ESTADO DO ESPÍRITO SANTO PLANO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO COMISSÃO DE ELABORAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO PLANO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO



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Transcrição:

ESTADO DO ESPÍRITO SANTO PLANO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO COMISSÃO DE ELABORAÇÃO E ACOMPANHAMENTO DO PLANO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DIAGNÓSTICO DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DO ES ASPECTOS ECONÔMICOS E SOCIAIS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO Em 2010, a população do Espírito Santo somava 3.514.952 pessoas, das quais 83,4% residiam nas áreas urbanas e 16,6% nas áreas rurais. movimento migratório rural/ urbano realizou-se, como se observa nos dados a seguir: em 1960, 71,60% e, em 2000, 79,5% da população residiam na zona urbana; e, respectivamente, 28,4 e 20,5 localizavam-se na zona rural. O Segundo os dados da PNAD, relativos ao ano de 2013, o Estado do Espírito Santo possuía uma população estimada de 3.885.049 habitantes e, para o ano de 2024, de 4.288.849 habitantes. A população está distribuída numa área de 46.095,583 Km 2, com densidade demográfica de 76,25 hab/km 2. O Estado possui hoje um total de 78 (setenta e oito) municípios. Respeitando as projeções do parágrafo anterior, com os dados obtidos a partir do ano 2000, o quadro abaixo mostra a evolução da população capixaba ao longo dos últimos 14 anos e a projetada para os próximos 10 (dez) anos.

5.000.000 Evolução da População Capixaba 4.500.000 4.000.000 3.500.000 3.000.000 População Capixaba 2.500.000 2.000.000 2000 2005 2010 2014 2020 2024 2030 Fonte IBGE/PNAD 2013. Nesse quadro percebe-se que a linha de crescimento populacional apresenta uma pequena tendência de estabilização, que, apesar de tímida, vem se acentuando ao longo destes 14 (quatorze) anos. O quadro a seguir mostra a distribuição da população capixaba, de acordo com as microrregiões do Estado, com base nos dados do Censo Populacional de 2010. Microrregiões População Noroeste 153.466 Nordeste 254.526 Centro-Oeste 256.673 Rio Doce 291.498 Central Serrana 93.254 Sudoeste Serrana 132.069 Metropolitana 1.687.704 Caparaó 178.187 Central Sul 312.305 Litoral Sul 155.270 Total 3.514.952 Fonte IBGE/Censo 2010.

Quadro: População capixaba distribuída nas microrregiões Noroeste Nordeste Centro-Oeste Rio Doce Central Serrana Sudoeste Serrana Metropolitana Caparaó Central Sul Litoral Sul 1.687.704 153.466 254.526 256.673 291.498 93.254 132.069 178.187 312.305 155.270 Fonte IBGE/Censo 2010. De acordo com os últimos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE e do Instituto Jones dos Santos Neves - IJSN, relativos ao 3º Trimestre de 2014, o Produto Interno Bruto foi de R$ 123,2 bilhões, cuja participação no PIB nacional corresponde a 2,4%. Comparando este resultado aos dados referentes ao mesmo período do ano anterior, houve um crescimento do PIB de 3,5 %. Já em relação ao comparativo dos últimos quatro trimestres, a economia capixaba apresentou um crescimento de 2,8%, resultado que supera os dados nacionais. Este resultado ocorre após um período de estabilidade (2012) e de queda (2013) do Produto Interno Bruno. O PIB per capta em 2012 foi calculado em R$ 29.996,00. O quadro a seguir demonstra a evolução do PIB do Estado do Espírito Santo entre os anos de 2011 a 2014 (em R$ bilhões): Taxas (%) Acumulado ao longo do ano/mesmo período do ano anterior 1º trim. 2011 2º trim. 2011 3º trim. 2011 4º trim. 2011 1º trim. 2012 2º trim. 2012 3º trim. 2012 4º trim. 2012 1º trim. 2013 2º trim. 2013 3º trim. 2013 4º trim. 2013 1º trim. 2014 2º trim. 2014 9,7 10,4 8,2 6,9-0,5-0,3 0,1 0,1-1,4-1,6-1,5-1,0 0,1 1,6 3,5 3º trim. 2014

Últimos 4 trimestres / quatro trimestres imediatamente anteriores 11,2 10,6 8,5 6,9 4,4 1,5 0,8 0,1-0,1-0,6-1,1-1,0-0,6 0,7 2,8 Fonte IBGE/IJSN. Quanto à renda per capita, segundo publicação do Instituto Jones dos Santos Neves de novembro/2014, no ano de 2012 este valor era de R$ 29.996,00 (vinte e nove mil, novecentos e noventa e seis reais), o que faz do Estado o 4º colocado no ranking nacional. Já em relação ao Índice de Desenvolvimento Humano IDH, segundo os dados do IBGE/PNUD, relativos ao ano de 2010 o Espírito Santo ocupava a 7ª colocação no ranking dos estados brasileiros, com um índice de 0,740, o que demonstra uma evolução em relação ao índice medido no ano 2000, quando o IDH era de 0,64. O Índice de Gini do Estado do Espírito Santo atualmente é de 0,453, de acordo com os dados levantados pela PNAD 2013, verificando-se uma piora do indicador em relação aos dados de 2012 relativos à mesma fonte, já que o índice verificado para este ano foi de 0,445. O resultado atual coloca o Estado do Espírito Santo na quarta colocação no ranking dos estados brasileiros. De acordo com dados do Instituto Jones dos Santos Neves, nos últimos dez anos, houve ganhos formidáveis no processo de inclusão social, uma vez que a proporção de pessoas situadas abaixo da linha de pobreza foi reduzida de 32.8% para 20,8%. Além disso, a elevação da renda foi acompanhado de uma melhor distribuição da renda familiar. Tanto assim que, segundo estudo desse órgão, reduziu-se o índice de Gini, que atingiu 0,489, em 2011, contra 0,522 da média nacional. A participação de pobres na população apresenta, nesse quadro, os seguintes indicadores:

2001 = 32,8% 2001 = 38,7% Espirito Santo Brasil 2011 = 10,0% 2011 = 20,8% Com efeito, registra-se crescente melhoria na taxa de alfabetização da população de 15 anos ou mais, passando de 11,5 em 2001 para 6,4% em 2011. Elevou-se também a escolaridade média da população de 25 anos ou mais, chegando-se a 7, 5 anos de estudo em média. Contudo, há de se considerar que esses dados devem ser vistos com total insatisfação, pois a taxa encontrada está longe de atender a exigências mínimas para uma vida digna. A seguir será focalizada a situação da educação no território espíritosantense. Para tanto, será analisada a realidade educacional com base nos indicadores disponíveis à época (final do ano de 2014), abordando os níveis, as etapas e as modalidades da educação. Procura-se comparar, sempre que possível, os dados encontrados com as metas nacionais estabelecidas no Plano Nacional de Educação. EDUCAÇÃO INFANTIL O atendimento educacional às crianças de zero a cinco anos no Brasil tem por finalidade a promoção de seu desenvolvimento integral, no tocante aos aspectos físicos, psicológicos, cognitivos, afetivos e sociais, complementarmente à ação da família. De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Lei nº 9394/1996, a educação infantil deve ser oferecida em creches e pré-escolas. Nessa primeira etapa da Educação Básica, a educação escolar é obrigatória a partir dos 4 (quatro) anos, conforme preceitua a Lei nº 9394/1996, Art. 29 e Art. 30, alterada pela Lei nº 12.796/2013, com base na Emenda Constitucional nº 059/2014. Sua universalização deverá ocorrer

progressivamente, até 2016, de acordo com o que dispõe o Plano Nacional de Educação PNE. Embora não obrigatório, o atual atendimento educativo para crianças de até três anos de idade deve ser ampliado para 50%, conforme meta do PNE 2014-2024. A frequência às creches alcançou 68.990 crianças em 2014, representando um crescimento de 23,55% em relação ao ano de 2010, em que 55.842 crianças frequentaram creches públicas (federal e municipais) e privadas. Do total de crianças atendidas, 89,58% frequentaram, em 2014, creches municipais e 10,29% creches privadas. Apenas 88 crianças (0,01%) estavam matriculadas na única creche federal situada no Espírito Santo. De acordo com dados do SIMEC/MEC, somente 26,10% das crianças de zero a três anos eram atendidas na Educação Infantil em 2013 no Espírito Santo. Na Região Sudeste, esse dado era de 28,3% e no Brasil somente 23,2% no mesmo ano. Gráfico 1. Percentual de Crianças de zero a três anos na Educação Infantil, 2013. 23,20% 28,30% 26,10% BRASIL (2013) REGIÃO SUDESTE ESPÍRITO SANTO Fonte: SIMEC/MEC - Planejando a próxima década. Para que o Espírito Santo atinja a meta estabelecida no Plano Nacional de Educação até 2024, precisará aumentar sua oferta em aproximadamente

91,57%, representando um aumento anual médio de 2,39% de crianças atendidas na faixa etária de zero a três anos. Tabela 1 Matrícula em Creche e Pré-escola por Rede Escolar no ES 2014 Rede Escolar Educação Infantil Creche Pré-Escola Total Federal 88 53 141 Municipal 61.804 86.138 147.942 Privada 7.098 11.723 18.821 Total 68.990 97.914 166.904 Fonte: Censo Escolar/SEDU-ES. Em relação ao percentual de crianças de quatro e cinco anos que frequentam a pré-escola, o gráfico a seguir registra os seguintes dados: Gráfico 2. Percentual de Crianças de quatro a cinco anos na pré-escola em 2013. 85% 81,4% 81,8% BRASIL (2013) REGIÃO SUDESTE Fonte: SIMEC/MEC - Planejando a próxima década. ESPÍRITO SANTO Estavam matriculadas na pré-escola em 2014 97.914 crianças, das quais 87,97% estavam em instituições municipais, 11,87% em instituições privadas e 0,05 na pré-escola federal. Contudo, com base em dados estimados pela PNAD, a taxa líquida de frequência à pré-escola era de 38,10%.

De qualquer forma, o desafio inicial é o de universalizar até 2016 a educação infantil na pré-escola para as crianças de 4 e 5 anos ampliando sua oferta até 2016 em 22,2%, bem como o de ampliar o atendimento educativo para as crianças de até 3 anos, nas creches, em, no mínimo, 50%. Vale ressaltar que entre 2007 a 2013, no Espírito Santo a rede pública aumentou sua oferta de 566 creches para 695, o que representa uma diferença de 129 unidades, ou acréscimo de 23%. Na rede privada, no mesmo período, ocorreu uma redução de 19 creches, representando - 9,5% do total. No total geral, observou-se um aumento de 14,36% no período de 2007 a 2013, saltando de 766 para 876 creches, com crescimento anual médio de 2,39% na oferta, oriundo exclusivamente do aumento do número de creches públicas. Tabela 2. Pré-escolas Públicas e Privadas no Espírito Santo 2007-2013 Ano Pública Privada Total 2007 77,5% 1.086 22,5% 316 1.402 2008 79,5% 1.134 20,5% 293 1.427 2009 81,1% 1.154 18,9% 269 1.423 2010 82,1% 1.159 17,9% 252 1.411 2011 83,1% 1.162 16,9% 236 1.398 2012 83,7% 1.207 16,3% 235 1.442 2013 83,6% 1.209 16,4% 238 1.447 Fonte: INEP/Censo da Educação Básica; Sítio Todos Pela Educação. Entretanto, a expansão das redes escolares por si só não é condição suficiente para atender educação infantil. O provimento de condições pedagógicas, representadas por Proposta Pedagógica, processos pedagógicos, formação inicial e continuada de docentes e demais profissionais envolvidos na educação infantil e de condições de

funcionamento e manutenção apropriados são alguns dos desafios que perpassam as ações de acesso à educação infantil. ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS O Plano Nacional de Educação prevê a alfabetização de todas as crianças até o final do 3º ano do ensino fundamental, tendo como indicadores de resultado a taxa de alfabetização de crianças que concluíram o 3º ano do ensino fundamental, e a porcentagem de crianças do 3º ano do ensino fundamental com aprendizagem adequada em leitura, escrita e matemática, aferida por meio de uma avaliação nacional em larga escala a Avaliação Nacional da Alfabetização- ANA. Gráfico 3 - Taxa de alfabetização de crianças que concluíram o 3º ano do Ensino Fundamental, 2013. 99,1% 99,2% 97,6% BRASIL (2013) REGIÃO SUDESTE ESPÍRITO SANTO Fonte: SIMEC/MEC - Planejando a próxima década. No Espírito Santo, a taxa de alfabetização de crianças que concluíram o 3º ano do ensino fundamental, em 2013, é de 99,2%, superior às médias da Região Sudeste (99,1%) e nacional (97,6%). Isso significa que, em 2013, somente 0,8% das crianças que concluíram o 3º ano foram consideradas não alfabetizadas. No entanto, tal resultado não coaduna com a média observada de crianças do 3º ano do ensino fundamental consideradas com aprendizagem adequada em leitura, que é inferior a 50%, conforme gráfico a seguir:

Gráfico 4 - Percentual de crianças do 3º ano do Ensino Fundamental com aprendizagem adequada em leitura, 2012. 44,5% 56,5% 48% BRASIL (2013) Fonte: Sítio Observatório do PNE. REGIÃO SUDESTE ESPÍRITO SANTO A meta nacional é que 100% das crianças do 3º ano do ensino fundamental estejam com aprendizagem adequada em leitura. Para alcançar a meta nacional proposta, 52% das crianças que concluíram o 3º ano com aprendizagem inadequada em leitura deverão ter o déficit de aprendizagem corrigido. A taxa do Espírito Santo (48%) é superior à média nacional em 3,5% e inferior à média da Região Sudeste (56,5%), com uma diferença negativa de 8,5%. Desafio ainda maior se apresenta diante do percentual de crianças do 3º ano do ensino fundamental com aprendizagem adequada em escrita, visto que as taxas se apresentam muito baixas em todos os níveis (nacional, regional e estadual), conforme representado no gráfico a seguir: Gráfico 5 - Percentual de crianças do 3º ano do Ensino Fundamental com aprendizagem adequada em escrita, 2012. 38,8% 30,1% 28,4% BRASIL (2013) REGIÃO SUDESTE ESPÍRITO SANTO Fonte: Sítio Observatório do PNE.

No Espírito Santo, a taxa é ainda menor (28,4%) comparada à média nacional -1,7%, mas, principalmente, comparada à média da Região Sudeste (38,8%), em que a diferença é de - 10,4%. É importante observar que de 48% das crianças que apresentaram aprendizagem adequada em leitura, no 3º ano, no Espírito Santo, 19,6% não estavam no nível adequado de escrita. A alfabetização supõe domínio, em nível satisfatório, da leitura e da escrita. Com relação à aprendizagem adequada em matemática, a taxa de crianças do 3º ano no Espírito Santo é superior à da escrita, mas inferior à taxa de aprendizagem em leitura, também em todos os níveis (nacional, regional e estadual). Gráfico 6 - Percentual de crianças do 3º ano do Ensino Fundamental com aprendizagem adequada em matemática, 2012. 33,3% 47,4% 43% BRASIL (2013) REGIÃO SUDESTE ESPÍRITO SANTO Fonte: Sítio Observatório do PNE. No Espírito Santo, o percentual de crianças do 3º ano com aprendizagem adequada em matemática é de 43%, inferior à média da Região Sudeste que é 47,4% (diferença de - 4,3%). No entanto, comparado com a média nacional (33,3%), o índice do Espírito Santo é superior, com uma diferença positiva de 10,3%. Para o alcance da meta nacional de 100%, 57% das crianças do 3º ano do ensino fundamental do Espírito Santo precisam desenvolver a aprendizagem matemática e superar o déficit constatado e inadequado à série.

Para melhorar os dados relacionados à aprendizagem no ciclo de alfabetização, foi implementado, no Brasil, com adesão do Espírito Santo, o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) com o objetivo de alfabetizar, em Português e Matemática, todas as crianças até os oito anos de idade, no final do 3º ano do ensino fundamental. A iniciativa apoia as escolas públicas em diferentes necessidades: formação continuada de professores alfabetizadores, com cursos presenciais e bolsas de estudos, materiais didáticos e pedagógicos específicos para alfabetização, obras literárias, além de outras tecnologias educacionais, como jogos didáticos. No ano de 2013, foi instituída a Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA), uma das iniciativas do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa PNAIC, com o objetivo de avaliar a aprendizagem dos estudantes na fase final do ciclo de alfabetização (3º ano do Ensino Fundamental), inserindo-se no contexto da atenção voltada à alfabetização prevista no PNAIC e instituída pela Portaria nº 867, de 4 de junho de 2012. Na edição da ANA de 2013, o Espírito Santo apresentou 50,06% dos estudantes nos níveis mais baixos de aprendizagem em leitura, 39,37% em escrita e 49,56% em matemática. Em relação aos resultados da ANA, no Espírito Santo, não foi possível analisar os dados referentes às redes municipais. Dessa forma, seguem apenas as considerações referentes à rede estadual de ensino.

Gráfico 7 - Resultado da ANA na Rede Estadual do ES Escrita, 2013. 2% 13% 39% 25% 21% NÍVEL 1 DE ESCRITA NÍVEL 2 DE ESCRITA NÍVEL 3 DE ESCRITA NÍVEL 4 DE ESCRITA SEM NOTA Fonte: ZEFERINO, LIMA. gráficos. 2014. [ppt]. De acordo com os resultados de 2013, 64% dos estudantes da rede estadual do Espírito Santo estão nos níveis 3 e 4 de escrita, significando que os estudantes são capazes de: Nível 3 (25%): escrever textos narrativos com mais de uma frase, a partir de uma situação dada; produzir textos narrativos com poucas inadequações relativas à segmentação, concordância verbal e concordância nominal, embora com algum comprometimento dos elementos formais e da textualidade, evidenciando uma aproximação à norma padrão da língua; Nível 4 (39%): produzir textos narrativos, a partir de uma situação dada, atendendo adequadamente ao uso de elementos formais e da textualidade, evidenciando o atendimento a norma padrão da língua. Em síntese, ainda é um desafio a alfabetização de todas as crianças nos três primeiros anos do ensino fundamental.

ENSINO FUNDAMENTAL O ensino fundamental, obrigatório para todos, por definição constitucional, e gratuito na escola pública, deve atender, dentro desse mesmo princípio, todas as pessoas que a ele não tiveram acesso na idade própria. Como essa etapa da Educação Básica tem por finalidade a formação básica do cidadão, traz, em si, a responsabilidade de prover o desenvolvimento da capacidade de aprender, mediante o domínio da leitura, da escrita e do cálculo as mais fundamentais das aprendizagens do ensino fundamental. No Brasil, em 2013, havia 29.069.281 estudantes matriculados no Ensino Fundamental, dos quais 11.127.426 estavam na Região Sudeste e 522.376 no Espírito Santo, distribuídos de acordo com o que demonstra a Tabela. Tabela 3 - Matrículas no Ensino Fundamental por Rede Escolar no Espírito Santo, 2013. Rede Escolar Anos Iniciais Anos Finais Total de Matrícula % Matrícula % Matrículas % Federal Estadual Municipal Privada Total 43.017 14,95 % 75.099 32,01 118.116 22,61 210.388 73,11 % 131.903 56,22 342.291 65,53 34.359 11,94 % 27.610 11,77 61.969 11,86 287.764 100,00 % 234.612 100,00 % 522.376 100,00 % Fonte: INEP/Censo da Educação Básica. Outros 42.514 estudantes frequentavam essa etapa de ensino, na modalidade de Educação de Jovens e Adultos, sendo 47% em escolas públicas estaduais e 52,6% em escolas municipais. Apenas 172 pessoas estavam em escolas privadas.

A oferta de Ensino Fundamental concentra-se nas redes municipais (65,53 %). Em consequência da municipalização dessa etapa de ensino, desenvolvida, principalmente em 1998 e 2005/2006, parte das escolas da rede pública estadual foi transferida para as redes municipais. Desse modo, considerando as matrículas nas redes públicas, os municípios detêm quase três quartos (74,34%) da oferta de ensino fundamental. Basicamente, a posição se inverteu, pois, em 1997, a rede estadual responsabilizava-se por 75% das matrículas públicas. A implementação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério FUNDEF (1998) foi fator decisivo para a municipalização, já que o financiamento passou a ser feito em cada unidade federada pela per capita aluno/ano. A universalização do Ensino Fundamental de nove anos para a população de 6 a 14 anos é meta a ser alcançada até o final da vigência do Plano Nacional de Educação. No Espírito Santo, o alcance dessa meta é promissor, já que, em 2013, 93,75 % das crianças de 6 a 14 anos estavam matriculadas nessa etapa da Educação Básica. O esforço pela universalização do Ensino Fundamental para a população de 6 a 14 anos teve ritmo ascendente, nos três últimos anos, como pode ser observado na Tabela. Tabela 4 - Estudantes de 6 a 14 anos matriculados no Ensino Fundamental no Espírito Santo. Taxa Líquida de Matrículas 2007-2013. Dado 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Estudante de 6 a 14 anos 543.052 511.402 540.252 457.531 490.029 517.920 497.635 População total de 6 a 14 anos 586.736 541.871 579.232 515.970 529.508 552.886 530.775 Taxa líquida 92,55 % 94,37 % 93,27 % 88,67 % 92,54 % 93,67 % 93,75 % Fonte: IBGE/PNAD

O Espírito Santo aproximou-se, em 2013, das taxas observadas para o Brasil e para a Região Sudeste. Para alcançar a meta projetada no PNE precisará de um crescimento de aproximadamente 6,65 % nas matrículas de 6 a 14 anos. Se considerada a população de 2013, seriam 33.140 crianças para ingressar/reingressar no Ensino Fundamental no Estado nessa faixa etária. Entretanto, além desse grupo etário, o Ensino Fundamental recebe alunos de diversas idades, de modo que, ainda em 2013, a taxa bruta de matrículas foi de 98,42 %, com a participação de 27.741 alunos que ultrapassavam a faixa etária considerada. Outro indicador referente ao ensino fundamental é a taxa de conclusão dos alunos que frequentam o último ano dessa etapa de ensino. Tomando os dados de 2013, observa-se que essa taxa foi 75,92 % do total do Estado, mas nas escolas estaduais, caiu para 58,70 %; nas escolas municipais 83,78 % e nas escolas privadas 91,32 % (Tabela). Tabela 5 Matrícula na 8ª série / 9º ano e concluintes do Ensino Fundamental por rede escolar - 2011-2013. Rede Escolar Matrículas 8ª Série / 9º ano Concluintes 2011 2012 2013 2011 2012 2013 % Estadual 18.591 17.640 17.469 14.528 13.872 10.255 58,70 % Municipal 25.971 25.017 24.657 22.241 20.852 20.658 83,78 % Privada 7.366 7.298 6.926 6.589 6.397 6.325 91,32 % Total 51.928 49.955 49.052 43.358 41.121 37.238 75,92 % Fonte: INEP/Censo da Educação Básica. Em relação às matrículas na 8ª série, os dados revelam que a frequência vem caindo nos últimos três anos, tanto nas redes municipais quanto na rede estadual e, em menor volume, na rede privada, ampliando a distorção idade-série nas séries finais no Ensino Fundamental.

Tabela 6 - Taxa e número absoluto de abandonos, aprovados e reprovados na 8ª série / 9º ano no Ensino Fundamental por rede escolar - 2011-2013. Estadual Ano Abandono Aprovado Reprovado Total % Total % Total % 2011 727 4,01 14.605 80,54 2.802 15,45 2012 589 3,46 13.951 81,93 2.488 14,61 2013 563 3,32 14.325 84,47 2.070 12,21 Municipal Ano Abandono Aprovado Reprovado Total % Total % Total % 2011 507 2,01 22.306 88,23 193 7,37 2012 457 1,90 20.916 86,75 2.739 11,36 2013 506 2,13 20.767 87,58 2.440 10,29 Privada Ano Abandono Aprovado Reprovado Total % Total % Total % 2011 10 0,14 6.697 93,48 457 6,38 2012 16 0,22 6.646 93,41 453 6,37 2013 8 0,12 6.400 93,98 402 5,90 Fonte: INEP/Censo da Educação Básica. As taxas de abandono e reprovação vêm diminuindo, nos últimos três anos, embora se apresentem ainda significativas, o que propicia o aumento do índice de distorção idade/ série tanto no ensino fundamental, quanto no ensino médio. A distorção idade/série é um indicador que permite avaliar o desempenho do sistema, por meio do percentual de alunos, em cada série, com idade superior à recomendada para aquela série. A tabela a seguir contém dados sobre essa temática:

Tabela 7 - Distorção Idade-Série no Ensino Fundamental 2011-2013 Ano Anos Iniciais Anos Finais Total Geral Dependência Administrativa Matrícula Fora da Faixa Matrícula Fora da Faixa Matrícula Fora da Faixa Inicial Matrícula % Inicial Matrícula % Inicial Matrícula % Espírito Santo 290.815 43.782 15,05 245.743 65.653 26,59 536.558 109.135 20,34 Estadual 45.747 7.005 15,31 79.807 23.189 29,06 125.554 30.394 24,05 2011 Municipal 212.138 36.045 16,99 136.896 40.565 29,63 349.034 76.610 21,95 Privada 32.930 732 2,22 29.040 1.599 5,51 61.970 2.331 3,76 Espírito Santo 286.672 42.138 14,70 241,483 65.327 27,05 528.155 107.465 20,35 Estadual 43.985 6.219 14,14 77,714 22.967 29,55 121.699 29.186 23,98 2012 Municipal 209.147 35.158 16,81 135.390 40.702 30,06 344.537 75.860 22,02 Privada 33.540 761 2,27 28.379 1.658 5,84 61.919 2.419 3,91 Espírito Santo 287.764 41.236 14,33 234.612 65.997 28,13 522.376 107.233 20,53 Estadual 43.017 5.688 13,22 75.099 22798 30,36 118.116 28.486 24,12 2013 Municipal 210.388 34.778 16,53 131.903 41.468 31,44 342.291 76.246 22,28 Privada 34.359 770 2,24 27.610 1.731 6,27 61.969 2.501 4,04 Fonte: INEP/Censo da Educação Básica. Os dados indicam que, no Espírito Santo, a distorção idade-série vem se mantendo, nos últimos anos, com um percentual acima de 20%. A distorção idade-série tem sido atribuída a fatores como: atraso na entrada na escola, reprovações constantes, abandono e evasão escolar, com retorno posterior, dentre outros fatores. De qualquer forma, suas consequências são altamente prejudiciais. Resultados do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB) e do Programa de Avaliação da Educação Básica do Espírito Santo (PAEBES/2004) mostram, por meio da correlação entre

resultados das provas e fatoras associados, que o envelhecimento dos estudantes na série escolar e a repetência não melhoram a aprendizagem. Assim, é possível concluir que não basta, para efeito de política pública, obter o ingresso de 100% da população na escola. É preciso implementar ações efetivas que garantam a permanência bem sucedida no processo escolar, com o domínio das aprendizagens fundamentais no ensino fundamental. Rever o currículo, as práticas docentes, o processo pedagógico e a aplicação de medidas fundamentadas nos resultados da avaliação são algumas necessidades urgentes a superar. QUALIDADE DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Um importante indicador da qualidade da Educação Básica brasileira é o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica IDEB. O IDEB é calculado com base 1) nos resultados da Prova Brasil, da Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (ANRESP), componentes do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (SAEB) e 2) do fluxo escolar, medido pelas taxas de aprovação. Observa-se, conforme tabelas a seguir que, no Estado do Espírito Santo, o Ensino Fundamental Anos Iniciais se manteve acima das metas projetadas pelo INEP, tanto na rede pública, quanto na rede privada. No Ensino Fundamental Anos Finais e no Ensino Médio, as metas ficaram abaixo do projetado para o Estado, apesar de não haver queda nos índices. Tabela 8 - IDEB Ensino Fundamental Anos Iniciais Brasil, Região Sudeste e Espírito Santo 2005/2013 Estado IDEB Observado Metas Projetadas 2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021 Brasil 3,8 4,2 4,6 5,0 5,2 3,9 4,2 4,6 4,9 5,2 5,5 5,7 6,0 RegiãoSudeste 4,6 4,8 5,3 5,6 4,6 5,0 5,4 5,6 5,9 6,1 5,4 6,6

Espírito Santo 4,2 4,6 5,1 5,2 5,4 4,3 4,6 5,0 5,3 5,6 5,8 6,1 6,3 Estadual 3,7 4,1 5,0 5,0 5,3 3,8 4,1 4,5 4,8 5,1 5,4 5,7 5,9 Privada 6,3 6,3 7,0 7,1 7,3 6,4 6,6 6,9 7,1 7,3 7,5 7,6 7,8 Pública 3,9 4,3 4,8 5,0 5,2 4,0 4,4 4,8 5,0 5,3 5,6 5,9 6,1 Fonte: INEP/IDEB Tabela 9 - IDEB Ensino Fundamental Anos Finais - Brasil, Região Sudeste e Espírito Santo Metas Alcançadas 2005/2013 Estado IDEB Observado Metas Projetadas 2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021 Brasil 3,5 3,8 4,0 4,1 4,2 3,5 3,7 3,9 4,4 4,7 5,0 5,2 5,5 Região Sudeste Espírito Santo 3,9 4,1 4,3 4,5 4,0 4,1 4,4 4,8 5,2 5,4 5,7 5,9 3,8 4,0 4,1 4,2 4,2 3,8 4,0 4,3 4,7 5,0 5,3 5,5 5,8 Estadual 3,5 3,6 3,8 3,7 4,0 3,6 3,7 4,0 4,4 4,8 5,0 5,3 5,5 Privada 5,9 6,1 6,2 6,2 6,2 6,0 6,1 6,3 6,6 6,9 7,1 7,2 7,4 Pública 3,5 3,7 3,8 3,9 3,9 3,5 3,7 3,9 4,3 4,7 5,0 5,2 5,5 Fonte: INEP/IDEB Metas Alcançadas Tabela 10 - IDEB Ensino Médio Brasil, Região Sudeste e Espírito Santo 2005/2013 Estado IDEB Observado Metas Projetadas 2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021 Brasil 3,4 3,5 3,6 3,7 3,7 3,4 3,5 3,7 3,9 4,3 4,7 5,0 5,2 Região Sudeste Espírito Santo 3,6 3,7 3,8 3,9 3,6 3,7 3,9 4,1 4,5 4,9 5,2 5,4 3,8 3,6 3,8 3,6 3,8 3,8 3,9 4,1 4,3 4,7 5,1 5,3 5,6 Estadual 3,1 3,2 3,4 3,3 3,4 3,1 3,2 3,4 3,6 4,0 4,4 4,7 4,9 Privada 5,7 5,9 5,7 5,7 5,7 5,7 5,8 5,9 6,2 6,4 6,8 6,9 7,1 Fonte: INEP/IDEB Metas Alcançadas Enquanto nos Anos Iniciais a taxa de aprovação foi de 92,9%, nos Anos Finais a taxa foi de 81,6 %, sendo que as menores taxas de aprovação ocorreram no 6º ano, com 77,6 % e no 7º ano, com 79,7% no ano de 2013, conforme demonstra o gráfico abaixo.

Gráfico 8 - Taxa de aprovação no Ensino Fundamental Anos Finais - Espírito Santo 2007/2013 6º ano 7º ano 8º ano 9º ano 82,2 84,5 83,4 86,3 87,4 80,8 83 81,2 81,5 83,3 79,8 80,6 78,7 79,4 79,7 77,7 79 77,1 77,9 77,6 2005 2007 2009 2011 2013 Fonte: INEP/Censo da Educação Básica Apesar de o Ensino Fundamental Anos Finais não atingir as metas projetadas para 2013, houve um crescimento significativo na taxa de aprovação no Estado nessa etapa de ensino, em especial na rede estadual, de 77,6% em 2011 para 82,1% em 2013, conforme dados de aprovação da Tabela. Tabela 11 - Taxa de Aprovação e SAEB no Espírito Santo Anos Iniciais 2005/2013 Estado Taxa de Aprovação SAEB (Média Padronizada) 2005 2007 2009 2011 2013 2005 2007 2009 2011 2013 Espírito 84,1 88,2 90,8 92,3 92,9 4,89 5,12 5,56 5,69 Santo Pública 82,4 87,0 89,8 91,4 92,1 4,67 4,93 5,35 5,48 5,59 Privada 98,6 98,7 98,7 99,1 99,1 6,39 6,34 7,04 7,15 7,35 Estadual 78,3 83,8 91,3 92,7 93,9 4,75 4,92 5,42 5,38 5,61 Fonte: INEP/IDEB

Tabela 12 - Taxa de Aprovação e SAEB no Espírito Santo Anos Finais 2005/2013 Estado Taxa de Aprovação SAEB (Média Padronizada) 2005 2007 2009 2011 2013 2005 2007 2009 2011 2013 Espírito 79,9 81,5 79,8 80,9 81,6 4,74 4,88 5,12 5,19 - Santo Pública 77,8 79,7 77,9 79,1 79,8 4,46 4,61 4,88 4,95 4,9 Privada 95,2 95,3 94,3 94,4 94,6 6,24 6,42 6,57 6,6 6,55 Estadual 77,3 79,8 79,1 77,6 82,1 4,58 4,56 4,78 4,76 4,87 Fonte: INEP/IDEB Tabela 13 - Taxa de Aprovação e SAEB no Espírito Santo Ensino Médio 2005/2013 Estado Taxa de Aprovação SAEB (Média Padronizada) 2005 2007 2009 2011 2013 2005 2007 2009 2011 2013 Espírito 75,1 77,2 74,8 73,9 77,5 4,66 4,5 4,89 4,63 - Santo Privada 94,6 94,3 94,1 94,1 93,9 5,94 6,18 6,07 5,95 6,08 Estadual 70,8 73,8 71,3 71,3 74,7 4,32 4,11 4,65 4,38 4,29 Fonte: INEP/IDEB A situação do Ensino Médio também é preocupante em todas as redes escolares no Estado, conforme dados da Tabela. Desde 2011, não há crescimento nos índices do IDEB, estando abaixo das metas estabelecidas para a etapa de ensino. Conforme mostram os dados da Tabela, houve uma queda na taxa de aprovação entre 2007 e 2011 e no resultado das avaliações, o que contribuiu para que as metas não fossem alcançadas na rede estadual. No entanto, houve um crescimento de 71,3% em 2011 para 74,7% em 2013 na taxa de aprovação da rede estadual e um aumento no resultado das avaliações da rede privada do Estado, o que futuramente poderá contribuir para o alcance das metas. Destacam-se nessa etapa de ensino as taxas de aprovação, em especial na 1ª série do Ensino Médio, que apresenta a menor taxa da Educação Básica, conforme pode ser observado no gráfico a seguir, indicando a necessidade de um esforço maior do Estado em políticas que garantam a aprendizagem e a permanência dos jovens que estão ingressando nesta etapa da Educação Básica.

Gráfico 9 - Taxa de aprovação no Ensino Médio, 2013 1ª série 2ª série 3ª série 83,8 84,4 84 86,1 90,6 76,8 78,8 76,4 76,2 81,4 67,8 70,9 67,2 64,7 67,5 2005 2007 2009 2011 2013 Fonte: INEP/Censo da Educação Básica De maneira geral, os dados apontam para um crescimento do IDEB do Estado, apesar de algumas redes não conseguirem alcançar os patamares estabelecidos pelo MEC, indicando que há necessidade do fortalecimento das redes municipais e estadual na oferta do Ensino Fundamental Anos Finais e da rede estadual na oferta do Ensino Médio, para que as metas do IDEB possam, então, ser alcançadas. Gráfico 10 - IDEB Anos Iniciais do Ensino Fundamental 2007/2013 4,2 4,7 4,1 4,6 5,4 5,5 5 5 5 5,2 5,3 Brasil Região Sudeste Espírito Santo 2007 2009 2011 2013 Fonte: Sítio Observatório do PNE. Para os anos iniciais do Ensino Fundamental, pretende-se alcançar nota 6 que representa a meta nacional estabelecida até 2021.

O Espírito Santo em 2013 ultrapassou a média nacional (5,2), alcançando o IDEB de 5,3. Considerando que, em 2007, o resultado apurado foi de 4,1, observa-se um crescimento de 1,1% no período transcorrido, registrando uma média de crescimento de 0,37 entre um resultado e outro. Conclui-se que, se mantida a mesma média de crescimento, o Estado atingirá, em 2021, o resultado de 6,78, superior ao previsto para a média nacional e superior ao IDEB de 6 estabelecido na meta, com uma margem superior de 0,78. Gráfico 11 - IDEB Anos Finais do Ensino Fundamental 2007/2013 4 4,1 4,1 4,2 4,2 4 Brasil 3,8 3,8 3,6 3,8 3,7 Região Sudeste Espírito Santo 2007 2009 2011 2013 Fonte: Sítio Observatório do PNE. Em relação aos Anos Finais do Ensino Fundamental, o Espírito Santo alcançou a média 4 no IDEB, resultado inferior à média nacional (4,2). De 2007 (3,6) a 2011 (4), o Estado sempre apresentou resultado inferior à média apurada na Região Sudeste e à média nacional. Observa-se, no período, um crescimento total de apenas 0,4%, o mesmo da média nacional. No entanto, constata-se, também, que de 2011 para 2013, ocorreu um crescimento de 0,3%. Somente do ano de 2009 (3,8) para 2011(3,7), verifica-se uma ligeira queda, na ordem de 0,1%.

Em 2013, o IDEB alcançado nas séries finais do Ensino Fundamental (4) é inferior ao apurado nas séries iniciais do Ensino Fundamental (5,3). É maior, também, a diferença a superar, enquanto que nas séries iniciais (5,3) para alcançar a meta estabelecida para 2021 (6) deve ocorrer crescimento da ordem de 0,7, nas séries finais (4) para alcançar a meta estabelecida para 2021 (5,5), será necessário um crescimento de 1,5. Gráfico 12 - IDEB do Ensino Médio 2007/2013 3,7 3,7 3,5 3,4 3,2 3,6 3,5 3,4 3,6 3,3 3,4 Brasil Região Sudeste Espírito Santo 2007 2009 2011 2013 Fonte: Sítio Observatório do PNE. De 2007 a 2011 a média estadual do IDEB no Ensino Médio apresenta-se inferior à média nacional e à média da região sudeste. Registrou-se um crescimento de 2007 (3,2) para 2009 (3,4), sendo que a diferença apurada foi de 0,2, enquanto que a média nacional e a regional cresceram somente 0,1 no mesmo ano. No entanto, enquanto a média nacional e a regional mantiveram o mesmo crescimento de 2009 para 2011 (0,1), a média do Espírito Santo apresentou uma queda na ordem de 0,1 no mesmo ano, voltando a crescer em 2013 e recuperando o resultado de 3,4.

Vale ressaltar que a média nacional não apresentou variação nos resultados de 2011 e 2013, mantendo nos dois anos o mesmo índice de 3,7. O IDEB do Ensino Médio (3,4) em 2013 com relação ao IDEB das séries finais do Ensino Fundamental (4) do mesmo ano apresenta uma diferença de 0,6. No entanto, considerando a meta nacional estabelecida para os dois segmentos (respectivamente 5,2 e 5,5), ambos precisam apresentar significativa melhoria de resultados, numa ordem não verificada anteriormente. Gráfico 13 Evolução nos resultados IDEB Anos Iniciais (4ª Série/5º Ano) - Brasil e Espírito Santo Rede Estadual 2005/2013 De 2005 a 2013, o IDEB dos anos iniciais da rede estadual do Estado (4ª série/5º ano) cresceu 1,6 (maior crescimento registrado em 2009 0,9), enquanto a rede privada, no mesmo período, cresceu 1,0, o que equivale dizer que o IDEB da rede estadual cresceu mais que o da rede privada, com uma diferença positiva de 0,6. Observa-se que o resultado de 2011 (5,0) não apresentou índices de crescimento com relação a 2009 (5,0), enquanto que o IDEB de 2013 (5,3) apresenta um resultado positivo de 0,3 com relação ao da avaliação anterior. Com relação ao IDEB das séries finais (8ª série/9º ano) a situação é a seguinte:

Gráfico 14 Evolução nos resultados IDEB Anos Finais (8ª Série/9º Ano) - Brasil e Espírito Santo Rede Estadual 2005/2013 De 2005 a 2013, o IDEB dos Anos Finais do Ensino Fundamental da rede estadual cresceu 0,5, sendo que o maior crescimento foi registrado em 2013 (0,3). A rede privada, no mesmo período, cresceu apenas 0,3, permitindo afirmar que a rede estadual, nas séries finais do Ensino Fundamental, cresceu mais do que a rede privada. No mesmo período as redes estaduais de todo o Brasil registraram um crescimento de 0,7, o que indica que o crescimento do Espírito Santo foi inferior ao da média nacional/rede estadual. No entanto, é pertinente ressaltar que em 2013 o resultado do Espírito Santo (4,0) é o mesmo da média nacional (4,0) para o mesmo segmento.

Gráfico 15 Resultado IDEB Brasil e Espírito Santo Rede Estadual Ensino Médio (3ª Série EM) 2005/2013 No Ensino Médio, de 2005 a 2013, a rede estadual do Espírito Santo cresceu, apenas, 0,3 (registra-se o maior crescimento em 2009). A rede privada, nesse período, manteve o mesmo índice de 5,7 (2013), registrando o maior índice em 2007 (5,9). Também na totalidade do país não se registrou crescimento significado, pois foi de apenas 0,4 o crescimento da rede estadual no Brasil. Em 2013, o resultado do Espírito Santo igualou-se à média nacional (3,4). De qualquer forma, os resultados têm sido muito baixos, o que deve ser bastante considerado para a formulação de novas políticas voltadas para a expansão e melhoria do Ensino Médio. ENSINO MÉDIO O ensino médio, última etapa da Educação Básica, enfrenta, ainda hoje, um duplo desafio intercorrente: a ampliação do acesso, principalmente, mediante o ingresso dos jovens de 15 a 17 anos na escola e a crescente melhoria da qualidade das aprendizagens. Deve ser universalizado, até 2016, para toda a população de 15 a 17 anos.

A taxa líquida de matrículas no Ensino Médio deve ser elevada a 85%, até o final da vigência do Plano Nacional de Educação PNE, ou seja, 2024. Contudo, o ingresso no ensino médio tem por pré-requisito a conclusão do ensino fundamental. Dados do SIMEC/MEC mostram que, apenas, 66,7% dos jovens de 16 anos concluíram o ensino fundamental no Brasil. No Espírito Santo, esse valor eleva-se para 67,6%, como se observa no gráfico a seguir. Gráfico 16 - Percentual de jovens de 16 anos que concluíram o Ensino Fundamental, 2013. 76,3% 66,7% 67,6% BRASIL (2013) REGIÃO SUDESTE ESPÍRITO SANTO Fonte: SIMEC/MEC - Planejando a próxima década. Assim, para alcançar a meta estabelecida no PNE, o Estado deve ampliar em 27,4% o número de concluintes na faixa etária recomendada, ou seja, uma média de 2,7% ao ano. Considerando, pois, o contingente de estudantes concluintes do ensino fundamental (8ª série/9º ano), observa-se que as matrículas na 1ª série do ensino médio representaram 140,73% das conclusões do ensino fundamental, em 2011/2012, ou seja, superam em mais de 40% o número de concluintes, como se observa a seguir:

Tabela 14 Matrícula na 8ª série/9º ano, concluintes do Ensino Fundamental e Matrícula na 1ª série do Ensino Médio no Espírito Santo - 2011/2012. Matrícula na 8ª série/9º ano do Ensino Fundamental 2011 Concluintes do Ensino Fundamental Matrícula do Ensino Médio - 2012 51.928 43.358 61.017 Fonte: INEP/Censo da Educação Básica. Tabela 15 Porcentagem de jovens de 15 a 17 anos matriculados no Ensino Médio, 2013. BRASIL REGIÃO SUDESTE ESPÍRITO SANTO MINAS GERAIS RIO DE JANEIRO SÃO PAULO 54,4% 62,8% 56,7% 60,3% 52,7% 69,0% Fonte: INEP/Censo da Educação Básica. Gráfico 17 - Porcentagem de jovens de 15 a 17 anos matriculados no Ensino Médio, 2013. 62,8% 54,4% 56,7% BRASIL (2013) REGIÃO SUDESTE ESPÍRITO SANTO Fonte: Sítio Observatório do PNE. Os dados mostram que o Espírito Santo situa-se um pouco acima da média nacional, mas em situação inferior à região sudeste, distanciando-se da meta prevista no Plano Nacional de Educação. Diante desses dados, o Estado do Espírito Santo precisa avançar rumo à universalização de forma mais arrojada, nos próximos dez anos.

A tabela abaixo indica que pouco mais da metade (55,33%) da população de 15 a 17 anos estava matriculada no ensino médio, em 2013, de acordo com a PNAD/ IBGE. Indica também que o crescimento nas matrículas ao longo do tempo é assimétrico. Tabela 16 Matrícula no Ensino Médio no Estado do Espírito Santo 2007-2013. Ano População de 15 a 17 anos População Total matriculada no EM População de 15 a 17 anos matriculada no EM Valor Absoluto % Valor Absoluto % 2007 186.159 128.079 68,80% 83.400 44,80% 2008 198.786 155.822 78,39% 104.387 52,51% 2009 180.570 147.015 81,42% 98.173 54,37% 2010 181.921 144.207 79,27% 90.681 49,85% 2011 193.695 159.996 82,60% 104.740 54,07% 2012 189.027 161.704 85,55% 104.347 55,20% 2013 193.108 150.270 77,82% 106.847 55,33% Fonte: IBGE/PNAD Gráfico 18 - Evolução das matrículas no Ensino Médio 2007-2013. 500.000 198.786 193.695 189.027 193.108 450.000 400.000 186.159 180.570 181.921 350.000 300.000 250.000 200.000 150.000 100.000 128.079 83.400 155.822 147.015 144.207 104.387 98.173 90.681 159.996 161.704 150.270 104.740 104.347 106.847 População de 15 a 17 anos População Total matriculada no EM População de 15 a 17 anos matriculada no EM 50.000 0 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Fonte: Dados IBGE/PNAD

Verifica-se que pouco mais da metade (55,33%) da população de 15 a 17 anos, que totaliza 193.108 pessoas, está matriculada no ensino médio (106.847). Portanto, de todos os estudantes que frequentam o ensino médio, 22,49% (43.423 pessoas) estão fora da faixa etária. Os dados mostram, também, que um grande percentual de jovens (44,67%) com a idade apropriada para cursar o Ensino Médio está fora da escola, ou está ainda cursando o ensino fundamental, com base nos dados de 2013. A problemática que envolve o ensino médio não se reduz ao acesso à escola, pois a permanência bem sucedida no processo de educação de nível médio ainda é um desafio. A partir dos dados do Censo da Educação Básica 2012, têm-se os seguintes dados: Tabela 17 Movimento e Rendimento no Ensino Médio no Espírito Santo, 2012. Indicador Quantidade % Matrícula Total 109.698 100,00 Aprovação 78.673 71,71 Reprovação 21.519 19,62% Abandono 9.056 8,67% Fonte: INEP/Censo da Educação Básica Como se observa, as perdas representadas por abandono escolar e reprovação somam 31.025 alunos (28,29%) que devem ser foco de muita atenção. EDUCAÇÃO PROFISSIONAL A Educação Profissional, integrada às diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência, à cultura e à tecnologia, ancora-se nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio, definidas pela Resolução nº 06, de 20 de setembro de 2012.

O Plano Nacional de Educação define a expansão das matrículas da educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e a expansão em 50%, no segmento público. A construção de uma proposta para a Educação Profissional precisa ser orientada por uma educação de qualidade, integradora da formação geral básica com a educação profissional. A tabela registra o crescimento da Educação Profissional de 2007 2013, conforme segue. Tabela 18 - Matrícula na Educação Profissional - Brasil, Sudeste, Espirito Santo 2007-2013 Anos 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Brasil 780.162 927.97 8 1.036.94 5 1.140.38 8 1.250.90 0 1.362.20 0 1.441.05 1 Sudeste 446.781 529.67 7 568.051 622.514 664.570 708.120 745.192 Espírito Santo 22.706 23.248 25.031 30.313 41.581 44.762 47.499 Fonte: MEC/Inep/DEED/Censo da Educação Básica; sítio Todos Pela Educação Tabela 19 - Matrículas na Educação Profissional Técnica de Nível Médio por tipo de curso, no Espírito Santo - 2007-2013 Ano Integrado Concomitante Subsequente Total 2007 2352 6009 14345 22.706 2008 2601 5338 15309 23.248 2009 4527 6136 15368 25031 2010 8025 5478 16810 30.313 2011 11955 6120 23506 41.581 2012 15278 6096 23388 44.762 2013 15878 8546 23075 47.499 Fonte: MEC/Inep/DEED/Censo da Educação Básica; sítio Todos Pela Educação Gráfico 20 - Matrículas da Educação Profissional Técnica Dependência Administrativa - 2007-2013

Fonte: MEC/Inep/Deed/Sinopse Estatística da Educação Básica; sítio Todos Pela Educação. O crescimento da oferta de Educação Profissional Integrada ao Ensino Médio, a partir de 2011, ocorre de forma mais significativa na rede pública, conforme dados do gráfico. Tabela 20 - Percentual de Matrículas no Ensino Médio Integrado à Educação Profissional em relação ao total de matrícula no Ensino Médio Ano Brasil Sudeste Espírito Santo 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 (%) 1 % 0,9 % 1,7 % Nº absoluto 86.552 29.039 2.352 (%) 1,6 % 1 % 1,9 % Nº absoluto 132.519 35.315 2.601 (%) 2,1 % 1,5 % 3,3 % Nº absoluto 175.831 50.275 4.587 (%) 2,6 % 1,6 % 6,1 % Nº absoluto 215.718 56.150 8.025 (%) 3,1 % 1,8 % 8,8 % Nº absoluto 257.713 63.160 11.955 (%) 3,6 % 2,2 % 11,1 % Nº absoluto 298.545 75.205 15.278 (%) 4,1 % 2,6 % 11,6 % Nº absoluto 338.390 90.831 15.878 Fonte: MEC/Inep/Deed/Sinopse Estatística da Educação Básica / Preparação: Todos Pela Educação Em todo o país, cresceu o número de matrículas na Educação Profissional em relação ao Ensino Médio. Em termos percentuais, o Espírito Santo apresenta um vigoroso crescimento, considerando que, a partir do ano de

2011, a rede estadual ampliou sua oferta de Ensino Médio Integrado à Educação Profissional. Tabela 21 - Docentes na Educação Profissional no ES com Formação Superior, com Licenciatura, sem Licenciatura e com Complementação Pedagógica - 2009-2013 Ano Total Geral Possui Curso Superior com Licenciatura Possui Curso Superior sem Licenciatura Com Total Complementação Pedagógica 2009 1.205 506 694-2010 1.149 474 675-2011 1.834 602 1.232 414 2012 1.859 651 1.208 493 2013 1.851 809 1.042 306 Fonte: MEC/Inep/Deed A Tabela mostra aumento no número de professores a partir de 2011, o que se justifica devido à ampliação da oferta de matrículas na rede estadual. Com a publicação da Lei 9.971/2012, que assegura aos bacharéis a igualdade salarial em relação aos professores portadores de licenciatura, houve um decréscimo na procura de Cursos de Complementação Pedagógica em 2013. A Educação Profissional Técnica de Nível Médio, no cumprimento dos objetivos da educação nacional, articula-se com o ensino médio, com as diferentes modalidades de educação básica, incluindo a educação de jovens e adultos - EJA, educação do campo, indígena e quilombola e com as dimensões do trabalho, da tecnologia, da ciência e da cultura. A EJA deve articular-se, preferencialmente, com a Educação Profissional e Tecnológica, propiciando, simultaneamente, a qualificação profissional e a elevação dos níveis de escolaridade. Essa oferta tem por base os princípios e a compreensão da educação unitária e universal, destinada à superação da dualidade entre as culturas geral e técnica e que garanta o domínio dos conhecimentos científicos referentes às diferentes técnicas que caracterizam o processo do trabalho produtivo na atualidade, e não apenas a formação profissional stricto sensu (Brasil, PNE, 2014).

A expansão e a modernização da rede pública de educação profissional, por meio da oferta de cursos técnicos de nível médio como uma ação integrada para o desenvolvimento econômico e geração de trabalho e renda, tornouse uma meta do Governo do Estado que, através da Secretaria de Estado da Educação, propôs como ação fundamental a criação de cursos técnicos nas escolas estaduais de ensino médio e de Centros Estaduais de Educação Profissional para o atendimento regionalizado de uma população de jovens e adultos que busca formação técnica como meio de assegurar melhores oportunidades no mundo do trabalho. Em síntese, a Educação Profissional no Espírito Santo apresenta, dentre outras, as necessidades de; - redefinir a política estadual de formação profissional, de modo a torná-la aderente ao desenvolvimento econômico local, regional e estadual; - melhorar a infraestrutura específica (laboratórios, equipamentos, acervo bibliográfico) para os cursos implantados e para novos cursos; - aperfeiçoar, a partir do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, os currículos dos cursos implantados e a implantar; - expandir a oferta de vagas em sintonia com as necessidades sociais e econômicas e com as instituições formadoras. ALFABETIZAÇÃO E ALFABETISMO FUNCIONAL DE JOVENS E ADULTOS Segundo dados do Censo Demográfico/IBGE/2010, a população com 15 anos ou mais do Estado do Espírito Santo totaliza 2.703.310 pessoas, sendo que 8,13% dessa população são analfabetas, correspondendo a 219.786 pessoas. Tabela 22 População Total, Alfabetizada e Analfabeta no Espírito Santo, com 15 anos e mais, 2010. Faixa Etária População Total População Alfabetizada População Analfabeta Percentual 15 a 19 anos 301.529 297.664 3.865 1,28 20 a 29 anos 645.831 634.127 11.704 1,81 30 a 39 anos 558.476 536.812 21.664 3,88

40 a 49 anos 472.909 437.265 35.644 7,54 50 a 59 anos 359.820 313.647 46.173 12,83 Subtotal 2.338.565 2.219.515 119.050 5,09 60 anos ou mais 364.745 264.009 100.736 27,62 Total 2.703.310 2.483.524 219.786 8,13 Fonte: IBGE Censo Populacional Gráfico 21 - População com mais de 10 anos não alfabetizada por faixa etária e sexo, 2010. Fonte: IBGE/Censo Populacional Um dado importante indicado no gráfico é o fato de se encontrar, ainda, pessoas não alfabetizadas na faixa etária de escolarização obrigatória (10 a 14 anos e 15 a 17), conforme dispositivo da Lei de Diretrizes e Bases LDB. É mais elevado o número de homens nesta condição de não alfabetização. Dos 50 aos 70 anos, essa situação se inverte, e o número de mulheres não alfabetizadas passa a ser superior ao dos homens, fato que se deve, dentre outros motivos, ao processo de exclusão de mulheres do acesso a políticas públicas de educação, vivenciadas historicamente. As gerações mais jovens apresentam uma reversão deste quadro. Tabela 23 - População Total de 15 a 59 anos e População Analfabeta de 15 a 19 anos. Nº Ordem Município Região SRE Total da População 15 a 59 anos Analf. 15 a 59 anos 1 Afonso Cláudio Metropolitana Afonso Cláudio 19936 1831 Barra de São 2 Águia Branca Noroeste 6123 572 Francisco

3 Água Doce do Norte Noroeste Barra de São Francisco 7329 961 4 Alegre Sul Guaçuí 19759 1779 5 Alfredo Chaves Metropolitana Vila Velha 9240 439 6 Alto Rio Novo Noroeste Colatina 4653 549 7 Anchieta Metropolitana Vila Velha 15830 622 8 Apiacá Sul Guaçuí 4752 471 9 Aracruz Metropolitana Carapina 54446 2429 10 Atilio Vivacqua Sul Cachoeiro de Itapemirim 6439 424 11 Baixo Guandu Noroeste Colatina 18452 1398 12 Barra de São Francisco Noroeste Barra de São Francisco 26205 2586 13 Boa Esperança Noroeste Nova Venécia 9106 930 14 Bom Jesus do Norte Sul Guaçuí 6131 330 15 Brejetuba Metropolitana Afonso Cláudio 7711 1158 16 Cachoeiro de Itapemirim Sul Cachoeiro de Itapemirim 126926 4121 17 Cariacica Metropolitana Cariacica 232322 8268 18 Castelo Sul Cachoeiro de Itapemirim 23117 1101 19 Colatina Noroeste Colatina 76003 3105 20 Conceição da Barra Norte São Mateus 17867 1838 21 Conceição do Castelo Metropolitana Afonso Cláudio 7555 612 Divino de São 22 Sul Guaçuí 2910 320 Lourenço 23 Domingos Martins Metropolitana Afonso Cláudio 21045 1491 24 Dores do Rio Preto Sul Guaçuí 4116 520 25 Ecoporanga Noroeste Barra de São Francisco 14667 1852 26 Fundão Metropolitana Carapina 10895 674 27 Governador Lindenberg Noroeste Colatina 7126 474 28 Guaçuí Sul Guaçuí 17695 1635 29 Guarapari Metropolitana Vila Velha 69009 3049 30 Ibatiba Sul Guaçuí 14291 1754 31 Ibiraçu Metropolitana Carapina 7406 343 32 Ibitirama Sul Guaçuí 5576 827 Cachoeiro de 33 Iconha Metropolitana 8665 387 Itapemirim 34 Irupi Sul Guaçuí 7457 1000 35 Itaguaçu Metropolitana Colatina 9134 734 36 Itapemirim Cachoeiro de Metropolitana Itapemirim 19808 1482 37 Itarana Metropolitana Colatina 7074 393 38 Iúna Sul Guaçuí 17680 1945 39 Jaguaré Norte São Mateus 15962 1509 40 Jerônimo Monteiro Sul Cachoeiro de Itapemirim 6870 540 41 João Neiva Metropolitana Carapina 10658 439 42 Laranja da Terra Metropolitana Afonso Cláudio 7057 440 43 Linhares Metropolitana Linhares 93227 6006