SUPERANDO LIMITES NA DANÇA 1. Tchiago Brigo 2.

Documentos relacionados
DANÇA PARA ADOLESCENTES COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

Anaí Machado Resende- Psicóloga Elizene dos Reis Oliveira - Psicóloga Marnia Santos Muniz- Psicóloga

A dança na Educação infantil: construções pedagógicas a partir do Estágio Supervisionado Curricular Obrigatório

ANEXO I UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE UNIVILLE COLÉGIO DA UNIVILLE PLANEJAMENTO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

CURSO PÓS-GRADUAÇÃO EM ARTE E EDUCAÇÃO

Ar t e-e d u c a ç ã o

ENSINO FUNDAMENTAL. DIRETRIZES CURRICULARES Infantil ao 5º ANO MÚSICA

PARA QUE SERVE A CRECHE E A PRÉ- ESCOLA = FINALIDADE NA SOCIEDADE: QUAL SEU PAPEL / FUNÇÃO DIANTE DA CRIANÇAS E DE SUAS FAMÍLIAS

Educador A PROFISSÃO DE TODOS OS FUTUROS. Uma instituição do grupo

A IMPORTÂNCIA DA PSICOMOTRICIDADE NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA NA EDUCAÇÃO INFANTIL.

A contribuição do movimento humano para a ampliação das linguagens

PLANO DE APRENDIZAGEM. CH Teórica: 40h CH Prática: 20h CH Total: 60h Créditos: 03 Pré-requisito(s): - Período: V Ano:

Indicado para professores, alunos e f uncionários.

A Pedagogia da Aventura

CONTRIBUIÇÃO PARA EDUCAÇÃO ESPECIAL: O USO DAS TECNOLOGIAS ASSISTIVA

ARTE/EDUCAÇÃO NO CONTEXTO INCLUSIVO: TRANSITANDO PELAS EMOÇÕES HUMANAS

Atena Cursos - Curso de Capacitação - AEE PROJETO DEFICIÊNCIA DA LEITURA NA APRENDIZAGEM INFANTIL

EDUCAÇÃO INCLUSIVA: O PENSAR E O FAZER NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES

Trabalho desenvolvido durante o Estágio Curricular Supervisionado III do Curso de Educação Física 2

A INSERÇÃO DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA CLASSE ESPECIAL. EIXO TEMÁTICO: Relatos de experiências em oficinas e salas de aula

Projeto APAE de Muzambinho Experiências na Aplicação da Informática na Educação Especial

PLANO DE APRENDIZAGEM. CH Teórica: 40h CH Prática: 20h CH Total: 60h Créditos: 03 Pré-requisito(s): --- Período: IV Ano:

OS ESPORTES ADAPTADOS COMO CONTEÚDOS PARA AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO MÉDIO TÉCNICO: A QUESTÃO DA DEFICIÊNCIA

OBJETOS DE HABILIDA DES TEMÁTICAS CONHECIMENTO

A DANÇA NO CONTEXTO EDUCACIONAL: UMA PROPOSTA INTERDISCIPLINAR E INCLUSIVA PARA O ENSINO ESPECIAL COM ÊNFASE NAS MANIFESTAÇÕES CULTURAIS

ANEXO I - DEFICIENCIA INTELECTUAL- AVALIAÇÃO INICIAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO CENTRO DE ENSINO E PESQUISA APLICADA À EDUCAÇÃO DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO INFANTIL

Boletim Eletrônico Casa Abrigo Betel

As expectativas dos bolsistas do PIBID Música UFES para atuação na Educação Infantil

Concepção dos Alunos de Ciências Biológicas Sobre as Atividades de Monitoria

Semana de Ciência e Tecnologia IFMG - campus Bambuí VI Jornada Científica 21 a 26 de outubro de 2013

PIBID UNIUBE NOVAS PRÁTICAS METODOLÓGICAS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FISICA

Informática como instrumento de inclusão social para Portadores de necessidades especiais e demais membros da comunidade do Brejo paraibano

Pró-Reitoria de Graduação Curso de Educação Física Trabalho de Conclusão de Curso

PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS. Educação infantil Creche e pré escolas

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO CRECHE MUNICIPAL JOSÉ LUIZ BORGES GARCIA PROJETO DO 2 SEMESTRE EDUCAÇÃO INFANTIL: CONSTRUINDO O CONHECIMENTO

EJA E A CULTURA CORPORAL: EXPERIENCIAS NA ESCOLA PÚBLICA EXEMPLOS DE POSSIBILIDADES E DESAFIOS.

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE PLANO DE ENSINO

FACULDADE SETE DE SETEMBRO FASETE

Posicionamento: Centro de Referências em Educação Integral

PLANO DE CURSO. Código: FIS09 Carga Horária: 60 Créditos: 03 Pré-requisito: Período: IV Ano:

Entenda o BNCC Base Nacional Comum Curricular

CINE INCLUSÃO: PENSANDO A INCLUSÃO ATRAVÉS DO CINEMA

Sebastião Gomes Ferreira. Competências Gerais da BNCC. 06/02 10:00h 30min.

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE PLANO DE ENSINO DRT:

Como cidadãos mirins, conscientizar a família e amigos para um passeio público adequado ao trânsito livre e ao desenho universal de acessibilidade.

SALA DE SENSIBILIZAÇÃO COMO METODOLOGIA DE INTERVENÇÃO DO PIBID NA ESCOLA. PALAVRAS - CHAVE: Educação Física Escolar; Família; Percepção Sensorial.

A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

O LABORATÓRIO DE ENSINO DE MATEMÁTICA NA FORMAÇÃO INICIAL DE UMA LICENCIANDA EM MATEMÁTICA 1

1 o Semestre. PEDAGOGIA Descrições das disciplinas. Práticas Educacionais na 1ª Infância com crianças de 0 a 3 anos. Oficina de Artes Visuais

Dança em cadeira de rodas e inclusão. Prof. Dr. Maria Beatriz Rocha Ferreira

A PRÁTICA PEDAGÓGICA PAUTADA NA COOPERAÇÃO

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE PLANO DE ENSINO

ASSOCIAÇÃO CASA DA CRIANÇA DE JAÚ Rua: Botelho de Miranda, 64 Fone: (14) CEP: Jaú SP

ESCOLAS INCLUSIVAS. Susana Bagatini

PROJETO EDUCAÇÃO POPULAR E ATENÇÃO À SAÚDE DA FAMÍLIA: AÇÕES QUE CONTRIBUEM NA FORMAÇÃO UNIVERSITÁRIA

XVIII ENDIPE Didática e Prática de Ensino no contexto político contemporâneo: cenas da Educação Brasileira

PLANEJAMENTO 1º TRIMESTRE/2015

Adaptação Curricular: Jogos sensoriais- Descobrindo sensações e movimentos E.E.Alfredo Paulino

A influência do lúdico na expressão corporal em crianças do ensino fundamental

Educação Física 5º e 7º ano Perfil do Aluno

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS E RECURSOS DIDÁTICOS

MODELO DE PARECER DE UMA CRIANÇA COM NECESSIDADES ESPECIAIS. Autora : Simone Helen Drumond (92) /

com sabedoria e colher com pacie ncia."

PLANO DE ENSINO DADOS DO COMPONENTE CURRICULAR

ANEXO I DO EDITAL DETALHAMENTO DOS SERVIÇOS

CONTRIBUIÇÕES DO PIBID PARA O PROCESSO FORMATIVO DE ESTUDANTES DO CURSO DE LICECIATURA EM PEDAGOGIA

CAMINHOS DA ESCOLA Arte na Escola

A Prática Esportiva do Voleibol e suas Possíveis Mudanças de Comportamento em Alunos do Ensino Médio

PLANEJAMENTO ANUAL DE ESPANHOL

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E AS ATIVIDADE INTEGRADORAS DE CONHECIMENTO 1

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE PLANO DE ENSINO

EDUCAÇÃO INCLUSIVA E DIVERSIDADE JUSTIFICATIVA DA OFERTA DO CURSO

O desenvolvimento do adulto com deficiência intelectual e os estímulos de uma instituição assistencial

DISCIPLINAS OPTATIVAS DO BACHARELADO EM ATUAÇÃO CÊNICA Carga horária mínima 300 horas

TÍTULO: SAPATILHAS, UMA LUZ NA ESCURIDÃO: A QUALIDADE DE VIDA DE BAILARINAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL

PROJETO I 2018 EDUCAÇÃO INFANTIL - COLÉGIO SÃO JOSÉ

A ALFABETIZAÇÃO MATEMÁTICA PARA CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL CONGÊNITA E ADQUIRIDA ATRAVÉS DE JOGOS PEDAGÓGICOS.

PEDAGOGIA. 1º Semestre. Antropologia e Educação 60h

PLANEJAMENTO DE ENSINO DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA

A LUDICIDADE COMO PERSPECTIVA DA APRENDIZAGEM NAS SÉRIES INICIAIS 1

IDENTIDADE E MEMÓRIA DO IDOSO: EXPERIÊNCIA NO ABRIGO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS SOBRAL-CE

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE PLANO DE ENSINO

FACULDADE SETE DE SETEMBRO FASETE

MUNICIPAL PROFESSOR LAÉRCIO FERNANDES NÍVEL DE ENSINO:

DIREITO A ACESSIBILIDADE ATRAVÉS DO AAJC: APLICATIVO DE AJUDA AO CADEIRANTE 1

Inclusão digital para comunidade da Terceira Idade: curso de informática básica promovido pelo SiB/FURG.

CORPO-ARTE : atividades circenses no ambiente escolar RESUMO

ÁREA DE INFÂNCIA E JUVENTUDE. OFICINA DE LUDICIDADE

PEDAGOGIA. Aspecto Psicológico Brasileiro. O Papel da Afetividade na Aprendizagem. Professora: Nathália Bastos

Associação Catarinense das Fundações Educacionais ACAFE

EDUCAÇÃO FÍSICA CENTRO DE LICENCIATURAS

APRENDIZAGEM DE CRIANÇAS DEFICIENTES: UMA VISÃO VYGOTSKYANA 1 LEARNING DISABLED CHILDREN: A VYGOTSKYANA VIEW

Ensino Médio Integrado

CENTRO DE CONVIVÊNCIA ESCOLA BAIRRO

IFC E ESPORTE: UMA GRANDE JOGADA

CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BRUSQUE - UNIFEBE EEB SÃO JOÃO BATISTA

ANEXO I UNIVERSIDADE DA REGIÃO DE JOINVILLE UNIVILLE COLÉGIO DA UNIVILLE PLANEJAMENTO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

COMPARTILHANDO SABERES E FAZERES COM TURMAS DA APAE OSÓRIO ATRAVÉS DA PANIFICAÇÃO

Transcrição:

SUPERANDO LIMITES NA DANÇA 1 Tchiago Brigo 2. 1 Reflexão oriunda da experiência desenvolvida na interdisciplinaridade dos componentes curriculares Organização de Eventos e Expressão Corporal III: Dança, no curso de Educação Física na UNIJUÍ. 2 Acadêmico do 7º semestre do Curso de Educação Física Licenciatura na UNIJUÍ, tchiagobrigo@hotmail.com INTRODUÇÃO Procura destacar os elementos de superação na dança através do manifesto de expressão do ser e viver nas diferenças dos sujeitos, enfatizando, em contrapartida, o aprendizado através da experiência prática dos futuros profissionais em Educação Física, na realização de um Evento de dança com cadeirantes. Esta vivência trouxe análises e compreensões de como atuar com deficientes físicos, pautadas pela inclusão dos corpos nas diversas práticas corporais. A dança em cadeiras de rodas é um modo de possibilitar a integração de deficientes físicos a atividades motoras. Através desta concepção, entendemos que estes sujeitos devam interagir com movimentos da linguagem corporal que ilustram sua realidade factual, fazendo que transmitam suas emoções nesta prática milenar. Os grupos de dança em cadeira de rodas existentes têm suas iniciativas calcadas no princípio que visa colocar o conhecimento produzido da dança junto à pessoa portadora de deficiência física, ou seja, a serviço de uma população até então desacreditada no que se refere às possibilidades de movimentos (FERREIRA, 2000). Os ganhos referentes a essa possibilidade podem ser traduzidos por Venturini et. al. (2010) a Educação Física contribui para o desenvolvimento do afetivo, social, e intelectual de alunos com deficiência, pois o incentivo à inclusão torna a autoestima e a autoconfiança mais evidente e assim não há desigualdade. A abordagem de tal tema no Curso de Educação Física na UNIJUÍ é validada no componente curricular Educação Especial, num período de 30 horas. Vale ressaltar que este componente é totalmente teórico, não podendo o acadêmico experimentar a prática nesta disciplina. A proposta é de conscientização dos futuros profissionais de que a dança, ou qualquer outra atividade física, traz benesses para pessoas com deficiência física, proporcionando qualidade de vida no resgate da autoestima e autoimagem, melhoram as capacidades biológicas e psicológicas desses sujeitos. METODOLOGIA Com o escopo de alcançar esta proposta, foi realizado um evento da seguinte forma: 1º Apresentação artística do Grupo EXTREMUS DANÇA SOBRE RODAS da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM); 2º Apresentação da visão e do histórico do grupo; 3º Oficina onde os acadêmicos puderam vivenciar práticas relacionadas ao assunto; e 4º Feedback onde os participantes puderam relatar seus aprendizados e sensações ao realizar a prática. A metodologia de

ensino tem como referência Ferreira (2000) que afirma que a dimensão dos sentidos do gesto do movimento constituído como linguagem não pode ser representado, significado somente pelas palavras porque simplesmente ele (o gesto) significa de outra maneira. Sendo assim, o aprendizado não se dá apenas de forma conceitual, teórica, mas construída a partir das relações diretas com a prática. A ação em si é o transformador de novas e melhores realidades. RESULTADOS E DISCUSSÕES Percebemos que a interação direta do futuro profissional em Educação Física com a apresentação artística da cadeirante, a apresentação da visão e histórico do grupo e, posteriormente, a construção de uma coreografia de dança sobre rodas, possibilitaram um processo de compreensão crítica e autônoma dos participantes. Os diferentes sujeitos inseridos nessas práticas corporais, principalmente dos que possuem deficiência física ou mental, revelam que cada ser expressa seus sentimentos através dos movimentos executados, referindo-se a alegrias, tristezas, superação, vontades, etc. Conforme Goettems (2013) Na dança, além de partir do contexto do aluno - parte fundante do porvir dançante - ocorre a denuncia das neutralidades para valorizar singularidades, resgatando expressões individuais de cada participante, que pode colocar em cena a realidade de cada corpo pulsante, que não precisa repetir passos soltos, mas pode criar gestos ricos em linguagens. No atual momento pouco se discute no curso de Educação Física sobre a inclusão dos incapacitados fisicamente no amplo repertório corporal de movimento. Este apresentação é uma abertura para que novas discussões a respeito possam surgir. As dificuldades quando encontradas no meio profissionalizante podem ser debatidas, discutidas e avaliadas. Desta forma, intervenções acerca de problemáticas que poderão surgir na gama de atuação do educador físico aumenta a possibilidade de superar desafios que permanecem obscuros enquanto não discutidos. A realização deste evento majoritariamente prático se revelou incremento de grande relevância na formação destes profissionais, tendo como ápice o depoimento da cadeirante quando questionada sobre o quê a dança representava para ela: A dança é vida. Além disso, o evento trouxe dúvidas que de outra forma não se fariam presentes. Acessibilidade, aceitação social, adaptabilidade foram alguns dos temas debatidos, além de discussões referentes às sensações que reportam diretamente a maioria das vidas dos cadeirantes. As sensações inerentes à prática das atividades (no momento que os acadêmicos participavam da oficina) emergem saberes que o autor Venturini et. al. (2010) retrata com categoria, relativo à autoimagem e autoconfiança diretamente ligados à inclusão social. Esta Educação Física supera a visão dicotómica do corpo, pois ao referir-se sobre os movimentos das práticas corporais como ser vivente, atuante no mundo enseja a integridade permanente do humano em qualquer atividade. As coreografias montadas pelos participantes, tendo como referência o cadeirante, superou a dissimulação da aparente inclusão do deficiente físico na atividade. Quando expressado o respeito ao diferente e atingido o genuíno movimento do sentir, a linguagem corporal transcendeu os limites das incapacidades apresentadas. Corroborando o que Ferreira (2000) diz, este evento possibilitou aos participantes percepções de que grupos de dança sobre rodas são condutores de práticas corporais aos diferentes corpos encontrados na sociedade, independente de suas limitações. Não sendo admitidos determinados movimentos a determinados grupos. Todos devem

beneficiar-se do conhecimento das práticas corporais produzido pela humanidade. Dentre todas as atividades orientadas pelas palestrantes, uma em especial sensibilizou os participantes. Quando colocados em dupla, frente a frente, foi solicitado para que cada um observasse os defeitos do seu colega a frente. Esta inusitada atividade colocou em cheque todos que ali estavam. E agora? O quê será que meu companheiro está pensando de mim? Será que ele descobriu meu defeito? Estou me sentindo oprimida quando você me olha, analisando-me foi o relato de uma das acadêmicas. A palestrante atingiu o âmago da questão. A percepção do deficiente físico em relação aos olhos de quem o observa. Esta atividade marcou o inicio da oficina. CONCLUSÃO A tentativa de conscientizar os acadêmicos e promover vivências na dança com cadeirantes obteve resultados significativos na compreensão dos valores da Educação Física na formação do sujeito na sociedade. Quando oferecido oportunidade para qualquer pessoa expressar a sua compreensão de mundo através dos movimentos motores possibilitamos inclusão social. Assim como Ferreira (2010), entendemos que a dança ou outra atividade esportiva ou social qualquer não vai deixar o deficiente menos deficiente, no seu estado concreto. Mas os ganhos proporcionados com estas atividades são inegáveis. Não podendo, assim, os futuros profissionais em Educação Física não devem fechar os olhos frente às diferenças dos corpos apresentados na sociedade. Estes indivíduos devem ser observados nas suas singularidades e conduzidos a superar constantemente os obstáculos presentes. Este é o profissional que atenta para valores humanísticos necessários na convivência social. PALAVRAS-CHAVE Deficientes físicos; inclusão; vivências; aprendizagem. AGRADECIMENTOS Grupo EXTREMUS DANÇA SOBRE RODAS da UFSM. APAE de Ijuí. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FERREIRA, E. L. O sentido do sentir: corpos dançantes em cadeira de rodas. Conexões, 2000. GOETTEMS, Lisiane. Integração do deficiente auditivo no ensino aprendizagem da dança: do limite limitante ao limite fundador. Salão do Conhecimento, Anais, 2013. VENTURINI, O.R.G., RODRIGUES, M.B., MATOS, G.D., ZANELA, L.A., JÚNIOR, P.L.R., PAULA, R.R.G., CUNHA, S.A., FILHO, M.L.M. A importância da inclusão nas aulas de Educação Física escolar. Revista Digital, Buenos Aires, ano 15, n 147, 2010.

Apresentação do Grupo EXTREMUS - DANÇA SOBRE RODAS

Apresentação do Grupo - Visão e Histórico

Acadêmicos realizando Oficina de Dança Sobre Rodas

Participantes do Evento