1.ª Conferência da REDE de Língua Portuguesa de Avaliação de Impactos



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INTERNATIONAL ASSOCIATION FOR IMPACT ASSESSMENT 1.ª Conferência da REDE de Língua Portuguesa de Avaliação de Impactos Lisboa (Fundação Cidade de Lisboa) 16-19 de junho de 2010 Transportes, Desenvolvimento Urbano e Avaliação de Impactos Relatório

Índice 1. Introdução... 3 2. Objetivos... 3 3. Temas... 3 4. Local e data... 4 5. Organização e apoios... 4 6. Programa... 4 7. Cursos Pré-Conferência... 5 8. Visitas Técnicas...6 9. Reunião da REDE...6 10. Outras atividades... 7 11. Participantes... 7 12. Avaliação da Conferência... 7 Anexo 1 Síntese do painel sobre os sistemas de AIA nos países de língua portuguesa... 9 Anexo 2 Termos de Referência para os Pontos Focais Nacionais da REDE... 10 O nosso obrigado às organizações que demonstraram o seu empenho em contribuir para o avanço da Avaliação de Impactos no espaço da língua portuguesa e para um mundo mais sustentável. 2 1ª Conferência da REDE Relatório

1. Introdução A Rede de Língua Portuguesa de Avaliação de Impactos (REDE) é um projeto da APAI Associação Portuguesa de Avaliação de Impactes, filiada de língua portuguesa da IAIA International Association for Impact Assessment. A REDE tem a visão de constituir a rede dos profissionais e das instituições envolvidas nas várias formas de avaliação de impactos, utilizando o português como língua de comunicação. A missão da REDE é contribuir para o avanço da inovação e da comunicação da melhor prática em todas as formas de avaliação de impactos no espaço da língua portuguesa e para a promoção do português como língua internacional de trabalho em avaliação de impactos. A 1ª Conferência da REDE de Língua Portuguesa de Avaliação de Impactos, que teve lugar em Lisboa de 16 a 19 de junho de 2010, constituiu um marco importante na consolidação deste projeto. A REDE arrancou em finais de 2008. Desde então foi possível congregar os apoios suficientes para criar um site, traduzir para português toda a documentação de referência da IAIA e organizar a 1ª Conferência, bem como ações de divulgação da REDE, quer em Portugal quer noutros países. Foram também estabelecidos contactos institucionais com entidades, que se vieram a traduzir na assinatura de protocolos e memorandos de entendimentos com a IAIA, o Departamento de Planeamento, Prospectiva e Relações Internacionais (DPPRI) do Ministério do Ambiente e Ordenamento do Território de Portugal, o Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD) e a Associação Moçambicana de Avaliação do Impacto Ambiental (AMAIA). O presente Relatório procura fazer uma síntese do que foi a Conferência e da avaliação pelos participantes. Trata-se de um documento útil não apenas para os participantes e entidades que apoiaram a Conferência, mas também como instrumento de trabalho para a preparação da 2.ª Conferência. 2. Objetivos Os objetivos da Conferência foram, por um lado, proporcionar um fórum regular de intercâmbio e debate sobre a Avaliação de Impactos no espaço da língua portuguesa e, por outro, promover a concretização da REDE, reforçando e alargando a sua estrutura organizativa. 3. Temas O tema escolhido para a Conferência Transportes, Desenvolvimento Urbano e Avaliação de Impactos é um tema aplicável aos vários contextos geográficos e apresenta uma atualidade relevante, pelas suas ligações às questões candentes dos nossos dias a pobreza, as alterações climáticas, a biodiversidade, a saúde e o bem-estar humanos. Dentro deste tema foram definidos os seguintes subtemas: Alterações climáticas Biodiversidade Dimensão Social Saúde Património Cultural Paisagem Outros temas, de natureza transversal, em Avaliação de Impactos foram igualmente definidos no Anúncio Preliminar da Conferência: Sistemas de Avaliação de Impactos e Licenciamento Ambiental O papel da Avaliação de Impactos nas políticas de cooperação Avaliação de Impactos nas instituições financeiras A Avaliação de Impactos e os Direitos Humanos 1ª Conferência da REDE Relatório 3

4. Local e data A 1.ª Conferência da REDE de Língua Portuguesa de Avaliação de Impactos teve lugar em Lisboa, na Fundação Cidade de Lisboa, de 16 a 19 de junho de 2010. 5. Organização e apoios A Conferência foi organizada pela APAI, tendo a Comissão Organizadora sido constituída por Júlio de Jesus (Coordenador da REDE, 2008-2010), Ana Roque (Secretária Técnica da REDE) e Cátia Sá (membro da APAI). A Comissão Científica foi constituída por Iara Verocai (Brasil), Luis Sánchez (Brasil), Maria do Rosário Partidário (Portugal) e Miguel Coutinho (Portugal). A Conferência teve os seguintes apoios e patrocínios: - IPAD Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento - Gabinete de Relações Internacionais (Departamento de Planeamento e Prospectiva e Relações Internacionais) do Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território de Portugal - REN Redes Energéticas Nacionais, SGPS, SA - InIR Instituto de Infra-Estruturas Rodoviárias I.P. - Estradas de Portugal, SA - EPAL Empresa Portuguesa das Águas Livres, SA - REFER Rede Ferroviária Nacional, EPE e RAVE Rede de Alta Velocidade, SA - EGF - Empresa Geral do Fomento, SA - Parque Expo 98, SA - IDAD Instituto do Ambiente e Desenvolvimento - Associação de Estudantes do Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa - Câmara Municipal de Lisboa 6. Programa O dia 16 foi consagrado aos cursos pré-conferência e o dia 19 a visitas técnicas. A Conferência propriamente dita decorreu nos dias 17 e 18. O Programa da Conferência teve a seguinte estrutura geral: - Sessão de abertura; - Quatro Sessões Plenárias (A, D, F e G); - Seis Sessões Paralelas (B1, B2, C1, C2, E1, E2); - Sessão de Posters. No site da REDE encontra-se o Programa Final distribuído aos participantes (http://www.redeimpactos.org/index.php?lg=1&idmenu=57) A Sessão de Abertura contou com as seguintes intervenções: - Júlio de Jesus, Coordenador da REDE 2008/2010 e Presidente da Comissão Organizadora; - Natasha Aragão, Representante da AMAIA Associação Moçambicana de Avaliação de Impacto Ambiental; - João Almeida, Presidente da APAI Associação Portuguesa de Avaliação de Impactes; - Jonathan Allotey, Presidente da IAIA International Association for Impact Assessment; 4 1ª Conferência da REDE Relatório

- Manuel Clarote Lapão, Diretor de Cooperação da CPLP Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. A Sessão Plenária A contou com as intervenções de quatro oradores convidados: - Luís de Sousa (Instituto de Ciências Socias da Universidade de Lisboa / Transparency International): A Transparency International, a luta contra a corrupção e o papel da Avaliação de Impactos; - Carlos Dora (Organização Mundial de Saúde): Mecanismos de governança para avaliações de impacto (também na saúde) como as novas medidas dos bancos de desenvolvimento; - Marília Marreco Cerqueira (Ministério do Meio Ambiente do Brasil): Avaliação de Impactos no Brasil perspetivas futuras; - Maria João Coelho (Gabinete do Secretário de Estado do Ambiente de Portugal): Avaliação de Impactes em Portugal balanço e perspectivas. A Sessão Plenária D pretendeu traduzir um balanço da Conferência Anual de 2010 da IAIA (IAIA 10) relativamente à AI e a Economia Verde, na leitura feita por vários membros da IAIA envolvidos na IAIA 10: Luis Sánchez, Maria do Rosário Partidário, Miguel Coutinho e Pedro Bettencourt Coutinho, que moderou. Esta sessão assumiu um formato de mesa redonda. A Sessão Plenária F, sobre o tema Apoio ao desenvolvimento: o papel da AI, também teve o formato de mesa redonda. Moderada por Maria do Rosário Partidário, teve como participantes Inês Rosa (IPAD) e Alexandra Carvalho e Luís Chainho (ambos do GRI-MAOT). A Sessão Plenária G consistiu num painel sobre os sistemas de AIA nos países de língua portuguesa. Este painel, moderado por Júlio de Jesus, contou com Julieta Condez (Angola), Iara Verocai (Brasil), Mário Biague (Guiné-Bissau), Rosa Cesaltina (Moçambique), Anabela Trindade (Portugal), Arlindo de Carvalho (S. Tomé e Príncipe) e Álvaro dos Santos (Timor-Leste). A cada um dos participantes foi pedido que assinalasse os principais pontos fortes e pontos fracos do respetivo sistema de AIA ou da sua prática. No Anexo 1 apresenta-se a síntese deste painel, preparada por Júlio de Jesus As Sessões Paralelas B1, B2, C1, C2, E1 e E2 contaram com um total de 25 apresentações de comunicações orais. Os respetivos resumos foram distribuídos aos participantes no início da Conferência. A Sessão de Posters teve um total de seis comunicações sob o formato de poster. Os participantes atribuíram, por votação secreta., o Prémio de Melhor Poster ao poster Impacte da Auto-Estrada A2 na ZPE de Castro Verde: Efeitos na Distribuição e Densidade de Sisão (Tetrax tetrax), de Graça Garcia (Estradas de Portugal) Em Agosto foram publicadas no site da REDE as Atas da Conferência, contendo os textos das comunicações orais e sob a forma de poster. 7. Cursos Pré-Conferência A Conferência da Rede de Língua Portuguesa de Avaliação de Impactos, ao reunir profissionais e outros interessados em Avaliação de Impactos, constituiu uma oportunidade para oferecer cursos de formação de curta duração em língua portuguesa. Para esta primeira conferência foram selecionados pela Comissão Científica os seguintes quatro cursos, todos com idêntica duração (7,5 horas): - Curso 1: Introdução à Avaliação de Impacto Ambiental (AIA), formador: Júlio de Jesus; - Curso 2: Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) Os Principais Sistemas Internacionais, formadora: Maria do Rosário Partidário; - Curso 3: Ferramentas para Avaliação de Impactes na Qualidade do Ar, formadores: Miguel Coutinho, Clara Ribeiro; - Curso 4: Acompanhamento Ambiental de Obras em Meio Urbano, formadora: Ana Cerdeira. 1ª Conferência da REDE Relatório 5

Os cursos tiveram o seguinte número de formandos: Curso 1 (Introdução à AIA) 10 Curso 2 (Sistemas Internacionais de AAE) 24 Curso 3 (AI na Qualidade do Ar) 8 Curso 4 (Acompanhamento de Obras) 8 Total 50 A avaliação dos cursos pelos formandos foi bastante positiva. Numa escala de 1 (muito insatisfeito/a) a 10 (muito satisfeito/a), os vários cursos tiveram classificações médias da avaliação global entre 7,9 e 8,6. A moda desta classificação de avaliação global foi de 8 (2 cursos) e 9 (2 cursos). 8. Visitas Técnicas Foram organizadas as seguintes visitas técnicas: - Visita 1: Obra da CRIL Circular Regional Interior de Lisboa, um dos projetos rodoviários mais polémicos dos últimos anos. Esta visita teve o apoio da EP Estradas de Portugal., SA. - Visita 2: Obra da Variante de Alcácer do Sal na Linha do Sul, maior projeto ferroviário em construção em Portugal, que atravessa uma área protegida, classificada como Sítio da Rede Natura 2000 e como sítio Ramsar. Esta visita teve o apoio da REFER, EPE. - Visita 3: Parque das Nações o local da Exposição Mundial de Lisboa - Expo98, o maior exemplo português de renovação urbana de uma antiga zona industrial. Esta visita teve o apoio da Parque Expo 98, SA. Realizaram-se todas as visitas técnicas, com o seguinte número de participantes: Visita 1 (CRIL) 7 Visita 2 (Variante de Alcácer do Sal) 9 Visita 3 (Parque das Nações) 11 Total 27 9. Reunião da REDE Pelas 18h00 do dia 17 realizou-se uma reunião sobre o projeto da REDE. Tal como referido no Programa, esta reunião, aberta a todos os interessados, teve como objetivo discutir as melhores formas organizativas e as futuras atividades da REDE, constituindo uma oportunidade para os participantes se integrarem na comunidade dos profissionais e outros interessados em Avaliação de Impactos no espaço da língua portuguesa. Na reunião foi clarificado que a REDE é um projeto, apoiado pela IAIA e inserido no seu âmbito, e que não visa constituir uma organização própria. Foi decidido que cada pais deveria ter um Ponto Focal, ficando Júlio de Jesus de preparar os termos de referência para essa função. Portugal e Moçambique, que já dispõem de associações nacionais filiadas na IAIA, terão os seus pontos focais indicados pelas respetivas associações. No caso dos países com diversos participantes na Conferência (Angola e Brasil), os pontos focais seriam eleitos no dia 18 por esses participantes. No caso dos restantes países, o Coordenador da REDE iria proceder a contactos posteriores à Conferência para a realização dessa designação. 6 1ª Conferência da REDE Relatório

No Anexo 2 reproduz-se os termos de referência dos Pontos Focais nacionais. No dia 18 os participantes angolanos e brasileiros elegeram Vladimir Russo e Victor Ranieri, respetivamente, como pontos focais nacionais de Angola e do Brasil. Foi decidido que a Conferência deveria ter uma periodicidade bienal e que a 2.ª Conferência teria lugar em S. Paulo, Brasil, em setembro de 2012. Foram definidas as atividades prioritárias da REDE para os dois anos que antecedem a 2.ª Conferência, destacando-se alem da preparação da própria conferência, a elaboração de um Glossário de termos de AI. Os participantes nesta reunião designaram como Coordenador da REDE para o período 2010-2012, ou seja, até à 2.ª Conferência da REDE, o atual Coordenador, Júlio de Jesus, nomeado pela Direção da APAI em 2008. 10. Outras atividades No fim da tarde do dia 16 realizou-se a bordo de um cacilheiro o cocktail de boas-vindas. Foi um momento informal, apreciado pelos participantes, que puderam contemplar a vista de Lisboa e do seu estuário num pôr-do-sol magnífico. No dia 18 teve lugar o Jantar da Conferência, no Restaurante do Museu do Oriente. Foi uma forma agradável de encerrar a Conferência. Quer o cocktail quer o jantar de encerramento contaram com a participação de responsáveis das entidades patrocinadoras. Estes momentos, bem como as pausas para café e almoço ao longo da Conferência e as visitas técnicas, permitiram que os participantes interagissem de modo informal e estabelecessem ou renovassem relações que ajudem a construir a comunidade de língua portuguesa dos profissionais e outros interessados em AI. 11. Participantes A Conferência teve um total de 86 participantes, com a seguinte distribuição por países: Angola 7 Brasil 17 Guiné-Bissau 1 Moçambique 4 Portugal 52 São Tomé e Príncipe 1 Timor-Leste 1 Espanha 2 Organização Mundial de Saúde 1 Neste total não se incluem alguns dos formandos dos cursos pré-conferência, que não se inscreveram na Conferência. O GRI-MAOT de Portugal financiou a participação de um representante dos serviços ligados à AIA de cada um dos seguintes países: Angola, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. No site da REDE encontra-se a Lista de Participantes (http://www.redeimpactos.org/index.php?lg=1&idmenu=57) 12. Avaliação da Conferência A avaliação da Conferência pelos participantes foi feita a posteriori, através de um inquérito na Internet. Esse inquérito teve 31 respostas, correspondendo a 36% dos participantes. Os cursos pré-conferência foram objeto de uma avaliação específica pelos respetivos formandos. 1ª Conferência da REDE Relatório 7

A totalidade dos participantes que respondeu ao inquérito avaliou a Conferência de forma positiva ou muito positiva. Esta avaliação foi apenas qualitativa, através de uma questão de resposta aberta. As principais criticas relacionaram-se com o número relativamente reduzido de apresentações e o incumprimento de horários. 96% e 84% dos inquiridos consideraram que é de manter em futuras conferências da REDE a modalidade de cursos pré-conferência e a realização de visitas técnicas, respetivamente. O facto das visitas serem ao Sábado foi considerado inconveniente por 46% dos inquiridos. A maioria dos participantes que respondeu ao inquérito apresentou sugestões para a 2.ª Conferência da REDE (S. Paulo, Brasil, 2012). O relatório de avaliação da Conferência pode ser enviado mediante solicitação para o email rede@redeimpactos.org Lisboa, setembro de 2010 Júlio de Jesus, Coordenador da REDE e Presidente da Comissão Organizadora da 1.ª Conferência 8 1ª Conferência da REDE Relatório

Anexo 1 Síntese do painel sobre os sistemas de AIA nos países de língua portuguesa País Pontos fortes Pontos fracos / aspetos a melhorar Angola Brasil Guiné-Bissau Moçambique Portugal São Tomé e Príncipe Timor-Leste Consulta pública com todos os estratos sociais Processo de licenciamento Legislação sobre taxas Promoção da transparência Utilidade (evitou grandes impactos negativos) CAIA no Gabinete do PM reforça a sua consideração na decisão Aprovação da lei para breve 8 guias sectoriais em curso Aumento do pedido de licenças Legislação atualizada em vigor Envolvimento das Direções Provinciais Incremento da sensibilidade (ministérios setoriais, empresas públicas), com unidades de ambiente Criação da AMAIA Inserção da AIA nos curricula universitários Estratégia sobre Género, Ambiente e Alt. Climáticas Dimensão e formato das Declarações de Impacte Ambiental Guias metodológicos Protocolo com Espanha sobre Impactes Transfronteiriços Harmonização das peças do EIA em função da fase Evolução da qualidade dos EIA Legislação em vigor Sensibilização e divulgação da lei Comissão técnica para a avaliação dos estudos Consciência da necessidade de consideração dos impactos ambientais Elaboração de algumas avaliações (indústria, turismo, importações,...) Guia de procedimentos Equipas setoriais Falta de integração com outros instrumentos (prejudicando a eficácia da AIA) Pouco desenvolvimento das técnicas de previsão de impactos Capacidade técnica nacional limitada Falta de autonomia dos pontos focais setoriais Falta de gabinetes de consultoria Monitorização (falta de meios) Falta de capacidade técnica para a pósavaliação Recursos financeiros Simplificação administrativa Articulação com os regimes de outros instrumentos Processo de pós-avaliação (monitorização, avaliação da eficácia das medidas) Maior participação e envolvimento dos interessados Maior envolvimento do público de uma forma ativa EIA demasiado longos e com fraquezas de conteúdo Falta de capacitação dos quadros Falta de regulamentação (por ex. licenciamento, taxas) Monitorização Petróleo falta de capacidade técnica para avaliação Falta de aprovação da legislação ambiental Falta de vontade política 1ª Conferência da REDE Relatório 9

Anexo 2 Termos de Referência para os Pontos Focais Nacionais da REDE Contribuir para a coordenação de atividades, através da troca regular de mails com o Coordenador e os restantes pontos focais. Envio regular de informação para o site da REDE sobre a Avaliação de Impactos (e temas relacionados) no país (legislação, notícias, documentos produzidos). Promover a recolha de casos de estudo de boas práticas de Avaliação de Impactos, que possam vir a ser compilados e divulgados no site da REDE. Dinamizar a REDE no respetivo país, através de: Promoção da divulgação da REDE, da Conferência, dos documentos da IAIA traduzidos para português, de outras atividades técnicas como o glossário, junto dos potenciais interessados; Promoção da inscrição de pessoas/organizações no diretório existente no site e que passam a receber por mail informação da REDE; Realização de contactos institucionais com entidades da Administração (órgãos ambientais, saúde, cultura, etc.), de Universidades/centros de pesquisa, de empresas, de consultores, etc. Contacto com membros da IAIA que já existam no respetivo país (contactos a fornecer pela Coordenação); Gestão da conta de e-mail (país@redeimpactos.org), verificando regularmente o mail e respondendo (se necessário articulando as respostas com a Coordenação da REDE); Envio de informação à Coordenação que se destine a ser divulgada por mail a todos os inscritos no diretório da REDE e participantes na Conferência. Promover a participação nacional na 2.ª Conferência (S. Paulo, Brasil, setembro 2012) Promover, dentro das possibilidades, a criação da associação nacional a filiar na IAIA. 10 1ª Conferência da REDE Relatório