Terra e Educação em Ciências

Documentos relacionados
Perceber o significado de escalas de tempo geológico, reconhecendo que estas representam uma sequência de divisões da história da Terra, em M.a.

20/04/2011 USO ESTRATIGRÁFICO DOS FÓSSEIS E O TEMPO GEOLÓGICO

Qual a importância dos fósseis na datação de certas formações rochosas? Que tipos de fósseis existem?

GEOLOGIA PARA ENGENHARIA CIVIL TEMPO GEOLÓGICO

Fósseis e as Evidências diretas da Evolução

Geologia, problemas e materiais do quotidiano

GEOLOGIA PARA ENGENHARIA CIVIL TEMPO GEOLÓGICO

Universo. Sistemas. Isolados. constituído por. Steven Stanley

O tempo geológico é um tempo longo e a Terra possui uma idade aproximada de 4600 milhões de anos. Durante este período desenvolveu-se a Vida na

indicadores de realização do projeto

FUNDAMENTOS DE GEOLOGIA E GEOQUÍMICA PROF. DR. DONIZETI A. GIUSTI

Fósseis e estratigrafia: conceitos e princípios da estratigrafia, litoestratigrafia, bioestratigrafia e cronoestratigrafia

Métodos de datação das rochas. Anabela Araújo ESV - 10ºCT5

Biologia e Geologia - 10º Ano Rochas e a história da Terra. Nome: N º: Turma: Data: Professor: Encarregado(a) de Educação:

Geologia: Histórico, conceitos, divisão e aplicação da Geologia CCTA/UACTA/UFCG. Geologia, geomorfologia, origem do Universo e da Terra.

Compreendendo a Terra

FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO. Relatório Perfil Curricular

As representações do tempo nas Ciências da Terra: uma abordagem histórico-cognitiva, tendo em vista a transposição didáctica

PLANO DE ESTUDOS DE CIÊNCIAS NATURAIS 7.º ANO

Escalas do tempo geológico Tabela cronostratigráfica e Tabela Geocronológica. Fábio Cruz, Teresa Domingues 12ºA

PLANO DE ESTUDOS DE CIÊNCIAS NATURAIS - 7.º ANO

Quadro 1 Domínios de aprendizagem em Ciências Naturais Terra em Transformação Sustentabilidade na Terra Viver Melhor na Terra

CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE AVALIAÇÃO (Aprovados em Conselho Pedagógico, 21 outubro de 2014) CIÊNCIAS NATURAIS 7º ano de escolaridade

GEOLOGIA 12.º Francisco Vasconcelos ANO LETIVO 2011/2012

Bem Explicado Centro de Explicações Lda. CN 7º Ano Grandes etapas na História da Terra

Manual do Aluno Blackboard. Manual do Aluno Blackboard. Campus Virtual Cruzeiro do Sul 1

Escola Portuguesa do Lubango Hélder Giroto Paiva. Rochas sedimentares, arquivos históricos da Terra

ROCHAS SEDIMENTARES. Arquivos históricos da Terra

PRINCÍPIOS DE ESTRATIGRAFIA

Planificação Anual GR Disciplina Ciências Naturais 7ºAno

Através do estudo dos materiais rochosos é possível colher informações sobre o passado da Terra

Relacionar os vários tipos de limites de placas com zonas de destruição, conservação e construção da crusta terrestre.

INSERÇÃO DA TEMÁTICA GEODIVERSIDADE NA EDUCAÇÃO

GEOschools ANÁLSE COMPARARATIVA FINAL RESULTS DOS CURRICULOS. Parte II: Análise de conteúdos nos manuais escolares do 3º Ciclo

Planificação Anual 2017/2018 CIÊNCIAS NATURAIS

BIOLOGIA BIOLOGIA E CIÊNCIA. Prof. Dr. Feresin

FATEG Faculdade Teológica Guarapari CRONOLOGIA BÍBLICA Uma viagem pelos tempos bíblicos!

CICLO DAS ROCHAS. Na natureza nada se perde, tudo se transforma. Lavoisier

PLANIFICAÇÃO DE CIÊNCIAS NATURAIS 7º ANO

PLANIFICAÇÃO DE CIÊNCIAS NATURAIS 7º ANO

MANUAL DO ALUNO INSTITUTO BÍBLICO DA IGREJA CRISTÃ MARANATA

7.º ano. Planificação

Fixismo - Teorias fixistas

DATAÇÃO RELATIVA. 1- A figura seguinte representa uma determinada área geológica, onde se observam duas sequências estratigráficas, A e B.

Reavaliação da Datação Sugerida pelo Método Radiométrico de Carbono-14. Adauto J. B. Lourenço

2 Deposição de sedimentos sobre os seus restos mortais

PLANO DE ENSINO POSSIBILIDADES DE USO

Geologia. Tecnologia de Informação e Comunicação. Escola Básica 2,3 Paulo da Gama. Amora, outobro Aluno: André Costa. Professor: Sérgio Heleno

Planificação de Ciências Naturais 7º ano de escolaridade

Página Recurso Metas Sugestões de exploração

A Terra conta a sua História EPL

Conceito. Após anos de evolução, atualmente a Geografia pode ser definida como:

Introdução à Geologia Geral. Prof. Renê J. A. Macêdo

RELATÓRIO AVALIAÇÃO CURSO CIÊNCIAS BIOLÓGICAS JULHO DE Introdução

PLANIFICAÇÃO CIÊNCIAS NATURAIS (7.º ANO) 2017/2018 Docentes: João Mendes e Vanda Messenário

GEOLOGIA GERAL para GEOGRAFIA

PLANIFICAÇÃO ANUAL. Disciplina: Ciências Naturais A TERRA EM TRANSFORMAÇÃO: Unidade Temática e. Conteúdos DINÂMICA EXTERNA DA TERRA

Universidade Federal do Vale do São Francisco Campus Serra da Capivara Colegiado de Ciências da Natureza. Introdução à Geologia

Escola Superior de Educação João de Deus. Relatório de Autoavaliação às Unidades Curriculares º semestre

Planificação da disciplina de Biologia e Geologia - 10 º Ano Componente de GEOLOGIA

CONHECENDO SUA SALA DE AULA VIRTUAL

GEOLOGIA PARA ENGENHARIA CIVIL TECTÔNICA DE PLACAS: ORIGENS

HISTÓRIA UNIVERSOS. Por que escolher a coleção Universos História

Teorias evolucionistas

GEOMORFOLOGIA DO QUATERNÁRIO

DISCIPLINA DE HISTÓRIA E GEOGRAFIA DE PORTUGAL 6.º Ano Turma

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE EDUCAÇÃO/INSTITUTO MULTIDISCIPLINAR

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS GONÇALO SAMPAIO ESCOLA E.B. 2, 3 PROFESSOR GONÇALO SAMPAIO

O USO DE ATIVIDADES EXPERIMENTAIS SOBRE O INTERIOR DA TERRA NA EDUCAÇÃO BÁSICA

Nome: Nº: Turma: Este caderno contém questões de: Português Matemática História Geografia Ciências - Inglês

Instruções: Não é permitido o uso de corretivo, rasuras acarretarão a anulação da questão.

PREPARA-TE PARA OS EXAMES: descobre os verbos mais importantes. Biblioteca da ESMA Coordenadora: Catarina Azevedo

CONTEÚDOS OBJETIVOS TEMPO AVALIAÇÃO

Estrutura. Moderna Plus. Suplementos de Revisão. Caderno do Estudante

AGRUPAMENTO de ESCOLAS de SANTIAGO do CACÉM Ano Ano Letivo 2015/2016 PLANIFICAÇÃO ANUAL

Plano de Trabalho Docente Ensino Médio

A Origem da Vida. Dr. Adonai Fineza

Manual de Acesso ao Ambiente Virtual do Aluno - AVA

RESUMOS ELABORADOS PELOS ALUNOS DO. Tema Paleontologia

Universidade Federal da Paraíba. Manual de Acesso a Turma Virtual SIGAA Página 1 de 7

O Tempo. Sermões das Pedras e a Idade da Terra. Universidade de São Paulo Instituto de Física

As marcas deixadas pela erosão provocada, por exemplo, por mares e gelos; evidenciam a acção de forças internas do planeta;

COLÓQUIO GEODIVERSIDADE NOS CAMPOS GERAIS

Pontuação do bimestre O QUE VAMOS ESTUDAR E APRENDER NESSE BIMESTRE? Os Processos de Formação e Transformação do Relevo

Mercado de Trabalho... 5

Aula 8 PARENTHOOD - PAST PERFECT SIMPLE. Camila Andrade Chagas Vieira

DISCIPLINA DE CIÊNCIAS NATURAIS - 7º ANO PLANIFICAÇÃO ANUAL 2014/2015

Abril Educação Origem da vida e Evolução das espécies Aluno(a): Número: Ano: Professor(a): Data: Nota:

Introdução à ciência geológica

DATA: 02 / 05 / 2017 I ETAPA AVALIAÇÃO ESPECIAL DE CIÊNCIAS 5.º ANO/EF. Nosso planeta é um astro que está sempre em movimento no espaço.

Escola Superior de Educação João de Deus. Relatório de Autoavaliação às Unidades Curriculares º semestre

ALYSON BUENO FRANCISCO. GEOLOGIA E GEOMORFOLOGIA: Revisão para graduandos

PLANIFICAÇÃO ANUAL Documentos Orientadores: Metas Curriculares e Aprendizagens Essenciais de Ciências Naturais de 7º ano, Projeto Educativo

PROPOSTAS METODOLOGICAS PARA ENSINAR GEOMORFOLOGIA NO ENSINO FUNDAMENTAL

Informações Adicionais

Conceitos matemáticos:

MATEMÁTICA UNIVERSOS. Por que escolher a coleção Universos Matemática

É prematuro concluir que recessão acabou, afirmam economistas Clique aqui para ver a notícia no site

Transcrição:

Terra e Educação em Ciências 5 O tempo geológico Introdução A geologia, sendo uma ciência histórica, tem o tempo como um de seus conceitos básicos. O tempo geológico é importante para compreender os processos de transformação que ocorreram na crosta terrestre. Como destacado por PEDRINACI (1993), dos conteúdos que integram os currículos de ciência da natureza na educação básica, o conceito de tempo geológico é o que apresenta maiores dificuldades de aprendizagem, devido à sua complexidade e aos princípios que o fundamentam. Alguns estudos revelam que os alunos de geologia no ensino médio (em países como a Espanha, onde há a disciplina de geologia nessa etapa de ensino) não modificam sensivelmente sua percepção sobre o tempo geológico. Como abordar o conceito de tempo geológico no ensino fundamental? A História das Ciências apresenta-se como um instrumental importante para compreendermos a complexidade de determinados conceitos, os obstáculos epistemológicos para a sua apreensão e as dificuldades de compreensão que os alunos possam apresentar. A análise sobre a construção do conhecimento geocientífico pode apontar para orientações relevantes sobre o modo de abordar as dificuldades, sugerindo-nos o uso de conceitos-chave e a necessidade de introduzir novas metodologias de ensino que tornem o aprendizado mais efetivo. A construção histórica do tempo é um fator abstrato e depende da sociedade que o constrói. Cada área do conhecimento estuda algumas dimensões, que variam desde segundos até bilhões de anos. As ciências ambientais estão incorporando cada vez mais, em suas análises, a dimensão tempo em diversas escalas: seja o tempo geológico, para determinar as transformações ocorridas nas esferas inanimadas e animadas da Terra, seja a história de curta duração, que se ocupa das grandes mudanças realizadas nos últimos tempos.

Semana 5 O tempo geológico 33 Atividades Fórum Discuta como é abordado o tempo no ensino de ciências, relacionando com referências sobre o tempo que aparecem nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) de Ciências da natureza e suas tecnologias para o ensino fundamental, nos livros didáticos que você utiliza e na Proposta Curricular do Estado de São Paulo. Pense em escalas de tempo em curta, média ou longa duração. Para complementar suas discussões, sugerimos a leitura do texto: Bonito J., Rebelo D., Morgado M. da, Monteiro G., J. Medina, Marques L., Martins L., Louro M. 2011. A Complexidade do Tempo Geológico e a Aprendizagem em Geologia de Alunos Portugueses (12-13 anos). Terræ Didatica, 7(1):63-76 http://www.ige.unicamp.br/terraedidatica/ Tempo geológico Clique aqui e assista ao vídeo Das Rad, que trata das relações temporais entre a humanidade e as rochas. Concebemos a análise e interpretação do filme para explicitar algumas questões importantes sobre o tempo geológico no ensino fundamental. Para isso, seguimos algumas orientações fornecidas por PEDRINACI (1993). Para o autor, o conceito de tempo geológico apresenta os seguintes aspectos, que são imprescindíveis para o seu entendimento e estão ligados à construção do conhecimento geológico: 1. O entendimento do conceito de tempo geológico associado a processos de transformações geológicas; 2. Documentos das transformações; 3. Sucessão causal; 4. Cronologia. O texto apresentado a seguir é uma adaptação de Pedrinaci (1993), salvo quando há citações explícitas a outros autores. 1. Tempo geológico e o conceito de transformação O conceito de transformação ou mudança há muito se relaciona com o tempo e, por isso, hoje quase não conseguimos conceber o tempo através da fixidez ou de formas imutáveis. Mas a criação do conceito de tempo associado ao de transformação foi uma revolução paradigmática muito importante e é essencial para compreendermos o conceito atual de tempo geológico e algumas resistências dos alunos. Na Grécia antiga, as concepções dominantes sobre o mundo e a sociedade não tinham a conotação de mudança. Os historiadores não explicavam o presente em associação com o passado, como uma sucessão de fatos. Homero, historiador grego, tratou seus personagens históricos não em uma cronologia, mas muito mais próximos de uma função comemorativa. O sentido de história para os gregos se associava à função de visualização ou de apreensão da realidade e sua posterior descrição. Essas concepções estavam associadas à visão de mundo da época. Aristóteles pensava num mundo eterno, cíclico, sem uma origem temporal no passado. Assim, a História

34 Tecnologia e Educação em Ciências Natural se referia apenas à descrição dos seres naturais (animais, vegetais e minerais) e as suas características que poderiam ser observadas. Essa não era, porém, a única interpretação possível durante a Antiguidade, e alguns filósofos idealizavam a natureza de uma forma mais dinâmica, que pressupunha a transformação. A interpretação cristã sobre a natureza também era estática. De acordo com a interpretação do livro Gênesis, Deus criou a Terra, os animais, vegetais, os rios, mares, rochas e o homem. Se a Terra é uma criação divina, então ela é perfeita e não há transformação, conceito normalmente associado à corrupção, à degeneração. O primeiro autor a indicar mudanças no conceito de história foi o cardeal Nicolas de Cuno no Concílio de Basileia (1430). Esse autor argumentava a favor de uma sociedade em transformação contínua. Se a sociedade se transforma, cada momento histórico terá suas identidades que as diferenciarão de outros momentos. Se pensarmos esse conceito de história em termos geológicos, imaginaremos que cada período geológico é susceptível de ser caracterizado, diferenciando-o dos anteriores e posteriores. Mas esse conceito só foi aceito a partir do início do século XIX, como vamos explicitar posteriormente. Até aquele momento, a interpretação do planeta Terra como dinâmico e com transformações constantes colocava em xeque a interpretação bíblica e todo o dogma cristão. 2. Tempo geológico e os documentos sobre a transformação Para reconstruir o passado da Terra, não só é necessário que ocorram transformações, mas a dinâmica terrestre deve deixar marcas ou evidências dessas mudanças. Essas marcas seriam as formas fixadas, que já comentamos anteriormente. Em termos históricos, deve haver uma constância documental para compreendermos os processos de transformação. O primeiro a interpretar os documentos relativos às transformações geológicas foi Nicolas Steno, na obra Prodomus, de 1669. Esse médico e naturalista criou o conceito de Estrato como antigos depósitos de sedimentos acumulados pouco a pouco, e neles se depositavam os restos parecidos a corpos de animais, ou seja, os fósseis. Nessa interpretação, os estratos são documentos ou arquivos que nos falam do passado. Para Steno, através da interpretação dos arquivos históricos (estratos e fósseis), pode-se reconstituir a história geológica de um local. Essa foi uma transformação essencial no pensamento geológico e possibilitou a criação de um conceito estruturante da geologia. Se as rochas passaram a ser interpretadas como documentos que contêm, em seu interior, informações e condições sobre o momento em que se originaram, o trabalho do geólogo é encontrar elementos de interpretação, critérios e técnicas que permitam inferir as condições e o momento da formação. 3. Tempo geológico e sucessão causal Para que seja possível reconstruir o passado geológico, não basta apenas que ocorram mudanças e que estas deixem marcas. É necessário existir uma lógica interna que permita sequenciar os processos, estabelecendo uma ordem na sucessão temporal.

Semana 5 O tempo geológico 35 Steno descreveu a formação dos estratos como um processo histórico em que a ordem de superposição nos indica a sequência da formação. Assim, Steno formulou mais uma hipótese: as rochas não datam do momento em que a Terra se originou, mas está em constante formação. Umas serão mais antigas que outras, o que torna possível sequenciá-las de acordo com critérios espaço-temporais (os critérios de superposição, continuidade e de horizontalidade dos estratos). Esses princípios determinaram, posteriormente, a criação da cronologia relativa. As transformações terrestres permitem caracterizar cada uma das fases do passado terrestre e condiciona o tipo de material que se origina, de modo que possa identificar e sequenciar seu processo de formação. 4. Tempo geológico e cronologia Os aspectos cronológicos apresentam uma relação mais evidente com o conceito de tempo geológico e está relacionado à quantificação da idade dos eventos geológicos. O primeiro autor a avaliar uma idade para a formação da Terra foi o arcebispo James Ussher, em 1650. Através da interpretação do livro do Gênesis e da sucessão de gerações, Ussher concluiu que a criação do mundo teria ocorrido às 9 horas do dia 23 de outubro do ano 4004 a.c. Assim, o Gênesis tornou-se a chave para a interpretação do passado terrestre. De acordo com a interpretação bíblica, Deus criou a Terra e, no sexto dia, criou o homem. Assim, a história da Terra coincidia com a história do homem. A partir da segunda metade do século XVIII começaram a aparecer controvérsias mais acirradas com relação à idade da Terra e algumas interpretações e métodos que demonstrassem que a Terra teria mais que 6.000 anos, como afirmava Ussher. Mas foi somente em meados do século XIX que surgiu a necessidade criação métodos de datação da Terra com maior precisão. Atualmente, o tempo geológico pode ser medido através de técnicas relativas ou absolutas. A primeira pode ser determinada através da estratigrafia e pela paleontologia e a segunda, por métodos geocronológicos, utilizando conceitos da radioatividade. No ensino fundamental, abordamos apenas as técnicas de datação relativa. Questionário Relacione o vídeo com o texto e responda às questões seguintes: 1. Quais são os significados atribuídos ao tempo no filme? Pense nos diferentes ritmos de tempo e nas relações entre os personagens. 2. Como é representado o tempo da humanidade em relação ao tempo das rochas? 3. Como são apresentadas as transformações nas rochas e as alterações realizadas pelos humanos? 4. Escolha alguns eventos que você considere mais relevantes para o entendimento da história que está sendo narrada e descreva a sucessão de fatos. 5. É possível atribuir uma cronologia aos eventos, ou seja, dizer quando eles aconteceram? Para quais eventos isso é possível? Como você chegou a esta interpretação?

36 Tecnologia e Educação em Ciências Para saber mais Sobre a temática do tempo geológico, há alguns materiais interessantes que pretendem analisar o processo de sua construção. Acesse-os pelos links no ambiente virtual. Para complementar suas análises e para a indicação de novas atividades sobre o tempo geológico e a paleontologia, indicamos o Livro digital de paleontologia: a paleontologia na sala de aula, disponível online. O texto a seguir aborda conceitos sobre o tempo geológico com bastante profundidade: Carneiro, C.D.R.; Mizusaki, A.M.P.; Almeida, F.F.M. de. A determinação da idade das rochas. Terræ Didatica, 1(1): 6-35, 2005. Acesse-o pelo link no ambiente virtual. Fonte: CEPA