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Transcrição:

Nome Nº Série / Ano Ensino Turma 1º Médio Disciplina Professor Natureza Código / Tipo Trimestre / Ano Data Filosofia Guilherme Roteiro RE/I 2 o / 2017 26/06/2017 valor Roteiro de estudos e lista de exercícios 0,5 Tema: O objetivo deste roteiro é destacar os conteúdos que serão abordados na Avaliação Trimestral (T1) e na Objetiva (PO), agendadas para o mês de agosto, além de indicações de leitura e exercícios que deverão ser realizados pelos alunos. O tema é a filosofia socrático-platônica. Instruções: Esta atividade será recolhida, corrigida e a ela atribuída uma pontuação como bônus. Serão atribuídos até 0,5 para quem fizer a atividade de forma completa e organizada. Estes pontos serão creditados como bônus e digitados como nota A8 em seu boletim. Caso necessário, imprima apenas a folha de respostas ou realize sua atividade em folhas de bloco (nesse caso, não se esqueça do cabeçalho) Responda as questões em ordem e com a indicação numeral. Data de entrega:04/08/2017. OBS: Essa atividade deverá ser entregue diretamente ao professor no primeiro dia de aula ao retornar das férias. Releia, atentamente, todas as apostilas com trechos de textos sobre a filosofia socrático-platônica que nós utilizados em sala de aula nesse trimestre, também disponibilizadas no Classroom. Releia, atentamente, os apontamentos em seu caderno. Consulte suas anotações de aula e analise as respostas aos exercícios das apostilas e avaliações que resolvemos em sala de aula. Acesse os links abaixo para assistir vídeo-aulas sobre a filosofia socrático-platônica https://www.youtube.com/watch?v=tl36ckpqzsw&t=422s https://www.youtube.com/watch?v=dgnbevbj7fu https://www.youtube.com/watch?v=-zjaqjayu0o Se julgar necessário, pesquise e consulte materiais adicionais (didáticos ou paradidáticos) que lhe ajudem a apreender os conceitos, teorias e contexto dos autores estudados. Depois dessas etapas você deverá sentir-se seguro e capaz para responder a essas questões básicas: Testes Leia o texto para responder às questões de números 1 e 2.

"Essa imagem, caro Glauco, deves aplicar a tudo o que foi dito anteriormente, assemelhando o lugar que vemos com nossos olhos à morada na prisão, e a luz da fogueira que arde lá ao poder do sol. E, se tomares a subida até o alto e a visão das coisas que lá estão como ascensão da alma até o mundo inteligível, não me frustrarás em minha expectativa, já que queres ouvir-me falar dela. Deus sabe se ela é verdadeira... Em todo o caso, eis o que penso. No mundo cognoscível, vem por último a ideia do bem que se deixa ver com dificuldade, mas, se é vista, impõe-se a conclusão de que para todos é a causa de tudo quanto é reto e belo e que, no mundo visível, é ela quem gera a luz e o senhor da luz e, no mundo inteligível, é ela mesma que, como senhora, propicia verdade e inteligência, devendo tê-la diante dos olhos quem quiser agir com sabedoria na vida privada e pública." (Platão, A República, Martins Fontes, 2006) Questão 1 (Vunesp 09) O texto pode ser caracterizado como o caminho do (A) cidadão para a liberdade. (B) homem para a morte. (C) cego para a luz. (D) filósofo para a verdade. (E) sofista para a sombra. Questão 2 (Vunesp 09) Assinale a alternativa correta. (A) O visível e o inteligível são modos de agir. (B) O visível e o inteligível são maneiras de sentir. (C) O visível e o inteligível são métodos de memorização. (D) O visível e o inteligível são caminhos para a riqueza. (E) O visível e o inteligível são formas de saber. Questão 3 Leia o texto a seguir e responda a questão que segue. Considera pois continuei o que aconteceria se eles fossem soltos das cadeias e curados da sua ignorância, a ver se, regressados à sua natureza, as coisas se passavam deste modo. Logo que alguém soltasse um deles, e o forçasse a endireitar-se de repente, a voltar o pescoço, a andar e a olhar para a luz, a fazer tudo isso, sentiria dor, e o deslumbramento impedi-lo-ia de fixar os objetos cujas sombras via outrora. Que julgas tu que ele diria, se alguém lhe afirmasse que até então ele só vira coisas vãs, ao passo que agora estava mais perto da realidade e via de verdade, voltado para objetos mais reais? E se ainda, mostrando-lhe cada um desses objetos que passavam, o forçassem com perguntas a dizer o que era? Não te parece que ele se veria em dificuldade e suporia que os objetos vistos outrora eram mais reais do que os que agora lhe mostravam? (PLATÃO. A República. 7. ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1993. p. 318-319.) O texto é parte do livro VII da República, obra na qual Platão desenvolve o célebre Mito da Caverna. Sobre o Mito da Caverna, é correto afirmar. I. A caverna iluminada pelo Sol, cuja luz se projeta dentro dela, corresponde ao mundo inteligível, o do conhecimento do verdadeiro ser. II. Explicita como Platão concebe e estrutura o conhecimento. 2

III. Manifesta a forma como Platão pensa a política, na medida em que, ao voltar à caverna, aquele que contemplou o bem quer libertar da contemplação das sombras os antigos companheiros. IV. Apresenta uma concepção de conhecimento estruturada unicamente em fatores circunstanciais e relativistas. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e IV são corretas. b) Somente as afirmativas II e III são corretas. c) Somente as afirmativas III e IV são corretas. d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. e) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas. Questão 4 Segundo a explicação metafísica, todas as coisas que existem possuem uma natureza específica, pertencendo a uma determinada espécie de seres. As diferenças entre os seres são acidentais e não substanciais, uma vez que a substância é a estrutura necessária do ser. Com base nessa hipótese, pode-se afirmar que (A) não é possível inferir das coisas qualquer perspectiva universalista. (B) todas as coisas possuem somente uma existência particular. (C) as diferenças entre os seres são unicamente acidentais. (D) não existe uma estrutura necessária do ser. (E) a explicação metafísica serviu de base para as correntes empiristas da filosofia. Questão 5 Leia com atenção esta passagem introdutória de A Lógica da Investigação Científica (1934), de Karl Popper 1. O problema da indução Costuma-se chamar de indutiva a uma inferência se ela passa de enunciados singulares (também chamados, algumas vezes, enunciados particulares ), tais como as descrições dos resultados de observações ou experimentos, aos enunciados universais, tais como hipóteses ou teorias. Ora, de um ponto de vista lógico, está longe de ser óbvio que estejamos justificados ao inferir enunciados universais a partir dos singulares, por mais elevado que seja o número destes últimos; pois qualquer conclusão que obtemos dessa maneira pode acabar sendo falsa: não importa quantas ocorrências de cisnes brancos possamos ter observados, isto não justifica a conclusão de que todos os cisnes são brancos. Segundo Popper, indução é: (a) Uma inferência que passa de particulares a universais. (b) Um método físico para o exame, tanto das partículas, quanto do universo. (c) Um raciocínio cuja justificação lógica é derivada de hipóteses e teorias. (d) Um método impróprio no caso da zoologia, mas não nas demais ciências. (e) Um método lógico que nos permite concluir com segurança que certas teorias são válidas a partir da observação. Questão 6 Sobre o trecho abaixo, considere as questões seguintes. 3

"A minha arte obstétrica tem atribuições iguais às da parteira, com a diferença de eu não partejar mulher, porém homens, e de acompanhar as almas, não os corpos, em seu trabalho de parto." - Está relacionado com a ideia de reminiscência de Platão. - Denota a forma autóctone com que Aristóteles entendia se dar a construção do conhecimento e da virtude. - Fora proferida por Protágoras, mas poderia ser muito bem utilizada por qualquer outro sofista. - Está geneticamente ligado ao conceito de maiêutica a. Todas estão corretas. b. Somente uma está correta. c. Somente duas estão corretas. d. Somente três estão corretas. e. Nenhuma está correta. DISCURSIVAS 7. Em 399 a.c., o filósofo Sócrates é acusado de graves crimes por alguns cidadãos atenienses. (...) Em seu julgamento, segundo as práticas da época, diante de um júri de 501 cidadãos, o filósofo apresenta um longo discurso, sua apologia ou defesa, em que, no entanto, longe de se defender objetivamente das acusações, ironiza seus acusadores, assume as acusações, dizendo-se coerente com o que ensinava, e recusa a declarar-se inocente ou pedir uma pena. Com isso, ao júri, tendo que optar pela acusação ou pela defesa, só restou como alternativa a condenação do filósofo à morte. (Danilo Marcondes. Iniciação à História da Filosofia, 1998. Adaptado.) Com base no texto apresentado e nos demais conhecimentos sobre o assunto, discorra sobre a vida e missão de Sócrates bem como sobre os motivos de sua condenação à morte. 8. Apesar de Sócrates não ter deixado suas ideias registradas por escrito, algumas frases filosóficas muito importantes foram atribuídas a ele. Uma dessas frases é Conhece-te a ti mesmo. A partir de seus conhecimentos, descreva as características do método socrático de aquisição da verdade e explique o novo rumo em que Sócrates coloca a filosofia. 9. Platão é conhecido, na história da Filosofia, como o filósofo que propôs a hipótese da existência de uma ordem de realidade inteligível que é, ao mesmo tempo, distinta dos seres sensíveis e em relação com eles. Logo prosseguiu Sócrates - não compreendo nem posso admitir aquelas outras causas científicas. Se alguém me diz por que razão um objeto é belo, e afirma que é porque tem cor ou forma, ou devido a qualquer coisa desse gênero afasto-me sem discutir, pois todos esses argumentos me causam unicamente perturbação. Quanto a mim, estou firmemente convencido, de um modo simples e natural, e talvez até ingênuo, que o que faz belo um objeto é a existência daquele belo em si, de qualquer modo que se faça a sua comunicação com este. O modo por que essa participação se efetua, não o examino neste momento: afirmo apenas, que tudo o que é belo é belo em virtude do Belo em si. PLATÃO. Fédon, 100 c-d. Trad. e notas de Jorge Paleikat e João Cruz Costa. 5 ed. São Paulo: Nova Cultural. 1991, p. 107. (Os Pensadores) 4

A partir do trecho do Fédon explicite: a) a hipótese proposta por Platão; b) a relação entre essas duas ordens de realidade. 10. Leia o poema: O que nós vemos das coisas são as coisas. Por que veríamos nós uma coisa se houvesse outra? Por que é que ver e ouvir seria iludirmo-nos Se ver e ouvir são ver e ouvir? O essencial é saber ver, Saber ver sem estar a pensar, Saber ver quando se vê, E nem pensar quando se vê Nem ver quando se pensa. Mas isso (tristes de nós que trazemos a alma vestida!), Isso exige um estudo profundo, Uma aprendizagem de desaprender E uma sequestração na liberdade daquele convento De que os poetas dizem que as estrelas são as freiras eternas E as flores as penitentes convictas de um só dia, Mas onde afinal as estrelas não são senão estrelas Nem as flores senão flores, Sendo por isso que lhes chamamos estrelas e flores. Fernando Pessoa (Alberto Caeiro.) Qual é a concepção de verdade que aparece no poema? Qual a relação existente entre essa concepção de verdade expressa no poema e a concepção platônica? Justifique sua resposta. 11. Leia estes trechos: Sócrates É muito certo o que disseste, que o saber não é mais que percepção, e nele convergem tanto o que diz Homero, Heráclito e toda a sua espécie: que tudo se move como fluxos, e, como diz o sapientíssimo Protágoras, que o homem é a medida de todas as coisas, e ainda, como assim afirma Teeteto, que a percepção se torna saber. Sócrates Sabes, Teodoro, o que me espanta no teu amigo Protágoras? Teodoro O que é? Sócrates Por um lado, agrada-me o que disse, que aquilo que parece a cada um, também é; mas admirei-me com o princípio do argumento, pois não disse, no início de [sua obra] A Verdade, que o porco é a medida de todas as coisas ou o babuíno ou qualquer outro animal mais estranho, de entre os que têm percepção, para que começasse a falar-nos em grande estilo e com arrogância, demonstrando que o admirávamos como a um deus pela sua sabedoria, enquanto ele estava, quanto à inteligência, não melhor que um girino, ou qualquer outro ser humano. PLATÃO. Teeteto. Tradução de Adriana Manuela Nogueira e Marcelo Boeri. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2005. p. 222-224. 5

Com base na leitura desses trechos e considerando outras informações contidas nessa obra de Platão, REDIJA um texto, explicando por que Sócrates recusa a identidade entre saber e percepção. 12. Analise a seguinte citação de Platão quanto ao caminho para o conhecimento verdadeiro e, a partir dela, exponha o método platônico de conhecimento. Utilize na sua resposta os conceitos de aparência e essência, inteligível e sensível, verdade e opinião. E, quanto à procura da sabedoria, que dizes? O corpo não é um impedimento?... E, por isso, a alma raciocina perfeitamente quando nenhuma dessas sensações a ofusca, sem a vista nem o ouvido, nem o prazer nem a dor; mas permanecendo só, separada do corpo, desdenhosa de ter que acharse em contato com ele, dirige-se com todo seu poder para o que é. 6

Nome Nº Série / Ano Ensino Turma 1º Médio Disciplina Professor Natureza Código / Tipo Trimestre / Ano Data Filosofia Guilherme Roteiro RE/I 2 o / 2017 26/06/2017 valor Roteiro de estudos e lista de exercícios 5,0 Tema: a b c d e PARTE A QUESTÕES TESTES 01 02 03 04 05 06 PARTE B QUESTÕES DISSERTATIVAS 7

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