Parâmetros da Curva de luz/fotossíntese. IOB-127 Fitoplâncton e Produção Primária



Documentos relacionados
Respostas da terceira lista de exercícios de química. Prof a. Marcia M. Meier


DISCIPLINA EFEITOS BIOLÓGICOS DA RADIAÇÕES NÃO IONIZANTES 1º. QUADRIMESTRE DE 2012

PROCESSO SELETIVO TURMA DE 2010 FASE 1 PROVA DE FÍSICA E SEU ENSINO

Processos Estocásticos

Avaliação de Desempenho de Sistemas

SOLUBILIDADE DOS GASES E TROCAS NA INTERFACE AR-MAR. Tópicos. Introdução. Vanessa Hatje. GASES: Importante nos ciclos biogeoquímicos

Juliana S. Ribeiro. Natália T. Signorelli. Instituto Oceanográfico da USP IOF Ciclos dos Gases no Ambiente Marinho São Paulo, novembro de 2008

Função do 2º Grau. Alex Oliveira

Biologia Fascículo 04 Lara Regina Parra de Lazzari

3.4 O Princípio da Equipartição de Energia e a Capacidade Calorífica Molar

4. Tangentes e normais; orientabilidade

3 Propriedades Coligativas

Refração da Luz Prismas

CIÊNCIAS PROVA 1º BIMESTRE 5º ANO

Universidade Federal do Pará Centro de Ciências Exatas e Naturais Departamento de Física Laboratório Básico I

ERGONOMIA. Introdução

BIG 048 -Ecologia Geral Engenharia Ambiental. Prof. Ricardo Motta Pinto-Coelho Departamento de Biologia Geral ICB - UFMG

Aula 2 - Cálculo Numérico

V = 0,30. 0,20. 0,50 (m 3 ) = 0,030m 3. b) A pressão exercida pelo bloco sobre a superfície da mesa é dada por: P p = = (N/m 2 ) A 0,20.

DISPERSÕES. Profa. Kátia Aquino

ESTRATÉGIAS A NÍVEL URBANO. Ilha de Calor

Apresentação. 1. Introdução. 2. Situação Problema

ANEXOS. Decisão de Execução da Comissão

CAPÍTULO 8 - DECISÃO: ELABORANDO A GESTÃO DE UM RECURSO NATURAL 68. Exercício: UTILIZAÇÃO SUSTENTÁVEL

Modelos de Equações simultâneas

Assinale a alternativa que contém o gráfico que representa a aceleração em função do tempo correspondente ao movimento do ponto material.

H = +25,4 kj / mol Neste caso, dizemos que a entalpia da mistura aumentou em 25,4 kj por mol de nitrato de amônio dissolvido.

Gestão de sombras. Funcionamento eficiente de sistemas fotovoltaicos parcialmente ensombrados com OptiTrac Global Peak

ESTEREOSCOPIA INTRODUÇÃO. Conversão de um par de imagens (a)-(b) em um mapa de profundidade (c)

C O L O R I M E T R I A

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

LÓGICA DE PROGRAMAÇÃO PARA ENGENHARIA DISCUSSÃO DOS EXERCÍCIOS E CONSTRUÇÃO DE PROGRAMAS SEQUENCIAIS. Prof. Dr. Daniel Caetano

Tratamento Biológico de Efluentes - TBE

Métodos Físicos de Análise - ESPECTROFOTOMETRIA ULTRAVIOLETA / VISÍVEL MÉTODOS FÍSICOS DE ANÁLISE MÉTODOS FÍSICOS DE ANÁLISE

RELATÓRIO TÉCNICO ANÁLISE DA REFLECTÂNCIA DE ARGAMASSAS. Joaquim Carneiro. Cliente. C - T A C Centro de Território, Ambiente e Construção

3º Bimestre. Física II. Autor: Geraldo Velazquez

Figura 1. Habitats e nichos ecológicos diversos. Fonte: UAN, 2014.

Física B Extensivo V. 1

A origem do Universo Evidências a favor da Teoria do Big Bang Limitações da Teoria do Big Bang Reacções químicas e reacções nucleares

9 é MATEMÁTICA. 26. O algarismo das unidades de (A) 0. (B) 1. (C) 3. (D) 6. (E) 9.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DO PONTAL FÍSICA EXPERIMENTAL III INDUTORES E CIRCUITOS RL COM ONDA QUADRADA

Testedegeradoresde. Parte X. 38 Testes de Ajuste à Distribuição Teste Chi-Quadrado

MANUAL DE BOAS PRÁTICAS - ABPE 2013 MÓDULO PROCEDIMENTOS E DIMENSIONAMENTO DE INSTALAÇÃO AÉREA

INTITUTO SUPERIOR TUPY 2009/1

6 Conclusões e sugestões para trabalhos futuros

CLASSIFICAÇÃO DOS AMBIENTES MARINHOS

Márcio Dinis do Nascimento de Jesus

Box 2. Estado da solução Estado do solvente Estado do soluto Exemplos

NÚCLEO GERADOR: URBANISMO E MOBILIDADE. Tema: A Agricultura

Underwater Comunicação Rádio

OPTIMIZAÇÃO NA GESTÃO DE RECURSOS NATURAIS I.S.T José Luís Fachada. (

Produção de tomate sem desperdício de água. Palestrante Eng. Enison Roberto Pozzani

7.0 PERMEABILIDADE DOS SOLOS

Direitos do Consumidor. Série Matemática na Escola

INACTIVAÇÃO BACTERIOLÓGICA

x d z θ i Figura 2.1: Geometria das placas paralelas (Vista Superior).

Os mecanismos da circulação oceânica: acção do vento força de Coriolis e camada de Ekman. Correntes de inércia.

IRRIGAÇÃO SUBSUPERFICIAL

Diferimento de pastagens para animais desmamados

ECONOMIA MÓDULO 17. AS ELASTICIDADES DA DEMANDA (continuação)

Poluição do ar. Tempo de residência: tempo médio de permanência da espécie no ar.

Uma das grandes novidades do Photoshop CS5 é o processamento em 64-bits, que permite que operações tradicionais realizadas no aplicativo sejam pelo

Aula -2 Motores de Corrente Contínua com Escovas

UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO CAMPUS

Resolução dos Exercícios sobre Derivadas

Cálculo Diferencial e Integral II

ESCOLA SECUNDÁRIA DE CASQUILHOS

Ambos têm os algarismos 7854 seguidos, a potência de dez apenas moverá a vírgula, que não afeta a quantidade de algarismos significativos.

4) Considerando-se os pontos A(p1, q 1) = (13,7) e B (p 2, q 2) = (12,5), calcule a elasticidade-preço da demanda no ponto médio.

Acumulador solar de camadas Acumulador de estratificação Pro-Clean Acumulador de água fresca FS

FUNÇÃO DE 1º GRAU. = mx + n, sendo m e n números reais. Questão 01 Dadas as funções f de IR em IR, identifique com um X, aquelas que são do 1º grau.

36 a Olimpíada Brasileira de Matemática Nível Universitário Primeira Fase

Distribuição Gaussiana. Modelo Probabilístico para Variáveis Contínuas

6 Efeito do Tratamento Térmico nas Propriedades Supercondutoras e Microestruturas de Multicamadas Nb/Co

6. Programação Inteira

Gráficos Cinemáticos (2) v (m/s) (1)

Universidade de São Paulo. Escola Politécnica

DURATION - AVALIANDO O RISCO DE MUDANÇA NAS TAXAS DE JUROS PARTE ll

1. TRANSMISSÕES POR CORRENTES

AISI 420 Tratamento Térmico e Propriedades. InTec Introdução

Pesquisa Operacional. Componentes de um modelo de PL

Mestrando em Engenharia do Meio Ambiente na EEC/UFG.

SISTEMAS DISTRIBUIDOS. Prof. Marcelo de Sá Barbosa

DESCRITORES DAS PROVAS DO 1º BIMESTRE


A versão 9.1 oferece agora uma forma de replicar rapidamente ajustes de preço da UM em vários itens de várias listas de preços.

Período de injeção. Período que decorre do início da pulverização no cilindro e o final do escoamento do bocal.

Laboratórios de CONTROLO (LEE) 2 o Trabalho Motor DC Controlo de Velocidade

Princípios da Mecânica Quântica

QBQ 0316 Bioquímica Experimental. Carlos Hotta. Apresentação da disciplina

QUI 102 Metodologia Analítica

03/04/2016 AULAS 11 E 12 SETOR A

INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DA MADEIRA AT073 Introdução a Eng. Ind. Madeireira DETF- UFPR Prof. Umberto Klock

MÓDULO 1. I - Estatística Básica

Curso: Sistemas de Informação 13/04/2006 Economia e Gestão Financeira 1º Avaliação Prof. Ivaldir Vaz

VESTIBULAR MATEMÁTICA

Oceanografia por Satélites

Transcrição:

Parâmetros da Curva de luz/fotossíntese IOB-127 Fitoplâncton e Produção Primária

Fatores que afetam a Produção Primária. Luz : a fotossíntese só é possível quando a luz atinge a célula algal acima de uma certa intensidade; a luz sofre influência de diversos fatores meteorológicos, como já visto, que reduzem a quantidade de luz disponível; a própria água é responsável pela redução devido ao espalhamento e absorção em vários comprimentos de onda em função dos componentes dissolvidos e em suspensão na água

Fotossíntese e Luz A curva PI (luz/fotossíntese) descreve a relação entre fotossíntese e irradiância. A curva P/I é a pedra angular da modelagem da fotossíntese no oceano. EX: Platt et al., 1980 P B = P B max (1-e(-α B I/P B max))

Curvas PI: mostram a adaptação fotossintética Produção Bruta, Produção Líquida Ponto de Compensação: fotossíntese = respiração, P líquida= 0 A intensidade de luz onde a fotossíntese iguala a respiração é conhecida como Intensidade de Compensação

A fotossíntese aumenta com a intensidade da luz até um valor de P max, específico para cada espécie. Acima desse valor, a fotossíntese declina devido à fotoinibição. P max = depende das reações de escuro (crescimento ilimitado) ou da limitação de recursos. Ângulo Inicial α: eficiência fotossíntética (eficiência de utilização da luz), = rendimento quântico depende das reações de luz I k : sumariza características chave: P max e α em um só termo; células de sombra têm Ik mais baixo que céls. de sol.

Espécies (1) e (2) têm mesmo I k a despeito de e diferentes P max e and a. O I k mais baixo de (1) e (2) quando comparado a (3) revela as espécies adaptadas à sombra. Variações nos parâmetros da curva PI Regulação ambiental: 1. Deficiência nutricional 2. Dependência da Temperatura 3. Histórico de luz e fotoadaptação

Variações biológicas : 1. Taxonomia: alfa clorofíceas > alfa diatomáceas > alfa dinoflagelados 2. Tamanho da célula: efeito do empacotamento da clorofila a

Paralelo entre curva PI e perfil de PP na coluna de água: A fotossíntese aumenta com a intensidadedaluzatéum valor máximo conhecido como P max, específico para cada espécie. Acima desse valor, a fotossíntese declina devido à fotoinibição.

Superfície A intensidade de luz onde a fotossíntese iguala a respiração é conhecida como Intensidade de Compensação. A profundidade onde isso ocorre é a Profundidade de Compensação. P R O F.

Sverdrup (1953) propôs o modêlo de profundidade crítica para explicar o crescimento rápido e acumulação de biomassa de fitoplâncton na primavera. Ele considerou as idéias de Gran que foi quem primeiro mediu a Respiração no mar usando o método das garrafas claras e escuras e medindo o consumo de O2 e considerou o problema de um ponto de vista da comunidade.

O Modelo de Sverdurp de profundidade crítica - 1- Fotossíntese decresce exponencialmente com a profundidade em função do decréscimo na disponibilidade de luz. - 2-Respiração não é afetada pela luz e permanece constante com a profundidade. - 3-Fitoplâncton sofre mistura pela turbulência e experimenta diferentes intensidade de luz ao longo do tempo, algumas vezes acima, outras vezes abaixo do ponto de compensação

Profundidade Crítica = profundidade na qual a fotossíntese da população de fitoplâncton da coluna de água iguala a sua respiração total. Uma população de fito somente pode se desenvolver se a profundidade de mistura for menor que a profundidade crítica. Apenas nessa situação a produção líquida da população >0

. Requisitos para o modelo de profundidade crítica de Sverdrup 1. Distribuição homogênea do fitoplâncton na coluna de água. 2. Nutrientes abundantes. 3. k é constante com a profundidade 4. Fotossíntese é proporcional a I (nenhuma fotoinibição) 5. Respiração não é afetada pela luz e é constante com a profundidade 6. Ausência de heterótrofos