Varian, H. Microeconomia. Princípios Básicos. Editora Campus (7ª edição), TROCAS. Graduação Curso de Microeconomia I Profa.

Documentos relacionados
Teoria Microeconômica I. Prof. Marcelo Matos. Aula 16

PRODUÇÃO. Graduação Curso de Microeconomia I Profa. Valéria Pero. Varian, H. Microeconomia. Princípios Básicos. Editora Campus (7ª edição), 2003.

PRODUÇÃO. Graduação Curso de Microeconomia I Profa. Valéria Pero. Varian, H. Microeconomia. Princípios Básicos. Editora Campus (7ª edição), 2003.

Teoria Microeconômica I. Prof. Marcelo Matos. Aula Introdutória

Gabarito da Lista 3 de exercícios - Microeconomia 2 Professora: Joisa Dutra Monitor: Rafaela Nogueira

Bem-estar. Graduação Curso de Microeconomia I Profa. Valéria Pero. Varian, H. Microeconomia. Princípios Básicos. Editora Campus (7ª edição), 2003.

Gabarito da Lista VI - Microeconomia II Professor: Rodrigo Moura. um consumidor i, sua restrição orçamentária (sempre esgotada) é:

Prova de Microeconomia

Economia de Trocas Pura

Introdução à Microeconomia

Capítulo 32 BEM-ESTAR

Varian, H. Microeconomia. Princípios Básicos. Editora Campus (7ª edição), BENS PÚBLICOS. Graduação Curso de Microeconomia I Profa.

Referências. A ideia de Preferência Revelada 15/08/16. A teoria do consumidor

Introdução à Microeconomia

Demanda Individual e Demanda de Mercado

O Problema de Robinson Crusoe

a) Verique se a Lei de Walras é válida para esta economia.

LES 101 Introdução à Economia

Comportamento do consumidor Parte Preferências do Consumidor 2. Restrições Orçamentárias 3. A Escolha do Consumidor

Curso Intensivo de Revisão e Exercícios CACD MÓDULO 1 MICROECONOMIA Aula 1/6

Introdução à Microeconomia. Renata Lèbre La Rovere. Grupo de Economia da Inovação IE/UFRJ

Introdução à Microeconomia. Renata Lèbre La Rovere. Grupo de Economia da Inovação IE/UFRJ. Aula para Prova Final

Aula 09. Bibliograa: Kreps, Cap. 06. Cláudio R. Lucinda FEA-RP/USP. Equilíbrio Geral Eciência do Equilíbrio Geral Existência e Número de Equilíbrios

Professor: Carlos Eugênio da Costa Finanças Públicas Monitor: Alexandre Sollaci

EXTERNALIDADES. Graduação Curso de Microeconomia I Profa. Valéria Pero. (notas de aula)

ECO Teoria Microeconômica I N. Professor Juliano Assunção. Preferências

Escola Brasileira de Economia e Finanças - EPGE/FGV Graduação em Ciências Econômicas - Ciclo Pro ssional Finanças Públicas Gabarito - Lista 1

Teoria Microeconômica I. Prof. Marcelo Matos. Aula de revisão Primeira parte

MICROECONOMIA I QUESTÕES DE PROVAS CHEZERI.INFO

Capítulo 3 Preferências

Teoria do Consumidor: Equilíbrio do Consumidor

Equilíbrio Geral. Roberto Guena de Oliveira. 1 de setembro de 2012 USP. Roberto Guena (USP) Equilíbrio Geral 1 de setembro de / 111

Capítulo 5. Bens Públicos

Introdução à Microeconomia

SUMÁRIO. Prefácio XXI

Microeconomia. Demanda Individual e Demanda de Mercado. Prof.: Antonio Carlos Assumpção

PARTE IV Análise Mercado Competitivo. Marta Lemme - IE/UFRJ

MERCADO: OFERTA X DEMANDA EXCEDENTE DO CONSUMIDOR E DO PRODUTOR

TEORIA MICROECONÔMICA I N

Aula 6 14/09/ Microeconomia. Comportamento do Consumidor. PINDYCK (2007) Capítulo 3

TEORIA MICROECONÔMICA I N

Prof. Marcelo Matos. Aula 21

Capitulo 6: A Teoria do Consumidor

Noções de Microeconomia (Tópicos do Edital)

TEORIA MICROECONÔMICA I N

TEORIA MICROECONÔMICA I N

Externalidades. Graduação - Curso de Microeconomia I Profa. Valéria Pero

Equilíbrio Geral. Humberto Moreira. June 11, EPGE, Fundação Getulio Vargas

Universidade Federal de Roraima Departamento de Economia

Departamento de Gestão e Economia. Microeconomia I 2012/ /4/2013. (120 minutos)

Lista 2 de MicroeconomiaI

Aula 2 de Fundamentos de Microeconomia- Capítulo 3. Comportamento do Consumidor

Comprando e Vendendo - Gabarito

Demanda individual e demanda de mercado Parte Demanda Individual 2. Efeito Renda e Efeito Substituição

Universidade Federal de Pelotas Disciplina de Microeconomia 1 Professor Rodrigo Nobre Fernandez Lista 1 - Soluções

Preferência Revelada

Eficiência e Mercados. Kolstad Capítulo 4

Excedente do Consumidor

LISTA DE EXERCÍCIOS 3

LIÇÕES DE TEORIA DOS JOGOS

FUNDAMENTOS DE MICROECONOMIA: DEMANDA, OFERTA E EQUILÍBRIO DE MERCADO

Introdução à economia: microeconomia

Conteúdo Programático

A Teoria do Consumidor

LISTA DE EXERCÍCIOS PARA A PRIMEIRA PROVA DE ECONOMIA DE EMPRESAS I 2016

Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto USP Departamento de Economia

MICROECONOMIA 1. Departamento de Economia, Universidade de Brasília Notas de Aula 10 Graduação Prof. José Guilherme de Lara Resende.

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto Departamento de Economia

Aula 7 16/09/ Microeconomia. Comportamento do Consumidor. PINDYCK (2007) Capítulo 3

Externalidades e bens públicos

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto Departamento de Economia

Resolução da Lista de Exercício 2

DESENHO DE MECANISMOS (1)

3 Mercados e Bem-Estar Econômico

Introdução à Microeconomia

Economia para Concursos

UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO

LES 101 INTRODUÇÃO À ECONOMIA QUESTÕES ALTERNATIVAS PARA PROVA 2017

Prof. Marcelo Matos. Aula 24

Gabarito da Lista 4 de exercícios - Microeconomia 2 Professora: Joisa Dutra Monitor: Pedro Bretan

Fundamentos de Microeconomia

Introdução à Economia Curso de Ciências Econômicas Demanda do Consumidor Aula 2

INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA

LES 101 Introdução à Economia

3 Mercados e Bem-Estar Econômico

Introdução à Microeconomia

ECO Teoria Microeconômica I N. Professor Juliano Assunção. Utilidade

Teoria do Consumidor

Sistema de preços. Prof. Regis Augusto Ely. Agosto de Revisão Novembro de Oferta e demanda. 1.1 Curva de demanda

Índice. Teoria do Consumidor. Decisão do consumidor. Capítulo 1. Prefácio 13 Agradecimentos 15 Apresentação 17

ECONOMIA E FINANÇAS PÚBLICAS

Microeconomia II. Resumo, Lista de Exercícios e Gabarito Quiz 1

BIZU DO PONTO ICMS-SP - MICROECONOMIA PROF. CÉSAR FRADE

ECONOMIA NO SETOR PÚBLICO AULA 2-06/03

Curso de Revisão e Exercícios

Demanda Individual e Demanda de Mercado. Aula -03 Capítulo 4 Pindyck e Rubinfeld

Teoria do Consumidor (Cap. 10 e 11 Krugman & Wells Cap. 3 Pyndick & Rubinfeld Caps. 4, 5 e 6 - Varian)

INTRODUÇÃO À ECONOMIA: MICROECONOMIA

Transcrição:

Varian, H. Microeconomia. Princípios Básicos. Editora Campus (7ª edição), 003. TROCAS Graduação Curso de Microeconomia I Profa. Valéria Pero

Eficiência nas Trocas Diagrama da Caixa de Edgeworth O conjunto de trocas possíveis e de alocações eficientes pode ser ilustrado através de um diagrama conhecido como Caixa de Edgeworth.

Eficiência nas Trocas 6V 0A Unidades de alimento de Karen 0 K Unidades de Vestuário de James A: U J = U K, mas as TMgS não são iguais. Todas as combinações na área sombreada são preferidas a A. C D B U J 3 Unidades de Vestuário de Karen Ganhos do comércio U K 3 U K A U J U J U K 6V 0 J Unidades de alimento de James 0A

Eficiência nas Trocas 0A 6V Unidades de alimento de Karen 0 K Unidades de Vestuário de James B é eficiente? Dica: as TMgS são iguais em B? C é eficiente? D é eficiente? C U K 3 D B U K A U 3 J U J U J U K Unidades de Vestuário de Karen 6V 0 J Unidades de alimento de James 0A

Eficiência nas Trocas Alocações Eficientes Qualquer troca que leve a um ponto fora da área sombreada reduzirá o bem-estar de um dos consumidores (que estará mais próximo da sua origem). B corresponde a uma troca mutuamente vantajosa ambos se encontram numa curva de indiferença mais alta. O fato de uma troca ser vantajosa para ambos não significa que ela seja necessariamente eficiente. As TMgS são iguais quando as curvas de indiferença são tangentes; nesse caso, a alocação é eficiente. Unidades de Vestuário de James 0A 6V 0 J U 3 U K K Unidades de alimento de James C Unidades de alimento 0 de Karen K D B A U J U J U K U J 3 Unidades de Vestuário de Karen 6V 0A

A Curva de Contrato E, F, & G são eficientes no sentido de Pareto. Para que uma mudança aumente a eficiência, todos devem se beneficiar. Curva de Contrato Unidades de alimento de Karen 0 K G Unidades de Vestuário de James E F Unidades de Vestuário de Karen 0 J Unidades de alimento de James

Álgebra do Equilíbrio Função de demanda do agente A pelo bem : x A (p,p ) Função de demanda do agente B pelo bem : x B (p,p ) Definiçao análoga para bem Equilíbrio como conjunto de preços (p *,p * ) de modo que: x A (p *,p * ) +x B (p *,p * ) =w A +w B x A (p *,p * ) +x B (p *,p * ) =w A +w B

Álgebra do Equilíbrio Função de demanda do agente A pelo bem : x A (p,p ) Função de demanda do agente B pelo bem : x B (p,p ) Definição análoga para bem Equilíbrio como conjunto de preços (p *,p * ) de modo que: x A (p *,p * ) +x B (p *,p * ) =w A +w B x A (p *,p * ) +x B (p *,p * ) =w A +w B

Álgebra do Equilíbrio Essas equações dizem que no equilíbrio: [x A (p *,p * ) - w A ]+[x B (p *,p * ) -w B ] = 0 [x A (p *,p * ) - w A ]+[x B (p *,p * ) - w B ] = 0 Soma das demandas líquidas de cada agente por cada bem deve ser zero. Ou, a quantidade líquida que A escolhe demandar (ou ofertar) tem de ser igaul à quantidade líquida que B escolhe ofertar (ou demandar)

Álgebra do Equilíbrio Conceito de demanda excedente agregada: e A (p,p ) = x A (p *,p * ) w A Análogo para B A função e A (p,p ) mede demanda líquida de A ou sua demanda excedente diferença entre o que A deseja consumir do bem e o que iniciamente possui desse bem.

Álgebra do Equilíbrio Somando: z (p,p ) = e A (p,p ) + e B (p,p ) = x A (p *,p * ) +x B (p *,p * ) - w A - w B Chamamos de demanda excedente agregada pelo bem Pelo bem : z (p,p ) O equilíbrio em (p *,p * ) mediante a afirmaçao de que a demanda excedente agregada de cada bem é zero: z (p *,p * ) = 0 z (p *,p * ) = 0

Álgebra do Equilíbrio Pessoa B Bem x B w B 0 B Bem Pessoa B Alocação de Equilíbrio x A x B Pessoa A w A W = dotação w B Bem 0 A Pessoa A x A w A Bem

Lei de Walras Lei de Walras afirma que: p z (p,p ) + p z (p,p ) = 0 Valor da demanda excedente agregada é idêntico a zero é zero para todas as escolhas de preço possíveis, não apenas para os preços de equilíbrio

Lei de Walras A prova disse decorre da soma das restrições orçamentárias: p x A (p,p ) + p x A (p,p ) = p w A + p w A Ou p [x A (p,p ) - w A ] + p [x A (p,p ) - w A ] = 0 p e A (p,p ) + p e A (p,p ) = 0 Demanda líquida do agente A é zero: valor da quantidade que A deseja comprar do bem mais valor a quantidade que ele deseja comprar do bem tem que se igualar a zero Similar para B

Lei de Walras Podemos demonstrar que se a demanda se igualar a oferta num mercado, ela terá de igualar a oferta no outro mercado. p [e A (p,p ) + e B (p,p )] + p [e A (p,p ) + e B (p,p )] = 0 p z (p,p ) + p z (p,p ) = 0 Onde vem a lei de Walras: valor da função de demanda excedente de cada agente é igual a zero, logo valor da soma das demandas excedentes dos agentes tem de ser igual a zero Observe que deve valer para todos os preços, uma vez que tem de satisfazer sua restrição orçamentária para todos os preços

Equilíbrio e eficiência O uso do mercado competitivo é capaz de esgotar todos os ganhos de troca? Após alcançar o equilíbrio competitivo em que a demanda se iguala à oferta em todos os mercados, haverá qualquer troca a mais que as pessoas desejarão realizar? O equilíbrio de mercado é eficiente no sentido do Pareto?

Equilíbrio e eficiência Suponhamos que um equilíbrio de mercado não seja eficiente. Isso levará a uma contradição lógica Significa dizer que existe uma outra alocação factível (y A, y B y A, y B ), onde: y A + y B = w A +w B y A + y B = w A +w B

Equilíbrio e eficiência y A + y B = w A +w () B y A + y B = w A +w () B e (y A, y A ) > (x A +, x A ) (y B, y B ) > (x B +, x B ) As duas primeiras dizem que a alocação y é factível e as duas seguintes que ela é preferível pelos agentes à alocação x.

Equilíbrio e eficiência Porém, no equilíbrio de mercado, agente compra melhor cesta que pode pagar. Se y for melhor cesta que A escolhe, então ela tem de custar mais do que A pode pagar, e da mesma forma para B. p y A + p y A > p w A +p w A p y B + p y B > p w B +p w B Somando: p (y A + y B ) + p (y A + y B ) > p (w A +w B ) + p (w A +w B ) Substitua as equações por () e () p (w A +w B ) + p (w A +w B ) > p (w A +w B ) + p (w A +w B ) O que é uma contradição

Equilíbrio e eficiência Derivamos essa contradição ao pressupor que o equilíbrio de mercado não era eficiente de Pareto. Esse pressuposto então está errado. Segue-se que todos os equilíbrios de mercado são eficientes de Pareto: resultado conhecido como Primeiro Teorema da Teoria Econômica do Bem-Estar

Álgebra da Eficiência Logo: contradição se afirmo que alocações factíveis, que não são equilíbrios, seriam eficientes no sentido de Pareto. Segue que todos os equilíbrios de mercado competitivo são eficientes de Pareto: Primeiro Teorema do Bem-Estar Garante que o mercado competitivo esgota todos os ganhos de comércio

Primeiro Teorema do Bem-Estar Todos os equilíbrios de mercado competitivo são eficientes de Pareto Mercado competitivo esgota todos os ganhos de comércio. Distribuição dos benefícios do comércio é justa?

Teoremas do Bem-Estar Primeiro Teorema do Bem-Estar: Equilíbrios de mercado competitivo são eficientes de Pareto E o contrário? Alocações eficientes de Pareto podem ser equilíbrios de mercado?

Segundo Teorema do Bem-Estar Bem dotação B X Curva de Indiferença de A A Curva de Indiferença de B Reta Orçamentária Bem

Segundo Teorema do Bem-Estar Posso alcançar X a partir da dotação Existe uma restrição orçamentária dos agentes que permite alcançar a alocação eficiente X Relação de preços de equilíbrio que passa pela dotação e a alocação X Quais condições para isso? Preferências convexas

Segundo Teorema do Bem-Estar Bem dotação B Curva de Indiferença de B X Y Curva de Indiferença de A: preferências nãoconvexas A X é eficiente de Pareto mas não é equilíbrio: não pode ser obtida por mercados competitivos Bem

Segundo Teorema do Bem-Estar Preferências convexas Alocação eficiente gera conjuntos preferidos disjuntos Reta pode separar os dois conjuntos Inclinação da reta determina o preço relativo Qualquer dotação nessa reta leva ao equilíbrio e à alocação eficiente de Pareto

Teoremas do Bem-Estar Primeiro Teorema do Bem-Estar: equilíbrios de mercado competitivo são eficientes de Pareto Decorre de definições Requer: ausência de externalidades de consumo; comportamento competitivo; existência de equilíbrio Segundo Teorema do Bem-Estar: alocações eficientes de Pareto podem ser alcançadas via equilíbrios de mercado Requer preferências convexas

Implicações do primeiro teorema do bem-estar Pressupostos: Não há externalidade no consumo. Agentes se comportam de maneira competitiva (preço dado) Encontrar equilíbrio competitivo Aceitando pressupostos, º teorema fornece mecanismo geral mercado competitivo que pode ser utilizado para assegurar a obtençao de resultados eficientes de Pareto

Teoremas do Bem-Estar: implicações Segundo Teorema do Bem-Estar: Problemas de distribuição e eficiência podem ser separados Dotações determina a riqueza individual Preços indicam escassez relativa

Teoremas do Bem-Estar: implicações Segundo Teorema do Bem-Estar Política de distribuição de renda pela redistribuição de dotação E não pela manipulação de preços (subsídios) Eficiência alcançada pelo mercado competitivo Enorme dificuldade de implementação prática

Segundo Teorema do Bem-Estar Bem Dotação inicial Dotação após transferência B X Y Curva de Indiferença de A Curva de Indiferença de B A X: alocação eficiente e de equilíbrio inicial Y: alocação eficiente desejada, obtida via transferência e mercado competitivo Bem

Eqüidade e Eficiência Segundo Teorema da Economia do Bem-estar Se as preferências individuais são convexas, toda alocação eficiente é um equilíbrio competitivo para alguma alocação inicial dos bens.

Questão Anpec 05 (V ou F?) Armando (A) e Osmar (B) têm preferências idênticas sobre chicletes(x) e bananas(y), representadas pela função utilidade U(X,Y)=lnX+Y. A dotação de bens de Armando é w A x ;w A y= (5;0) e a Osmar é w B x;w B y= (5;5). Fixando o preço do chiclete em uma unidade (px =$), avalie e demostre as afirmações: (3 pontos) a) Como a utilidade é quase linear, a quantidade de chicletes demandada é fixa, não dependendo dos preços relativos. b) b) Determine as quantidades de x e y consumidas pelos dois indivíduos no equilíbrio competitivo c) O preço de equilíbrio da banana é p y =$0. d) No equilíbrio, a quantidade demandada líquida de Armando por chicletes é igual a cinco unidades.

Solução- Q ANPEC 05 Utilidade de A: u X A, Y A = ln X A + y A Utilidade de de B: u X B, Y B = ln X B + Y B P: preço do chiclete e P:preço da banana W X A, W Y A = (5,0) W X B, W Y B = (5,5) M A = P X A + P Y A = P W X A + P W Y A M B = P X B + P Y B = P W Y B + P W Y B Trata-se de utilidade quase linear, sabemos que a demanda final de X A = X B = P Em equilíbrio competitivo temos que TMS A = TMS B Ou seja, TMS A = = = TMS X A X B, logo X A = X B B A alocação factível deve respeitar X A + X B = W A X + W B X X A = 5 + 5 Logo, X A = 0 = X B em equilíbrio competitivo P

Solução- Q ANPEC 05 Da restrição orçamentária de A, temos que M A = 0P + PY A = 5P + 0P Assim 5P = P(0 Y A ) 5P P = 0 YA, mas sabemos também que X A = 0 = P p, logo = P P 0 5 = 0 0 YA Y A = 0 = 9,5 YA = 9, 5 Y A + Y B = W Y A + W Y B 9,5 + Y B = 5 Y B = 5, 5 No equilíbrio Walrasiano temos que: i. X A, Y A = 0; 9,5 ii. X B, Y B = (0; 5,5) P iii. P X A 0

Solução- Q ANPEC 05 a)como a utilidade é quase linear, a quantidade de chicletes demandada é fixa, não dependendo dos preços relativos. Falso, como a demanda é quase linear a demanda por chicletes depende dos preços relativos mas não da renda. b) Determine as quantidades de x e y consumidas pelos dois indivíduos no equilíbrio competitivo X A, Y A = 0; 9,5 X B, Y B = 0; 5,5 c) O preço de equilíbrio da banana é p y =$0. Verdadeiro. P = = P X A 0 d) No equilíbrio, a quantidade demandada líquida de Armando por chicletes é igual a cinco unidades Verdadeiro. X A W X A = 0 5 = 5