PRODUÇÃO. Graduação Curso de Microeconomia I Profa. Valéria Pero. Varian, H. Microeconomia. Princípios Básicos. Editora Campus (7ª edição), 2003.
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1 PRODUÇÃO Graduação Curso de Microeconomia I Profa. Valéria Pero Varian, H. Microeconomia. Princípios Básicos. Editora Campus (7ª edição), 2003.
2 Introdução Trocas: modelo de equilíbrio geral de uma economia de trocas puras, analisando alocações quando quantidade disponível de cada bem é fixa Produção: descrever como a produção se ajusta ao quadro de equilíbrio geral as quantidades de bens responderão aos preços de mercado
3 Economia de Robson Crusoé R tem papel duplo: produtor e consumidor R pode gastar seu tempo na praia (lazer) ou dedicar seu tempo juntando cocos (trabalho) Quanto mais coco juntar, mais terá para comer e menos para lazer
4 Economia de Robson Crusoé cocos Curva de indiferença Função de produção trabalho
5 Economia de Robson Crusoé Figura Preferência por lazer e cocos Eixo x: trabalho Funçao de produçao: relaçao entre trabalho e quanto produz Formato: quanto mais trabalha, mais cocos, porém com retornos decrescentes Por que? PMgL diminui
6 Crusoé S.A. R alterna papéis: um dia como produtor e outro como consumidor Para coordenar atividades: cria mercado de trabalho e mercado de cocos Também abre uma empresa e se torna o único acionista: escolhe quanto empregar de trabalho e quanto produzir, de acordo com princípio de max lucro R inventa moeda e fixa preço unitário do coco em 1. Cocos são bem numerário dessa economia Qual taxa de salário para economia funcionar?
7 Empresa Com preço coco=1, taxa de salário=w, podemos resolver problema max lucro Combinações de coco e trabalho que geram nível constante de lucro, π Sendo π =C-wL Ao resolvermos para C: C = π + wl
8 Crusoé S.A. cocos Reta isolucro C* Função de produção Lucro= π* L* trabalho
9 Crusoé S.A. Inclinação da função de produção tem de se igualdar a inclinação da isolucro Intercepto vertical da isolucro? Nível max de lucro em unidades de coco (se R gera π* unidades monetárias de lucro, esse dinheiro poderá comprar π* cocos, já que p=1) Dado w, determina quanto trabalho, quantos cocos quer produzir e que lucros gera nesse plano. Cruzoé S.A. tem total dividendos de π* e os remete para único acionista, R
10 Problema de R: quanto deseja trabalhar e consumir? cocos Curva de indiferença Reta orçamentária C* Lucro= π* L* Ḹ trabalho
11 Colocando os dois juntos... cocos Curva de indiferença Reta orçamentária C* Função de produção Lucro= π* L* Ḹ trabalho
12 Colocando os dois juntos... Mecanismo de mercado gera o mesmo resultado que a escolha dos planos de produção e de consumo diretamente TMgS=PMgL=w Modelo fica interessante para economia de mercado, em que empresas precisam tomar decisões observando os preços Preço mede valor que consumidor atribui a unidades adicionais de consumo. E decisão da empresa é se produz mais ou menos
13 Tecnologias diferentes Supomos retornos decrescentes do trabalho Trabalho era o único insumo, então equivalia a retornos decrescentes de escala Outras possibilidades: retornos constantes de escala Com um insumo, função é uma linha reta
14 Retornos constantes cocos Curva de indiferença Reta orçamentária = função de produção C* Lucro= π* L* Ḹ trabalho
15 Retornos constantes Posição para empresa é o lucro zero Se for maior que zero, valeria a pena empresa expandir a produção indefinidamente e se for menor que zero valeria a pena ter produção zero
16 Retornos crescentes de escala CI tangencia conjunto de produção Problema é manter esse ponto como de max lucro Se p=tmgs de R, a empresa desejaria produzir mais do que R iria demandar Na escolha ótima, os custos médios sao maiores que os custos marginais empresa terá lucros negativos levando empresa a aumentar produção Não há preço em que demanda max utilidade do consumidor igualará oferta max lucro da empresa
17 Retornos crescentes cocos Função de produção Curva de indiferença C* L* Ḹ trabalho
18 Retornos crescentes de escala Exemplo de não-convexidade: não separa pontos factíveis de pontos preferíveis Dificuldades para funcionamento dos mercados competitivos, uma vez que consumidores e empresas observam preços para tomar suas decisões Quando tecnologia e preferência são convexas, as decisões eficientes estão baseadas na relação entre preços e TMgS Preços mostram aos agentes tudo o que é necessário para fazer uma alocação eficiente dos recursos Se não forem convexas, preços não oferecem todas as informações necessárias... Mas pequenas regiões de retornos crescentes não causam problemas.
19 Possibilidades de produção Conjunto de possibilidades de produção ou fronteira de possibilidades de produção: combinações de coco e peixe que R pode produzir ao dedicar diferentes tempos para essa atividade Inclinação: TMgT
20 Possibilidades de produção Suponha: R produz por hora 4,5 kg de peixe ou 9kg de cocos. Se decide trabalhar 10 horas: F = 4,5 Lf C= 9Lc Lc +Lf =10 Logo: F/4,5 + C/9 = 10 combinação de peixe e coco que R pode produzir em 10 horas de trabalho Inclinação desse conjunto mede TMgT
21 Vantagem comparativa Suponha: Sexta-feira (F) produz por hora 9 kg de peixe ou 4,5kg de cocos. Se decide trabalhar 10 horas: F = 9Lf C= 4,5 Lc Lc +Lf =10 Logo: F/9 + C/ 4,5 = 10 TMgT de F (ΔC/ ΔF) = -1/2 TMgT de R (ΔC/ ΔF) = -2 R tem vantagem comparativa na produção de coco e F na produçao de peixe
22 Náufragos S.A. Condição necessária para eficiencia de Pareto: TMS de cada consumidor tem de ser igual à TMT Uma economia competitiva com empresas maximizadoras de lucro e consumidores maximizadores de utilidade resultaria numa alocação eficiente. Como isso funciona?
23 Náufragos S.A. 2 indivíduos: Robinson Crusoé e Sexta-feira 4 bens: 2 fatores de produção (trabalho do Robinson e trabalho de Sexta-feira) 2 produtos: coco e peixe Suponha que R&F são acionistas da empresa Náufragos S.A. Também são os únicos empregados e clientes.
24 Náufragos S.A. Veremos como funciona um sistema de alocação de recursos descentralizada no qual cada pessoa tem que determinar apenas suas decisões, sem se importar com o funcionamento da economia como um todo
25 Náufragos S.A. Problema de maximização de lucro Max p c C +p f F w c L c w f L f Sujeito às restrições tecnológicas descritas pelo conjunto de possibilidades de produção Suponha que no ponto ótimo, empresa contrata: L * c e L * f
26 Náufragos S.A. Como maximização de lucros determina o padrão de produção a ser alcançado. Sejam os custos de produçao: L * = w c L * c w f L * f E os lucros: π = p c C +p f F - L * Rearrumando: C = (π + L * )/p c - p f F/ p c
27 Náufragos S.A. Essa equação descreve reta de isolucro (inclinação - p f / p c ) e intercepto vertical ((π+l * )/p c ) Dado que L é fixo por hipótese, maiores lucros estarão associados a linha de isolucro com interceptos verticais mais elevados Para empresa max lucro, escolherá ponto no conjunto de possibilidade de produçao em que a reta de isolucro que passa sobre ele tenha o maior intercepto vertical
28 Náufragos S.A. Isolucro tem que ser tangente ao conjunto de possibilidade de produçao (TMT = - p f / p c ) No equilíbrio, os preços dos dois bens medirão a taxa marginal de transformaçao custo de oportunidade de um bem em termos do outro. Se você deseja mais cocos, terá de abrir mão de peixe. De quanto peixe? Depende da razão de preços entre o peixe e o coco: a razão nos diz o tradeoff tecnológico
29 R&F como consumidores Aqui pessoas obtêm renda por vender suas dotações e também por receber lucros da empresa. Dinheiro nunca desaparece nem é acrescentado ao sistema, entao as pessoas sempre têm dinheiro suficiente para comprar o que é produzido O que os consumidores fazem com dinheiro da empresa?
30 R&F como consumidores Cada pessoa escolhe melhor cesta de bens que pode pagar aos preços pf e pc Cesta ótima tem que satifazer condiçao de que TMS é igual razao dos preços Mas essa razao dos preços é igual TMT, devido ao comportamento maximizador Assim, as condiçoes necessárias para eficiencia de Pareto sao atendidas: TMS de cada consumidor se igualda à TMT
31 Alocação de recursos descentralizada Quadro simplificado, porém com alguns insights interessantes Relaçao entre objetivos privados individuais da maximização de utilidade e os objetivos sociais de utilização eficiente de recursos Dados sinais de escassez (preços), consumidores e empresas têm informação suficiente para tomar decisões que proporcionem alocaçao eficiente de recursos
32 Alocação de recursos descentralizada Os problemas sociais envolvidos na utilização eficiente dos recursos podem ser descentralizados e resolvidos ao nível individual.
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