ANEXO XIII RELATÓRIO ARBÓRIO DA FUTURA ÁREA DA MORADIA ESTUDANTIL CAMPUS SÃO JOSÉ DOS CAMPOS Realizou-se visita ao terreno localizado em São José dos Campos nos dias 03/10/14 e 14/10/2014, com o propósito de coletar dados a respeito da área alvo do Concurso da Moradia Estudantil. A inspeção do terreno foi importante pelo fato dele abrigar duas nascentes de água doce e um rio, o que implica na necessidade de conhecer os limites reservados às Áreas de Proteção desses corpos hídricos, assim como o tipo de vegetação e densidade de ocupação destas no local, para que o edifício se encaixe da melhor forma possível no ambiente. Dessa forma demonstramos que, realmente, estamos em busca da construção de uma edificação sustentável como apontam as diretrizes das normas A3P (Agenda Ambiental da Administração Pública) e a Instrução Normativa nº 01 de 19 de janeiro de 2010. No local reservado à moradia estudantil há indícios de tocos de árvore queimados, nascentes secas e rio de baixa vazão, como confirma a Foto 1. Foto 1-Tocos de árvore queimadas
As áreas de proteção estão discriminadas na Figura 1. A que tem interface com a moradia é a APP4 que possui área de 65.523,66 m 2 e é formada pelas áreas de proteção das nascentes e do rio. A linha em azul delimita a área do Campus São José. Moradi a Figura 1-Delimitação da APP4 Recomenda-se que se adote uma política de compensação ambiental e de atenção com a área de APP, pois nela localizam-se as matas ciliares dos corpos d água, que poderão, futuramente, ser utilizadas para abastecimento de água e promoção de qualidade de vida para população do entorno (qualidade do ar, reconstrução de paisagem, lazer), além disso, os corpos d água contribuem para a regulação térmica do prédio. Para que se inicie o processo de recuperação do terreno sugere-se que seja feito o cercamento das áreas de APPs a fim de evitar a invasão de animais nas margens das nascentes e do rio (Foto 2 e Foto 3), e para que seja viável o plantio e recuperação de suas Matas Ciliares. Posteriormente, com a construção da moradia pode-se pensar na construção de um parque linear ao redor do rio e das nascentes a fim de promover a instalação de equipamento de lazer para a população
e alunos. Recomenda-se, ainda, que a área de moradia esteja protegida quanto à ação da fauna que deverá surgir juntamente com o desenvolvimento da flora. Foto 2-Marcas de pisoteamento das margens da nascente
Foto 3-Marcas de pisoteamento de animais nas margens do rio O livro Práticas para restauração da Mata Ciliar (Poester et al, 2012) traz indicativos métodos e técnicas para a recuperação dessas matas ciliares. Outro aspecto ambiental a ser tratado é o lançamento dos efluentes que serão produzidos na moradia. Atualmente, os efluentes do Campus são tratados por um sistema de lodos ativados - Foto 2. E, além disso, a água da chuva é tratada, armazenada e reaproveitada em sanitários e na limpeza do Bloco I, edificação adjacente à área da moradia- Foto 5. Assim o projeto de construção desse novo edifício deve contemplar uma rede de coleta de água de chuva e de esgoto que sejam ligadas a essas estações.
Foto 4-Estação de Tratamento de Esgoto Foto 5-Detalhe da proximidade entre moradia e o Bloco I
As próximas fotos têm o intuito de mostrar a área total da moradia para elaboração dos projetos deste concurso de moradia estudantil. Foto 6- Visão de trás do terreno As duas torres, menores, são referência da entrada do terreno e delimitam seu início e a posição de onde foi tirada a foto delimita seu final. Pode-se notar que há poucas árvores no local da Moradia, porém se necessário suprimi-las recomenda-se fazer o transplante destas para a APP. Pois esses fragmentos arbóreos podem ser classificados como remanescente de Mata Atlântica, já que ao fundo do terreno existe uma densa floresta desse mesmo Bioma, conforme a Foto 7. Além, disso deve-se seguir a Política de Conservação presente na Lei 11.428 de 2006.
Foto 7- Visão lateral do terreno
Foto 8-Visão lateral do terreno
Foto 9-Visão lateral do terreno