A criação extensiva de burros mirandeses



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Transcrição:

A criação extensiva de burros mirandeses Porquê criar burros Tudo começou em 1999 com a compra da primeira burra lanuda. Essa compra surgiu pelo interesse que me despertou o contacto com os burros pois estava a acompanhar um estudo zootécnico sobre os asininos existentes no Parque Natural do Douro Internacional. Nessa altura parecia-me uma certa loucura, um verdadeiro estigma, pois estava no ar o peso da imagem negativa que estes animais ainda possuem, eles são frequente motivo de troça e gozo, pensei que ficaria associado pessoalmente a essas características. O primeiro animal que adquiri a burra Sendinesa (porque veio da zona de Sendim) custou 135 contos (cerca de 675 Euros), e mantive-a sozinha durante algum tempo, quase como experiência. Meses mais tarde achei que esta precisava de companhia e uma vez que havia, nessa altura, muito mais oferta do que procura, comprei mais 2 animais. Pelo contacto com esses e outros animais jovens que entretanto fui adquirindo, em especial a Franjinhas (fui buscá-la a um negociante de gado na véspera de ser embarcada via TIR para Espanha!? para ser convertida em ração para cães), acabei por estabelecer as bases de pequeno projecto de criação de animais com aquelas características (semelhantes à raça Zamorana), ou seja animais com pelo denso e comprido, cor castanha escura, porte elevado, patas grossas e lanudas. Entretanto fui adquirindo e trocando animais até reunir o lote de 12 femeas e 2 machos (cheguei ter o dobro), que incluem as características zootécnicas e morfológicas que procuro (dentro da raça Mirandesa). Inicialmente pensava vir a organizar passeios de burros, mas optei por falta de tempo, por me dedicar exclusivamente à criação destes animais, esperando conseguir, através da venda dos animais nascidos na exploração, alguma sustentabilidade económica que pelo menos me assegure o pagamento das despesas associadas à satisfação pessoal de contribuir para salvar a raça Mirandesa

Dicas sobre a criação extensiva de asininos Os burros são animais de grande porte, que pelas necessidades de espaço, de alimento de cuidados sanitários e veterinários, não se equiparam aos vulgares animais de companhia. Eis algumas dicas sobre o que é preciso para ter estes animais na sua quinta. Espaço As condição básica para ter este animal corresponde à disponibilidade de espaço de pastagem, pois somos adeptos da semi-estabulação. O mínimo de condições são, a nosso ver, uma pastagem de pelo menos ½ hectare (por animal) e um pequeno armazém para resguardo dos animais e do seu alimento, fundamentalmente durante o período invernal. Os burros, sendo oriundos das estepes planálticas do nordeste africano, estão melhor adaptados aos períodos quentes e secos, e toleram pior os períodos chuvosos e húmidos/frios (há nesses períodos uma maior propensão para problemas respiratórios e ao nível dos cascos). Refira-se, no entanto, que os burros da raça Mirandesa, com o seu casaco de pelos densos e compridos são dos animais extremamente rústicos podendo suportar, se estiverem em bom estado de saúde e se foram progressivamente habituados, uma boa parte do Inverno no exterior. Essa pelagem serve também para proteger do calor. È importante dispor de árvores ou alguma estrutura que forneça sombra durante o Verão. Infra-estruturas Um exploração em semi-estabulação carece de vedações com um mínimo de 1,30 m (rede ovelheira com uma fiada de arame farpado). As vedações devem ser mais reforçadas nas instalações dos machos inteiros. Todos os terrenos vedados devem dispor de água limpa e abundante ao longo de todo o ano, seja em ribeiros, bebedouros, charcas. Para armazenamento de palhas e protecção nas noites de chuva e neve deve ser disponibilizado um estábulo (amplo e minimamente ventilado) associado à pastagem de Inverno. No caso de não haver árvores devem ser construídos taipais para sombra, que é muito apreciada durante os meses de Verão. É aconselhável ter comedouros (ex: em ferro), há muitos modelos no mercado para cavalos, nas pastagens de Inverno por forma a um melhor aproveitamento das palhas e ração, evitando que estas caiam para o chão (eles têm muita tendência para escolher as melhores ervas e afastar as menos suculentas). A construção de uma manga de maneio é aconselhável (para tratamentos veterinário), no nosso caso não possuímos nenhuma.

Companhia asinina Os burros são animais gregários e extremamente sociáveis, e por isso aconselhamos a criação de um mínimo de 2 animais (podendo um deles ser um equino ou um muar). As fêmeas, ou machos castrados, possuem em geral comportamento extremamente dócil, e caso não pretenda criar asininos aconselhamos que sejam escolhidos esses animais, qualquer combinação e qualquer idade serve (ex: 2 femeas, 1 femea e um macho castrado, 2 machos castrados). No caso de ter algum burro inteiro, pelo seu carácter mais arisco e impulsivo (especialmente no que toca a burras) a exploração deve estar preparada para assegurar que este animal possa ser separado dos restantes de forma segura (nos períodos de cio um burro inteiro pode facilmente levar pela frente ou saltar um vedação mal construída). No entanto, cada caso é um caso, e em determinadas situações de maneio é possível ter o burro inteiro sempre junto com os outros animais, de qualquer forma tem que haver uma vigilância apertada. Companhia humana O contacto com as pessoas é também fundamental. Ainda que sejam bastante independentes os burros estabelecem facilmente relações de confiança com os seres humanos, que dependem em grande medida da quantidade de tempo e do trato que lhes possamos conceder. Não é de excluir que os animais adquiridos a negociantes de gado, ou de proviniência desconhecida, tenham passado por situações traumatizantes e por vezes manifestem um comportamento fugideo e desconfiado. A alteração desses comportamentos, para uma conduta em que o Homem deixe de ser de novo uma ameaça, ocorre ao longo do tempo através de muita dedicação, carinho e paciência. Manutenção (tempo e dinheiro) Se as necessidades de espaço e infra-estruturas estiverem supridas, é meio caminho para assegurar de forma económica a manutenção dos animais. No nosso caso a exploração é extensiva e a despesa anual por animal ronda os 250 (sem contar com despesas nas infra-estruturas). Refira-se que a estes animais não são fornecidas palhas ou ração durante cerca de metade do ano (entre Abril e Novembro), e a maior despesa surge do pagamento de mão de obra na sua vigilância, manutenção e limpeza. No nosso caso uma vez que os animais

permanecem estabulados durante um período curto do ano, não há grandes despesas ao nível de remoção do estrume (aliás este é oferecido mediante a mão de obra da sua remoção). As despesas medico veterinárias rondam para toda exploração cerca de 500 /ano. Nas explorações extensivas com um menor número de animais todas essas despesa de manutenção são substancialmente menores (cerca de de 150 /ano). Alimentação As despesas de alimentação dependem da quantidade de pastagem natural que esteja disponível. Partindo do principio que os animais estão em estabulação completa (que a nosso ver não é de todo desejável), estes consomem por dia em média cerca de 5-6 Kg de forragem (2 ou % do peso do animal adulto) e 500 kg de ração (aveia, cevada, ou preparados). Fazendo as contas de forma rápida podemos chegar ao montante de montante 410 por animal/ano (34 por animal/mês) = [1/2 fardo de 20 Kg de aveia ou feno por dia (1 ) + 100 gr de ração (0,12 )] x 365 dias Sendo um maneio bastante extensivo, a manutenção da exploração passa em grande parte do ano pela visita diária a todos os animais fazendo uma observação individual para saber se está tudo bem. De Inverno há fornecimento de palhas, e por vezes ração, pela manha e ao final da tarde. Manutenção diária Em semi-estabulação, e se de facto o terreno onde os animais pastam não oferece perigos (ravinas, poços abertos, valas, terras encharcadas) a principal tarefa diária corresponde à observação individual dos animais para ver se está tudo bem, o que pode ser feito em 5 minutos. No período mais frio do ano, durante o qual as geadas, nevadas e chuvas, fazem a forragem escassear ou impossibilitam o seu acesso, torna-se necessário fornecer 2 vezes por dia palhas e ração (entre Novembro e Março). Há também alguns períodos que exigem muito maior dedicação, por ex. caso haja burras prenhes, ou animais doentes. Cascos O desgaste dos cascos depende muito do tipo de terreno em que os animais se encontram e actividade que eles desenvolvem. No nosso caso, nunca aplicámos ferraduras nos animais, e dependendo dos prados em que se encontram desgastam mais ou menos os cascos. No caso dos machos inteiros, uma vez que estes se movimentam mais do que as fêmeas, quase nunca é preciso aparar os cascos. Nos restantes casos, normalmente é necessário chamar o ferrador de 3 em três meses para dar jeito nos cascos dos animais, retirando as porções a mais e corrigindo eventuais defeitos. É claro que sempre que surjem

problemas de cascos (fracturas, cocheira) chama-mos o ferrador. A despesa nos cascos ronda, no nosso caso, 20 /ano. Desparasitações Os nosso animais são desparasitados internamente (2 vezes por ano) e externamente, 4 a 5 vezes por ano (no período estival surgem por vezes infestações de pulgas e carraças). Em todos esses casos, não há fórmulas, e sugerimos o contacto com um médico-veterinário. Cuidados veterinários Os burros são animais extremamente rústicos, os poucos problemas sanitários que detectámos na nossa exploração foram: problemas de pele (algo frequente nas mudanças de estação), infecções oculares (raro), bronco-pneumonia (1 caso), mamite (1 caso), feridas graves (1 caso). Apesar do desconhecimento da maioria dos médicoveterinários sobre esta espécie, a maioria dos problemas tem sido resolvido com o auxilio de produtos existentes no mercado destinados aos equinos. Em todos esses casos, não há fórmulas, e sugerimos o contacto com um médicoveterinário.

A raça Asinina de Miranda Animal bem conformado, com manifesta acromegalia, corpulento e rústico. Altura média, medida com hipómetro ao garrote, nos animais adultos: > 1,20 m. (a altura recomendável é 1,35 m.). Pelagem castanha escura, com gradações mais claras nos costados e face inferior do tronco; branca no focinho e contorno dos olhos; hirsutismo acentuado com pêlo abundante, comprido e grosso, aumentando em extensão e abundância nos costados, face, entre-ganachas, bordos das orelhas e extremidades dos membros; crinas abundantes; ausência de sinais. Temperamento dócil. Cabeça volumosa e ganachuda de perfil recto; fronte larga e levemente côncava na linha mediana, coberta de abundante pêlo (chegando a formar-se sobre a fronte uma espécie de franja ); arcadas orbitárias muito salientes; face curta de chanfro largo; canal entre-ganachas largo; lábios grossos e fortes; orelhas grandes e largas na base, revestidas no seu bordo interior de abundante pilosidade, arredondadas na ponta (formando uma espécie de borla) e dirigidas para a frente; olhos pequenos, dando ao animal uma fisionomia sombria. Pescoço curto e grosso. Garrote baixo e pouco destacado. Dorso tendendo para a horizontalidade, curto e bem musculado. Peitoral amplo com quilha saliente. Tórax profundo. Costado encurvado. Garupa em ogiva mais elevada que o garrote, pouco destacada. Espáduas curtas e bem desenvolvidas, com ligeira inclinação. Ventre volumoso. Membros grossos de articulações volumosas, providos de pêlo abundante cobrindo os cascos, machinhos bem desenvolvidos; membros posteriores com tendência a serem estendidos e um pouco canejos; cascos amplos. Andamentos de grande amplitude mas lentos, pouco ágeis.

Leituras aconselhadas Davézé J & A. Raveneau,2002. Le livre de l âne. Rustica Editions. Paris. 144 pp Carette J., 2000. L abcdaire de l ane. Flammarion Editions. Paris. 119 pp Garcia Dory M., Vicente S. & F Piñan, 1990. Guia de Campo de las Razas Autóctonas de España. Alianza editorial. Madrid. 228 pp Ruiz J. L.2000. El Asno Zamorano-Leonés; esse gran desconocido. Instituto de Estúdios Zamoranos Flórian de Ocampo. Zamora. 465 pp. Samões L, 2000. Estudo do gado asinino no Parque Natural do Douro Internacional. Relatório de Estágio Profissionalizante. Instituto da Conservação da Natureza. Mogadouro. 87 pp. Svendsen E., 1997. The professional handbook of the donkey. Whittet Books Limited. London.395 pp. Yanes Garcia J., 1999. El asno zamorano-leonés, una gran raza autócyona. Diputacion de Zamora. 174 pp

Links na Web aconselhados Casa da Cisterna Turismo em Espaço Rural www.casadacisterna.com Associação Transumância e Natureza www.atnatureza.org AEPGA - Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino www.aepga.pt A NATURASIN é uma empresa 100% portuguesa que se dedica à criação de gado asinino e à produção e comercialização de leite de burra. www.naturasin.pt/ Burros em pano e outro artesanato espectacular da Matilde Beldroega www.matildebeldroega.com/ BIOSANI Moinhos vivos www.moinhosvivos.com/defaultcategoryviewone.asp?categoryid=302&lid=1http:/ /www.biosani.com/scid/biosite/default.asp Asociación Nacional de Criadores de la Raza Asnal Zamorano-Leonesa www.aszal.com/ O Site com mais informação sobre asininos www.bourricot.com/