CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS. Coordenação-Geral de Normas de Contabilidade Aplicadas à Federação STN/CCONF

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Transcrição:

CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS Coordenação-Geral de Normas de Contabilidade Aplicadas à Federação STN/CCONF

Reconhecimento do crédito tributário Reconhecimento do direito pelo fato gerador D 1.1.2.2.x.xx.xx Créditos tributários a receber (P) R$ 100,00 C 4.x.x.x.x.xx.xx VPA R$ 100,00 D 3.9.x.x.x.xx.xx Constituição de provisão (1) R$ 100,00 C 2.1.8.5.x.xx.xx Provisão para repartição de créditos (P) R$ 100,00 (1) Proposição: Retirar este registro de provisão 2

Registro das transferências de repartição tributária IPSAS 23 Receitas sem Contraprestação 61. A receita tributária surge somente para o governo que impõe o tributo e não para outras entidades. Por exemplo, quando o governo nacional impõe um tributo que é arrecadado pela sua agência tributária, os ativos e a receita são reconhecidos como do governo e não como da agência tributária. Mais especificamente, quando um governo nacional impõe tributos sobre as vendas, cuja arrecadação total é repassada para os governos estaduais, baseada em dotações contínuas, são reconhecidos pelo governo nacional ativos e receita pela tributação e decréscimo em ativos e despesa pela respectiva transferência aos governos estaduais. Os governos estaduais reconhecerão ativos e receita pela transferência. Quando uma única entidade arrecada tributos em nome de diversas outras entidades, está atuando como um agente de todas. Por exemplo, quando uma agência tributária estadual arrecada tributos sobre a renda para o governo estadual e diversos governos municipais, ela não reconhece a receita relativa aos tributos arrecadados, ou seja, são os governos individuais que impõem o tributo que reconhecem os respectivos ativos e a receita. 3

Registro das transferências de repartição tributária Constituição Federal Art. 159. A União entregará: I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados quarenta e oito por cento na seguinte forma: (...) 3º - Os Estados entregarão aos respectivos Municípios vinte e cinco por cento dos recursos que receberem nos termos do inciso II, observados os critérios estabelecidos no art. 158, parágrafo único, I e II. 4

Registro das transferências de repartição tributária Hipóteses de Registro Contábil Hipótese 1: O decréscimo no ativo se dá pela transferência financeira propriamente dita. A entidade registra um passivo (provisão) pela estimativa da probabilidade de pagamento da transferência. REGISTRO CONTÁBIL EXEMPLOS DE LANÇAMENTOS CONTÁBEIS Entidade Transferidora Entidade Recebedora D. Crédito tributário 100 C. VPA 100 D. Caixa 60 C. Crédito Tributário 60 D. VPD - transferência 15 D. Caixa 15 C. Caixa 15 C. VPA - transferência 15 D. VPD 10 C. Passivo Provisão 10 5

Registro das transferências de repartição tributária Hipóteses de Registro Contábil Hipótese 2: O decréscimo no ativo se dá no registro do crédito sujeito à transferência. REGISTRO CONTÁBIL EXEMPLOS DE LANÇAMENTOS CONTÁBEIS Entidade Transferidora D. Crédito tributário 100 C. VPA 100 Entidade Recebedora D. VPD - transferências 25 D. Crédito de Transferências 25 C. Crédito Tributário 25 C. VPA transferências 25 D. Caixa 15 D. Caixa 15 C. Crédito Tributário 15 C. Crédito de Transferências 15 Problema: Dificuldade de estimar o crédito líquido pode levar a registro de créditos pela entidade recebedora e transferências em ambas a entidade inadequados. IPSAS 23 31. Uma entrada de recursos de uma transação sem contraprestação, à exceção dos serviços em espécie, que se enquadre na definição de um ativo deve ser reconhecida como um ativo quando, e somente quando: (a) seja provável que os benefícios econômicos futuros e o potencial de serviços associados com o ativo fluam para a entidade; (b) o valor justo do ativo pode ser mensurado de maneira confiável. 6

Registro das transferências de repartição tributária Hipóteses de Registro Contábil Hipótese 3: O decréscimo no ativo se dá apenas na arrecadação por parte do ente transferidor. Não há registro de provisão por parte da entidade transferidora. REGISTRO CONTÁBIL EXEMPLOS DE LANÇAMENTOS CONTÁBEIS Entidade Transferidora Entidade Recebedora D. Crédito tributário 100 C. VPA 100 D. Caixa 60 C. Crédito Tributário 60 D. VPD - transferência 15 D. Caixa 15 C. Caixa 15 C. VPA - transferência 15 D. VPD 10 C. Passivo Provisão 10 7

Arrecadação D 1.1.1.1.x.xx.xx Caixa e equivalentes em moeda nacional (F) R$ 80,00 C 1.1.2.2.x.xx.xx Créditos tributários a receber (P) R$ 80,00 D 6.2.1.1.x.xx.xx Receita a realizar R$ 80,00 C 6.2.1.2.x.xx.xx Receita realizada R$ 80,00 D 7.2.1.1.x.xx.xx Controle da disponibilidade de recursos R$ 80,00 C 8.2.1.1.1.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos R$ 80,00 8

Transferência (caso seja feita por despesa orçamentária) D 6.2.2.1.1.xx.xx Crédito disponível R$ 20,00 C 6.2.2.1.3.01.xx Crédito empenhado a liquidar R$ 20,00 D 6.2.2.1.3.01.xx Crédito empenhado a liquidar R$ 20,00 C 6.2.2.1.3.03.xx Crédito empenhado liquidado a pagar R$ 20,00 D 8.2.1.1.1.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos R$ 20,00 C 8.2.1.1.2.xx.xx DDR comprom. por empenho R$ 20,00 D 8.2.1.1.2.xx.xx DDR comprom. por empenho R$ 20,00 C 8.2.1.1.3.xx.xx DDR comprom. por liquidação R$ 20,00 D 3.x.x.x.x.xx.xx Despesa de Transferências (2) R$ 20,00 C 2.1.5.6.xx.xx Obrigação de repartição a outros entes R$ 20,00 (2) Proposição: Estava como dedução de VPA D 2.1.5.6.x.xx.xx Obrigações de repartição a outros entes R$ 20,00 C 1.1.1.1.x.xx.xx Caixa e equivalentes em moeda nacional (F) R$ 20,00 9

Continuação: D 6.2.2.1.3.03.xx Crédito empenhado liquidado a pagar R$ 20,00 C 6.2.2.1.3.04.xx Crédito empenhado pago R$ 20,00 D 8.2.1.1.3.xx.xx Disponib. Dest. rec. comprom. por liquidação R$ 20,00 C 8.2.1.1.4.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos utilizada R$ 20,00 10

LANÇAMENTOS NO ENTE BENEFICIÁRIO Pela arrecadação no ente transferidor D 1.1.2.5.x.xx.xx Créditos de transferências a receber (P) R$ 20,00 C 4.5.2.x.x.xx.xx Transferências R$ 20,00 Pela transferência D 1.1.1.1.x.xx.xx Caixa e equivalentes em moeda nacional (F) R$ 20,00 C 1.1.2.2.x.xx.xx Créditos de transferências a receber (P) R$ 20,00 D 6.2.1.1.x.xx.xx Receita a realizar R$ 20,00 C 6.2.1.2.x.xx.xx Receita realizada R$ 20,00 D 7.2.1.1.x.xx.xx Controle da disponibilidade de recursos R$ 20,00 C 8.2.1.1.1.xx.xx Disponibilidade por destinação de recursos R$ 20,00 11

AJUSTE PARA PERDAS PROVÁVEIS Pela média de recebimentos/inscrições de períodos anteriores D 3.6.1.4.x.xx.xx Créditos tributários a receber (P) R$ 15,00 C 1.2.1.1.x.xx.xx Ajuste para Perdas Prováveis R$ 15,00 12

AJUSTE PARA PERDAS PROVÁVEIS (PARA CRÉDITOS ADMINISTRATIVOS E DE DÍVIDA ATIVA) Nova Metodologia baseada em histórico de recebimentos anuais sucessivos A metodologia baseada em histórico de recebimentos anuais sucessivos é baseada na metodologia da série histórica apresentada pelo MCASP, foi pensada como uma tentativa de melhorá-la superando o fato de que ela não considera no cálculo da estimativa os recebimentos ocorridos nos períodos posteriores ao primeiro exercício subseqüente ao da inscrição. A metodologia da série histórica calcula a estimativa de ajuste considerando apenas os recebimentos de um exercício financeiro, utilizando como parâmetro a média percentual obtida em três exercícios subseqüentes. O que se deseja propor nesta nova metodologia é que se utilizem os recebimentos realizados em vários períodos subseqüentes ao exercício em que tenham sidos inscritos os créditos.

AJUSTE PARA PERDAS PROVÁVEIS (PARA CRÉDITOS ADMINISTRATIVOS E DE DÍVIDA ATIVA) Metodologia da série histórica

AJUSTE PARA PERDAS PROVÁVEIS (PARA CRÉDITOS ADMINISTRATIVOS E DE DÍVIDA ATIVA) Nova Metodologia baseada em histórico de recebimentos anuais sucessivos Ao desenvolver o cálculo são considerados como base cinco exercícios financeiros, durante os quais são analisados: - os valores inscritos em dívida ativa em cada exercício, - os valores recebidos ano a ano durante cinco exercícios a partir do exercício seguinte ao da inscrição, - os valores não recebidos e baixados durante os cinco exercícios posteriores ao da inscrição, sempre identificando a qual exercício de inscrição se refere cada valor recebido ou baixado.

AJUSTE PARA PERDAS PROVÁVEIS (PARA CRÉDITOS ADMINISTRATIVOS E DE DÍVIDA ATIVA) Nova Metodologia baseada em histórico de recebimentos anuais sucessivos 1) Vamos considerar como exercícios em que houve inscrição em dívida ativa os anos de 2006, 2007, 2008, 2009 e 2010, sendo inscritos os seguintes valores em reais, respectivamente: R$ 10.000,00; R$ 15.000,00; R$ 20.000,00; R$ 25.000,00; R$ 30.000,00; Para fins didáticos vamos supor que no ano de 2011 foram inscritos R$ 35.000,00 em dívida ativa. Ano de Inscrição em Dívida Ativa 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total Valores Inscritos 10.000,00 15.000,00 20.000,00 25.000,00 30.000,00 35.000,00 135.000,00

AJUSTE PARA PERDAS PROVÁVEIS (PARA CRÉDITOS ADMINISTRATIVOS E DE DÍVIDA ATIVA) Nova Metodologia baseada em histórico de recebimentos anuais sucessivos 2) Vamos agora considerar os seguintes fatos hipotéticos: a) que em relação aos créditos inscritos em 2006 foram recebidos os seguintes valores nos cinco exercícios seguintes (2007, 2008, 2009, 2010 e 2011), respectivamente: R$ 1.100,00; R$ 1.000,00; R$ 900,00; R$ 500,00; R$ 200,00; b) que em relação aos créditos inscritos em 2007 foram recebidos os seguintes valores nos quatro exercícios subseqüentes (2008, 2009, 2010 e 2011): R$ 2.200,00; R$ 1.300,00; R$ 1.100,00; R$ 600,00; c) que em relação aos créditos inscritos em 2008 foram recebidos os seguintes valores nos três exercícios subseqüentes (2009, 2010 e 2011), respectivamente: R$ 2.000,00; R$ 1.400,00; R$ 800,00; d) que em relação aos créditos inscritos em 2009 foram recebidos os seguintes valores nos dois exercícios subseqüentes( 2010 e 2011), respectivamente: R$ 1.800,00; R$ 1.200,00; e) que em relação aos créditos inscritos em 2010 foram recebidos em 2011 o valor de R$ 4.500,00;

AJUSTE PARA PERDAS PROVÁVEIS (PARA CRÉDITOS ADMINISTRATIVOS E DE DÍVIDA ATIVA) Nova Metodologia baseada em histórico de recebimentos anuais sucessivos Cálculo das Médias Percentuais de Recebimento Ano de Inscrição em Dívida Ativa 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total Valores Inscritos 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 35.000 135.000 Valores Recebidos por Exercício ² No 1º Exercício: 1.100 2.200 2.000 1.800 4.500 No 2º Exercício: 1.000 1.300 1.400 1.200 No 3º Exercício: 900 1.100 800 No 4º Exercício: 500 600 No 5º Exercício: 200

3.4.3 Metodologia baseada em AJUSTE PARA PERDAS PROVÁVEIS (PARA CRÉDITOS ADMINISTRATIVOS E DE DÍVIDA ATIVA) histórico de recebimentos Nova Metodologia baseada em histórico de recebimentos anuais sucessivos 3) Na seqüência, vamos calcular os percentuais de recebimentos anuais a partir da divisão dos valores recebidos pelos anuais valores inscritos. sucessivos Como exemplo, vamos calcular o primeiro índice de recebimento em relação aos valores inscritos em 2006 (R$ 1.100,00 / R$ 10.000,00) chegando a um percentual de 11%. Feitos os cálculos relativos a todos os valores recebidos em cinco exercícios vamos chegar aos seguintes percentuais: Ano de Inscrição em Dívida Ativa 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Valores Inscritos 10.000,00 15.000,00 20.000,00 25.000,00 30.000,00 35.000,00 Valores Recebidos por Exercício ² No 1º Exercício: 1.100,00 2.200,00 2.000,00 1.800,00 4.500,00 No 2º Exercício: 1.000,00 1.300,00 1.400,00 1.200,00 No 3º Exercício: 900,00 1.100,00 800,00 No 4º Exercício: 500,00 600,00 No 5º Exercício: 200,00 Valores Recebidos por Exercício (%) No 1º Exercício: 11% 15% 10% 7% 15% No 2º Exercício: 10% 9% 7% 5% No 3º Exercício: 9% 7% 4% No 4º Exercício: 5% 4% No 5º Exercício: 2%

4) Em seguida vamos calcular as médias percentuais de recebimentos, da seguinte forma: A primeira média é obtida a partir da soma dos percentuais de recebimento de primeiros exercícios, dividindo-se o valor pelo número de exercícios considerados, no primeiro caso, cinco exercícios. Considerando os exercícios em análise e os valores inscritos, a média de valores recebidos no exercício imediatamente posterior ao de inscrição será 11,57% (11% + 15% + 10% + 7% + 15%)/5. Ao calcularmos as médias em relação ao total de exercícios considerados chegaremos ao seguinte resultado: Ano de Inscrição em Dívida Ativa 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total Valores Inscritos 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 35.000 135.000 Valores Recebidos por Exercício ² No 1º Exercício: 1.100 2.200 2.000 1.800 4.500 No 2º Exercício: 1.000 1.300 1.400 1.200 No 3º Exercício: 900 1.100 800 No 4º Exercício: 500 600 No 5º Exercício: 200 Valores Recebidos por Exercício (%) Média No 1º Exercício: 11% 15% 10% 7% 15% 11,57% No 2º Exercício: 10% 9% 7% 5% 7,62% No 3º Exercício: 9% 7% 4% 6,78% No 4º Exercício: 5% 4% 4,50% No 5º Exercício: 2% 2,00%

AJUSTE PARA PERDAS PROVÁVEIS (PARA CRÉDITOS ADMINISTRATIVOS E DE DÍVIDA ATIVA) Nova Metodologia baseada em histórico de recebimentos anuais sucessivos O próximo passo é utilizar as médias percentuais de recebimento aplicando-as sobre os saldos de créditos para obter o valor do ajuste. Cabe aqui explicar que a ideia desse modelo de cálculo é aplicar médias qüinqüenais calculadas de maneira individual da seguinte maneira: cada uma das cinco médias obtidas e demonstradas acima foi calculada considerando os valores recebidos em determinada fase de cobrança. Exemplificando: Sobre o valor inscrito em 2011, aplica-se percentual de 32,47% (soma de 11,57%+ 7,62% + 6,78% + 4,50% + 2,00 = 32,47%). Isso porque os créditos de 2011 estão ainda sujeitos aos cinco exercícios de recebimentos; Sobre o valor inscrito em 2010, aplica-se percentual de 20,89% (soma de 7,62% + 6,78% + 4,50% + 2,00 = 20,89%), visto que os valores inscritos em 2010 estão sujeitos a quatro exercícios de recebimento, pois o primeiro já ocorreu em 2010 e o segundo em 2011. Sobre o valor inscrito em 2009, aplica-se percentual de 13,28% (soma de 6,78% + 4,50% + 2,00 = 13,28%). Os créditos de 2008 estão sujeitos a três exercícios de recebimento, eis que o primeiro já ocorreu em 2009, o segundo em 2010 e o terceiro em 2011. Seguindo essa linha, aplicaremos sobre os valores de créditos inscritos em 2007 o percentual de 6,50%, equivalente à soma de 4,50% + 2,00%. Finalmente, sobre os valores de créditos inscritos em 2006 será aplicado o percentual de 2%, que corresponde à média de recebimentos do quinto exercício subseqüente ao de inscrição. O resultado está demonstrado na tabela abaixo:

Cálculo das Médias Percentuais Recebimento Ano de Inscrição em Dívida Ativa 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Total Valores Inscritos 10.000 15.000 20.000 25.000 30.000 35.000 135.000 Valores Recebidos por Exercício ² No 1º Exercício: 1.100 2.200 2.000 1.800 4.500 No 2º Exercício: 1.000 1.300 1.400 1.200 No 3º Exercício: 900 1.100 800 No 4º Exercício: 500 600 No 5º Exercício: 200 Valores Recebidos por Exercício (%) Média No 1º Exercício: 11% 15% 10% 7% 15% 11,57% No 2º Exercício: 10% 9% 7% 5% 7,62% No 3º Exercício: 9% 7% 4% 6,78% No 4º Exercício: 5% 4% 4,50% No 5º Exercício: 2% 2,00% Demais Valores Baixados ³ Valores Recebidos nos Exercícios Seguintes - - - - - Créditos Não Recebidos Baixados 6.300 - - - - Cálculo do Ajuste e do Valor Líquido dos Créditos Ano de Inscrição da Dívida Ativa 2.006 2.007 2.008 2.009 2.010 2.011 TOTAIS Saldo Bruto da Dívida Ativa - 9.800 15.800 22.000 25.500 35.000 108.100 Médias Percentuais de Recebimento 0,00% 2,00% 6,50% 13,28% 20,89% 32,47% Saldo Líquido da Dívida Ativa - 196 1.027 2.921 5.328 11.364 20.836 (-) Saldo do ajuste para Perdas - 9.604 14.773 19.079 20.172 23.636 87.264

Equipe Técnica Secretaria do Tesouro Nacional Coordenação-Geral de Normas de Contabilidade Aplicadas à Federação Coordenador-Geral de Normas de Contabilidade Aplicadas à Federação Paulo Henrique Feijó da Silva Gerente de Normas e Procedimentos Contábeis Heriberto Henrique Vilela do Nascimento Equipe Técnica Antônio Firmino da Silva Neto Bruno Ramos Mangualde Caio César Sales Nogueira Derli Antunes Pintos Flávia Ferreira de Moura Henrique Ferreira Souza