MF-0419.R-1 - MÉTODO COLORIMÉTRICO DE DETERMINAÇÃO DE CIANETO TOTAL Notas: Aprovado pela Deliberação CECA nº 0042 de 04 de janeiro de 19. Publicado no DOERJ de 16 de março de 1979. 1. OBJETIVO O objetivo é definir o método colorimétrico usado na determinação de cianeto total - a ser adotado nas atividades de controle da poluição da água, como parte integrante do Sistema de Licenciamento de Atividades Poluidoras - SLAP. 2. PRINCÍPIO E APLICABILIDADE: 2.1 A amostra é inicialmente destilada para remoção de interferências e transformação de todas as formas de cianeto em HCN. Em seguida, o cianeto reage com a cloramina-t em ph inferior a 8,0 formando cloreto de cianogênio, que em presença de piridina e ácido barbitúrico forma um corante vermelho azulado medido espectofotometricamente a 578 nm 2.2 O método é aplicável a amostras de água contendo concentrações de cianeto inferiores a 1 mg/l. 2.3 Coletar e preservar a amostra conforme as instruções constantes no método titulométrico (referência MF-418). 3. ALCANCE E SENSIBILIDADE: 3.1 O método é indicado para amostras de água com teor de cianeto inferior a 1 mg/l. A concentração mínima detectável pelo método é de -20 g/l. 4. INTERFERÊNCIAS: 4.1 Este método está sujeito ao mesmo tipo de interferências descritas para o método titulométrico (referência MF-418). 4.2 A maioria dos interferentes é eliminada ou reduzida a um mínimo por destilação prévia da amostra.
5. PRECISÃO E EXATIDÃO: 5.1 Conforme controle analítico interno do laboratório da FEEMA, efetuado com amostras sintéticas, o desvio padrão relativo e o erro relativo são, respectivamente, igual a 7,0% e 8,3%, na faixa de concentração de 0,15 a 1,5 mg/l. 5.2 Segundo o Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 14a. edição, análises em amostras de água da bica acrescidas de solução de cianeto de sódio, de zinco, de cobre e de prata, apresentaram uma precisão descrita pela equação abaixo: S T = 0,115 x + 0,013 onde: S T = precisão total em mg/l. x = concentração de cianeto em mg/l. 6. APARELHAGEM: 6.1 APARELHO DE DESTILAÇÃO COMPOSTO DE: 6.1.1 Balão Claisen codificado, 1 000 ml. 6.1.2 Tubo para introdução de ar. 6.1.3 Frasco lavador de gases de 250 ml. 6.1.4 Kitazato. 6.1.5 Bomba de vácuo. 6.1.6 Placa de aquecimento. 6.2 BALÕES VOLUMÉTRICOS DE 50 ml. 6.3 ESPECTOFOTÔMETRO. 7. REAGENTES: 7.1 SOLUÇÃO DE HIDRÓXIDO DE SÓDIO - 1,25 N.
7.2 SOLUÇÃO DE CLORETO CUPROSO 7.3 SOLUÇÃO DE CLORETO DE MAGNÉSIO 7.4 SOLUÇÃO DE ÁCIDO SULFÚRICO A 50% V-V- 7.5 CLORAMINA-T Pesar 1,0 g de cloramina-t e diluir a 100 ml com água deionizada. Guardar sob refrigeração a 4 C. 7.6 SOLUÇÃO DE HIDRÓXIDO DE SÓDIO - 0,25 N. 7.7 SOLUÇÃO ESTOQUE DE CIANETO 7.8 SOLUÇÃO PADRÃO INTERMEDIÁRIA DE CIANETO (1) - 10 gcn/ml. Pipetar 5 ml da solução estoque e diluir a 500 ml com NaOH 0,25 N. 7.9 SOLUÇÃO PADRÃO INTERMEDIÁRIA DE CIANETO (2) - 0,25 gcn/ml Pipetar 25 ml da solução intermediária (1) e diluir a 1000 ml com NaOH 0,25 N. 7.10 SOLUÇÃO P 1 E P 2 Em balões de 250 ml pipetar 50 e 100 ml da solução intermediária (2) e completar com NaOH 0,25 N, obtendo as seguintes concentrações. P 1 = 0,050 gcn/ml P 2 = 0,100 gcn/ml 7.11 REAGENTE PIRIDINA E ÁCIDO BARBITÚRICO Colocar 15 g de ácido barbitúrico em balão volumétrico de 250 ml, cuidadosamente pesado em um pedaço de papel de alumínio e colocar no balão sem deixar que o pó fique aderido às paredes. Acrescentar
água deionizada, lavando as paredes até que todo o pó seja umedecido. Colocar 75 ml de piridina e misturar bem. Acrescentar 15 ml de HCl concentrado, misturar e esfriar à temperatura ambiente. Diluir até a marca com água deionizada. 7.12 FOSFATO DE SÓDIO MONOBÁSICO - 1 M Pesar 138 g de NaH 2 PO 4.H 2 O e diluir a 1 litro com água deionizada. Guardar sob refrigeração a 4 C. 8. PROCEDIMENTO: 8.1 DESTILAÇÃO DA AMOSTRA: 8.1.1 Conforme descrição constante no método titulométrico, (referência MF- 418). 8.2 DESENVOLVIMENTO DE COR E LEITURA: 8.2.1 Tomar 20 ml do destilado ou uma alíquota diluída a 20 ml com NaOH 0,25 N, em balão volumétrico de 50 ml. 8.2.2 Tomar 20 ml de cada padrão, obtendo 1,0 g de cianeto em P 1 e 2,0 g de cianeto em P 2, em dois balões de 50 ml. 8.2.3 Tomar 20 ml de NaOH 0,25 N (branco) em balão de 50 ml. 8.2.4 Adicionar 15 ml de tampão de fosfato de sódio monobásico 1 M em cada um dos balões (branco, amostra e padrões). Misturar. 8.2.5 Juntar 2 ml de solução de cloramina-t e misturar rapidamente. 8.2.6 Imediatamente após, acrescentar 5 ml de solução de piridina e ácido barbitúrico. 8.2.7 Completar até a marca com água deionizada e misturar bem. 8.2.8 Esperar de 8 a 15 minutos e ler no espectrofotômetro a 578 nm, com célula de 1 cm de caminho ótico. CÁLCULO: mg / 1 CN AxB CxD
onde: A A x C B gcn a = g de CN padrão b = absorbância da amostra c = absorbância do padrão B = ml da solução absorvente total usada na destilação C = ml da amostra original usada na destilação D = ml da solução absorvente usada. 9. BIBLIOGRAFIA: 9.1 Manual de Análises Físico-Químicas da Água, FEEMA, 1978. 9.2 Standard Methods for the Examination of Water and Waterwaster, APHA-AWWA - WPCF, 14a. edição, 1975.