Desemprego. Desemprego involuntário e voluntário

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Transcrição:

Desemprego Introdução Nesta aula, discutiremos o desemprego como tema principal e analisaremos as diferenças entre os conceitos de desemprego voluntário e involuntário, a partir da Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda (KEYNES, 1992). Ao final desta aula, você será capaz de: conceituar desemprego involuntário e voluntário. Desemprego involuntário e voluntário Observamos o desemprego involuntário quando os trabalhadores desejam trabalhar, mas não encontram emprego. A discussão sobre essa modalidade de desemprego foi proposta pelo economista John Maynard Keynes (1883 1946) em sua obra Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda, publicada inicialmente em 1936. A partir deste estudo, foram desenvolvidas maiores análises sobre a relação da oferta e demanda de mão de obra nas economias modernas (TROVÃO, 2015). No entanto, para referenciarmos adequadamente o tema, é importante retomar alguns conceitos discutidos no âmbito da chamada economia clássica. FIQUE ATENTO O estudo do chamado paradigma neoclássico vai além dos limites propostos para esta aula. Podemos, no entanto, citar que, na discussão para a determinação do volume de emprego, ele baseia-se em que os salários e preços da economia devem ser livremente ajustados, ou seja, determinados pelas condições de mercado. Não há, assim, espaço para negociações coletivas, sindicatos etc. Para os chamados clássicos, o desemprego, que podemos compreender como sendo uma condição em que o trabalhador não está utilizando sua força de trabalho na atividade produtiva (na geração de bens, serviços e recursos), era uma condição meramente conjuntural, um resultado de fatores determinados pelas circunstâncias e realidades de cada trabalhador. O mercado de trabalho, como qualquer outro tipo de mercado, possui sua oferta e demanda. Porém, quem oferta mão de obra não é o empregador que oferece trabalho. Este, na verdade, demanda trabalho para os seus empreendimentos. Quem oferta a mão de obra é o seu proprietário, ou seja, o trabalhador. - 1 -

Figura 1 - Trabalhador desempregado Fonte: Brian A Jackson / Shutterstock Na economia clássica, a oferta e a demanda de mão de obra seguiam os pressupostos da chamada Lei de Say: a oferta gera a sua própria demanda, de modo que, se houvesse trabalhadores dispostos a receber um salário (maior ou menor, dependendo das condições do mercado e da economia), haveria agentes dispostos a adquirir esta mão de obra (LOPES; VASCONCELLOS, 2008). Assim, a economia deveria sempre estar em regime de pleno emprego, ou seja, em uma situação na qual todos os recursos econômicos (como matérias-primas, força de trabalho, capital e tecnologia) fossem empregados a um preço determinado pelas condições do mercado, que se autorregularia, ou seja, um mercado que estivesse isento de controles por parte do Estado (LOPES; VASCONCELLOS, 2008). FIQUE ATENTO As condições de trabalho na indústria e nas empresas até o século XX eram extremamente difíceis, com precariedade nas relações de trabalho, baixa capacidade de organização dos trabalhadores e baixos salários. Deste modo, no modelo clássico, consideram-se dois tipos de desemprego, a saber: o desemprego friccional, observado quando os trabalhadores estão temporariamente sem trabalho, porém o estão buscando. Trata-se de uma situação provisória, resolvida assim que esses indivíduos localizarem outra ocupação, que, seguramente, será obtida a uma dada taxa salarial; e - 2 -

o desemprego voluntário, gerado por pessoas que não têm necessidade de trabalhar (por exemplo, que recebem mesadas ou outro tipo de auxílio) e, assim, não demandam um emprego ou simplesmente se recusam a fazê-lo por alguma razão pessoal. EXEMPLO Considere que uma pessoa recentemente foi demitida de um cargo em comissão, que ocupava em uma prefeitura, mas ela já está pleiteando nova colocação no mercado, participando de processos seletivos. Neste caso, a pessoa está temporariamente sem emprego, mas há oferta de vagas para o seu perfil. Isto a qualifica como um caso de desempregado friccional. Por outro lado, a crise de 1929, gerada a partir do colapso da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) veio contrapor o então pensamento econômico sobre o desemprego. Como era possível falar apenas em desemprego friccional ou voluntário, se havia massas de trabalhadores dispostas a trabalhar por qualquer salário, por menor que fosse, e, ainda assim, não encontravam alguma ocupação? Figura 2 - Desemprego e desalento Fonte: Lightspring / Shutterstock E como falar de pleno emprego de recursos a preço de mercado, se as indústrias não produziam por não encontrar consumidores, gerando capacidade ociosa nas linhas de produção? - 3 -

FIQUE ATENTO A capacidade ociosa é medida pela diferença entre o volume efetivo de produção e a capacidade total de produção de uma empresa. Se essa diferença é menor que zero, a empresa poderia produzir mais, mas não está podendo fazê-lo, então, há capacidade ociosa! A partir dessa realidade, John Maynard Keynes, em sua teoria geral, introduz uma discussão a respeito do conceito de desemprego involuntário, além de ratificar os dois tipos de desemprego mencionados no modelo clássico. Nesta situação, a oferta de mão de obra (ou seja, o número de trabalhadores dispostos a ceder sua força de trabalho em troca de alguma remuneração) era maior que o volume de emprego existente (KEYNES, 1992). Figura 3 - Desemprego no setor financeiro Fonte: Viktor Gladkov / Shutterstock Na verdade, afirmava Keynes (1992), ao contrário do que o modelo clássico previa, os salários e preços não são exatamente flexíveis, de forma que, nem sempre, a economia estava em pleno emprego. Os salários, por exemplo, não se regulavam conforme o mercado, em vista do poder dos sindicatos, que não aceitavam reduções salariais. Os preços também manifestavam rigidez em vista da resistência dos agentes no mercado (KEYNES, 1992). - 4 -

SAIBA MAIS Para conhecer mais a respeito da teoria keynesiana, acerca do desemprego, consulte asubseção2.1 da tese do professor Dr. Cassiano José B.M. Trovão. Disponível em:< http://repositorio.unicamp.br/handle/reposip/286510>. Deste modo, a discussão proposta por Keynes (1992) ultrapassa os conceitos relacionados ao desemprego. Na verdade, o autor enfatiza que as economias capitalistas não tinham condição, por si só, de encontrar o regime de pleno emprego. O Estado deveria, considerando-se essa conjuntura, atuar para superar questões negativas com a geração de desemprego involuntário e a capacidade ociosa na economia. Esta ação viria pela intervenção governamental, a partir de programas de gasto público, para reduzir a capacidade ociosa da indústria, o desemprego e, por consequência, aumentar o consumo e a demanda por bens. SAIBA MAIS Nos Estados Unidos, um extenso programa de obras públicas, conhecido como New Deal (novo acordo, em tradução livre) contribuiu para a recuperação da demanda através da geração de emprego após a crise de 1929. Delimitada, portanto, a discussão a respeito do desemprego e suas classificações conforme o pensamento econômico, podemos lançar mais alguns tópicos importantes para esta nossa discussão. Podemos efetuar, ainda, uma segunda classificação a respeito do conceito de desemprego, considerando alguns elementos inerentes à situação do mercado. Deste modo, temos os conceitos de desemprego conjuntural e estrutural. O desemprego conjuntural demonstra um grupo de trabalhadores desempregados em função de características do mercado e da economia, que podem, de alguma forma, ser revertidas, como por exemplo, um crescimento econômico baixo ou a falta de oferta de qualificação profissional aos trabalhadores. Por outro lado, o desemprego estrutural diz respeito às mudanças potencialmente irreversíveis do mercado e da economia, como o incremento da tecnologia e da robotização e a mecanização das linhas de produção, desqualificando o trabalhador; o avanço da internet, que afeta o emprego no setor de serviços (vendedores de lojas físicas, auxiliares etc.); a falta de flexibilidade nas negociações salariais pelo poder dos sindicatos, que leva empresas a buscarem outras regiões etc. (ANTUNES; POCHMANN, 2007). Se observamos, portanto, a existência de trabalhadores desempregados, podemos calcular a taxa de desemprego e a força de trabalho na economia. A força de trabalho (L, de Labour force) é a soma de todos os trabalhadores empregados (N) e todos os desempregados (U, de unemployed): Deste modo, a taxa de desemprego ( unemployment rate ) é dada a partir da seguinte equação: - 5 -

Se, em uma economia, há um milhão de pessoas desocupadas em relação a uma força de trabalho total de dez milhões de indivíduos, a taxa de desemprego é igual a: Analise, como referência, na figura a seguir, a taxa de desocupação da população, formada pela razão entre o número de pessoas desocupadas (pessoas que estão sem emprego, porém o estão procurando, através de consultas a jornais, sites e amigos, por exemplo) com mais de 14 anos em relação à população total nesta faixa etária. Observe que nos dados relativos aos últimos cinco anos, a partir do final de 2014 até janeiro de 2017, o número total de pessoas desocupadas não parou de aumentar. Assim, a existência de desemprego involuntário é uma condição prejudicial à economia e à sociedade, e três características são necessárias para que tal situação seja visualizada: o indivíduo deve estar apto a trabalhar (excluindo-se assim as crianças e idosos, doentes e indivíduos absolutamente incapacitados para atividades produtivas); o indivíduo deseja trabalhar pelo salário oferecido para sua função, de acordo com sua formação; o indivíduo não encontra trabalho. - 6 -

Fechamento Nesta aula, você teve a oportunidade de: conhecer os conceitos de desemprego voluntário e involuntário; entender a taxa de desemprego e sua validade para a estimação do número de pessoas desocupadas em uma economia. Referências ANTUNES, R; POCHMANN, M. A desconstrução do trabalho e a explosão do desemprego estrutural e da pobreza no Brasil. In: CIMADAIMORE, Alberto; CATTANI, Antonio David (Org.). Produção de pobreza e desigualdade na América Latina. Tradução de Ernani Só. Porto Alegre: Tomo Editorial/Clacso, 2007. Disponível em: < http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/ar/libros/clacso/crop/cattapt/08antu.pdf>. Acesso em: 28/03/2017. BLANCHARD, O. Macroeconomia. 3.ed. São Paulo: Prentice Hall, 2004. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Diretoria de Pesquisas. Coordenação de Trabalho e Rendimento. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). Tabelas Brasil. Disponível em:< ftp://ftp.ibge.gov.br/trabalho_e_rendimento /Pesquisa_Nacional_por_Amostra_de_Domicilios_continua/Trimestral/Tabelas/pnadc_201701_tabelas_brasil.zip >. Acesso em: 10/07/ 2017. KEYNES, J. M. Teoria geral do emprego, do juro e da moeda. Tradução de Mário Ribeiro da Cruz. São Paulo: Editora Atlas, 1992. LOPES, L. M; VASCONCELLOS, M. A. S (Org). Manual de Macroeconomia Básico e Intermediário. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2008 TROVÃO, C. J. B. M. Desigualdade Multidimensional: uma abordagem keynesiana para o seu enfrentamento. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Econômico) Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas (IE-Unicamp), 2015. Disponível em:< http://repositorio.unicamp.br/handle/reposip/286510>. Acesso em: 10/07/2017. - 7 -