ECONOMIA NO SETOR PÚBLICO AULA 2-06/03
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1 ECONOMIA NO SETOR PÚBLICO AULA 2-06/03 Porque devemos estar interessados em estudar economia do setor público? Motivações? Nos concentramos em responder 2 tipos de perguntas: 1. Como as políticas governamentais afetam a economia? 2. Como as políticas deveriam ser desenhadas para maximizar o bem estar? > escolhas/decisões > 3 motivações para estudar essas questões: - Motivação 1: Interesse em otimizar o bem estar social As intervenções econômicas ocorrem através de políticas governamentais (intervenção em preços, impostos, programas sociais, provisão de bens públicos > tudo isso é o governo alterando preços de alguma forma) Intervenção Regulação nº de empregos gerados diretamente pelo governo Altos riscos devido ao amplo escopo das políticas Debate sobre o papel do governo na sociedade As ciências econômicas auxiliam na escolha da melhor visão - Motivação 2: Interesse acadêmico Economia do setor público é normalmente o ponto final para muitos outros subcampos. Ex: finanças públicas - compreender finanças públicas pode ajudar a assegurar que trabalhamos em tópicos relevantes - Motivação 3: Metodologia Economia do setor público esta na fronteira das transformações metodológicas em microeconomia aplicada Perspectivas orientadas por dados Tema 1: conectar teoria a dados Tema 2: métodos empíricos quase-experimentais Tema 3: big data (amostras muito grandes - bolsa família) Tema 4: modelos de comportamento > Fatos Contextuais: - Gastos do governo: ~ 42% PIB - Alemanha 44% - Canadá 44% - Reino Unido 43% - França 52% - Itália 55% - EUA 33% (1/3 local / 2/3 federal) > Intenções do governo na economia
2 - Quando a intervenção do governo é necessária em uma economia de mercado? - Intervenção Prover Corrigir Incentivos Regular A existência do governo é necessária para guiar, corrigir e complementar o sistema de mercado que, sozinho, não é capaz de desempenhar todas as funções econômicas Contratos Proteção legal Falhas Promoção de crescimento e estabilidade Redistribuição de renda, riqueza e oportunidades > Falhas de mercado: impedem que ocorra uma situação de ótimo de Pareto Eficiência de Pareto: a única maneira de melhorar a situação de uma pessoa é prejudicar a outra Melhoria de Pareto: redistribuição de recursos que melhora a situação de uma pessoa sem piorar a das outras Curva de contrato: local de todos os pontos com eficiência de Pareto > pontos de tangência da CI (gráfico nas fotos) TMSa = TMSb
3 Na curva de possibilidades de produção: TMT = Cmga Cmgb Condições de eficiência: TMT = TMSa = TMSb A taxa em que um produto pode ser transformado no outro deve ser igual à taxa em que os consumidores estiverem dispostos a trocar um produto pelo outro. Pa = Cmga = TMSa = TMSb > Condição necessária a eficiência de Pareto Pb. Cmgb > Funções do governo - Alocativa - Distributiva - Estabilizadora FUNÇÃO ALOCATIVA A. Determinar o tipo e a quantidade de bens a serem ofertados B. Calcular a contribuição de cada um A eleição mostra não apenas quais bens públicos são considerados prioritários, como o quanto os indivíduos estarão dispostos a contribuir para o financiamento da oferta de bens públicos (p. 12) Ação do estado empresário FUNÇÃO DISTRIBUTIVA * alterar a distribuição de riqueza e renda entre as pessoas Distribuição justa - Transferência - Impostos - Subsídios - Seguridade Social FUNÇÃO ESTABILIZADORA Política monetária e fiscal * Há uma certa taxa de inflação de equilíbrio que maximiza a receita do imposto inflacionário. AULA 3-13/03 > Pressupostos do ótimo de Pareto A. Não existência de progresso técnico B. Funcionamento do modelo de concorrência perfeita e informação perfeita FALHAS DE MERCADO: impedem que a economia alcance um ótimo, isto é, que cada um busque o melhor para si, dadas as limitações de recursos e seus gastos, por meio do livre mercado
4 * Falhas de mercado que impedem uma situação de ótimo de Pareto : A. Bens Públicos (Não consegue definir quanto cada um usa - luz da rua) B. Monopólios naturais C. Externalidades D. Mercados incompletos (ou não tem consumidores ou não tem produtores) E. Assimetria de informação (carros usados) F. Desemprego e inflação EXTERNALIDADES: Mercados incompletos devido a uma lacuna de preços Cmg # Bmg Como as pessoas podem afetar o bem-estar alheio? Contando que os efeitos sejam transmitidos pelos preços, os mercados são eficientes Externalidade: uma entidade afeta o bem-estar de outra que é externa ao mercado - reduzem eficiência econômica - É consequência da falha ou da incapacidade de estabelecer direitos de propriedade TEOREMA DE COASE: se os agentes afetados por externalidades puderem negociar (sem custos de transação) a partir de direitos de propriedade bem definidos pelo Estado, poderão negociar e chegar a um acordo em que estas são internalizadas * Características das externalidades: 1. Podem ser produzidas por consumidores ou por empresas 2. São inerentemente recíprocas 3. Podem ser positivas 4. Bens públicos podem ser vistos como um tipo especial de externalidade
5 Quando há externalidades, os mercados privados não produzem necessariamente o nível de produção socialmente eficiente A poluição zero não é socialmente desejável (proibição da produção) RESPOSTAS PRIVADAS * Barganha e o teorema de Coase Dmg > (Bmg-Cmg) Os custos de barganha são baixos A fonte da externalidade é identificada Não é necessária a intervenção do governo * Incorporação * Convenções sociais RESPOSTAS PÚBLICAS * Impostos e subsídios Imposto Pigouviano: imposto cobrado sobre cada unidade de produto de um gerador de externalidade, em valor igual ao dano marginal no nível eficiente de produção - taxa sobre emissões - CAP - AND - TRADE (licenças) AULA 4-20/03 BENS PÚBLICOS * Não excludência do consumo * Não rivalidade (quando uma pessoa consome ela não gasta, não diminui o produto, o produto continua a disposição das outras pessoas) > Sob que condições o governo deve oferecer mercadorias e serviços? > O consumo do bem é não-rival? > O consumo do bem é não-excludente? - Aspectos da definição de bem público: 1. Mesmo que todo mundo consuma a mesma quantidade do bem, ele não deve ser igualmente valorizado por todos 2. A classificação do bem público não é absoluta; depende de condições de mercado e do estado da tecnologia 3. Uma commodity pode satisfazer parte da definição de bem público e não satisfazer outra parte 4. Algumas coisas que não são convencionalmente consideradas commodities têm características de bens públicos 5. Os bens privados não são sempre fornecidos exclusivamente pelo setor privado 6. O fornecimento por parte do governo de um bem não significa necessariamente que esse bem deve ser produzido pelo governo > Consumo privado: - Adição horizontal: adição das quantidades demandadas por cada indivíduo a cada preço > eficiência de Pareto
6 TMSa = TMSb = TMT - Contanto que o mercado seja competitivo e funcione adequadamente, o 1º teorema do bem-estar garante que uma condição se mantém > Consumo público: cmg = bmg - Adição vertical: adição dos preços que cada indivíduo está disposto a pagar por uma dada quantidade do bem - No caso dos bens privados, todos veem o preço e decidem uma quantidade. No caso dos bens públicos, todos veem a mesma quantidade e as pessoas decidem que preço estão dispostos a pagar TMSa + TMSb = TMT * Todos devem consumir a mesma quantidade do bem público por isso o seu fornecimento exige que a avaliação total colocada na ultima unidade fornecida a soma das TMS - seja igual ao custo incremental da saciedade para o fornecimento - a TMT FREE RIDER: As pessoas podem ter incentivos para esconder suas preferências verdadeiras em relação a um bem público (carona) - Quantia ineficiente do bem > O governo conhece as preferências de todos > Pode cobrar coercitivamente > Garante a provisão ideal Rival Não rival Excludente Bem privado Mercado potencial Não excludente Monopólio natural Livre acesso Bem público
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