Exame da Época Normal Soluções Parte A (8 valores)

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Transcrição:

Exame da Época Normal Soluções Parte A (8 valores) MATIZ DE ESPOSTAS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 d b a a c b c c d d b c b b a a 1. Num modelo de consumo intertemporal com dois períodos, o aumento da taxa de juro real: a) Permite a um aforrador (agente que concede um empréstimo no período 1) atingir uma curva de indiferença mais elevada. b) Torna a recta orçamental mais inclinada. c) Implica que todos os aforradores queiram permanecer aforradores. d) Todas as respostas estão correctas. 2. Num modelo de consumo intertemporal com dois períodos se um consumidor vê uma unidade de consumo no período 1 como um substituto perfeito (na razão um-para-um) para uma unidade de consumo no período 2 e se a taxa de juro real é positiva, o consumidor irá: a) Consumir apenas no período 1. b) Consumir apenas no período 2. c) Consumir quantidades iguais em cada período. d) Consumir mais no período 1 do que no período 2 se a elasticidade-rendimento for superior a 1, caso contrário irá consumir mais no período 2 do que no período 1. 3. A Joana e o Jacinto têm curvas de procura de cerveja lineares. A curva da procura da Joana intercepta a curva da procura do Jacinto a um preço de 2 por caneca de cerveja. A curva da procura da Joana é mais rígida do que a do Jacinto. Um aumento do preço da cerveja de 2 para 2,25 provoca: a) Um decréscimo no excedente do consumidor da Joana superior ao do Jacinto. b) Um decréscimo no excedente do consumidor da Joana inferior ao do Jacinto. c) Decréscimos iguais nos dois excedentes do consumidor. d) Não existe informação suficiente para comparar os decréscimos verificados nos excedentes dos dois consumidores. 4. O senhor Contente e o senhor Feliz têm curvas de procura de champanhe lineares com declive idêntico. No entanto, a curva de procura do senhor Contente está à direita da do senhor Feliz. Um acréscimo do preço do champanhe provoca: a) Um decréscimo no excedente do consumidor do senhor Contente superior ao do senhor Feliz. b) Um decréscimo no excedente do consumidor do senhor Contente inferior ao do senhor Feliz. c) Decréscimos iguais nos dois excedentes do consumidor. d) Não existe informação suficiente para comparar os decréscimos dos excedentes do senhor Contente e do senhor Feliz. 5. A inversa da curva da procura de mercado de um bem é p = 160 6q. Se o número de consumidores duplicar, então será igual a: a) p = 320 6q. b) p = 320 12q. c) p = 160 3q. d) p = 160 12q. 6. A figura representa a oferta e a procura de mercado de um produto. Se o governo aplicar um imposto de 2 por cada unidade de produto vendida, então a perda de bem-estar será igual a: a) b + c + f + g. b) f + g. c) b + f. d) c + g. 7. Quais das seguintes funções de produção 1) f(k,l) = k 1/2 l 1/3 ; 2) f(k,l) = 3k 1/2 l 1/2 ; 3) f(k,l) = k 1/2 +l 1/2 ; 4) f(k,l) = 2k + 3l têm rendimentos constantes à escala? a) 1), 2) e 4). b) 2) e 3). c) 2) e 4). d) 1), 3) e 4). 8. Se um produto for produzido com dois factores produtivos e uma tecnologia com rendimentos crescentes à escala: a) A taxa marginal de substituição técnica não pode ser decrescente. b) Ambos os factores produtivos terão de ter produtividades crescentes. c) A produção mais do que duplica, se a quantidade utilizada de ambos os factores duplicar.

d) A produção aumenta se se diminuir a quantidade de factores produtivos. 9. Se uma empresa minimiza o custo de curto prazo de produzir uma certa quantidade, então necessariamente: a) Minimiza os custos de longo prazo. b) Maximiza o lucro de curto prazo. c) Maximiza o lucro de longo prazo. d) Nenhuma das respostas anteriores. 10. A curva de custo marginal de longo prazo: a) É a curva-envelope inferior das curvas de custo marginais de curto prazo. b) Não intersecta as curvas de custo marginal de curto prazo. c) É tangente às curvas de custo marginal de curto prazo. d) Nenhuma das respostas anteriores. b) A empresa deve produzir zero unidades, somente se tiver custos fixos. c) A empresa deve produzir zero unidades, somente se não tiver custos fixos. d) Não há informação suficiente para aferir qual o comportamento óptimo da empresa. 16. Quando é que uma empresa produz com prejuízo em equilíbrio de mercado: a) Somente no curto prazo. b) Somente no longo prazo. c) No curto e no longo prazo. d) Nem no curto, nem no longo prazo. 11. A área que está por baixo de uma curva de custos marginais de curto prazo: a) epresenta os custos médios b) epresenta os custos variáveis. c) epresenta o excedente do produtor. d) epresenta os custos fixos. 12. No longo prazo, se uma empresa maximizadora de lucro constata que no seu nível de produção se verifica que a receita marginal (Mg) é maior do que o custo marginal (CMg), ela irá: a) Obter um lucro maior do que se Mg = CMg. b) Diminuir a produção. c) Aumentar a produção. d) Encerrar. 13. A produtividade marginal do único factor variável é crescente. Então, a curva de custo marginal de curto prazo é: a) Crescente. b) Decrescente. c) Em forma de U. d) Horizontal. 14. Uma empresa tem uma função de custos de curto prazo dada por c s (y) = 10y 2 + 1000. Qual a sua curva da oferta de curto prazo? a) A curva da oferta de curto prazo é p = 20y. b) A curva da oferta de curto prazo é y = p/20. c) A curva da oferta de curto prazo é y = p/10. d) As respostas a) e b) estão corretas. 15. Se os custos variáveis médios de uma empresa excedem o preço de mercado: a) A empresa deve produzir zero unidades (com ou sem custos fixos).

Exame da Época Normal Soluções Parte B (12 valores) Questão I Considere um modelo de consumo intertemporal com apenas dois períodos. Um consumidor tem um rendimento de 200 no primeiro período e de 300 no segundo. As suas preferências intertemporais são bem representadas pela função de utilidade U(c 1,c 2 )=3c 1 c 2, onde c 1 e c 2 representam, respectivamente, o consumo no primeiro e no segundo período. a) (1,5 valores) Admitindo que não existe inflação e que a taxa de juro do mercado é de 0% determine, justificando, quanto é que ele consome em cada um dos dois períodos. : Max U = 3c ) c c = m ) + m Max U = 3c ) c c = 200 + 300 A maximização do programa anterior implica que: c ) = c c ) + c = 200 + 300 Pelo que o consumidor consumirá em ambos os períodos 250, tendo que pedir emprestados no primeiro período 50 euros que pagará no 2º período. b) (1 valor) Determine qual a taxa de juro que faria com que este consumidor não pedisse nem concedesse empréstimos no primeiro período. : Max U = 3c ) c c = m ) + m Max U = 3c ) c A maximização do programa anterior implica que: c = c ) c = 200 + 300 2c ) = 200 + 300

esolvendo em ordem a c 1 temos: c ) = 100 + 150 A taxa de juro mínima que faria com que o consumidor no primeiro período emprestasse parte do seu rendimento pode ser obtida fazendo: c ) m ) 100 + )89 200 r 0.5. ):; Logo, a taxa de juro mínima é 0.5. c) (1,5 valores) Comparativamente à situação inicial (taxa de juro de 0%) descreva como se alteraria o seu padrão de consumo intertemporal se houvesse uma subida de preços entre o primeiro e o segundo período. : Uma subida dos preços tornam a sua restrição orçamental menos inclinada. O consumidor irá diminuir o consumo no período 2 mantendo-se constante o seu consumo no período 1. Por exemplo, se o aumento de preços for de 10% teremos C1=250 e C2=227,3. Nota: é fácil demonstrar que com r=0 a inflação não altera o consumo no período 1. Construindo o modelo com r=0, P1=1 e p2>0 obtemos: C ) = m ) + m 2 C = m ) + m 2p Questão II Considere uma empresa que produz apenas um produto a partir de dois fatores, capital e trabalho. Os preços dos fatores são, respetivamente, w e r; l e k são as quantidades de trabalho e capital, respetivamente. A função de produção é a seguinte: f(l, k) = min {l, 2k} a) (1 valor) Que tipo de rendimentos à escala exibe esta tecnologia? Justifique. : endimentos decrescentes à escala já que f(tl, tk) = min {tl, 2tk} = t min {l, 2k} < t min {l, 2k} para todo o t >1. b) (1 valor) Considere que no curto prazo o capital é um factor fixo e que k = k. Será que na solução maximizadora do lucro, a empresa utiliza l tal que l > 2k? Justifique. : Não. Se l > 2k, dada a função de produção, temos min l, 2k K = 2k K = min {2k, 2k }. Ou seja, há l - 2k unidades de trabalho que não aumentam a produção e, logo, não aumentam a receita, embora contribuam para aumentar os custos de produção. Assim, na solução maximizadora do lucro temos que ter l 2k. c) (2 valores) esolva o problema de maximização do lucro de longo prazo desta empresa. Determine as funções de procura de factores, a função oferta e a função lucro. : Na solução de longo prazo, temos l = 2k. Assim, min l, 2k = l

(também podíamos considerar min l, 2k = 2k ). O problema da empresa é, então, determinar l que resolve: Max p l wl rl/2. Calculando a primeira derivada em ordem a l e igualando a 0, vem: p/(2 l ) w r/2 = 0 ól(p,w,r) = Logo, k(p,w,r) = ) oferta: y(p,w,r) = w S:T T S:T S:T. Substituindo na função de produção, obtém-se a função S:T. Finalmente, a função lucro é dada por: p(p,w,r) = U S:T. Questão III. S:T Suponha um mercado de concorrência perfeita. As tecnologia e condições de mercado são tais que nenhum fator de produção é fixo, logo tecnicamente não existe curto prazo ao nível da empresa. Cada empresa opera com a seguinte função de custo de longo prazo: 0.5y c y = + 18 se y > 0 0 se y = 0 a) (0,5 valores) A presença do 18 na função de custo é compatível com a inexistência de factores fixos e a função ser de longo prazo? Explique. : É compatível. O montante 18 corresponde a um custo são quase-fixo: não existe se a produção for nula, mas é constante para qualquer nível de produção estritamente positivo. b) (2 valores) A procura de mercado é dada por D(p) = 2100 200p e existem presentemente 100 empresas no mercado. Obtenha a quantidade e preço de equilíbrio de mercado com as 100 empresas. : Curva da oferta individual: CMg(y) = p ó y = p. Mas a empresa só oferece a preços iguais ou superiores ao mínimo do custo médio. No mínimo do custo médio: CMg(y) = CMe(y) ó y = 0.5y + 18/y ó y = 6. E CMg(6) = CMe(6) = 6. Logo a curva da oferta individual é: y(p) = p se p 6 e y(p) = 0 se p < 6. E a oferta de mercado com 100 empresas: S(p) = 100y(p) = 100p se p 6 e S(p) = 0 se p < 6. Assim, o equilíbrio de mercado é dado por: S(p) = D(p) ó 100p = 2100 200p ó p = 7. E S(7) = 700. c) (1,5 valores) O equilíbrio obtido anteriormente é o equilíbrio de longo prazo do mercado? Explique. Em caso negativo, como se daria a transição para o equilíbrio de longo prazo? : Não é. O preço de equilíbrio de longo prazo é 6, o que fará com que as empresas tenham lucro nulo. Com um preço de 7, as empresas têm lucro positivo. Isto vai atrair mais empresas para o mercado, fazendo baixar o preço, até que este seja 6.