serão enfrentados quando do ingresso na carreira do magistério. Segundo Tardif (2002, p. 82) esse início na carreira docente representa uma fase crítica em relação às experiências anteriores e o confronto inicial com a dura e complexa realidade do exercício da profissão, à desilusão e ao desencanto dos primeiros tempos de profissão e que, segundo esse autor, é denominado de choque de realidade. Para Freire (1998), a experiência enquanto licenciando é basilar para o exercício da docência, onde somente a teoria terá pouca utilidade, caso não se faça uma reflexão global sobre a vida enquanto acadêmico e profissional. Em decorrência, o professor torna-se responsável, em grande parte, por sua própria formação, sendo o aprender contínuo essencial para o exercício da profissão, devendo o professor se basear em sua pessoa enquanto sujeito e na escola enquanto lugar de crescimento profissional permanente. Os professores possuem, desenvolvem e adquirem muitos saberes no decorrer da sua práxis, porém, é importante o professor em sua formação inicial, segundo o autor, um dos saberes indispensáveis para a prática é assumir-se como sujeito também da produção do saber, se convencendo de que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção. É neste sentido que afirma Freire (1996, p. 23),

ensinar não é transferir conhecimentos, nem formar é ação pela qual um sujeito criador dá forma, estilo ou alma a um corpo indeciso e acomodado. Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos apesar de diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. Para Tardif (2002), o professor ideal é alguém que deve conhecer sua matéria, sua disciplina e seu programa, além de possuir certos conhecimentos relativos às ciências da educação e à pedagogia, e desenvolver um saber prático baseado em sua experiência cotidiana com os alunos. Além disto, na formação dos professores, segundo Nóvoa (1995, p. 28) é necessário trabalhar no sentido da diversificação dos modelos e das práticas de formação instituindo novas relações dos professores com o saber pedagógico e científico. A formação passa pela experimentação, pela inovação, pelo ensaio de novos modos de trabalho pedagógico. E, por uma reflexão crítica sobre a sua utilização. A formação passa por processos de investigação, diretamente articulados com as práticas educativas. Em Pimenta (1999, p. 20), a prioridade são os saberes da experiência, ou seja, quando os alunos ingressam num curso de formação de professores, já tem saberes sobre o que é ser professor, que são os saberes de suas experiências de alunos que tiveram em toda a sua vida escolar, sendo o desafio do curso colaborar no processo de passagem dos alunos ao verem o professor como aluno, ao se verem como professor, e de construir a sua identidade de professor.

A educação moderna não deve se limitar a formar acadêmicos para somente dominar determinados conteúdos, mas sim que saibam pensar, refletir, propor soluções sobre problemas e questões atuais, trabalhar e cooperar uns com os outros. A universidade deve favorecer a formação de seres críticos e participativos, conscientes de seu papel nas mudanças sociais. O mundo atual, com tantas mudanças e novas demandas, exige dos indivíduos, habilidades e atitudes diferentes das observadas em épocas anteriores. Os saberes docentes, são de suma importância para o ensino, principalmente torná-los público, explicitar os conhecimentos que os professores desenvolvem no decorrer da sua prática e referenciais para solucionar os problemas do cotidiano de sala de aula. Revelar estes saberes contribui para indicar grandes professores deixam marcas nos alunos, mas não no ensino quanto tal, isso é não o conhecimento da matéria, da disciplina, mas os conhecimentos produzidos pelos professores nas suas práticas, no interior da sala de aula. Gauthier (1998, p. 187). Segundo Gauthier (1998), para avançar num repertório de conhecimentos sobre o ensino implica em dois obstáculos: de um oficio sem saberes e saberes sem ofício. O primeiro trata da própria atividade docente sem desvelar os saberes que lhe são necessários. Neste sentido, para saber ensinar, existe a crença segundo Gauthier (1998, p. 21), basta ter conteúdo, ou seja, o professor tendo o domínio da matéria e transmitindo estes conhecimentos é o suficiente para ensinar seus alunos. Porém, para o autor isso não é verdade, pois ensinar é muito mais que isso, é preciso planejar, organizar, avaliar, enfim inúmeras outras atividades essenciais para o exercício desta tarefa. Na questão dos Ofícios sem Saberes abordado por Gauthier (1998), muitos professores realizam uma prática em que para saber ensinar basta ter talento, bom senso, intuição, experiência ou cultura. Percebe-se que a maioria dos saberes relatados pelo autor apontam para qualidades desenvolvidas pelo

próprio professor e não na academia, que segundo ele são importantes, mas tomá-los como exclusivos é mais uma vez contribuir para manter o ensino na ignorância. (GAUTHIER, 1998, p. 25). Já em relação aos Saberes sem Ofício, o autor explicita que muitos saberes foram criados sem levar em conta o professor real, na sala de aula, na sua prática, mas de um professor idealizado, produzidos nos Centros Acadêmicos. Portanto, para Gauthier (1998) é preciso propor um Ofício feito de Saberes, pois se admite a existência de um repertório de conhecimentos próprios do ensino. Para isso, o autor classifica os saberes como: o saber disciplinar, relativo ao conhecimento da matéria, do conteúdo a ser ensinado; o curricular direcionado ao significado de conhecer o programa da disciplina que serve de guia para planejar, avaliar, transformando a disciplina em programa de ensino; os da Ciências da Educação, relacionado a um saber profissional específico que não está diretamente ligado a ação pedagógica da sala de aula, mas são saberes que o professor adquire durante a sua formação e em seu trabalho e que contribuem para compreender a educação, as atividades como professor; o saber da tradição pedagógica, que são os saberes que cada sujeito possui mesmo antes de ter feito um curso de formação de professor e de ser professor, em relação à visão de escola, da docência e que comporta muitos erros, por isso será adaptado pelo saber experiencial e validado pelo saber da ação pedagógica; o saber da experiência, refere-se às muitas experiências de sala de aula que o professor realiza e desenvolve, mas que permanecem confinadas ao segredo da sala de aula e da ação pedagógica, isto é, o saber experiencial dos professores a partir do momento em que se torna público e testado através de pesquisas passa a constituição da teoria pedagógica. Para Freire (1998), a experiência enquanto licenciando é basilar para o exercício da docência, onde somente a teoria terá pouca utilidade, caso não se faça uma reflexão global sobre a vida enquanto acadêmico e profissional. Em decorrência, o professor torna-se responsável, em grande parte, por sua própria formação, sendo o aprender contínuo essencial para o

exercício da profissão, devendo o professor se basear em sua pessoa enquanto sujeito e na escola enquanto lugar de crescimento profissional permanente. Os professores possuem, desenvolvem e adquirem muitos saberes no decorrer da sua práxis, porém, é importante o professor em sua formação inicial, segundo o autor, um dos saberes indispensáveis para a prática é assumir-se como sujeito também da produção do saber, se convencendo de que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção. É neste sentido que afirma Freire (1996, p. 23), ensinar não é transferir conhecimentos, nem formar é ação pela qual um sujeito criador dá forma, estilo ou alma a um corpo indeciso e acomodado. Não há docência sem discência, as duas se explicam e seus sujeitos apesar de diferenças que os conotam, não se reduzem à condição de objeto, um do outro. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. Para Tardif (2002), o professor ideal é alguém que deve conhecer sua matéria, sua disciplina e seu programa, além de possuir certos conhecimentos relativos às ciências da educação e à pedagogia, e desenvolver um saber prático baseado em sua experiência cotidiana com os alunos. Considerações finais O PIBID/Pedagogia tem proporcionado uma significante melhoria na formação pessoal e profissional dos licenciados de Pedagogia. O PIBID implica necessariamente, uma convivência e uma responsabilização mútua pelos processos formativos que não se dão apenas no interior dos cursos de graduação, mas que se efetivam no contato direto e permanente com a realidade da escola, campo potencial de aprendizagem da docência.

Constatou-se que o PIBID proporcionou uma melhoria na formação inicial dos futuros professores, na qualidade do ensino e uma aproximação da Universidade com a escola fortalecendo a prática acadêmica no cotidiano escolar. A realização do projeto favorece aos bolsistas envolvidos bem como para os professores, uma oportunidade de ver e refletir sobre a sua prática acadêmica e profissional, de analisá-la sob outras perspectivas que não só a nossa e principalmente aproveitar a experiência de todos os envolvidos para valorizar e enriquecer o cotidiano e o fazer pedagógico. E através das reflexões proporciona uma oportunidade de construção do futuro respeitando o que já historicamente se construiu e dá-nos oportunidade de fortalecer a formação inicial dos acadêmicos e qualificar o fazer dos professores das escolas buscando construir formas de trabalhar que favoreçam a pesquisa e a inovação nas práticas pedagógicas. As discussões sobre a formação inicial de professores apresentam grande relevância na busca por novas orientações para o processo formativo dos licenciandos, uma vez que apontam para a necessidade e urgência de se repensar esse processo, que é insuficiente em contemplar aos futuros professores uma formação sólida e adequada à realidade escolar (Silva; Schnetzler, 2011; Santos, 2006;). Nessa perspectiva, institui ções formadoras propõem mudanças curriculares e projetos que visam a um currículo de licencia tura que garanta a identidade do curso de formação de professo res e propiciem aos alunos das licenciaturas integrarem teoria e prática com a especificidade do trabalho docente. Um exemplo dessa proposta é o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), que busca incentivar a iniciação à docência por meio de ações didático-pedagógicas que aproximem o licenciando da realidade escolar, articulando ensino superior e educa ção básica.

REFERÊNCIAS PIMENTA, S. G. (a) Professor reflexivo: construindo uma critica In. PIMENTA, S. G. e GHEDIN, E. (org.). Professor reflexivo no Brasil: Gênese e critica de um conceito. São Paulo: Cortez 2005. TARDIF, Maurice. Saberes Decentes e Formação Profissional. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.BASSO, I. S. Significado e sentido do trabalho docente. Cadernos Cedes, Campinas, São Paulo: Papirus, ano xix, n. 44, p. 19-32, 1998. GAUTHIER, P. Por uma teoria da Pedagogia: pesquisas contemporâneas sobre o saber docente. Rio Grande do Sul: INIJUI, 1998.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 9. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1998.