A conquista do Sertão. Expedições de apresamento



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Transcrição:

A conquista do Sertão Expedições de apresamento

As bandeiras contribuíram para a expansão do território em direção ao interior, porém houve muitas mortes de nativos. O principal alvo era as missões dos padres jesuítas porque havia grande concentração de índios. Eram financiadas por particulares.

À frente delas havia uma bandeira em sinal de guerra e por isso seus membros ficaram conhecidos como bandeirantes. As viagens podiam durar alguns meses. Nas viagens mais longas, era comum que se fixassem em algum lugar, abrindo clareira na mata para a plantação de feijão, milho e abóbora.

No início do século XVIII a agricultura e a criação de animais era a principal atividade da vila de São Paulo. Seus principais produtos era o trigo, a cana, o milho, o algodão, o feijão e a mandioca.

Toda a produção era feita com escravos indígenas, já que havia poquíssimos escravos africanos. A falta de mão de obra nas lavouras era um problema para os paulistas, que organizaram expedições para o apresamento de índios, também chamadas bandeiras. (ver mapa)

As bandeiras Eram expedições organizadas por paulistas que contavam com o auxílio de indígenas aprisionados para explorar o interior do território do Brasil. Formaram-se no início do século XVII na vila de São Paulo. Seus principais objetivos eram capturar indígenas para serem escravizados e utilizados como mão de obra na vila de são Paulo. Essa mão de obra seria utilizada na captura de metais e pedras preciosas.

As bandeiras contribuíram para a expansão do território em direção ao interior, porém houve muitas mortes de nativos. O principal alvo era as missões dos padres jesuítas porque havia grande concentração de índios. Eram financiadas por particulares

Outras ações dos bandeirantes combater indígenas que atacavam áreas ocupadas por colonos no Nordeste, praticando a chamada guerra Justa. Essas guerras tornavam legal a escravização dos nativos.

Preferiam atacar as missões porque os índios dali já estavam acostumados à disciplina de trabalho determinada pelos jesuítas, voltado para a produção de excedente e não de subsistência. O Sertão dos Patos e a região das Missões dos Guairá, no sul, eram importantes pontos de abastecimento de indígenas.

Entre 1628 e 1630, estima-se que o apresamento em guairá tenha levado mais de 60 mil indígenas. Com o apresamento, os paulistas chegaram às terras que hoje são Goiás e Mato Grosso. Raposo Tavares foi um dos bandeirante paulistas mais destacado desse período. Fez a mais longa viagem.(ler o último parágrafo e verificar mapa).

A captura de índios no sertão Ataques paulistas promoviam o extermínio de grupos inteiros de índios, ou fazia com que fugissem para locais distantes. Isso fez com que as expedições adentrassem cada vez mais o sertão.

Entradas e monções

Entradas eram expedições financiadas pelo governo português para explorar o interior da colônia e defender a região açucareira de ataques indígenas e piratas europeus, procuravam também pedras e metais preciosos. No geral, partiam do litoral do nordeste em direção ao interior.

As monções eram expedições fluviais paulistas que partiam de Porto Feliz, às margens do Rio Tietê, com destino às áreas de mineração em Mato Grosso. Levavam mantimentos, armas, munições, tecidos, instrumentos agrícolas e escravos africanos para serem vendidos em pequenas povoações urbanas, nos povoados e nas vilas do interior. As monções e as bandeiras ampliaram o território português para além de Tordesilhas.

Assimilação de conhecimentos indígenas

Os paulistas aprenderam várias coisas importantes para sua sobrevivência com os índios como, por exemplo, caminhar pela mata guiando-se pelos astros, marcar caminhos dobrando galhos e golpeado troncos, reconhecer a aproximação de cobras e localizar água potável. Os métodos indígenas de aproveitamento de recursos naturais foram largamente aproveitados pelos paulistas e por outros colonos.

Os paulistas chegaram até a utilizar-se de arco e flecha em guerras, mais eficientes que os arcabuzes e escopetas europeias que enferrujavam. Aprenderam a construir canoas com o tronco de uma única árvore. A dieta indígena também foi assimilada como, por exemplo, o consumo do milho, base para o preparo do cuscuz, biscoitos e bolos. Fim do tema 2. Questões.