FEBRE AMARELA V A C I N A E M I D O S O S? CAROLINA TONIOLO ZENATTI
A DOENÇA Agente: vírus do ge nero Flavivirus, família Flaviviridae. Período de incubação varia entre 3 e 6 dias, podendo ser de até 10 a 15 dias. Período de transmissibilidade vai de 24 a 48 horas antes até 3 a 5 dias após o início dos sintomas.
A DOENÇA O registro dos últimos casos da febre amarela urbana no País ocorreu na cidade de Sena Madureira (AC), em 1942. Atualmente, a febre amarela silvestre (FA) é uma doença endêmica no Brasil (i.e., regi ão amazo nica). Sendo a febre amarela silvestre uma zoonose, sua transmissão não é passível de eliminação, necessitando de vigilância e manutenção das ações de controle Uma pessoa com febre amarela silvestre pode, porém, ser fonte para um surto da chamada febre amarela urbana, transmitida princi- palmente pelo Aedes aegypti, um mosquito que vive nas cidades.
SITUAÇÃO DA DOENÇA O registro dos últimos casos da febre amarela urbana no País ocorreu na cidade de Sena Madureira (AC), em 1942. Atualmente, a febre amarela silvestre (FA) é uma doenc a ende mica no Brasil (i.e., região amazo nica). Sendo a febre amarela silvestre uma zoo- nose, sua transmissão não é passível de eliminação, necessitando de vigila ncia e manutenção das ações de controle Uma pessoa com febre amarela silvestre pode, porém, ser fonte para um surto da chamada febre amarela urbana, transmitida princi- palmente pelo Aedes aegypti, um mosquito que vive nas cidades.
SITUAÇÃO DA DOENÇA No Estado de São Paulo- 27 casos confirmados autóctones, 10 mortes (02/01/2018) Três mortes na cidade de São Paulo- todos estiveram em Mairiporã
DEFINIÇÃO DE CASO SUSPEITO Indivíduo com: Exposic ão em área afetada recentemente (em surto) ou em ambientes rurais e/ou silvestres destes nos 15 dias anteriores ao inicio dos sintomas... Com até sete dias de quadro febril agudo (febre aferida ou relatada)... Acompanhado de dois ou mais dos seguintes sinais e sintomas: cefaleia (principalmente de localização supraorbital), mialgia, lombalgia, mal-estar, calafrios, náuseas, icterícia e/ou manifestações hemorrágicas... Que não tenha comprovante de vacinação de febre amarela ou que tenha recebido a primeira dose há menos de 30 dias.
CARACTERISTICAS DA VACINA O esquema vacinal consiste em uma dose única a partir dos 9 meses de idade. Consiste de vírus vivos atenuados da subcepa 17DD, cultivados em embrião de galinha. Imunogenicidade de 90% a 98% de proteção. Os anticorpos protetores aparecem entre o sétimo e o décimo dia após a aplicação da vacina
INDICAÇAO DA VACINA- MS Residentes ou viajantes para as áreas com recomendac ão de vacinac ão No Município de São Paulo é recomendada para pessoas residentes na região norte e em algumas localidades da região sul e oeste. http://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/areas-devigilancia/doencas-de-transmissao-por-vetores-ezoonoses/doc/famarela/famarela17_lista_mun_vacinacao.pdf
INDICAÇAO DA VACINA- OMS
EVENTOS ADVERSOS
EVENTOS ADVERSOS A VACINA
CUIDADOS EM CASOS ESPECIAIS
EVENTOS ADVERSOS A VACINA Algumas situações representam maior risco de eventos adversos pós-vacinação Primovacinac ão de pessoas com 60 anos e mais. Pessoas infectadas pelo HIV, assintomáticos e com imunossupressão moderada Pessoas com doenc as de etiologia potencialmente autoimune Pessoas com doenc as hematológicas Pacientes que tenham desencadeado doenc a neurológica de natureza desmielinizante (SGB, ADEM e esclerose múltipla) no período de seis semanas após a aplicação de dose anterior da VFA. Tal recomendação se baseia em dados de literatura para a vacina influenza. Gestantes e mulheres amamentando
ARTIGO 1 Incidência de efeitos adversos graves relatados na ASIP (n=938)
ARTIGO 2 Incidência de efeitos adversos graves relatados na ADRAC (n=8984), comparando com EUA
ARTIGO 3 Descrição de eventos adversos da vacina em >60 anos em um CRIE (n=828) Sem descrições de eventos adversos graves Porem 41,7% já tinha recebido uma dose na vida
ARTIGO 3 Descrição de eventos adversos da vacina em >60 anos em um CRIE (n=828) Sem diferença com significância estatística entre os subgrupos considerando idade 70 anos, sexo, imunocomprometimento Mais efeitos adversos no subgrupo que recebeu a vacina pela primeira vez
ARTIGO 4 Descrição (prospectivo) de eventos adversos por membros da Fiocruz/Biomanguinhos
ARTIGO 5 Revisão sistemática-efeitos adversos em >60 anos
ARTIGO 5 Revisão sistemática-efeitos adversos em >60 anos
ARTIGO 6 Analise da viremia e resposta imune em idosos
ARTIGO 7 Imunidade duradoura Não é necessário revacinar
CONCLUSÃO NÃO TOMAR A VACINA se >60 anos e uma das seguintes condições*: Miastenia Gravis 1 Timoma 1 Transplantado de órgão sólidos 1 ou de medula óssea 2 Mieloma 2 Linfoma 2 HIV 2 Doença de Addison 1 Lúpus ou artrite reumatóide 2 Reação anafilática a ovo de galinha prévia 1 Em radioterapia e quimioterapia 1 Em uso de mais de 20mg/dia de corticóide há mais de 14 dias 1 Em uso de imunomoduladores ou imunossupressores 1 Em tratamento de doença febril aguda 2 Já tomou vacina anteriormente 1 1 Contra indicações absolutas 2 Soma de contra indicações relativas
CONCLUSÃO NÃO TOMAR A VACINA se <60 anos e uma das seguintes condições: Miastenia Gravis 1 Timoma 1 Transplantado de órgão sólidos 1 HIV- CD4 <200 Doença de Addison 1 Reação anafilática a ovo de galinha prévia 1 Em radioterapia e quimioterapia 1 Em uso de mais de 20mg/dia de corticóide há mais de 14 dias 1 Em uso de imunomoduladores ou imunossupressores 1 Já tomou vacina anteriormente 1 1 Contra indicações absolutas 2 Soma de contra indicações relativas
CONCLUSÃO TOMAR A VACINA se < 60 anos sem nenhuma das contra indicações descritas anteriormente
CONCLUSÃO TOMAR A VACINA se idade entre 60-70 anos residente ou que vai viajar para essas regiões http://www.saude.sp.gov.br/resources/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica/areasde-vigilancia/doencas-de-transmissao-por-vetores-ezoonoses/doc/famarela/famarela17_lista_mun_vacinacao.pdf
CONCLUSÃO Se >60 anos e não residente ou não vai viajar para as regiões de risco ou >70 anos em qualquer situação : Explicar riscos e benefícios (aumento da chance de eventos adversos graves) Dar preferência para medidas de proteção como repelentes e telas nas janelas