01 - Indicadores da Educação Comparada



Documentos relacionados
Anuário Estatístico de Turismo

Es t i m a t i v a s

Anuário Estatístico de Turismo

ACESSOS À BVS-PSI MEDIDOS PELO GOOGLE ANALYTICS

Anuário Estatístico de Turismo

CARTA-CIRCULAR N Aos Bancos Múltiplos com Carteira Comercial, Bancos Comerciais e Caixas Econômicas.

Ranking Mundial de Juros Reais SET/14

Preçário dos Cartões Telefónicos PT

PÚBLICO ALVO: Promotores de viagens; agentes de viagens; consultores de viagens; operadores de emissivo e receptivo; atendentes.

Ranking Mundial de Juros Reais Mar/13

Ranking Mundial de Juros Reais Jan/14

Despesas em Propaganda no Brasil e sua Interligação com a Economia Internacional. Fábio Pesavento ESPM/SUL André M. Marques UFPB

Exportações Brasileiras de Carne Bovina Brazilian Beef Exports. Fonte / Source: SECEX-MDIC

Ação Cultural Externa Relatório Anual Indicadores DSPDCE

O Brasil e o IDH. No mês de setembro de 2005 o PNUD (Programa das Nações Unidas para o

Crescimento Econômico. Professor Afonso Henriques Borges Ferreira

200 4 Anuário Estatístico

RESUMO GERAL Atualizada até 31/12/2012

CATEGORIA: POPULAÇÃO PRISIONAL CATEGORIA: PERFIL DO PRESO

RESUMO GERAL Atualizada até 30/09/2012

LISTA DE REPRESENTAÇÕES SOI 2012 AGÊNCIA INTERNACIONAL DE ENERGIA ATÔMICA AIEA PAÍSES MEMBROS

IDH do Brasil melhora, mas país cai no ranking Mudança se deve a desempenho melhor de outro país

SWAZILÂNDIA E TANZÂNIA. Across Mundovip Quadrante Soltrópico TUNÍSIA. Club Med Grantur Mundovip Soltrópico. Travelers Travelplan U GANDA.

Necessidade de visto para. Não

PT PRIME PREÇÁRIOS DE VOZ EMPRESARIAL PT Prime Preçário Voz Empresarial 2006

Programa de Estudantes - Convênio de Pós-graduação - PEC-PG

Instituto Nacional de Estatística divulgou A Península Ibérica em Números

2015 Global Feed Survey

Oficina Índice de Desenvolvimento Humano IDH

A RENTABILIDADE FUTURA DO OLIVAL DE REGADIO UMA OPORTUNIDADE PARA PORTUGAL. Manuela Nina Jorge Prof. Francisco Avillez

PAÍSES AIEA AGÊNCIA INTERNACIONAL DE ENERGIA ATÔMICA

ELABORAÇÃO DE INDICADORES SOCIAIS

Argentina Dispensa de visto, por até 90 dias Dispensa de visto, por até 90 dias. Entrada permitida com Cédula de Identidade Civil

Ministério da Educação Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Destaques do Education at a Glance 2014

SUPER RANKING MUNDIAL DE CLUBES DE FUTEBOL ( SRM) MELHORAMENTOS ANUAIS 2012

As instituições internacionais e a reorganização do espaço geográfico mundial

1.a. Atividades principais concepção, produção, desenvolvimento e distribuição de bens duráveis e produtos profissionais. São três as suas divisões:

Quadro Geral de Regime de Vistos para a Entrada de Estrangeiros no Brasil

TABELA GEOGRAFICA. Atualizada em Agosto ACESITA BT Minas Gerais. ACRE BT Brasil

FIT FOR A NEW ERA ECONOMIA DAS LÍNGUAS PORTUGUESA E ESPANHOLA LÍNGUA, COMÉRCIO EXTERNO E INVESTIMENTO ESTRANGEIRO PERSPECTIVAS EMPRESARIAIS

Atualidades. Blocos Econômicos, Globalização e União Européia Comunidade Européia do Carvão e do Aço (CECA)

Um puro sangue da raça Quarto de Milha custa entre R$ 6 mil e R$ 20 mil e uma simples cobertura de um reprodutor de elite pode valer R$ 20 mil

Portugal Leaping forward

PLC 116/10. Eduardo Levy

Cisco Systems Incorporation

O nível do salário mínimo no Brasil frente à evidência internacional* Ricardo Paes de Barrros Miguel Foguel Gabriela Garcia Rosane Mendonça

Educação para o Desenvolvimento

Estudo dos países da América Latina e América Central

PERFIL DO AGRONEGÓCIO MUNDIAL SUBSECRETARIA DO AGRONEGÓCIO

Tendências e perspectivas

Ingressos de Turistas Internacionais no RS por via de acesso

Brasil fica em quarto lugar em desigualdade social

Expectativas para 2015

Pisa 2012: O que os dados dizem sobre o Brasil

Tributação Internacional Junho 2014

Novo Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil

Barômetro de Banda Larga no Brasil,

CENTRAIS DE INFORMAÇÕES TURÍSTICAS PARANAGUÁ / ILHA DO MEL

II Seminário Internacional do Programa Estudante Convênio PEC-G

Introdução Brasões de Armas da África África do Sul... 16

Compliance e o Desenvolvimento empresarial Marina Araújo 2013

RELATÓRIO MUNDIAL SOBRE DROGAS WDR 2009 Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC)

Workshop Seguros de Pessoas: Desafios e Oportunidades Sincor-MG - 10dez2012 Hélio Marcelino Loreno João Paulo Moreira de Mello

SEMINÁRIO EXPORTAR, EXPORTAR, EXPORTAR. Viana do Castelo, 11de Fevereiro

Entrance Visas in Brazil ( Updating on 01/11/2013 )

DDI VIA EMBRATEL Relação de países e seus respectivos códigos de acesso

Formulário Categoria e Indicadores Preenchidos

1.a. Atividades principais processamento de alimentos. São cinco as suas divisões, com seus respectivos produtos:

CONHECENDO O CHILE ATRAVÉS DE SEU SETOR SERVIÇOS.

Formulário Categoria e Indicadores Preenchidos

Paying Taxes 2014 Portugal e a CPLP Jaime Esteves 3 de dezembro de 2013, Lisboa

PRINCIPAIS MERCADOS DE ESPECIALIDADES FARMACÊUTICAS(P OR PAÍS)* US$ BILHÕES

COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO 2012 (JANEIRO)

Formulário Categoria e Indicadores Preenchidos

Brasil como maior exportador mundial de carne bovina: conquistas e desafios

mensário estatístico-exportação Maio 2012 AÇÚCAR BRUTO

Por que a CPMF é um problema para o Brasil?

MRE ABC CGRM CGPD CGRB

O Brasil no Relatório Mundial sobre Drogas 2008

Conhecendo os países, os continentes e os oceanos

L A E R T E J. S I L V A

Serviços Adicionais Portal de Voz

Panorama Mundial (2013)

Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos Consumo Mundial de Suco de Laranja

Indicadores Anefac dos países do G-20

PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA GABINETE DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL AGÊNCIA BRASILEIRA DE INTELIGÊNCIA

IX. Dispensa de Visto de Entrada para Portadores de Passaporte e de Título de Viagem da RAEM

A POSIÇÃO DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS (SP) EM RELAÇÃO AO ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH) E AO ÍNDICE DE GINI

Números Significativos: Certificados emitidos

Educação e Mão de Obra para o Crescimento

Tarifário 2015 Em vigor a partir de 1/1/2015

Taxa de Empréstimo Estatísticas Financeiras Internacionais (FMI - IFS)

Brasil avança em duas áreas da Matemática

Education at a Glance 2011 OCDE Nota para o Brasil

O PAPEL DA INICIATIVA PRIVADA NO ENSINO SUPERIOR: REALIDADE E DESAFIOS PARA O FUTURO

Mercados. informação regulamentar. Portugal Acordos Bilaterais Celebrados

Tarifário 2014 em vigor a partir de 1/1/2014

Apresentação: Competências da DCE; Atividades recentes: atuação digital e Ciência sem Fronteiras; PEC-G e PEC-PG.

Retrato de Portugal alguns indicadores

MOEDAS, JUROS, BOLSAS INTERNACIONAIS E COMMODITIES

Transcrição:

0 - Indicadores da Educação Comparada Maio de 8

INDICADORES DA EDUCAÇÃO COMPARADA GODEARDO BAQUERO MIGUEL INTRODUÇÃO A leitura do "Statistical Yearbook" de 84 da UNESCO incentivou-nos a escrever este estudo descritivo, onde se apresentam alguns indicadores sobre a educação nos diversos países do mundo. Os sistemas educacionais dos países do mundo, seguindo as suas características específicas, tendem cada que passa a criar modelos educativos de tipo universal. embora dia Qualquer sistema educacional não pode limitar-se sò~ a formação do indivíduo como cidadão do município, do estado ou de uma determinada nação, mas também ã formação dos alunos como cidadãos do mundo. As tabelas estatísticas que seguem podem servir de base para um estudo comparativo do sistema educacional do Brasil com os sistemas de outros países do mundo.

TABELA MEC/SG SERVIÇO DE ESTATÍSTICA DA EDUCAÇÃO E CULTURA SISTEMAS NACIONAIS PE ENSINO ANOS PE ESCOLARIDADE OBRIGATÓRIA 84 E IDADE PATS DURAÇÃO EM ANOS DADES AFRICA: Angola Ghana Nigeria Senegal Zaire AMÉRICA DO NORTE Canadá Cuba Haiti México Nicaragua AMÉRICA DO SUL Argenti na Brasi Colómbia Paraguai Peru Uruguai Venezuela ASIA: Ìndia Indonésia Israel Japão EUROPA: Austria Belgica Espanha França Grecia Hungria Portugal Suêcia Reino Unido OCEANIA: Australia Nova Zelindia U.R.R.S. U.S.A 5 5 8 a 7 8 5 5 8 a a 4 a a 2 a 2 a 2 a a a 4 a 4 7 a 2 a 4 7 a 4 a 2 7 a 4 a a 5 7 a 4 a 7 a 3 5 a 5 a 5 a 5 a 4 a a a 5 a a 2 7 a 5 a a a 5 7 a 7 a FONTE: UNESCO STATISTICAL YEAR BOOK - 84

A media aritmética de anos de escolaridade obrigatória dos países que aparecem na tabela é de 7,70 anos, com um desvio padrão igual a,3. A medida que as nações estão mais desenvolvidas, aumentam os anos de escolaridade obrigatória nos respectivos países. Levando em conta os anos de escolaridade obrigatória de todos os países agrupados em grandes grupos geográficos, a média de anos de escolaridade obrigatória e a seguinte: GRUPO MEDIA DE ANOS DE ESCOLARIDADE AFRICA 7 AMERICA DO NORTE AMERICA CENTRAL 8 AMERICA DO SUL 7 ASIA 7 EUROPA U.R.S.S

TABELA II MEC/SG SERVIÇO DE ESTATÍSTICA DA EDUCAÇÃO E CULTURA INDICADORES EDUCACIONAIS ESTATÍSTICAS DE EDUCAÇÃO COMPARADA 82 VARIÁVEIS POPULAÇÃO 83 (ESTIMATIVA) ALUNOS MATRICULADOS POR CADA I0OO HABITANTES - 82 PATS TOTAL (EM MILHÕES) RURAL % PRÉ-ESCOLAR 3? GRAU: UNIVERSIDADE AFRI CA ANGOLA GHANA MARROCOS MOÇAMBIQUE TOGO AMÉRICA DO MORTE CANADA COSTA RI CA CUBA GUATEMALA HONDURAS MEXICO PANAMA EUA AMERICA DO SUL ARGENTI NA BRASIL CHI LE COLOMBIA PERU URUGUAI VENEZUELA ASIA CHI NA INDONESIA IRAQUE ISRAEL JAPAO EUROPA AUSTRIA BELGICA TCHECOSLOVAQUE FRANÇA ALEMANHA OCIDENTAL ALEMANHA ORIENTAL HUNGRIA ITALIA POLONIA ESPANHA SUECIA REINO UNI DO OCEANIA AUSTRALIA U.R. S. S FONTE: UNESCO STATISTICAL YEARBOOK- \3&U

PATSES QUE APRESENTAM MAIOR NUMERO DE ALUNOS MATRICULADOS CADA.000 HABITANTES, EM 82: POR PRE-ESCOLAR NP ALUNOS 3 GRAU N ALUNOS TCHECOSLOVAQUIA 4 E.U.A 55 2 REPUBLICA DEMOCRÁTICA ALEMA 3 HUNGRIA 4 FRANCA 5 ISRAEL URSS 45 44 44 40 40 2 CANADA 3 3 COSTA RICA 30 4 SUÉCIA 2 5 ISRAEL 25 REPUBLICA DEMOCRATICA ALEMA 24 O coeficiente de correlação linear entre as «ari ã - veis população rural e número de alunos matriculados é -0,28 no pré-escolar e -0,58 no terceiro grau.

TABELA III MEC/SG SERVIÇO DE ESTATÍSTICA DA EDUCAÇÃO E CULTURA ENSINO REGULAR DE º GRAU TAXAS NACIONAIS DE ESCOLARIZAÇÃO 8 2 PATS TAXA DE ESCOLARIZAÇÃO ENSINO REGULAR DE PRIMEIRO GRAU IDADES AFRICA: Argelia Gambia Guiné-Bissau Moçambique Tunisia Uganda Zimbabwe AMÉRICA DO NORTE: Canada AMÉRICA CENTRAL: Costa Rica Cuba Guatemala Honduras Panama AMÉRICA DO SUL Brasil Chi le Venezuela ASIA: Hong Kong ndonésia Iraque Japão Mongolia Fi i pinas EUROPA: Belgica Bulgaria França Hungria Polonia Espanha OCEANIA: Australia Nova Zelindia 8 53 7 5 8 42 0 5 8 5 85 2 83 0 84 5 0 4 0 8 0 4 8 8 0 0 a a 7 a 2 7 a a H a 2 7 a 3 a H a a 7 a 2 7 a 2 a 7 a 4 a 3 7 a 2 a 7 a 2 a a 8 a 7 a 2 a 7 a 4 a a 3 7 a 4 a a 5 a FONTE: UNESCO STATISTICAL YEAR BOOK - 84

A taxa de escolarização líquida no ensino regular de Grau fornece a porcentagem de alunos de uma determinada idade que estão matriculados no Grau, em relação ã população da mesma faixa etária. () As faixas etárias obrigatórias dos diversos sistemas de ensino nos países do mundo não são as mesmas, logo, a interpretação das taxas de escolarização liquida dos diversos países deve ser feita com muita cautela. Entretanto, as taxas de esco_ larização dos países que aparecem na tabela III fornecem indica_ dores válidos para um estudo comparativo dos sistemas educacionais dos diversos países do mundo. Onde: TEL = Taxa de escolarização líquida Matrícula inicial de alunos com idade apropriada ou º grau no ano t. População com idade apropriada ao º grau, no ano t.

Uma visão global dos estudantes matriculados no 3º Grau, por seto res de estudo, em 82, aparece na Tabela IV. Os resultados são dados em termos porcentuais. Segundo a classificação internacional normalizada dos setores de estu do da educação (CINE), verifica-se que os países que aparecem na tabela apresentam perfis educacionais heterogêneos. Entretanto, existe uma certa correlação en tre todos eles. No que diz respeito ao Brasil, pode-se dizer que os países mais próximos dele, no que se refere ã matrícula de alunos universitários por setores de estudo, são Itália, México e Austria. Analisando alguns setores específicos de estudo, os dados da tabela permitem tirar algumas conclusões, tais como os que aparecem no quadro seguinte: SETOR DE ESTUDO? LUGAR 2? LUGAR BRASIL ENGENHARIA E TECNOLOGIA URSS TCHECOSLOVAQUIA 7º LUGAR CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO CUBA URSS 7º LUGAR DIREITO URUGUAI ITALIA 5º LUGAR AGRICULT. PESCA-FLORESTAL. URSS CUBA º LUGAR CIÊNCIAS SOCIAIS E DO COMPORTAMENTO JAPÃO BRASIL - CIÊNCIAS MÉDICAS ITALIA URUGUAI º LUGAR BELAS ARTES AUSTRIA AUSTRALIA 5º LUGAR

TABELA V MEC/SG SERVIÇO DE ESTATÍSTICA DA EDUCAÇÃO E CULTURA EDUCAÇÃO COMPARADA ENSINO REGULAR DE º GRAU PORCENTUAL DE ALUNOS REPETENTES NAS QUATRO PRIMEIRAS SÉRIES, POR PAÍS 8 2 PAÍS la. Za. SÉRIE 3a. 4a. AFRICA: ARGELIA 4 4 7 GUINÉ-BISSAU MOÇAMBIQUE RUANDA TUNISIA UGANDA 35 3 22 8 3 3 4 28 3 3 8 3 2 2 AMÉRICA: COSTA RI CA CUBA 3 0 5 4 GUATEMALA HONDURAS MÉXICO PANAMA BRASIL 2 25 20. 20 28 3 5 8 5 20 33 2 3 7 7 3 PARAGUAI 4 ASIA: INDONÉSIA IRAQUE KUWAIT FILIPINAS 5 3 8 3 2 7 3 23 7 2 7 28 4 2 EUROPA: BÉLGICA BULGARIA 3 2 8 2 2 23 TCHECOSLOVAQUIA 2 HUNGRIA ITALIA 5 2 2 2 2 ESPANHA 7 OCEANIA: POLINESIA NOVA CALEDONIA U.R.R.S. 20 4 0 3 0 4 0 FONTE: UNESCO STATISTICAL YEAR BOOK - 84

A tabela Nº v oferece uma visão das porcentagens de alunos repetentes, em alguns países do mundo, nas quatro primeiras séries do ensino regular de primeiro grau. Existem países com uma porcentagem mìnima de repetentes e outras com porcentagens chegando a 35%. alunos A taxa de alunos repetentes no Brasil, quando comparada com outros países, é relativamente alta, sobretudo nas duas primeiras séries. Em geral, os países com menores taxas de repetência estão situados no continente europeu. As taxas de repetência que aparecem na tabela devem ser interpretadas com cautela, pois pode acontecer que determinados países promovam automaticamente seus alunos, na passagem de uma série para outra. A taxa de repetência fornece a porcentagem de alunos que estão repetindo uma determinada série em relação ã matrícula inicial nesta série.

TABELA VI MEC/SG/SEEC EDUCAÇÃO COMPARADA DISTRIBUICÃO PORCENTUAL DA MATRÍCULA INICIAL E DO PESSOAL DOCENTE POR GRAU DE ENSINO 82 MUNDO,5 27,7 5,8 53,3 3,7,0 AFRICA 78,8,5,7 8,3 27,8 3, AMÉRICA 3,8 23,8 2,4 4,8 3, 8, ÁSIA 70,4 2,4 3, 58,4 35,7 5,8 EUROPA 8,4 4,4,2 40,8 4,0 3,3 OCEANIA 55,4 35,5, 4, 43,2, AMÉRICA DO NORTE 4,8 27, 22,3 4, 32, 2,0 AMÉRICA DO SUL 73,2 2, 5,7 57, 30,5, PAÍSES DESENVOLVIDOS 4,7 37,3 3, 4,0 42,, PAÍSES EM DESENVOLV. 72,8 24,2 3,0 0,5 33,,0 BRASIL () 5, 35,0 5, 57,3 33,3,4 FONTE: UNESCO. STATISTICAL YEAR BOOK 84 () DADOS ESTIMADOS

Os dados estatísticos da tabela indicam, em termos per_ centuais, a relação que existe entre os diversos graus de ensino de determinados continentes, regiões ou países entre si. Assim, por exemplo: os dados referentes ã matrícul a inj_ ciai dos alunos do "MUNDO" devem ser entendidos da seguinte maneira:,5% estão matriculados no grau 27,7% estão matriculados no 2 grau 5,8% estão matriculados no 3 grau (universidade) Vale a pena observar que a distribuição das porcentagens entre os diferentes graus ou níveis de ensino, depende do nú_ mero de anos de cada grau ou nível de estudos. Este número de anos varia nos países, em particular no caso de e 2 graus. Esse as_ pecto terá que ser levado em conta, quando se pretende fazer comparações entre os diversos continentes ou países. No que diz respeito aos dados da tabela que se referem ao Brasil, o grau foi considerado como constando apenas das quatro primeiras séries (7- anos). O ensino de 2º grau foi computado como constando das quatro últimas séries do º grau rnais os três anos do 2 grau. Este procedimento oferece uma base de comparação mais realista do ensino do Brasil em relação ã maioria das outras nações do mundo. Os dados da tabela revelam, por sua vez, que ã medida que um país está mais desenvolvido, existe uma maior porcentagem de estudantes universitários no sistema educacional. Em um país em vias de desenvolvimento, a porcentagem de alunos estudando o º Grau é em muito superior à porcentagem de alunos que estão matriculados no ensino de 2º Grau. Tomando como ponto de referência o sistema educacional europeu, verifica-se que a distribuição da matrícula inicial aos níveis de ensino é a seguinte: º Grau - 48,4% 2º Grau - 4,4% 3º Grau -,2%

Os gastos públicos com educação variam consideravelmente entre as diversas nações do mundo. Levando em conta os dólares (E.U.A) por habitante destinados ã educação, existem pa^ ses com um gasto de 8 dólares por habitante e países com 3 dólares por habitante. A diferença que existe entre os "países desenvolvidos" e os assim chamados" em vias de desenvolvimento" é da ordem de 45 dólares por habitante. 0 Brasil gastou 72 dólares por habitante em 82. Es_ sa estimativa foi obtida transformando os gastos destinados ã Educação, em 82, no Brasil. Os milhões de cruzeiros gastos com educação no Brasil foram transformados em dólares, de acordo com a taxa cambial do dólar em dezembro de 82, da ordem de Cr$ 25,4 por dólar. 0 indicador económico-educacional confirma rnais uma vez rnais que, se e verdade que a educação é uma possível fonte de riqueza, não e menos certo que a riqueza é também uma fonte de educação. Os gastos destinados ã educação por cada governo devem ser interpretados com alguma cautela, já que o poder aquisj_ tivo do dólar é bastante diferente nas diversas nações do mundo.

MEC/SG/SEEC TABELA VII EDUCAÇÃO COMPARADA ESTIMATIVAS DOS GASTOS PÚBLICOS DESTINADOS A EDUCAÇÃO 82 CONTINENTE, GRUPO MILHÕES DE DOLARES E.U.A DOLARES POR HABITANTE E.U.A MUNDO AFRI CA AMÉRICA DO NORTE AMÉRICA DO SUL AS IA EUROPA OCEANIA 27.73.58 23.33 3.534 03.07 224.384.40 3 3 8 7 28 40 PAÍSES DESENVOLVIDOS 535.75 455 PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO.7 40 B R A S I L 8. 82 72 FONTE: UNESCO STATISTICAL YEARBOOK - 84 MEC/SG/SERVIÇO DE ESTATÍSTICA DA EDUCAÇÃO E CULTURA.

MEC/SG/SEEC TABELA EDUCAÇÃO VIII COMPARADA ENSINO DE º, 2º E 3º GRAUS, CRESCIMENTO DA MATRÍCULA INICIAL. TAXAS DE CRESCIMENTO - ANO 82 ANO BASE : 70 = 0 CONTI MENTE, GRUPO º GRAU 2º GRAU 3º GRAU TOTAL MUNDO 34 48 77 3 AFRICA 2 358 3 23 AMÉRICA 27 3 75 27 ASIA 4 204 54 EUROPA 88 43 2 OCEANIA 3 25 85 5 AMERICA DO NORTE 3 7 4 PAÍSES DESENVOLVIDOS 3 7 45 3 PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO 5 258 70 AMÉRICA LATINA 52 8 3 2 B R A S I L 48 28 33 FONTE: UNESCO STATISTICAL YEAR BOOK - 84 MEC/SG/SERVIÇO DE ESTATÍSTICA DA EDUCAÇÃO E CULTURA

seguinte maneira: Os dados da tabela VIII devem ser interpretados da 0 contigente de alunos do "mundo", em 82, teve um aumento de 34% em relação ao ano de 70, no º Grau. 0 aumento de alunos no 2º Grau, em 82, foi de 48% em relação ao ano de 70. No 3 Grau, o ano de 82 apresenta um acréscimo de 77% em relação ã matrícula de alunos universitários, no ano de 70. As taxas de crescimento, que aparecem na tabela indi_ cam que ã medida que um país está mais desenvolvido, maior é o aumento de matrículas, nos graus de ensino. Os países em desenvolvimento apresentam taxas bastante elevadas de crescimento da matrícula inicial. Os dados referentes ao BRASIL indicam que o crescimento médio dos três graus de ensino, em 82, foi de 0% em re_ lacão ao ano de 70. 0 grau que mais cresceu foi o terceiro (23%), segui_ do do 2 grau (8%) e, em ultimo lugar, o º grau que teve um aumento de 48% em relação a 70. seguinte As taxas de crescimento foram obtidas pela fórmula Onde: TCM = Taxa de crescimento da matrícula Matrícula inicial no ano t Matrícula inicial no ano-base