Creche Amiga da Amamentação.

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Transcrição:

TÍTULO DA PRÁTICA: Creche Amiga da Amamentação. CÓDIGO DA PRÁTICA: T28 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 Diversos estudos científicos têm demonstrado ao longo dos anos a importância da adoção de hábitos alimentares saudáveis para a melhoria da qualidade de vida da população. A alimentação e nutrição adequadas são requisitos essenciais para o crescimento e desenvolvimento da criança, sendo considerados direitos humanos fundamentais, pois representam a base da própria vida. O aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida e complementado com alimentos adequados até os dois anos de idade ou mais é o primeiro passo a ser implementado na construção destes hábitos. Segundo os dados da 2a Pesquisa Nacional de Aleitamento Materno de 2008, realizada nas capitais brasileiras e no Distrito Federal, são determinantes para o desmame precoce no município de Florianópolis: a introdução precoce de água, chá e sucos; uso de chupetas; baixa escolaridade materna; e o retorno ao trabalho. Também aponta que as probabilidades de as crianças estarem sendo amamentadas nos primeiros dias de vida superam 90%, com queda mais acentuada a partir do quarto mês. Através destes fatos, somados à percepção dos profissionais das ESF que atendem a estas crianças nas unidades de saúde (mãe alegando ser necessário desmamar pois vai para a creche ), percebeu-se a necessidade de instituir uma parceria com a Secretaria Municipal de Educação, por meio do Programa Saúde na Escola (PSE), elaborando um projeto de atuação nas creches com os seguintes objetivos: garantir a manutenção do aleitamento materno exclusivo até o sexto mês e complementado adequadamente até dois anos ou mais; treinar as merendeiras das unidades de educação infantil (UEI)

23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 para a manipulação adequada do LM; treinar as educadoras das UEI para a oferta adequada do LM para as crianças e difundir os conhecimentos em aleitamento materno na comunidade (profissionais das UEI e familiares). Para cada unidade de educação infantil participante do projeto existe um profissional da saúde responsável pelo acompanhamento do local. Estes profissionais são escolhidos nos centros de saúde do território onde a creche se localiza, responsáveis pelo ordenamento do cuidado de sua população adscrita. A integração do entre as secretarias municipais de educação (SME) e saúde (SMS) ocorre em reuniões minimamente semestrais, com avaliação periódica do processo entre as coordenadoras da SMS (coordenadoras da Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil, do programa Capital Criança, Médica Pediatra e Enfermeira) e da SME (professora, assessora da Educação Infantil). Os profissionais da saúde são designados e acompanhados mensalmente pela coordenação da saúde e as unidades da educação pela sua assessora. Os resultados são analisados e os ajustes realizados para a melhoria da prática ao final de cada ano. A população alvo são as crianças menores de 1 ano, que iniciarão o Grupo 1 e que ainda recebam leite materno e suas famílias. Este projeto permite o acesso de 100% da população que frequenta a creche ao programa, independente de realizar acompanhamento nos centros de saúde, conforme a missão da SMS (promover saúde para todos, com qualidade). Como consequência, o contato com os profissionais de saúde é mais uma forma de estímulo e facilitação de acesso ao serviço público de saúde, corroborando com a missão e visão da SMS. O projeto consiste em cinco etapas: 1. durante as consultas de pré natal, grupos de gestante e consultas de puericultura, os profissionais dos centros de saúde são orientados a informarem às mães da possibilidade de manter o aleitamento materno quando da entrada das crianças nas creches. 2. no final do ano, na divulgação das vagas das unidades de educação, os familiares das crianças que iniciarão o G1 (turma inicial, a partir dos 4 meses de

53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 76 idade) no ano subseqüente são informados da existência do projeto. Após verificadas quais são as crianças que recebem leite materno, são realizadas rodas de conversa ou encontros individuais (de acordo com a realidade de cada local e número de famílias participantes) com estas famílias. Nesta ocasião, as mães são orientadas quanto a ordenha/armazenamento/transporte e forma de oferecimento do leite materno ordenhado, possibilidade de ir até as creches para amamentarem, direitos legais da mãe frente ao aleitamento materno e alimentação complementar saudável, sendo entregue material informativo sobre o tema aleitamento materno. 3. antes do início do ano letivo, o profissional responsável faz a orientação de todos os profissionais da unidade de educação (incluindo merendeiras, professores, auxiliares) em relação ao tema, com a entrega de material impresso para consulta se necessário. 4. nas primeiras semanas de aula, são realizadas visitas nas creches para acompanhamento do processo. Após, as visitas são agendadas conforme a necessidade da educação. É estabelecido um canal de comunicação entre o profissional responsável e a unidade de educação (telefone, mail ou outro meio conforme combinado) para acionamento em caso de intercorrências. 5. avaliação do processo, em questionário próprio (desnvolvido pela coordenação do projeto) para os diretores das unidades de educação, funcionários envolvidos e famílias participantes, abordando as características de cada unidade de educação, número de crianças envolvidas, situação do aleitamento no início e final do ano letivo e satisfação e sugestões de todos os envolvidos (incluindo também as famílias). 77 78 79 80 81 82 O projeto teve início no ano de 2011, com 5 unidades de educação participantes. Após a avaliação positiva dos envolvidos, e por solicitação de mães e de diretores de algumas creches, o projeto foi mantido nestas 5 unidades e acrescentadas mais 8, totalizando 13 unidades no ano de 2012. São envolvidos os profissionais da educação, das Equipes de Saúde da Família e tutores da Estratégia

83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 Amamenta e Alimenta Brasil Florianópolis (EAAB Fpolis). Os profissionais envolvidos já são parte do quadro da saúde e da educação, exercendo as atividades do projeto em suas práticas diárias, sem gastos com a contratação de novos profissionais. Além dos recursos humanos, são disponibilizados folders de orientação às famílias (solicitados pelas unidades de saúde via info saúde) e uma cópia do material impresso (8 páginas) para cada unidade de educação participante. Os materiais utilizados foram elaborados pelos tutores da EAAB Fpolis, sendo disponibilizamos também via mail para as unidades de educação. O leite ordenhado é armazenado nas geladeiras já existentes nas cozinhas das creches e o espaço para amamentação é organizado conforme a realidade/estrutura de cada local, sem a necessidade de aquisição de mobiliário ou material especial. 95 96 97 98 99 100 101 102 103 104 105 106 107 108 109 110 111 112 Os impactos sociais da prática do aleitamento materno são percebidos a longo prazo, com a diminuição do número de faltas de familiares das crianças amamentadas ao trabalho, redução dos riscos de doenças crônicas (e conseqüente redução de gastos com tratamentos e hospitalizações) e dos índices de mortalidade infantil, entre outros benefícios já largamente documentados. Para a construção deste projeto ocorreu a observação do programa mama Nenê, realizado em Curitiba (PR), com os devidos ajustes para a realidade do município de Florianópolis. A cidade de Joinville (SC) também possui atualmente um programa semelhante e a troca de experiências entre as duas cidades contribuiu para o fortalecimento do mesmo. Florianópolis serviu ainda de modelo para a construção de programas de aleitamento materno em creches nos municípios de Rio do Sul (SC) e Porto Alegre (RS). Participam do projeto 30 crianças no ano de 2012. Como os questionários de satisfação serão aplicados apenas no final do ano letivo, contamos até o momento com relatos verbais positivos das unidades de educação e das mães que freqüentam os centros de saúde. Ocorreram relatos de inscrição de algumas crianças em determinadas UEI motivadas pela existência do projeto e de mães

113 114 115 116 117 118 119 120 121 122 123 124 125 126 127 128 129 130 que declararam que não conseguiriam manter o aleitamento se não houvesse esta oportunidade. Segundo dados da II Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno nas Capitais Brasileiras e Distrito Federal de 2008, 63,8% das crianças menores de 4 meses e 52,4% das menores de 6 meses estavam em aleitamento materno exclusivo em Florianópolis. Dados coletados de janeiro a outubro de 2012 através de questionário específico das práticas alimentares das crianças atendidas na rede de saúde municipal mostram um incremento destes índices, com 72,97% das crianças de 0 a 6 meses recebendo exclusivamente leite materno. A eficiência do projeto também pode ser percebida por ter estimulado os profissionais da saúde a abordarem o tema aleitamento materno em todas as fases já existentes do atendimento as famílias, sem a necessidade de gastos com novos materiais ou profissionais, otimizando o acesso da população a informações de boas praticas alimentares. Percebe-se, ainda, um estreitamento da parceria dos Centros de Saúde com as unidades de Educação infantil com o desenvolvimento do mesmo. O empoderamento dos profissionais da educação e das famílias nas questões relacionadas ao aleitamento materno contribuem para difundir ainda mais as boas práticas alimentares na população em geral.