PROPOSTAS METODOLOGICAS PARA ENSINAR GEOMORFOLOGIA NO ENSINO FUNDAMENTAL

Documentos relacionados
RESUMO EXPANDIDO ABORDANDO A GEOMORFOLOGIA NO ENSINO FUNDAMENTAL: A APLICAÇÃO DO CONHECIMENTO TEÓRICO NO COTIDIANO

AULA DE CAMPO E MAQUETE: PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS PARA O ENSINO DE GEOMORFOLOGIA NA ESCOLA BÁSICA

01/04/2014. Ensinar a ler. Profa.Ma. Mariciane Mores Nunes.

APRENDIZAGEM DE GEOGRAFIA FÍSICA ATRAVÉS DO USO DE MAQUETES

Resumo Palavra-chave: Ensino Médio, Geomorfologia, Sequencia didática, Serra dos Cavalos. Introdução

PLANOS DE AULAS. 2º BIMESTRE - AULA 01 - Data: 22/05/ Tempo de duração: 1 hora 40 TEMA DA AULA: INTRODUÇÃO À ILUMINAÇÃO

A CONSTRUÇÃO DE MAQUETES NO ENSINO DE GEOGRAFIA: ESTUDO DE CASO EM BACIAS HIDROGRÁFICAS

ASSIS¹, K. S. G: LIMA², G. R: D. G, SILVA³

PRÁTICAS DE GEOMORFOLOGIA COM ALUNOS DO 6 ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL II

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA CÂMPUS ITAPORANGA CURSO TÉCNICO EM EDIFICAÇÕES (INTEGRADO)

A MAQUETE COMO POSSIBILIDADE INTERDISCIPLINAR NO ENSINO MÉDIO POLITÉCNICO/RS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES

FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFESSORES DE GEOGRAFIA NO ENSINO BÁSICO: OFICINA PEDAGÓGICA

Pré-projeto de Pesquisa. A compreensão das dinâmicas do espaço geográfico à luz das novas ferramentas tecnológicas: o caso do Prezi

Representação de áreas de riscos socioambientais: geomorfologia e ensino

FATEB Faculdade de Telêmaco Borba

CONSIDERAÇÕES SOBRE A ELABORAÇÃO DE PROPOSTA DE ENSINO DE GEOGRAFIA PARA O 4º ANO DAS ESCOLAS MUNICIPAIS DE PRESIDENTE PRUDENTE *

Recomendada. Coleção Geografia em Construção. Por quê? A coleção. Na coleção, a aprendizagem é entendida como

O DESPERTAR DA SUSTENTABILIDADE NAS SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

ENSINO DE GEOMETRIA NOS DOCUMENTOS OFICIAIS DE ORIENTAÇÃO CURRICULAR NO ENSINO MÉDIO: BREVE ANÁLISE

CARGA HORÁRIA SEMANAL: 04 CRÉDITO: 04

DISCIPLINA DE GEOGRAFIA

ATLAS GEOGRÁFICO MUNICIPAL: UMA ABORDAGEM DIDÁTICA À LAGOA FORMOSA/MG

FORMULÁRIO PARA CRIAÇÃO DE DISCIPLINAS

REDESCOBRINDO O LUGAR A PARTIR DE MAPAS MENTAIS

A INSERÇÃO DA HISTÓRIA DA MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL NAS ESCOLAS DO MUNICÍPIO DE SOMBRIO

Inserir sites e/ou vídeos youtube ou outro servidor. Prever o uso de materiais pedagógicos concretos.

O NÚCLEO AUDIOVISUAL DE GEOGRAFIA (NAVG) TRABALHANDO A GEOGRAFIA COM CURTAS: EXPERIÊNCIA DO PIBID SUBPROJETO DE GEOGRAFIA.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO AVALE DO ACARAU A MÚSICA NO ENSINO DA GEOGRAFIA

A costrução e utilização de maquetes no ensino de geografia do Brasil

LABORATÓRIO PROBLEMATIZADOR COMO FERRAMENTA PARA O ENSINO DE FÍSICA: DA ONÇA AO QUILOGRAMA

PLANO DE CURSO DISCIPLINA: Geografia ÁREA DE ENSINO: FUNDAMENTAL I SÉRIE\ ANO: 4º ANO DESCRITORES CONTEÚDOS SUGESTÕES DE PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Ensino Fundamental I 5º ano PLANO DE ENSINO. PROFESSORA: Michely Botelho Pires Araújo. CARGA HORÁRIA TURMA ANO LETIVO TOTAL SEMANAL A e B 2017 EMENTA

O LÚDICO E A GEOMORFOLOGIA: APLICABILIDADES NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

LEITURA DA GEOGRAFIA

PLANO DE CURSO DISCIPLINA:Geografia ÁREA DE ENSINO: Fundamental I SÉRIE/ANO: 3 ANO DESCRITORES CONTEÚDOS SUGESTÕES DE PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

COMPARTIMENTAÇÃO MORFOLÓGICA DA BACIA DO RIO SÃO THOMÉ, MUNICÍPIOS DE ALFENAS, SERRANIA E MACHADO (MG)

PALAVRAS-CHAVE: inclusão, curva de nível, maquete, deficiência visual.

HIDROGRÁFICA DO MAUAZINHO, MANAUS-AM.

A IMPORTÂNCIA DA CARTOGRAFIA ESCOLAR PARA ALUNOS COM DEFICIENCIA VISUAL: o papel da Cartografia Tátil

CEAI O QUE O ALUNO DEVE APRENDER. PROCEDIMENTO METODOLÓGICO Capítulo 1: Identificar a. Exposição dialogada Orientação para se. importância do Sol

PROJETO DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DE GEOGRAFIA NO CAMPUS CSEH: 10 anos após as Diretrizes Curriculares Nacionais

CARTOGRAFIA DIGITAL E GEOMORFOLOGIA URBANA EM SALA DE AULA

DADOS DO COMPONENTE CURRICULAR Nome: Geografia Curso: Técnico em Meio Ambiente Integrado ao Ensino Médio Série: 1 Ano Carga Horária: 67 h (80 aulas)

Estágio I - Introdução

PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DE PESQUISA. Prof.ª Larissa da Silva Ferreira Alves TCC II

A Geometria Plana no 1º Ano do Ensino Médio: Utilização da Maquete da Quadra Poliesportiva da EEMLP de Nelson de Sena Categoria: Ensino Superior

ENSINANDO HISTÓRIA E GEOGRAFIA. A Geografia Levada a Sério

Descobertas sociocientíficas: refletindo sobre o currículo

CONSIDERAÇÕES SOBRE O USO DE MAPAS DA MÍDIA NO ENSINO DE CARTOGRAFIA

ELABORAÇÃO DE MAPA GEOMORFOLÓGICO DO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE PRUDENTE SP.

ABORDAGENS INOVADORAS PARA O ENSINO DE FÍSICA: UMA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO SOBRE ENERGIA

Nº Coleção/Título Trabalhando com Mapas Geografia Geografia hoje Geo Visão Área de Estudos Sociais

Palavras-chaves: Educação Matemática; formação continuada; formação inicial; ensino e aprendizagem.

MAPEAMENTO GEOMORFOLÓGICO NO MUNICÍPIO DE PRESIDENTE PRUDENTE SP, BRASIL.

Palavras-chave: Geografia, Ensino; Fotografia Aérea com Pipa; Cidade; Urbano.

ETNOMATEMÁTICA E LETRAMENTO: UM OLHAR SOBRE O CONHECIMENTO MATEMÁTICO EM UMA FEIRA LIVRE

PLANO DE CURSO Nível: ENSINO FUNDAMENTAL Disciplina: GEOGRAFIA Série: 5º ano

UMA ANÁLISE COMPARATIVA DE LIVROS DIDÁTICOS: A PERSPECTIVA TEMPORAL E O CONTEÚDO DE PAISAGEM COMO SUBSÍDIO

O PROCESSO DE DESTERRITORIALIZAÇÃO DA FEIRA DO ACARI EM QUEIMADAS-PB: CONTRIBUIÇÕES CONCEITUAIS PARA OS ANOS INICIAIS DO ENSINO DE GEOGRAFIA

EXPLORANDO A GEOMETRIA: A MAQUETE ESPACIAL DA BANDEIRA NACIONAL

SUGERIDO NOS PCNS E OS CONTEÚDOS DE GEOGRAFIA NAS SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL. KARPINSKI, Lila Fátima 1,3, NOAL, Rosa Elena 2,3,4

PIBID - RECURSOS DE ATIVIDADES LÚDICAS PARA ENSINAR APRENDER HISTÓRIA

LER NÃO É PECADO... Escola: COC Atibaia Cidade: Atibaia (SP) Categoria: Linguagens e Matemática Professor Responsável: José Fernando Teles da Rocha

PROPOSTA ATIVIDADES COM O JCLIC

A Representação do Espaço

A INTERDISCIPLINARIDADE COMO EIXO NORTEADOR NO ENSINO DE BIOLOGIA.

Agrupamento de Escolas Dr. Vieira de Carvalho

PROJETO ALFABETIZAÇÃO CARTOGRÁFICA

PLANO DE ENSINO. Curso: Pedagogia. Disciplina: Conteúdos e Metodologia de Educação Física. Carga Horária Semestral: 40 Semestre do Curso: 7º

PLANO DE CURSO Disciplina: GEOGRAFIA Série: 3º ano Ensino Fundamental

EIXO CAPACIDADES CONTEÚDOS / CONCEITOS CICLO COMPLEMENTAR

Formação Continuada Nova EJA. Plano de Ação da Unidade 7 INTRODUÇÃO

O ESTUDO DO LUGAR NO PENSAMENTO GEOGRÁFICO E NA PRÁTICA PEDAGÓGICA DA EDUCAÇÃO GEOGRÁFICA

1. (UEL) De acordo com a classificação do relevo brasileiro proposta por Jurandyr Ross, o estado do Paraná apresenta, grosso modo, três unidades de

Descrever o lugar. Nesta aula, que inicia o segundo módulo do

A IMPORTÂNCIA DO ESTUDO DA PAISAGEM NO ENSINO DA GEOGRAFIA

USO DE ATIVIDADES INVESTIGATIVAS NAS AULAS DE FÍSICA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA PARA O ESTUDO DA GRAVITAÇÃO

OFICINAS PEDAGÓGICAS NO ENSINO DE GEOGRAFIA: (RE)CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO GEOGRÁFICO ESCOLAR

O USO DO SENSORIAMENTO REMOTO NA COMPREENSÃO DOS PROBLEMAS SÓCIO AMBIENTAIS LOCAIS ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL: O EXEMPLO DE SANTO ANDRÉ - SP

VOCÊ CONHECE A SUA HISTÓRIA? PRODUÇÃO DE JOGO SOBRE A GUERRA DO CONTESTADO

LINGUAGEM CARTOGRÁFICA NO ENSINO FUNDAMENTAL 1

PLANO DE CURSO. Código: FIS09 Carga Horária: 60 Créditos: 03 Pré-requisito: Período: IV Ano:

PROJETO: Eu e minha escola

A IMPORTÂNCIA DAS OFICINAS PEDAGÓGICAS NO ENSINO DE GEOGRAFIA: UMA PROPOSTA DO PIBID NA ESCOLA ESTADUAL ANA JÚLIA DE MOUSINHO

Ano Lectivo 2006/2007 3º Ciclo 7º Ano

PLANEJAMENTO BIMESTRAL QUARTO BIMESTRE 2012 (01/10 a 20/12)

OFICINA DE PRODUÇÃO DE MAPAS NO ENSINO DE GEOGRAFIA

PLANOS DE AULAS. 2º BIMESTRE - AULA 01 - Data: 24/04/ Tempo de duração: 1 hora 40 TEMA DA AULA: CARACTERIZAÇÃO DA PERSONAGEM

CIDADE PARA CRIANÇAS

1. IDENTIFICAÇÃO CÓDIGO DA DISCIPLINA: PERÍODO: 8º CRÉDITO: 4 NOME DA DISCIPLINA: EDUCAÇÃO AMBIENTAL NOME DO CURSO: PEDAGOGIA

Uma perspectiva de ensino para as áreas de conhecimento escolar - Geografia

O USO DAS TECNOLOGIAS NO ENSINO DE GEOGRAFIA: UMA INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA

O USO DA MAQUETE NO ENSINO DA GEOGRAFIA: ESTUDO DO RELEVO RESUMO

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ CONSELHO SUPERIOR DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO RESOLUÇÃO N DE 16 DE SETEMBRO DE 2008

Pró-Reitoria de Graduação. Plano de Ensino 2º Quadrimestre de Caracterização da disciplina Práticas de Ensino de Biologia l NHT

CONSTRUÇÃO DE MAQUETE DE RELEVO DO MUNICÍPIO DE PONTA GROSSA-PR

Palavras-chave: Geografia; Aula de campo; Prática de ensino; Formação docente.

RELATO DE EXPERIÊNCIA SOBRE ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELO PIBID GEOGRAFIA NO ENSINO MEDIO NA ESCOLA PROFESSORA

COLÉGIO SANTA TERESINHA R. Madre Beatriz 135 centro Tel. (33)

Transcrição:

PROPOSTAS METODOLOGICAS PARA ENSINAR GEOMORFOLOGIA NO ENSINO FUNDAMENTAL VIEIRA, Mayara Teixeira¹ mayatvieira@hotmail.com; SILVA, Daniela Helena¹ dani.geo06@hotmail.com; SILVA, Flávia Gabriela Domingos¹ flavinhagabi96@hotmail.com; CHAVEIRO, Eguimar Felício² eguimar@hotmail.com. ¹ Bolsistas do Programa de Educação Tutorial de Geografia ² Tutor do Programa de Educação Tutorial de Geografia Palavras-chave: Ensino de Geografia, Geomorfologia, metodologias e Ensino Fundamental. Justificativa A Geomorfologia é a ciência que estuda as formas do relevo terrestre e os processos que as originaram. Possui uma estreita relação com a Geografia, pois possibilita compreender a influência do relevo na ocupação territorial e desta forma, uma melhor análise do espaço. A ciência geomorfológica está presente nos documentos oficiais que determinam as matrizes curriculares do ensino básico, nesse sentido é fundamental que o professor tenha um bom entendimento dessa ciência, e procure desenvolver metodologias que auxiliem os alunos no processo de ensino-aprendizagem desse conteúdo. É importante, que o professor, ressalte que a geomorfologia está presente no cotidiano dos alunos, a partir da correlação do conteúdo com a sua vivência. Para um melhor entendimento do tema em questão, serão abordados o histórico e a importância de se ensinar a geomorfologia no Ensino Fundamental. E a partir da analise dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) do terceiro e quarto ciclos e das Reorientações Curriculares do Estado de Goiás, as propostas metodológicas desenvolvidas, serão destinadas para o sétimo ano do ensino fundamental. Referencial Teórico Geomorfologia é a ciência que estuda as formas do relevo e os processos que o conduziram a sua forma atual, seu objeto de estudo é a superfície da crosta terrestre, apresentando uma forma específica de análise que se refere ao relevo. A Geomorfologia derivou da Geologia e surgiu como ciência na Inglaterra em meados do século XVIII. No Brasil o geógrafo que mais tem contribuído

para o desenvolvimento da ciência geomorfológica é Aziz Ab'Saber, que compartilha das idéias da escola germânica. O relevo está em constantes mudanças, motivadas tanto por forças naturais quanto por ações antrópicas, assim para analisá-lo deve-se buscar compreender sua gênese e a dinâmica sobre a qual está inserido. A teoria geomorfológica assume importância ao ser abordada no contexto geográfico, considerando sua contribuição ao processo de ordenamento territorial. Assim, a análise geográfica permite compreender as dinâmicas e transformações do espaço, não se restringindo ao tradicionalismo da descrição, síntese e dicotomia entre aspectos físicos e sociais, mas a reflexão da articulação entre tais processos dinâmica entre os processos. Dessa forma, é preciso observar, buscar explicações para aquilo que, em determinado momento, permaneceu ou foi transformado, isto é, os elementos do passado e do presente que neles convivem. Segundo os PCNs, a geomorfologia é trabalhada em todos os ciclos, porém é a partir do terceiro que o professor de Geografia atua. Nesse sentido, esses conteúdos devem despertar nos alunos a percepção da paisagem local, reconhecer a importância de cuidar do meio em que vivem, compreender as múltiplas interações entre sociedade e natureza nos conceitos de território, lugar e região. De acordo com a Reorientação curricular do 1 ao 9 ano, este conteúdo é apresentado de forma mais aprofundada no sétimo ano, visto que é nessa série que os alunos deverão usar mapas topográficos, com base no sistema de curvas de nível, e nas variações de altitude do relevo, desenvolver noções de relevo, reconhecer as formas de relevo do Brasil e relacioná-las a outros fatores naturais. Objetivo Propor metodologias diferenciadas da aula expositiva para o estudo das formas do relevo, as quais buscam aproximar da realidade do aluno, tornando esse conteúdo mais interessante. Metodologia Foi realizada pesquisa bibliográfica acerca do assunto tratado, análise de documentos oficiais referentes ao ensino de Geografia, posteriormente

realizamos a discussão dos dados coletados, metodologias propostas. e desenvolvemos as Está pesquisa está organizada em três etapas, na primeira abordamos o conceito de Geomorfologia, depois como esse tema aparece nos documentos que regem o ensino de Geografia no Ensino Fundamental, e por último, propomos algumas metodologias para serem trabalhadas nos sétimo ano. As metodologias apresentadas levaram em consideração o uso de materiais mais baratos e de fácil acesso para que possam ser desenvolvidas em qualquer escola, independente de ser pública ou privada. Resultados e discussões Segundo Oliveira (2010, p 19 ), as perguntas que devem ser feitas pelos docentes são: Por que ensinar Geomorfologia e O significado deste conhecimento para a Geografia, além de se preocupar também em tornar esse ensino o mais didático possível. Acrescentamos também qual a importância desse conteúdo para a vida dos alunos. Pensando nisso, desenvolvemos as seguintes metodologias: Metodologia 1: Utilização de fotos, imagens e mapa para trabalhar o relevo brasileiro Objetivando levantar os conhecimentos prévios a cerca das formas de relevo do Brasil, o professor pode levar fotografias de diferentes lugares classificados como: planaltos, planícies, depressões e serras e a partir da exposição das fotos promover uma roda de conversa para iniciar o conteúdo. A metodologia proposta está de acordo com um dos objetivos definidos pelos PCNs de Geografia (1998), o qual sugere que o professor deve em sua prática docente orientar os alunos: a compreender a importância das diferentes linguagens na leitura da paisagem, desde as imagens, música e literatura de dados e de documentos de diferentes fontes de informação, de modo que interprete, analise e relacione informações sobre o espaço.

Após o levantamento dos conhecimentos prévios e objetivando espacializar as unidades do relevo brasileiro, o professor com o auxilio do mapa político do Brasil, identificará a partir de figuras que representem tais relevos, as formas predominantes em cada região. Metodologia 2: Trabalho de campo - conhecendo o bairro da escola. Posterior à explicação das características das formas de relevo do Brasil, os alunos farão um trabalhado de campo pelo bairro da escola para identificar as características do relevo. Esta atividade será orientada por um roteiro, no qual o professor irá escolher alguns pontos a serem observados e analisados pelos alunos. Exemplo: o ponto A apresenta um morro, vegetação e não possui ocupação urbana. O ponto B é uma área plana, utilizada para ocupação urbana. Ponto C Após a análise dos pontos, os alunos construirão um desenho e um texto refletindo e discutindo sobre as características geomorfológicas observadas. Metodologia 3: Construção de maquetes sobre as formas do relevo brasileiro. Para fixação e finalização do conteúdo, o professor orientará os alunos, que serão organizados em grupos de seis integrantes, na elaboração de maquetes, que representem as unidades do relevo brasileiro. Os materiais necessários para a construção da maquete são: isopor, cola, tesoura, diferentes tipos de papeis, tinta, caixa de ovo, palito, pincel, entre outros. Depois de finalizadas, as maquetes serão expostas e apresentadas pelos integrantes de cada grupo para os demais alunos da escola, nesta apresentação os alunos terão que relacionar as formas de relevo com os tipos de ocupação do território. Conclusão Varias são as metodologias que podem ser utilizadas pelos professores para trabalhar os distintos conteúdos. Porém essas metodologias devem ser adequadas à realidade dos alunos para que assim, o processo de ensino aprendizagem seja mais dinâmico e atrativo.

O ensino de geomorfologia, muitas vezes, é caracterizado por ser descritivo e distante da realidade e por isso é considerado um conteúdo difícil e desinteressante. Para superar tais concepções é importante que o professor busque metodologias que aproximem o conhecimento científico da geomorfologia à realidade dos alunos, fazendo com que o aluno seja participativo no processo de ensino-aprendizagem. Considerações Finais Varias são as metodologias que podem ser utilizadas pelos professores para trabalhar os distintos conteúdos. Porém essas metodologias devem ser adequadas à realidade dos alunos para que assim, o processo de ensino aprendizagem seja mais dinâmico e atrativo. O ensino de geomorfologia, muitas vezes, é caracterizado por ser descritivo e distante da realidade e por isso é considerado um conteúdo difícil e desinteressante. Para superar tais concepções é importante que o professor busque metodologias que aproximem o conhecimento científico da geomorfologia à realidade dos alunos, fazendo com que o aluno seja participativo no processo de ensino-aprendizagem. Bibliografia ADAS, Melhen. Geografia: noções básicas de geografia. 6ª série. 5 ed. São Paulo: Moderna, 2006. ARAUJO, Regina; GUIMARÃES, Raul Borges; RIBEIRO, Wagner Costa. Construindo a Geografia. 6ª série. 1 ed. São Paulo: Moderna, 1999. CASSETI, Valter. Geomorfologia. 2005. Disponível em: http://www.funape.org.br/geomorfologia/cap1/index.php. Acesso em: 25 de abril de 2011. GARCIA, Helio Carlos. Geografia: a formação do espaço geográfico: as regiões do Brasil. 6ª série. 2 ed. São Paulo: Scipione, 2002. OLIVEIRA, Adriana Olivia Sposito Alves. Contribuição teórico-metodológica para o ensino de geomorfologia. Presidente Prudente: [s.n], 2010. Tese (doutorado) - Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Ciências e Tecnologia. BRASIL. Parâmetros curriculares nacionais: geografia terceiro e quarto ciclos. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. GOIÁS. Reorientação curricular do 1 ao 9 ano: currículo em debate-goiás: matrizes curriculares: caderno 5. Goiânia: Poligráfica, 2009.