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Transcrição:

APOSENTADORIA ESPECIAL Aspectos relevantes (art. 40, 4º.da CF) Ribeirão Preto Magadar Briguet novembro 2015

Conceito de aposentadoria especial Aposentadoria especial é instrumento de técnica protetiva da saúde do trabalhador. Objetivo: garantir ao segurado compensação pelo desgaste resultante do tempo de serviço prestado em condições especiais (insalubres, penosas, perigosas) Fundamento: exposição do servidor de modo permanente, não ocasional nem intermitente, a condições especiais relativas a agentes nocivos, físicos, químicos ou biológicos, que prejudiquem a sua saúde ou integridade física No regime geral a aposentadoria especial foi criada pela LOPS Lei Orgânica da Previdência Social Lei n.º 3.807/1960 2 2

Municípios podem editar lei sobre aposentadoria especial? Recurso extraordinário. Repercussão Geral da questão constitucional reconhecida. Reafirmação de jurisprudência. A omissão referente à edição da Lei Complementar a que se refere o art. 40, 4º, da CF/88, deve ser imputada ao Presidente da República e ao Congresso Nacional. 2. Competência para julgar mandado de injunção sobre a referida questão é do Supremo Tribunal Federal. 3. Recurso extraordinário provido para extinguir o mandado de injunção impetrado no Tribunal de Justiça. (RE 797905/SE, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ 29.05.2014)

Municípios podem editar lei sobre aposentadoria especial? Alguns Municípios editaram leis complementares sobre a matéria, em especial para os guardas municipais. O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, pelo Ministério Público de Contas, tem considerado inconstitucionais leis municipais que disponham sobre a matéria.

AÇÕES DIRETAS DE INCONSTITUCIONALIDADE 0027469-02.2015.8.26.0000 - A LOM do Município de São Paulo, por emenda, dispôs sobre a aposentadoria especial do guarda civil metropolitano Incidente de inconstitucionalidade da emenda. Inconstitucionalidade acolhida pelo Órgão especial J.12.08.2015 ADI 5403 (STF) em tramitação Questionada Lei do Estado do RS aposentadoria especial para agentes penitenciários e peritos. Fundamento: violação da competência da União e do princípio do equilíbrio financeiro atuarial do regime(art. 24, XII, CF e 40 caput r 1º e 4º. da CF)

Municípios podem editar lei sobre aposentadoria especial? Mandado de injunção no.2050891-69.2015.8.26.00-7ª Câmara de Direito Públicoj.13.07.2015 Mandado de Injunção Guarda Civil Municipal de Tapiratiba. Aposentadoria especial (art.40, 4º da CF). Omissão Legislativa. Competência do Colendo Supremo Tribunal Federal para julgar mandado de injunção sobre a matéria. Mandado de Injunção extinto sem julgamento de mérito.

Municípios podem editar lei sobre aposentadoria especial? Ementa: Ação Direta de Inconstitucionalidade. Lei Complementar 309, de 18 de setembro de 2013, do Município de Taboão da Serra, a inserir o artigo 97-A na Lei Complementar 141, de 22 de junho de 2007. Disposições sobre critérios diferenciados para concessão de aposentadoria aos Guardas Civis Municipais. Descabimento. Competência normativa pelo Município extravasada. Inconstitucionalidade. Desrespeito aos artigos 126 e 144 da Constituição do Estado. Ação procedente. (ADI 2131973-25.2015.8.26.0000, Rel. Borelli Thomaz, Órgão Especial, j. 11.11.2015)

Aposentadoria nas atividades de risco MI 833 e 844 requereu-se aplicação analógica da Lei 51/85 aos oficiais de justiça avaliador federal e servidores com atribuições de segurança: Não concedidos. Fundamentos: a percepção do adicional de periculosidade e uso de arma de fogo não são suficientes para o reconhecimento do direito à aposentadoria especial em razão da autonomia entre o vínculo funcional e o previdenciário. A CF teria reservado a concretização dos conceitos previstos no art. 40, 4º, a leis complementares. STF, Min. Roberto Barroso, j.11.06.2015) Recomenda-se ler o acórdão na íntegra. Nesse sentido: MI 5777AgR/DF, Rel. Min.Edson Fachin, j. 12.11.2015; MI 6385/DF, Rel. Edson Fachin, 12.11.2015

Aposentadoria Especial do Servidor Público Prevista no art. 40, 4º, incisos I, II, III, da Constituição Federal de 1988, não era aplicada por ausência de lei complementar regulando a matéria. 4º Portadores de deficiência Atividades de risco Atividades especiais (insalubres, penosas ou perigosas) Diante da lacuna no ordenamento jurídico, por mais de 20 anos, o Supremo Tribunal Federal começou a deferir pedidos de mandados de injunção, determinando a aplicação das regras do regime geral até que seja editada a referida lei complementar.

Súmula Vinculante 33 obriga a Administração Pública Súmula Vinculante 33 (DJE 23/04/2014): Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime geral da previdência social sobre aposentadoria especial de que trata o art. 40, 4º, inciso III da Constituição Federal, até a edição de lei complementar específica. Limitando apenas às atividades especiais, excluem-se as aposentadorias às pessoas com deficiência e às atividades de risco: necessitam ainda de mandado de injunção

O que são atividades especiais? CLT Art. 189. Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. Art. 193. São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem risco acentuado em virtude de exposição permanente do trabalhador a: I - inflamáveis, explosivos ou energia elétrica II - roubos ou outras espécies de violência física nas atividades profissionais de segurança pessoal ou patrimonial. 11

Aposentadoria Especial no RGPS REQUISITOS Benefício concedido ao segurado que tenha trabalhado em condições que prejudiquem a saúde. Para ter direito a aposentadoria com a contagem especial de tempo de serviço o trabalhador deverá comprovar efetiva exposição aos agentes físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais pelo período exigido para a concessão do benefício (15, 20 ou 25 anos). A comprovação será feita em formulário do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), preenchido pela empresa com base em Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho (LTCA), expedido por médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho.

Quais regras serão aplicadas aos servidores? Art. 57 da Lei no. 8.213/91 Decretos federais Instrução Normativa no 1/2010, alterada pela IN MPS/MPS 03, de 2014 e a IN 77 do INSS

Quem deve emitir os documentos aos servidores? Unidade administrativa da Prefeitura: 1) Avaliar e classificar os ambientes de trabalho e as atividades desempenhadas pelos servidores no âmbito da Administração Pública (emissão do Laudo Técnico das Condições do Ambiente de Trabalho - LTCAT) 2) Elaborar e manter atualizada a "Tabela de Locais e Atividades Insalubres 3) Elaborar o PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário) do servidor oes

COMO SE FAZ O RECONHECIMENTO DO TEMPO EXERCIDO SOB CONDIÇÕES ESPECIAIS? LEI DA ÉPOCA DO EXERCÍCIO DA ATIVIDADE Até 28.04.95 (Lei 9032): Enquadramento: basta o exercício do cargo cujas atribuições sejam análogas às das categorias profissionais previstas nos Decretos 53.831/64 (anexoiii) e Decreto 83.080/79 (anexo II) Há presunção de exposição aos agentes nocivos Se a função não constar dos anexos apresentação de formulários técnicos e análise do setor médico do INSS ou da Administração para verificação da existência dos agentes nocivos e exposição permanente do trabalhador/servidor O rol não é taxativo Para agente ruído sempre laudo técnico 15

COMO SE FAZ O RECONHECIMENTO DO TEMPO EXERCIDO SOB CONDIÇÕES ESPECIAIS? LEI DA ÉPOCA DO EXERCÍCIO DA ATIVIDADE Períodos posteriores a 28.04.95 não é mais possível o enquadramento por função análise pelo setor técnico do INSS/Administração A comprovação se faz: Entre 28.04.95 a 13.10.96 SB-40; DSS-8030, DIRBEN 8030, etc. sem apresentação do LTCAT A partir de 14.10.96 a 31.12.2003- formulários mais LTCAT A partir de 01.01.2004 PPP Substituição do LTCAT: laudos periciais Laudo pericial Súmula 68 da TNU O laudo pericial não contemporâneo ao período trabalhado é apto à comprovação da atividade especial do segurado. 16

IN 77/2015 Aposentadoria especial dos profissionais de saúde Art. 285. A exposição ocupacional a agentes nocivos de natureza biológica infectocontagiosa dará ensejo à caracterização de atividade exercida em condições especiais: I - até 5 de março de 1997, véspera da publicação do Decreto nº 2.172, de 5 de março de 1997, o enquadramento poderá ser caracterizado, para trabalhadores expostos ao contato com doentes ou materiais infectocontagiantes, de assistência médica, odontológica, hospitalar ou outras atividades afins, independentemente da atividade ter sido exercida em estabelecimentos e saúde e de acordo com o código 1.0.0 do quadro anexo ao Decretos nº 53.831, de 25 de março de 1964 e do Anexo I do Decreto nº 83.080, de 1979, considerando as atividades profissionais exemplificadas; e II - a partir de 6 de março de 1997, data da publicação do Decreto nº 2.172, de 5 de março de 1997, tratando-se de estabelecimentos de saúde, somente serão enquadradas as atividades exercidas em contato com pacientes acometidos por doenças infectocontagiosas ou com manuseio de materiais contaminados, considerando unicamente as atividades relacionadas no Anexo IV do RPBS e RPS, aprovados pelos Decreto nº 2.172, de 5 de março de 1997 e n 3.048, de 1999, respectivamente.

Concessão da aposentadoria especial 1) Pedido de aposentadoria 2) LTCAT exigido a partir de 14.10.96 (para ruídos a qualquer época) Pode ser substituído por laudos periciais (art. 10 da IN 1/2010) 3) Formulário de informações sobre atividades especiais: até 31.12.2003 SB40, DISES-BE, etc. a partir de 01.01.2004 PPP (substitui todos os outros documentos para comprovação) 4) parecer perito médico do Instituto :indica a codificação, descreve o enquadramento por agente nocivo e o período de atividade Quem vai emitir o LTCAT? LTCAT médico do trabalho ou engenheiro de segurança do trabalho, servidor ou não Quem vai emitir o PPP? Profissional a quem cada ente atribuir essa tarefa (sempre com base no LTCAT) 18

Requisitos para a concessão da aposentadoria especial período de tempo e características Trabalho permanente, não ocasional, nem intermitente 25 anos Tempo de efetivo exercício no serviço público: 10 anos Tempo no cargo: 05 anos Por que não 15 ou 20 anos? - previstos apenas para trabalhos de mineração subterrânea e exposição ao amianto O que se considera permanência: trabalho não ocasional nem intermitente, durante vinte e cinco anos, no qual a exposição do servidor seja indissociável da produção do bem ou da prestação do serviço, em decorrência da subordinação jurídica a qual se submete. 19

Requisitos para a concessão da aposentadoria especial período de tempo e características A palavra 'permanente' pode ser interpretada no sentido de que o trabalho em condições nocivas à saúde deve ser diário ou durante toda a jornada de trabalho. O segurado deve ficar diariamente exposto a agentes nocivos, físicos, químicos e biológicos ou associação de agentes. Trabalho não ocasional nem intermitente é aquele em que na jornada de trabalho não houve interrupção ou suspensão do exercício de atividade com exposição aos agentes nocivos, em que não foi exercida, de forma alternada, atividade comum e especial.

A PERCEPÇÃO DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE/PERICULOSIDADE CONSTITUI PROVA DO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO? ADMINISTRATIVO - SERVIDOR PÚBLICO FEDERAL - TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL - AVERBAÇÃO - ATIVIDADE INSALUBRE - NÃO COMPROVADA - RECURSO DESPROVIDO. 1 - A jurisprudência já se pacificou no sentido de que o simples recebimento dos adicionais de periculosidade ou insalubridade pelo servidor não é suficiente para conferir ao tempo de serviço a qualidade de 'especial' para fins de aposentadoria. (...) 2 - Os contracheques acostados aos autos, nos quais consta o recebimento de adicional de insalubridade, são incapazes de demonstrar que a Apelante trabalhou em condições insalubres no período que pretende converter, pois não é possível aferir por qual motivo passou a ser recebido...... 21

A PERCEPÇÃO DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE/PERICULOSIDADE CONSTITUI PROVA DO EXERCÍCIO DA FUNÇÃO? 5 - O direito ao recebimento do adicional de periculosidade ou insalubridade não dá direito à chamada aposentadoria especial ou contagem especial. Isto porque os pressupostos para a concessão de um e outro instituto são diversos. Conforme decisões da Justiça do Trabalho sobre a matéria, o contato intermitente com o agente nocivo não é suficiente para afastar o direito à percepção do adicional. Entretanto, no que tange à aposentadoria, a lei previdenciária exige que a exposição ao agente nocivo se dê de forma habitual, permanente e não intermitente...(trf2: AC 201251010402070, 5ª T. esp., Rel. Des. Marcus Abraham, DJ. 24.02.2014) 22

Cálculo dos proventos - reajustes Regime de média, observado como limite a remuneração no cargo efetivo Reajuste anual que preserve o valor real do benefício Não há paridade (igualdade de inativos com ativos) (art. 14 da IN 1/2010 e art. 3º.da Orientação Normativa MPS 16 de 23 de dezembro de 2013) Art. 14. No cálculo e no reajustamento dos proventos de aposentadoria especial aplicase o disposto nos 2º, 3º, 8º e 17, do art. 40, da Constituição Federal. Art. 3º Os proventos decorrentes da aposentadoria especial não poderão ser superiores à remuneração do cargo efetivo em que se der a aposentação, e serão calculados pela média aritmética simples das maiores remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência a que esteve vinculado, atualizadas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), correspondentes a 80% (oitenta por cento) de todo o período contributivo, desde a competência de julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior àquela competência, até o mês da concessão da aposentadoria, a rigor do que estabelece a Lei nº 10.887, de 18 de junho de 2004. 23

O uso do EPI pode neutralizar a atividade especial? RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO CONSTITUCIONAL PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. ART. 201, 1º, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. REQUISITOS DE CARACTERIZAÇÃO. TEMPO DE SERVIÇO PRESTADO SOB CONDIÇÕES NOCIVAS. FORNECIMENTO DE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL - EPI. TEMA COM REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA PELO PLENÁRIO VIRTUAL. EFETIVA EXPOSIÇÃO A AGENTES NOCIVOS À SAÚDE. NEUTRALIZAÇÃO DA RELAÇÃO NOCIVA ENTRE O AGENTE INSALUBRE E O TRABALHADOR. COMPROVAÇÃO NO PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO PPP OU SIMILAR. NÃO CARACTERIZAÇÃO DOS PRESSUPOSTOS HÁBEIS À CONCESSÃO DE APOSENTADORIA ESPECIAL. CASO CONCRETO. AGENTE NOCIVO RUÍDO. UTILIZAÇÃO DE EPI. EFICÁCIA. REDUÇÃO DA NOCIVIDADE. CENÁRIO ATUAL. IMPOSSIBILIDADE DE NEUTRALIZAÇÃO. NÃO DESCARACTERIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES PREJUDICIAIS. BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO DEVIDO. AGRAVO CONHECIDO PARA NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO EXTRAORDINÁRIO (ARE 664335 / SC - RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO, Repercussão geral, Pleno, Rel. Min. LUIZ FUX,12.02.2015)

CONTAGEM DO TEMPO ESPECIAL AVERBAÇÃO JUNTO AO MUNICÍPIO AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO. APOSENTADORIA. CONTAGEM DO TEMPO DE SERVIÇO PÚBLICO PRESTADO POR SERVIDOR CELETISTA ANTES DA PASSAGEM PARA O REGIME ESTATUTÁRIO. PRECEDENTES. 1. Consoante a firme jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, se comprovado o exercício de atividade considerada insalubre, perigosa ou penosa, possui o servidor direito à contagem especial do respectivo período. 2. Agravo Regimental desprovido.(re 363064 AgR/RS, Rel. Min. Ayres Britto, 2ª Turma, DJ 26.11.2010) No mesmo sentido: STF: RE 367314 AgR/SC, Rel. Min. Sepúlveda pertence, 1ª Turma, DJ 14.05.2004; RE 367314 AgR/SC, Rel. Min. Sepúlveda pertence, 1ª Turma, DJ 14.05.2004

CONTAGEM DO TEMPO ESPECIAL AVERBAÇÃO JUNTO AO MUNICÍPIO O RPPS não pode reconhecer o tempo em atividade especial em que o servidor esteve sujeito ao RGPS ou outro RPPS só o INSS ou o outro RPPS podem reconhecer Contagem do tempo não precisa ser contínuo Podem ser somados tempos em atividades especiais, desde que a exposição seja permanente, não ocasional nem intermitente Obtida a certidão no INSS, ela será averbada e considerado como tempo especial 26

Conversão de tempo especial em comum é possível para o servidor? Tema é polêmico Para os que negam- 10 do art. 40 da CF veda a contagem de tempo fictício O 5º do art. 57 da Lei no. 8.213/91 aplica-se? Nota Técnica 02/2014/CGNAL/DRSPS/SPPS/MPS (ITENS 53 E SEGUINTES) Instrução Normativa MPS n. 3/2014 e ON MPOG n. 5/2014: impedem a ponderação do tempo especial autorizada pelo 5º do artigo 57 da lei 8.213/91. Súmula 66 do TNU: o servidor celetista que trabalhava sob condições especiais antes de migrar para o regime estatutário, tem o direito adquirido à conversão do tempo de atividade especial em tempo comum com o devido acréscimo legal, para efeito de contagem recíproca no regime previdenciário próprio dos servidores públicos 27

Conversão de tempo especial em comum é possível ajuizar mandado de injunção? EMENTA Agravo regimental em mandado de injunção. Pedido de conversão do tempo de serviço. Ausência de previsão constitucional. Recurso provido. 1. O mandado de injunção volta-se à colmatagem de lacuna legislativa capaz de inviabilizar o gozo de direitos e liberdades constitucionalmente assegurados, bem assim de prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania (art. 5º, LXXI, CF/1988). 2. É imprescindível, para o exame do writ, a presença de dois pressupostos sucessivos: i) a verificação da omissão legislativa e ii) a efetiva inviabilidade do gozo de direito, faculdade ou prerrogativa consagrados constitucionalmente em razão do citado vácuo normativo. 3. O preceito constitucional em foco na presente demanda não assegura a contagem diferenciada do tempo de serviço e sua averbação na ficha funcional; o direito subjetivo corresponde à aposentadoria em regime especial, devendo esta Suprema Corte atuar na supressão da mora legislativa, cabendo à autoridade administrativa a análise de mérito do direito, após exame fático da situação do servidor. 4. A pretensão de garantir a conversão de tempo especial em tempo comum mostra-se incompatível com a presente via processual, uma vez que, no mandado de injunção, cabe ao Poder Judiciário, quando verificada a mora legislativa, viabilizar o exercício do direito subjetivo constitucionalmente previsto (art. 40, 4º, da CF/88), no qual não está incluído o direito vindicado. 5. Agravo regimental provido para julgar improcedente o mandado de injunção. (STF:MI 2123 AgR/DF, Tribunal Pleno, Rel. para o acórdão Min. Dias Toffoli, Dje 01.08.2013) No mesmo sentido: MI 2140 AgR/DF, Tribunal Pleno, rel. para o acórdão Min. Luiz Fux, j. 06.06.2013 28

Conversão de tempo especial em comum é possível ajuizar mandado de injunção? Nova discussão: Voto do Ministro Barroso no MI 4204: RELATÓRIO: Ementa: DIREITO ADMINISTRATIVO E PREVIDENCIÁRIO. MANDADO DE INJUNÇÃO. SERVIDOR PÚBLICO. ATIVIDADE EXERODA EM CONDIÇÕES PREJUDICIAIS À SAÚDE OU À INTEGRIDADE FÍSICA. CONTAGEM DIFERENCIADA DE TEMPO ESPEOAL. 1. No regime próprio de previdência dos servidores públicos, a conversão de tempo especial em comum por um fator multiplicador decorre diretamente do direito constitucional à aposentadoria especial (CF, art. 40, 4 Q ) e não incide na proibição de cômputo de tempo ficto (CF, art. 40, 10). 2. Direito previsto no regime geral (Lei n Q 8.213/1991, art. 57, 5 Q ) que a Constituição garante no regime próprio (CF, art. 40, 12). 3. Consequentemente, a omissão legislativa em assegurar esse direito pode ser reconhecida na via do mandado de injunção. Revisão da jurisprudência do STF. 4. Voto pela concessão parcial da ordem. Decisão: Após o voto do Ministro Roberto Barroso (Relator), concedendo parcialmente a ordem, pediu vista dos autos o Ministro Gilmar Mendes. Ausentes, justificadamente, o Ministro Celso de Mello e, participando, na qualidade de Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, de palestra e compromissos na República Italiana e do Programa de Visitantes Internacionais, por ocasião das Eleições para a Câmara dos Comuns do Reino Unido, o Ministro Dias Toffoli. Falou, pela Advocacia-Geral da União, a Dra. Grace Maria Fernandes de Mendonça, Secretária-Geral de Contencioso. Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski. Plenário, 30.04.2015.

Conversão do tempo especial em comum decisões judiciais JURISPRUDÊNCIA ATUAL: Decisões divergentes no Poder Judiciário: alguns juízes estão analisando o direito à contagem diferenciada do tempo especial e outros estão extinguindo sem julgamento de mérito por inadequação da via eleita (via seria a Reclamação Constitucional).

Conversão do tempo especial em comum decisões judiciais Decisão favorável ao servidor APOSENTADORIA ESPECIAL. Servidora municipal (auxiliar de enfermagem) que recebe adicional de insalubridade e pleiteia conversão de tempo prestado em atividade insalubre, para imediata concessão de aposentadoria especial ou deferimento da aposentadoria comum. Sentença de parcial procedência, para a aplicação supletiva do artigo 57 da Lei n 8.213/91 e eficácia do artigo 40, 4º, III, da CF, na contagem do tempo de serviço, expedindo-se o documento necessário ("Perfil Profissiográfico Municipal", nos termos da Instrução Normativa do INSS nº 1, DE 22/07/2010), contando-se o tempo de serviço prestado pela autora em caráter insalubre, com a respectiva conversão para tempo comum, para fins de futura aposentadoria a ser pleiteada administrativamente. Sentença mantida. Impossibilidade de deferimento do pedido de aposentadoria especial ou comum, que depende do preenchimento dos requisitos legais, a serem verificados pela Administração Pública, após a expedição do documento acima referido. Súmula Vinculante nº 33 STF e precedentes desta Corte. RECURSOS DESPROVIDOS (TJSP.AP.4017823-14.2013.8.26.0114, 12ª Câmara de Direito Público, Rel. Des. Isabel Cogan, j. 09.10.2014) No mesmo sentido: TJSP.Ap. 005100-20.2013.8.26.0053, 12aCâmara de Direito Público, Rel. Des.J.M.Ribeiro de Paula, j.8.10.2014) 31

Conversão do tempo especial em comum decisões judiciais Decisão favorável ao servidor: DECISÃO VERBETE VINCULANTE Nº 33 RELEVÂNCIA DEMONSTRADA RECLAMAÇÃO LIMINAR DEFERIDA. 1. [...] 2. Não se está, aqui, a apreciar mandado de injunção impetrado por servidor municipal ante a ausência de regulamentação da matéria concernente à aposentadoria especial, mas, sim, reclamação na qual arguida a inobservância ao Verbete Vinculante nº 33 da Súmula do Supremo. O reclamante insurge-se contra ato administrativo, a consubstanciar comunicado, emitido em 12 de agosto de 2014, de indeferimento, por existência de amparo legal, de requerimento no qual solicitada a averbação com acréscimo de 40% do tempo de serviço prestado em atividade insalubre. Pretende, em síntese, o reconhecimento de tempo de serviço laborado em condição insalubre e a conversão desse período em comum, para fins de aposentadoria, considerado o alegado desrespeito ao teor do Verbete Vinculante nº 33 da Súmula do Supremo, cujo texto transcrevo: Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime geral da previdência social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, 4º, inciso III da Constituição Federal, até a edição de lei complementar específica. A leitura do ato impugnado revela que o fundamento do ato administrativo mostrou-se único: a inexistência de legislação local a viabilizar o atendimento ao pleito. Ocorre que, ao editar o mencionado verbete, o Supremo proclamou, com eficácia vinculante, a incidência das regras concernentes ao regime geral de previdência social em benefício do servidor público, enquanto perdurar a inércia legislativa. Então, diante da ausência da legislação local, vale, para o servidor público, o disposto no artigo 57 da Lei nº 8.213/91, no que prevista, inclusive, a possibilidade de conversão de tempo especial em comum, considerado o contido no 5º do mencionado preceito. 3. Defiro a liminar para determinar ao Estado de São Paulo que observe as regras relativas ao regime geral da previdência social no tocante ao pedido de averbação de tempo especial e conversão em comum formulado pelo reclamante. 4. Solicitem informações. Com o recebimento, colham o parecer da Procuradoria Geral da República. 5. Publiquem. Brasília, 24 de setembro de 2014. Ministro MARCO AURÉLIO Relator (Rcl 18569, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, julgado em 24/09/2014, publicado em PROCESSO ELETRÔNICO DJe-190 DIVULG 29/09/2014 PUBLIC 30/09/2014)

Conversão do tempo especial em comum decisões judiciais Decisão desfavorável ao servidor: Reclamação 18.868, 2ª Turma, Rel. Min.Gilmar Mendes, j.19.03.2015 No caso, sustenta-se a violação Súmula Vinculante 33, que possui o seguinte teor: Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime geral da previdência social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, 4º, inciso III da Constituição Federal, até a edição de lei complementar específica. Na espécie, a pretensão do reclamante não encontra amparo na Súmula Vinculante 33 do STF, tendo em vista que ela não dispõe sobre contagem diferenciada para fins de cômputo de aposentadoria especial, meios de prova referentes à exposição à agente nocivo, extensão de proventos e, ainda, paridade como forma de reajuste aos proventos originados da aposentadoria especial de servidores que ingressaram no serviço público antes da EC 41. Ante o exposto, nego seguimento à reclamação, dada sua manifesta improcedência (art. 21, 1º c/c 161, parágrafo único, do RISTF). Nesse mesmo setindo: seguintes julgados: MI-AgR 4873, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Plenário, DJe 17.2.2014; MI- AgR 5450, Rel. Min. Teori Zavaski, Plenário, Je 18.11.2013,

Contagem de tempo - afastamentos Afastamentos que não suprimem a caracterização do tempo especial: Períodos de descanso, férias Licença por motivo de acidente, doença profissional ou doença do trabalho Aposentadoria por invalidez acidentária Licença gestante, adotante e paternidade Doação de sangue, alistamento como eleitor, participação em júri, casamento e falecimento de pessoa da família Estão excluídas as licenças por interesses particulares e outros? 34

Aspectos pontuais no exercício de atividade especial Se exerceu cargo em atividade especial, mas titulariza outro cargo (não sujeito a atividade especial) na época da aposentadoria não faz jus à aposentadoria especial Acumulação de cargos em atividade especial pode aposentarse em um e continuar exercendo o outro Se aposentado na atividade especial e vier a titularizar outro cargo em atividade especial cancelada a aposentadoria Se aposentado, pode exercer outra atividade remunerada? O art. 57, 8º., c/c art. 46 da Lei no. 8.213/91 cancelamento STF: RE 788092 (com repercussão geral) discute-se se o retorno do aposentado ao exercício de nova atividade especial enseja o cancelamento da aposentadoria especial. 35

Posição do TJSP sobre aposentadoria especial Não há uniformidade nas decisões Concedem aposentadoria (atividades insalubres e perigosas) Negam equiparação com policial Concedem com fundamento no art. 57 da Lei 8.213 e LC 51/85

Aposentadoria especial de guarda municipal APELAÇÃO CÍVEL. MANDADO DE SEGURANÇA. GUARDA CIVIL METROPOLITANO. APOSENTADORIA ESPECIAL. INTEGRALIDADE E PARIDADE. Ementa: APELAÇÃO CÍVEL. MANDADO DE SEGURANÇA. GUARDA CIVIL METROPOLITANO. APOSENTADORIA ESPECIAL. INTEGRALIDADE E PARIDADE. Preliminar Arguição de nulidade da sentença, por ser extra petita, sob a alegação de que o direito do autor foi reconhecido com base em lei que não fundamenta seu pedido. Inocorrência de nulidade. O Juiz não está adstrito aos artigos de lei invocados pela parte na inicial, podendo conceder o pedido com base no direito que entende pertinente aos fatos. Aplicação dos princípios "narra mihi factum dabo tibi jus" e "jura novit curia". Preliminar rejeitada. Mérito Impossibilidade, consoante reconhecido na sentença, de aplicação da regra do art. 88, 1º, II, da Lei Orgânica do Município de São Paulo - LOM, com a redação da dada pela Emenda nº 36, de 17/12/2013, que serviu de fundamento ao pedido do autor. Inconstitucionalidade do referido dispositivo legal acolhida pelo Órgão Especial deste Tribunal de Justiça (Arguição de Inconstitucionalidade nº 0027469-02.2015.8.26.0000, j. 12/08/2015). Vício de iniciativa. Invasão da competência exclusiva do chefe do poder executivo municipal. Afronta aos artigos 5º; 24, 2º, 126, 4º e 144, todos da Constituição Estadual.

Aposentadoria especial de guarda municipal Contudo, mesmo reconhecida a inconstitucionalidade do aludido dispositivo legal, possibilidade de concessão da aposentadoria especial com amparo no art. 57 da Lei Federal nº 8.213/91, c.c. o artigo 1º da Lei Complementar nº 51/85, com a ressalva de que o direito à integralidade está sujeito ao preenchimento das condições estabelecidas pela Emenda Constitucional nº 41/2003. Diante da inexistência das leis complementares referidas no art. 40, 4º, da Constituição da República, deve ser aplicada a Lei Federal nº 8.213/91. Precedentes deste E. Tribunal de Justiça e do STF, neste sentido. Comprovação e preenchimento dos requisitos a serem aferidos no âmbito administrativo. Abono de permanência devido conforme previsto no artigo 40, 19, da Constituição Federal, desde o momento em que aqueles requisitos foram preenchidos. Segurança concedida em parte em primeira instância. Sentença mantida. Recursos não providos. (1025998-03.2014.8.26.0053, Relator(a): Djalma Lofrano Filho Comarca: São Paulo Órgão julgador: 13ª Câmara de Direito Público, Data do julgamento: 11/11/2015)

Aposentadoria especial de guarda municipal Ementa: APOSENTADORIA ESPECIAL. Itu. Guarda Civil Municipal. Pretensão de equiparação à atividade de natureza policial para efeito de aposentadoria especial. Inadmissibilidade. Funções relacionadas à guarda civil municipal que não se confundem com as de natureza policial. Inaplicabilidade da LC 144/14. Sentença que julgou improcedente a ação. Recurso não provido. (1000333-28.2015.8.26.0286, 10 a Câmara de Direito Público, Rel. Antonio Carlos Villen, j.09.11.2015) Poder de polícia e segurança pública não se confundem Tese do STF no RE 658570/MG (repercussão Geral): É constitucional a atribuição às guardas municipais do exercício de poder de polícia de trânsito, inclusive para imposição de sanções administrativas legalmente previstas (tema 472)

LC 51 e a LC 144 LC 51/85 com a alteração da LC 144, de 2014 O servidor policial será aposentado: Compulsoriamente com 65 anos; Voluntariamente com proventos integrais, independemente de idade: 30 anos de contribuição mais 20 de exercício de cargo estritamente policial, se homem; 25 anos de contribuição mais 15 anos de atividade policial, se mulher