ANEXO SOBRE A REFORMA TRABALHISTA

Documentos relacionados
PROCESSO DO TRABALHO

Reforma Trabalhista - sancionada em 13/07/2017 Início da vigência: novembro 2017

Reforma trabalhista é aprovada no Senado

Reforma trabalhista é aprovada no Senado; confira o que muda na lei

principais pontos da CLT que mudarão com a nova lei trabalhista

TABELA DE ALTERAÇÕES REFORMA TRABALHISTA

COMO A REFORMA TRABALHISTA IMPACTARÁ SUA EMPRESA. Agosto de 2017

Dúvidas sobre a reforma trabalhista??? Fique por dentro das principais mudanças sobre o tema e os impactos que ela trará...

REFORMA TRABALHISTA 09/06/2017

Principais Alterações da Reforma Trabalhista

REFORMA TRABALHISTA Principais pontos que afetam a construção civil

Caleffi&Vanin Advogados Associados S/S

A REFORMA TRABALHISTA

REFORMA TRABALHISTA A FECOMÉRCIO EXPLICA PRA VOCÊ. COMO FICA COM A REFORMA?

REFORMA TRABALHISTA A FECOMÉRCIO EXPLICA PARA VOCÊ. COMO FICA COM A REFORMA?

RELATÓRIO DE ATIVIDADES ALTERAÇÕES NO CONTRATO DE TRABALHO

A REFORMA TRABALHISTA NA PRÁTICA

Boletim Informativo da Contabilidade

Novos tipos de contrato de trabalho:

Especial Reforma Trabalhista. Saiba o que Mudou

JORNADA DE TRABALHO. A compensação de jornada pode ser Compensação. pode ser compensado em outro, desde

MODERNIZAÇÃO TRABALHISTA. Lei nº , de 13 de julho de 2017

Reforma Trabalhista O que muda na sua empresa?

Tema Lei Anterior Lei nº /2017 Medida Provisória

REFORMA TRABALHISTA. E-book

Reforma Trabalhista: o que muda na vida do trabalhador?

Reforma Trabalhista. O impacto das mudanças na reforma trabalhista no dia a dia das relações de trabalho dos clubes VALTER PICCINO - CONSULTOR

REFORMA TRABALHISTA IMPACTOS NAS STARTUPS 22 DE AGOSTO DE 2017

REFORMA TRABALHISTA Prof. Antonio Daud

RELATÓRIO DE ATIVIDADES

ASPECTOS DA REFORMA TRABALHISTA

REFORMA TRABALHISTA 1. CONVENÇÕES E ACORDOS COLETIVOS DE TRABALHO

TEXTO DOS PONTOS ACORDADOS DA REFORMA TRABALHISTA QUE CONSTARÃO EM MEDIDA PROVISÓRIA... (NR)... Art. 223-G...

Avenida dos Andradas, 3323, 12 andar -Santa Efigênia -Belo Horizonte (31)

REFORMA TRABALHISTA. Alteração da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT e aplicação no âmbito da Unesp

REFORMA TRABALHISTA QUADRO COMPARATIVO.

REFORMA TRABALHISTA PRINCIPAIS ALTERAÇÕES LEI Nº DE JULHO DE José Francisco Martins

REFORMA TRABALHISTA Panorama Atual. Luiz Fernando Alouche julho/2017

O IMPACTO DAS MUDANÇAS NA REFORMA TRABALHISTA NO DIA A DIA DAS RELAÇÕES DE TRABALHO DOS CLUBES

Confira os principais pontos da proposta de reforma trabalhista

REFORMA TRABALHISTA J U L H O

Entenda 30 pontos centrais da nova lei trabalhista aprovada no Senado

CONTRATO DE TRABALHO (CLT)

PONTOS IMPORTANTES DA REFORMA TRABALHISTA

MODERNIZAÇÃO TRABALHISTA. Curitiba, 7 de novembro de 2017

RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO

RENATO ARIAS SANTISO REFORMA TRABALHISTA DIREITO MATERIAL INDIVIDUAL E COLETIVO LEI 13467/17 E MP 808/17

REFORMA TRABALHISTA. Objetivo: Apresentar as alterações na legislação trabalhista após a publicação da Lei /2017. INFORMAÇÃO INTERNA

Reforma Trabalhista. Principais mudanças. Ricardo da Cruz de Maria Advogado OAB/RS

R E F O R M A T R A B A L H I S T A 5/12/2017 B R A S S C O M

Resumo das alterações na reforma trabalhista decorrentes da MP 808/2017

REFORMA TRABALHISTA (Lei nº , de ) Data de início de vigência: 11/11/2017

Trabalhista - Medida Provisória altera a reforma trabalhista

IMPACTOS DA REFORMA TRABALHISTA

Oportunidades da Reforma Trabalhista no setor de estacionamentos Outubro/2017. Apresentação Flávio Obino Filho

Wanderley Alves dos Santos: Professor em Pós-Graduação na FADISP Advogado especialista em Direito do Trabalho e Militar Mestrando em Direito pela

REFORMA TRABALHISTA (PÓS APROVAÇÃO) PRINCIPAIS PONTOS TRATADOS NO PL

TEMPO A DISPOSIÇÃO DO EMPREGADOR

Dr. Paulo Diniz Romualdo

REFORMA TRABALHISTA PRINCIPAIS PONTOS

HOJE VAMOS FALAR SOBRE 1. Histórico Legislação; 2. Principais Alteração; 3. Linha de produto.

CONTEÚDO DO PROJETO DE LEI (PL 6.787/16) APROVADO PELA CÂMARA, EM 26 DE ABRIL. NO SENADO, É O PLC 38/17

REFORMA TRABALHISTA - Lei nº /2017

Informativo Reforma Trabalhista Lei /2017

REFORMA TRABALHISTA. As mudanças da CLT

Reforma Trabalhista. Oportunidades e ameaças. fracionar as férias em até três períodos?

Painel 12 Reforma Trabalhista. Principais alterações propostas, e seus impactos nas rotinas das empresas.

MODERNIZAÇÃO TRABALHISTA

REFORMA TRABALHISTA LEI /2017

Reforma Trabalhista. Conteúdos do Direito do Trabalho I. Professora Cláudia Glênia S de Freitas

Mudanças da Reforma Trabalhista

Reforma Trabalhista Lei /2017 Lajeado Setembro/2017. Apresentação: Eduardo Caringi Raupp

Reforma Trabalhista: Principais Alterações e Implicações

Leandro Almeida Marques

- Altera a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943.

Dr. Leandro Villela Cezimbra Analista Técnico FIERGS.

A REFORMA DA LEI DAS SOCIEDADES ANÔNIMAS TOCANTINS ADVOGADOS

CIRCULAR Nº 29/2017. REF.: Reforma Trabalhista Importantes alterações na CLT

Reforma Trabalhista. Reforma Trabalhista. MP n. 808/2017. Fabrício Lima Silva. Juiz do Trabalho

Interpretação ampla do conceito pela Justiça do Trabalho.

REFORMA TRABALHISTA. DESAFIOS e IMPACTOS PARA AS INSTITUIÇÕES -Lei /2017 atualizada pela Medida provisória 808 de 14/11/2017-

Manual das novas LEIS Trabalhistas

DANO EXTRAPATRIMONIAL

lipping Jurídico Extraordinário

REFORMA TRABALHISTA LEI Nº , DE 13 DE JULHO DE 2017

Quadro Comparativo Medida Provisória nº 808/2017

REFORMA TRABALHISTA. 3) A prescrição será total, ainda que se trate de pedido de prestações sucessivas. Art. 11, 2º.

REFORMA TRABALHISTA LEI /2017

O PLC 38/17, em tramitação no Senado Federal, mudou profundamente em relação à proposta enviada pelo Poder Executivo. Para conhecer essas alterações,

GUIA SOBRE A REFORMA TRABALHISTA

SIMULADO DE DIREITO DO TRABALHO - Professora: Carla Andrade

REFORMA TRABALHISTA - 4 MESES DE VIGÊNCIA, SEUS DESAFIOS E PROBLEMÁTICAS. Giseli Mozela do Amaral

Câmara aprova projeto de lei de modernização trabalhista

Altera a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943.

SINDUSCON-RS 3º SEMINÁRIO DE RELAÇÕES TRABALHISTAS MODERNIZAÇÃO TRABALHISTA. NOVAS FORMAS DE CONTRATAÇÃO

Diário Oficial da União Edição Extra - Brasília - DF, terça-feira, 14 de novembro de 2017 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 808, DE 14 DE NOVEMBRO DE 2017

reforma trabalhista. lei nº /2017* lei nº /2017**

REFORMA TRABALHISTA LEI DE 13 DE JULHO DE 2017 MP 808 DE 14 DE NOVEMBRO DE 2017

REFORMA TRABALHISTA PRINCIPAIS MUDANÇAS DÚVIDAS EMPREGADOR

Transcrição:

ANEXO SOBRE A REFORMA TRABALHISTA TEMAS RELEVANTES ANTES DA REFORMA (TEXTO ORIGINAL) DEPOIS DA REFORMA (LEI N. 13.467/2017) PUBLICAÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA n. 808/17 GRUPO ECONÔMICO Sempre que uma ou mais empresas, com personalidades jurídicas próprias, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra (constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica) serão solidariamente responsáveis na relação de trabalho. Para caracterizar solidariedade, tem que demonstrar que o grupo econômico caracteriza-se por efetiva comunhão de interesses e atuação conjunta, e não apenas pela mera identidade de sócios. RESPONSABILIDADE DOS EX-SÓCIOS Os ex-sócios respondem pelas obrigações trabalhistas da empresa. Atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar a aplicação dos preceitos contidos na CLT eram nulos. A responsabilidade do ex-sócio passa a ser limitada, primeiro devem ser acionados a empresa devedora e os sócios atuais. O sócio retirante responderá solidariamente com os demais quando ficar comprovada fraude na alteração societária decorrente da modificação

PERMANÊNCIA DO EMPREGADO NA EMPRESA MULTAS ADMINISTRATIVAS HORAS IN ITINERE Era considerado como serviço efetivo o período em que o empregado estivesse à disposição do patrão, aguardando ou executando tarefas. O valor das multas aplicadas era com base em um salário mínimo regional, por empregado não registrado, acrescido de igual valor em cada reincidência. O tempo de deslocamento para ir e vir ao trabalho era contabilizado como jornada de trabalho, quando o transporte era oferecido pela empresa em razão da falta de transporte público no local ou de difícil acesso. do contrato. Algumas atividades dentro da empresa tais como alimentação, higiene pessoal, lazer, troca de uniforme, estudo, descanso, etc deixam de ser consideradas parte da jornada de trabalho. O empregador que mantiver funcionário não registrado pagará multa de R$ 3 mil por empregado. O valor cai para R$ 800 para microempresas ou empresa de pequeno porte. O tempo despendido pelo empregado até o local de trabalho e o retorno, por qualquer meio de transporte (oferecido pela empresa, público ou particular) não será mais computado na jornada de trabalho, por não ser tempo à disposição do empregador. TRABALHO EM Era prevista a jornada máxima de 25 O trabalho em tempo parcial poderá

TEMPO PARCIAL HORAS EXTRAORDINÁRIAS INTERVALO INTRAJORNADA NÃO horas por semana, sendo proibidas horas extras, e mais, o trabalhador tinha direito a férias proporcionais de no máximo 18 dias e não podia vender dias de férias. Permitido no máximo 02 horas extras. Casos de necessidade imperiosa poderia exceder o limite convencionado por motivo de força maior, para atender à realização ou conclusão de serviços inadiáveis ou cuja inexecução poderia acarretar prejuízo manifesto. Era necessário comunicar dentro de 10 (dez) dias à autoridade competente em matéria de trabalho, ou, antes desse prazo, justificar no momento da fiscalização sem prejuízo dessa comunicação. O trabalhador que exerce a jornada de 8 horas diárias tinha direito a no mínimo durar até 30 horas semanais, sem possibilidade de horas extras semanais ou de 26 horas semanais ou menos, com até 6 horas extras semanais, pagas com acréscimo de 50%. Tem direito a férias integral e pode vender 1/3 do período de férias. Mantida as 02 horas extras devendo remunerar no mínimo em 50%. O excesso de jornada decorrente de necessidade imperiosa, não depende de acordo ou convenção coletiva. Além disso, foi retirado da lei a obrigatoriedade de comunicar a autoridade competente. O intervalo poderá ser negociado, desde que seja no mínimo de 30

CONCEDIDO INTERVALO DE 15 MINUTOS PARA A MULHER INTERVALO PARA AMAMENTAÇÃO uma e a no máximo duas horas de intervalo intrajornada para repouso ou alimentação. O empregador tinha que pagar integralmente pelo intervalo suprimido, independentemente se parcial ou total, como hora extra, com natureza salarial. Quando houvesse prorrogação de jornada, era obrigatório a mulher fazer um descanso de 15 minutos no mínimo, antes do início da jornada extraordinária. Para amamentar o próprio filho, até que este complete 6 (seis) meses de idade, a mulher terá direito, durante a jornada de trabalho, a 2 (dois) descansos especiais, de 30 minutos cada um. minutos. Se o empregador não conceder o intervalo mínimo para almoço ou concedê-lo parcialmente, terá que pagar apenas sobre o tempo não concedido com acréscimo de 50% do valor da hora normal de trabalho, com natureza indenizatória. Dispositivo foi revogado. Possibilita que os horários de descanso previsto na lei (dois intervalos de 30 minutos) sejam definidos por acordo individual entre a mulher e empregador. COMPENSAÇÃO DE JORNADA Só podia ser feita por convenção coletiva, acordo coletivo ou acordo individual escrito. Se fossem feitas horas extras habituais, Autoriza a compensação inclusive por acordo individual tácito. As horas extras habituais não descaracterizam mais o regime de

descaracterizava o acordo de compensação. compensação. BANCO DE HORAS O banco de horas só podia ser instituído por acordo ou convenção coletiva, devendo ser feita a compensação dentro de 01 ano e não podia ultrapassar o limite de 10 horas diárias. O banco de horas pode ser pactuado em acordo individual escrito, desde que a compensação de jornada ocorra no período máximo de seis meses. Pode ser feito acordo individual tácito ou escrito, desde que a compensação ocorra no mesmo mês. PARCELAS QUE NÃO INTEGRAM A REMUNERAÇÃO As comissões, gratificações, percentagens, gorjetas e prêmios integravam os salários. Integram o salário a importância fixa estipulada, as gratificações legais e as comissões pagas pelo empregador. As importâncias, ainda que habituais, pagas a título de ajuda de custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem, prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao Contrato de Trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista e previdenciário. As gratificações por função também integram o salário. Limita a ajuda de custo a 50% da remuneração mensal. Os prêmios concedidos ao trabalhador (ligados a fatores como produtividade, assiduidade ou outro mérito) poderão ser pagos até duas vezes ao ano, em forma de bens, serviços ou valor em dinheiro, a empregado, grupo de empregados ou terceiros vinculados à sua atividade econômica em razão de desempenho

superior ao esperado no exercício de suas atividades. As gorjetas não constituem receita própria dos empregadores, destinando-se aos trabalhadores. O rateio seguirá critérios estabelecidos em normas coletivas de trabalho. As empresas anotarão na CTPS de seus empregados o salário fixo e a média dos valores das gorjetas referente aos últimos 12 meses. EQUIPARAÇÃO DE REMUNERAÇÃO Os trabalhadores que exercerem trabalho de igual valor no mesmo local, para o mesmo empregador, devem receber o mesmo salário, independentemente do sexo, nacionalidade ou idade. Trabalho de igual valor é aquele feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço não for superior a dois A exigência de igualdade permanece. A mudança é quanto a definição de trabalho de igual valor. Aquele feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica, entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço para o mesmo empregador não seja superior a quatro anos e a diferença de tempo na função não seja superior a dois anos.

anos. JORNADA 12 X 36 A jornada era limitada a 8 horas diárias, 44 horas semanais e 220 horas mensais. O empregado poderia fazer até duas horas extras por dia. Jornada de 12 x 36 só poderia ser pactuada por convenção coletiva e os feriados trabalhados eram remunerados em dobro. Além da jornada convencional, poderá ser estabelecido por acordo individual, acordo ou convenção coletiva a jornada diária de 12 horas com 36 horas de descanso, respeitando o limite de 44 horas semanais (ou 48 horas, com as horas extras) e 220 horas mensais. A remuneração mensal inclui o repouso semanal remunerado e os feriados, sendo considerados compensados os feriados e as prorrogações de trabalho noturno. Não poderá ser negociada por acordo individual. Necessário celebrar acordo ou convenção coletiva. Apenas trabalhadores da saúde poderão firmar acordo individual. TELETRABALHO A legislação não contemplava essa modalidade de trabalho. É o trabalho prestado fora das dependências do empregador, mas que não se constitui como trabalho externo. Pode ser solicitado o comparecimento esporádico à empresa, o que não descaracteriza o regime. Tem que ser feito por contrato

individual de trabalho, especificando as atividades que serão realizadas pelo empregado. Para alterar o contrato de presencial para teletrabalho, é necessário que haja um acordo mútuo entre empregado e empregador e que seja feito um aditivo contratual. Para alterar do regime de teletrabalho para o regime presencial, o empregador poderá determinar a alteração, garantindo um prazo mínimo de 15 dias para transição e registrando em aditivo contratual. O custo da implantação do trabalho remoto, bem como as orientações necessárias a fim de evitar doenças e acidentes de trabalho, deverão ser fornecidas pelo empregador, e o empregado deverá assinar um termo de responsabilidade comprometendose a seguir as instruções fornecidas.

TRABALHO INSALUBRE DA GESTANTE A empregada gestante ou lactante tinha que ser afastada, enquanto durasse a gestação e a lactação, de quaisquer atividades, operações ou locais insalubres, tendo que exercer suas atividades em local salubre. Gestantes não poderão trabalhar em atividades que tenham grau máximo de insalubridade. Em atividades de grau médio ou mínimo de insalubridade, a gestante deverá ser afastada quando apresentar atestado de saúde de um médico de sua confiança. As lactantes devem apresentar atestado médico para afastamento de atividade insalubre em qualquer grau. A gestante deverá ser afastada das atividades insalubres, porém, se for da vontade da gestante, a lei permite que atuem em serviços insalubres de grau médio ou mínimo, sendo necessário apresentar um laudo médico que autorize o trabalho. As lactantes serão afastadas das atividades insalubres em qualquer grau, quando apresentar atestado de saúde emitido por médico de sua confiança, do sistema privado ou público de saúde, que recomende o afastamento durante a lactação. TRABALHO AUTÔNOMO Não havia previsão legal. Permite a contratação do autônomo com ou sem exclusividade para prestar serviço de forma contínua ou não sem que haja vínculo empregatício. Veda a contratação do autônomo com exclusividade. TRABALHO Não havia previsão legal. O trabalhador poderá ser pago por O texto garante parcelamento das

INTERMITENTE (POR PERÍODO) período trabalhado, recebendo em horas ou diária. Terá direito a férias, FGTS, INSS e décimo terceiro salário proporcionais, devendo o empregador apurar, recolher e fornecer ao empregado os comprovantes de pagamento das obrigações. No contrato, tem que constar o valor da hora de trabalho, que não pode ser inferior ao salário mínimo por hora ou à remuneração dos demais empregados que exerçam a mesma função. O empregado deverá ser convocado com no mínimo três dias corridos de antecedência e deverá responder o chamado no prazo de 01 dia útil. No período de inatividade, pode prestar serviços a outros contratantes. férias em três vezes, auxílio doença, salário maternidade e verbas rescisórias (com algumas restrições), mas proíbe o acesso ao segurodesemprego ao fim do contrato. A convocação do trabalhador passa de um dia útil para 24 horas. Trabalhador e empregado poderão pactuar o local de prestação do serviço, os turnos de trabalho, as formas de convocação e resposta e o formato de reparação recíproca em caso de cancelamento do serviço previamente acertado entre as partes. O período de inatividade não será considerado como tempo à disposição do empregador e, portanto, não será remunerado. O trabalhador poderá, durante a inatividade, prestar serviço para outro empregador. Em caso de demissão, ele poderá

voltar a trabalhar para o ex-patrão, por contrato de trabalho intermitente, somente após 18 meses, essa restrição valerá até 2020. FÉRIAS As férias de 30 dias podiam ser fracionadas em até dois períodos, sendo que um deles não podia ser inferior a 10 dias. Existia a possibilidade de 1/3 do período ser pago em forma de abono. Poderão ser fracionadas em até três períodos, caso o empregador concorde, sendo que um deles não poderá ser inferior a 14 dias corridos. Os demais não poderão ser inferiores a 5 dias corridos cada um. As férias não podem iniciar dois dias antes de feriado ou repouso semanal. Permanece a possibilidade de 1/3 do período ser pago em forma de abono. VESTIMENTA Não havia previsão legal. O empregador pode definir o padrão de vestimenta no meio ambiente laboral, sendo lícita a inclusão no uniforme de logomarcas da própria empresa ou de empresas parceiras e de outros itens de identificação relacionados à atividade desempenhada.

O trabalhador é responsável pela higienização do uniforme, salvo nas hipóteses em que forem necessários procedimentos ou produtos diferentes dos utilizados para a higienização das vestimentas de uso comum. RESCISÃO CONTRATUAL RESCISÃO CONTRATUAL POR ACORDO A homologação da rescisão contratual de trabalhador com mais de 12 meses de emprego deveria ser feita em sindicatos. Não havia previsão legal. O empregado poderia pedir demissão ou ser demitido sem justa causa ou com justa causa. A homologação da rescisão do contrato de trabalho pode ser feita na empresa. Além das modalidades de extinção já existentes, poderá ser feito um acordo entre empregado e empregador para rescisão do contrato de trabalho. O empregador pagará metade do avisoprévio e metade da multa de 40% sobre o saldo do FGTS. O empregado poderá movimentar até 80% do valor depositado pela empresa na conta do FGTS, mas não terá direito ao segurodesemprego.

QUITAÇÃO ANUAL Não havia previsão legal. Permite que empregados e empregadores, na vigência ou não do contrato de emprego, firme o termo de quitação anual de obrigações trabalhistas, perante o sindicato dos empregados da categoria. O termo discriminará as obrigações de dar e fazer cumpridas mensalmente e dele constará a quitação anual dada pelo empregado, com liberando o empregador das parcelas nele especificadas. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL PREPOSTO Obrigatório o desconto equivalente a um dia de salário do trabalhador uma vez por ano. Era obrigatório que o preposto fosse empregado da empresa para representala. Passa a ser opcional, condicionada à autorização prévia e expressa do trabalhador. O preposto não precisa ser empregado da empresa para representa-la em audiência. REPRESENTAÇÃO DOS A Constituição assegura a eleição de um representante dos trabalhadores nas Os trabalhadores poderão escolher três ou mais funcionários que os A comissão de representantes dos empregados, permitida em empresas

TRABALHADORES empresas com mais de 200 funcionários, mas não há regulamentação. Esse delegado sindical tem todos os direitos de um trabalhador comum e estabilidade de dois anos. representarão em empresas com no mínimo 200 funcionários na negociação com os patrões. Os representantes não precisam ser sindicalizados. Os sindicatos atuarão apenas nos acordos e nas convenções coletivas. com mais de 200 empregados, não substituirá a função do sindicato, devendo este ter participação obrigatória nas negociações coletivas. NEGOCIAÇÃO INDIVIDUAL E CLÁUSULA DE ARBITRAGEM As relações contratuais de trabalho podem ser objeto de livre estipulação das partes interessadas em tudo quanto não contravenha às disposições de proteção ao trabalho, aos contratos coletivos que lhes sejam aplicáveis e às decisões das autoridades competentes. Empregados com nível superior e salário igual ou superior a duas vezes o limite máximo dos benefícios do INSS (R$ 5.531,31), poderão firmar acordos individualizados que se sobrepõem ao coletivo. Pode ainda pactuar cláusula compromissória de arbitragem, desde que seja por iniciativa do empregado ou mediante a sua concordância expressa. DANOS MORAIS Dependia da Interpretação da justiça. A lei estabelece uma classificação para a natureza do dano em leve, média, grave ou gravíssima, limitando o valor ao salário contratual do empregado O cálculo dos valores a serem pagos em casos de condenação por danos morais levarão em consideração os valores dos benefícios pagos pelo

conforme o grau do dano. Ofensas gravíssimas atinge até 50 vezes o último salário contratual do ofendido. Também prevê o direito das empresas demandarem reparação por danos morais, nos mesmos parâmetros dos empregados, porém, compatível com o salário contratual do ofensor. Regime Geral de Previdência Social; e não mais o último salário recebido pelo trabalhador. AÇÕES JUDICIAIS O trabalhador que ajuizava reclamação trabalhista e faltava injustificadamente, à audiência inicial, era punido com o arquivamento da ação. Poderia entrar com a ação novamente. Se ocorresse dois arquivamentos consecutivos, ficava suspenso de entrar com nova ação por seis meses. Nos casos em que o trabalhador era beneficiário da Justiça gratuita, não havia o pagamento de custas judiciais e os honorários de perícias eram pagos pela União. Várias mudanças relevantes: O trabalhador que faltar à audiência inaugural, será punido com a extinção do processo, e terá que pagar as custas processuais, mesmo que beneficiário da Justiça gratuita; e, caso perca a ação, também terá de arcar com as custas do processo. Quem perder a causa terá de pagar entre 5% e 15% do valor da sentença como honorários devidos aos advogados da parte vencedora O trabalhador que tiver acesso à Justiça gratuita também estará sujeito

ao pagamento de honorários periciais se tiver obtido créditos em outros processos suficientes para o pagamento da despesa. Caso contrário, a União arcará com os custos. O advogado terá que definir exatamente o valor da causa na ação. Aquele que agir com má-fé, arcará com multa de 1% a 10%, além de indenização para a parte contrária. É considerada má-fé a pessoa que alterar a verdade dos fatos, usar o processo para objetivo ilegal, gerar resistência injustificada ao andamento do processo, entre outros. Outra mudança prevista é que a Justiça do Trabalho não poderá restringir direitos legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam previstas em lei. A intervenção da Justiça em questões relacionadas ao exame de convenção coletiva ou acordo coletivo de trabalho deverá ser mínima.

PARTICIPAÇÃO DOS SINDICATOS NAS AÇÕES JUDICIAIS Os sindicatos subscritores de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho deverão participar, como litisconsortes necessários, em ação individual ou coletiva, que tenha como objeto a anulação de cláusulas desses instrumentos. Os sindicatos subscritores de convenção coletiva ou de acordo coletivo de trabalho participarão, como litisconsortes necessários, apenas nas ações coletivas que tenham como objeto a anulação de cláusulas desses instrumentos. PRAZO DE VALIDADE DAS NORMAS COLETIVAS TERCEIRIZAÇÃO As cláusulas dos acordos e convenções coletivas de trabalho integravam os contratos individuais de trabalho e só podiam ser modificados ou suprimidos por novas negociações coletivas. Passado o período de vigência, permaneciam valendo até que fossem feitos novos acordos ou convenções coletivas. A terceirização era permitida apenas para atividades-meio, como serviços de limpeza da empresa. No início deste ano, entrou em vigor a lei sancionada pelo O que for negociado não precisará ser incorporado ao contrato de trabalho. Os sindicatos e as empresas poderão dispor livremente sobre os prazos de validade dos acordos e convenções coletivas, bem como sobre a manutenção ou não dos direitos ali previstos quando perderem a validade. Em caso do fim da validade, novas negociações terão de ser feitas. Continua valendo a terceirização para todas as atividades da empresa. Haverá uma quarentena de 18 meses impedindo que a empresa demita o

presidente Michel Temer, que permite a terceirização em todas as atividades da empresa. trabalhador efetivo para recontratá-lo como terceirizado. O texto prevê ainda que o terceirizado deverá ter as mesmas condições de trabalho dos efetivos, como atendimento em ambulatório, alimentação, segurança, transporte, capacitação e equipamentos adequados. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA O trabalhador que em um mês receber menos do que o salário mínimo poderá complementar a diferença para fins de contribuição previdenciária. Se não fizer isso, o mês não será considerado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para manutenção de qualidade de segurado. A regra atinge todos os empregados, independentemente do tipo de contrato de trabalho.