ACOMPANHAMENTO DE AGENTES DE SAÚDE APÓS TREINAMENTO EM EDIBS EM RIBEIRÃO PRETO



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Transcrição:

PAI-PAD PAD Programa de Ações Integradas para Prevenção e Atenção ao Uso de Álcool e Drogas na Comunidade Núcleo de Pesquisa em Psiquiatria Clínica e Psicopatologia ACOMPANHAMENTO DE AGENTES DE SAÚDE APÓS TREINAMENTO EM EDIBS EM RIBEIRÃO PRETO MONITORING AFTER SBIRT TRAINING OF COMMUNITY HEALTH AGENTS IN RIBEIRAO PRETO Jane Moraes Lopes Erikson Felipe Furtado

OBJETIVOS: Apresentar peculiaridades do acompanhamento dos membros das equipes treinadas pelo PAIPAD que não tiveram formação profissionalizante na área de saúde (Agentes Comunitários de Saúde - ACS) visitas técnicas de supervisão pós- treinamento dificuldades encontradas para a utilização do AUDIT indicadores de autonomia dos profissionais treinados para avaliação do estágio de independência em relação à supervisão

PAI-PAD Desenvolvimento de estratégias e ações voltadas para a prevenção e atenção aos problemas causados pelo uso de álcool e drogas CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS CURSO: Uso do AUDIT e Intervenções Breves para problemas relacionados ao álcool em atenção primária

PARTICIPANTES DOS TREINAMENTOS A maioria dos profissionais atua na atenção básica, em Programas de Saúde da Família (PSF) psicólogos 6% outros 11% médicos 5% enfermeiros 10% auxiliares de enfermagem 10% agentes comunitários 58%

VISITAS DE ACOMPANHAMENTO APÓS O TREINAMENTO Assessoria técnica para a implementação das EDIBs esclarecimento de dúvidas revisão do conteúdo do curso motivação para o desenvolvimento de projetos locais Após as visitas de supervisão, a equipe do PAIPAD continua disponível para orientar os profissionais treinados, seja pessoalmente, por contato eletrônico ou telefônico Espera-se que as equipes tenham AUTONOMIA para a continuidade do trabalho após o treinamento

SUPERVISÃO AOS PROFISSIONAIS TREINADOS: LOCAL: unidades de saúde FORMA: entrevistas e grupos de discussão PARTICIPANTES: ACS, enfermeiros e técnicos de enfermagem TEMA: questões relacionadas com o rastreamento do uso de álcool DURAÇÃO: média de 30 minutos, buscando-se o mínimo de interferência na rotina FREQUÊNCIA: Cada equipe recebe 3 ou 4 visitas, a partir de 1 mês após o treinamento

Unidades de Saúde de Ribeirão Preto

Até agosto/2008 em Ribeirão Preto foram realizadas 146 visitas às 29 unidades de saúde treinadas pelo PAIPAD Evolução das Visitas Técnicas 160 140 120 100 80 60 40 20 0 14 10 21 7 29 8 33 4 42 9 46 4 146 110 137 98 88 122 89 127 77 70 65 52 13 5 11 7 9 12 12 6 1 5 10 9 fev/07 mar/07 abr/07 mai/07 jun/07 jul/07 ago/07 set/07 out/07 nov/07 dez/07 jan/08 fev/08 mar/08 abr/08 mai/08 jun/08 agosto Número de Visitas por mês Somatória de Visitas

PROFISSIONAIS TREINADOS 265 (15 do HC) AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE 154 UNIDADES DE SAÚDE VISITADAS 29 VISITAS REALIZADAS 146 PARTICIPANTES DAS VISITAS 106

Rotatividade entre os profissionais treinados = 4,15% AGENTES COMUNITÁRIOS 9 (5,84%) AUXILIARES DE ENFERMAGEM 1(0,27%) ENFERMAGEM 1(0,27%)

PRINCIPAIS TÓPICOS ABORDADOS DURANTE AS VISITAS explicitação dos objetivos da visita entendimento de que alcoolismo não é a única consequência do beber abusivo fixação do conhecimento a respeito do abuso do álcool como um problema de saúde pública que pode ser prevenido a partir das EDIBs formas adequadas para abordagem inicial do paciente objetivando a aplicação do AUDIT diferenciação entre diagnóstico das situações de risco, uso nocivo e dependência e orientações correspondentes estágios de motivação para mudança conduta a respeito de promoção de mudanças no comportamento de beber

DIFICULDADES PARA A IMPLEMENTAÇÃO DAS EDIBS Abordagem do tema uso de bebidas alcoólicas Confusão quanto ao significado de prevenção, riscos e dependência, tendendo a considerar apenas a dependência como problema Descrença na possibilidade de obter resultados positivos Críticas à política de saúde pública

PONTOS POSITIVOS RELACIONADOS À IMPLEMENTAÇÃO abordagens de pacientes de acordo com o treinamento solicitação de AUDITs, materiais educativos e novas visitas realização de projetos locais identificação de lideranças e possíveis multiplicadores profissionais que ainda não foram treinados manifestam desejo de conhecer as EDIBs, engajam-se nas discussões e solicitam a participação no treinamento solicitação de novos cursos relativos a álcool e drogas

EFEITO DO TREINAMENTO EM EDIBS SOBRE AS CRENÇAS E EXPECTATIVAS A RESPEITO DO USO DE ÁLCOOL PRÉ-TREINAMENTO/PÓS-TREINAMENTO INSTRUMENTOS TESTE DE CONHECIMENTO IECPA MÉDIA MEDIANA DESVIOPADRÃO 4,04/5,37 4/4 1,488/1,728 91,21/82,57 75,5/68,5 41,92/32,5 Observou-se redução de crenças e expectativas positivas a respeito do uso de álcool após o treinamento

LEVANTAMENTO DE DADOS: Estudo documental elaborado a partir da revisão de 122 relatórios referentes a visitas técnicas à 21 equipes de saúde treinadas pelo PAIPAD, realizadas entre novembro/2006 a fevereiro/2008, no município de Ribeirão Preto. dificuldades para utilização do AUDIT autonomia das equipes para a implementação das edibs

RAZÕES PARA NÃO APLICAÇÃO DO AUDIT: DIFICULDADES NA INTERAÇÃO COM PACIENTE O profissional : abordagem /medo da reação/medo de que o paciente passe a evitar o contato / querem evitar assuntos polêmicos/dificuldade para encontrar e acompanhar o paciente O paciente: resiste/não assume/nega/omite/ mente/esconde/não admite o quanto bebe/ recusa conversar sobre bebida e informar quantidade / não aceita tratamento/ é agressivo/ não iriam aceitar/não entende /na comunidade existe lei que não permite falar de tudo

RAZÕES PARA NÃO APLICAÇÃO DO AUDIT: DIFICULDADES TÉCNICAS; como motivar alguém a mudar de hábito/atitude/comportamento como convencer o paciente para que aceite que tem problemas em decorrência do uso do álcool não sabe como propor o teste/quando aplicá-lo /funcionários não se sentem seguros em aplicar dúvida em relação ao resultado/ como utilizar o kit de materiais educativos LIMITAÇÕES INSTITUCIONAIS equipe resistente/não motivada/falta envolvimento /não foi treinada/problemas internos de relacionamento

RAZÕES PARA NÃO APLICAÇÃO DO AUDIT: CONDIÇÕES DE TRABALHO DESFAVORÁVEIS falta de material /dificuldade para encaminhar/referenciar falta de apoio/respaldo para a equipe a para o paciente sobrecarga de trabalho /falta de tempo EXPECTATIVAS NEGATIVAS QUANTO ÀS INTERVENÇÕES acham que não adianta nada/ não ia dar resultado/as perguntas são repetitivas

AUTONOMIA DAS EQUIPES PARA A IMPLEMENTAÇÃO DAS EDIBS: as equipes foram classificadas quanto à autonomia por um avaliador neutro(baseado nos registros) as equipes foram classificadas por um segundo avaliador, o qual teve contato direto com as equipes por ocasião das visitas buscando-se um consenso para a classificação final, os dois avaliadores elaboraram um elenco de indicadores de autonomia das equipes treinadas em relação à implementação das EDIBs.

INDICADORES DE AUTONOMIA PARA IMPLEMENTAÇÃO DAS EDIBS: Aplicação de AUDITs Orientação aos pacientes sobre limites e riscos Inserção das EDIBs na rotina Presença de projetos locais Exposição/solicitação de materiais educativos Interesse em treinar novos profissionais Existência de liderança local

Classificação das Equipes treinadas quanto à Autonomia Estágio de autonomia 1ª Classificação Relatórios 2ª Classificação Impressão subjetiva Concordância Classificação Final Dependência 6 2 2 02 (9,5 %) Algum envolvimento Atuação instável 8 10 5 08 (38% ) 4 7 2 07(33,3 %) Autonomia 3 2 0 04(19%) 70% das equipes têm algum nível de atuação após o treinamento 19% das equipes podem práticar EDIBs de forma independente 9,5% parecem totalmente dependentes do acompanhamento

CONSIDERAÇÕES FINAIS Os ACS demonstram dificuldade no entendimento do caráter preventivo da intervenção, tendêndo a considerar o alcoolismo como única conseqüência do abuso de bebidas alcoólicas A resistência inicial das equipes à assessoria técnica se dilui na medida em que percebem que não se trata de fiscalização de trabalho

CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante das dificuldades referidas no contato com o paciente o ACS pode apoiar-se no conhecimento adquirido sobre uso de álcool, limites e consequências As iniciativas locais são marcadas pela utilização de recursos e formas habituais de linguagem de cada comunidade, sendo que os ACS dominam esses canais de comunicação pela sua proximidade com a população

CONSIDERAÇÕES FINAIS Parece que os ACS subestimam a relevância experiências para a comunidade de suas Além do retorno positivo para o profissional que envolveu-se com as EDIBs, buscou-se dimensionar os ganhos para os pacientes, sua família e pessoas próximas, abordando-se também o efeito dessas ações para o sistema de saúde que arca com todo o ônus e complicações decorrentes do uso abusivo de álcool

CONSIDERAÇÕES FINAIS A autonomia da equipe para a implementação das EDIBs parece relacionar-se diretamente com as ações desenvolvidas pelos profissionais a partir do treinamento Fatores como composição e estabilidade da equipe mostraram-se importantes, sugerindo a presença de liderança positiva como fator de diferenciação

AGRADECIMENTOS: Equipes de saúde de Ribeirão Preto Veleda Cristina G.C. Danelon Allan Patrick Leite