MF-0419.R-1 - MÉTODO COLORIMÉTRICO DE DETERMINAÇÃO DE CIANETO TOTAL

Documentos relacionados
MF-0418.R-1 - MÉTODO TITULOMÉTRICO DE DETERMINAÇÃO DE CIANETO TOTAL

MF-420.R-3 - MÉTODO DE DETERMINAÇÃO DE AMÔNIA (MÉTODO DO INDOFENOL).

MF-431.R-1 - MÉTODO TURBIDIMÉTRICO PARA DETERMINAÇÃO DE SULFATO

MF-0427.R-2 - MÉTODO DE DETERMINAÇÃO DE FÓSFORO TOTAL (DIGESTÃO COM HNO 3 + HClO 4 E REAÇÃO COM MOLIBDATO DE AMÔNIO E ÁCIDO ASCÓRBICO)

MF-0428.R-1 - MÉTODO DE DETERMINAÇÃO DE FENÓIS (AMINO ANTIPIRINA)

MF-441.R-1 - MÉTODO DE DETERMINAÇÃO DA ALCALINIDADE (MÉTODO TITULOMÉTRICO COM INDICADOR)

MF-612.R-3 - MÉTODO DE DETERMINAÇÃO DE NITRATOS EM SUSPENSÃO NO AR POR COLORIMETRIA

MF-411.R-4 - MÉTODO DE DETERMINAÇÃO DE CROMO POR COLORIMETRIA COM DIFENILCARBAZIDA

MF-472.R-0 - MÉTODO DE DETERMINAÇÃO DE ARSÊNIO (Dietilditiocarbamato de prata)

MF-613.R-2 - MÉTODO DE DETERMINAÇÃO DE METAIS EM PARTÍCULAS EM SUSPENSÃO NO AR POR ESPECTROFOTOMETRIA DE ABSORÇÃO ATÔMICA COM CHAMA

MF-0407.R-2 - MÉTODO DE DETERMINAÇÃO DE COLÔNIAS DE BACTÉRIAS QUE PRECIPITAM O FERRO (FERROBACTÉRIAS), PELA TÉCNICA "POUR PLATE"

IT-045.R-2 - INSTRUÇÃO TÉCNICA PARA ELABORAÇÃO DE MÉTODOS FEEMA (MF)

M-0445.R-1 - MÉTODO DE DETERMINAÇÃO DA SALINIDADE PELO MÉTODO DE MOHR-KNUDSEN

MF-1050.R-2 - MÉTODO DE DETERMINAÇÃO DE DERIVADOS DA CUMARINA, POR CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA (CLAE)

MF-439.R-1 - MÉTODO PARA DETERMINAÇÃO DA DEMANDA BIOQUÍMICA DE OXIGÊNIO DBO.

PROCEDIMENTO DE OPERAÇÃO PADRÃO POP

Universidade Federal de Sergipe Departamento de Química Química Analítica Experimental Prof. Marcelo da Rosa Alexandre Alunos:

DETERMINAÇÃO DO TEOR DE FENÓLICOS TOTAIS (FOLIN-CIOCALTEU) - ESPECTROFOTOMETRIA

Norma Técnica SABESP NTS 011

DEPARTAMENTO DE QUÍMICA UFJF QUI102 Metodologia Analítica

Metodologia Analítica

AULA PRÁTICA Nº / Maio / 2016 Profª Solange Brazaca DETERMINAÇÃO DE CARBOIDRATOS

4 Materiais e métodos

MATERIAIS PARA FUNDIÇÃO - DETERMINAÇÃO DO ÓXIDO DE FERRO

DUTOS E CHAMINÉS DE FONTES ESTACIONÁRIAS L9.229 CETESB. DETERMINAÇÃO DE ÓXIDOS DE NITROGÊNIO Método de ensaio

AULA PRÁTICA Nº / Março / 2016 Profª Solange Brazaca DETERMINAÇÃO DE TANINOS

Norma Técnica SABESP NTS 015

MATERIAIS PARA FUNDIÇÃO - DETERMINAÇÃO DO FATOR DA SOLUÇÃO DE AZUL DE METILENO POR TITULAÇÃO COM SOLUÇÃO DE CLORETO TITANOSO (TiCl 3 )

APÊNDICE A - Calibração do Forno de Redução

Notas: Aprovado pela Deliberação CECA nº 1246, de 01 de fevereiro de 1988 Publicado no DOERJ de 07 de março de 1988

O estudo de oxidação da amônia foi realizado usando-se solução sintética de 100mg/L de NH 3 obtida a partir de uma solução de NH 4 OH, PA, 33%.

SUMÁRIO. Wagner Luz18/08/2014 ÍNDICE: ÁREA. Número 02 Título. Selecione o verificador do Documento: Cintia Kikuchi/BRA/VERITAS

REAÇÕES ENDOTÉRMICAS E EXOTÉRMICAS

AULA PRÁTICA Nº / Abril / 2016 Profª Solange Brazaca DETERMINAÇÃO DE NITROGÊNIO

DETERMINAÇÃO DO ESPECTRO DE ABSORÇÃO DE SOLUÇÕES AQUOSAS DE PERMANGANATO DE POTÁSSIO, CROMATO DE POTÁSSIO, DICROMATO DE POTÁSSIO E SULFATO DE COBRE

Norma Técnica SABESP NTS 172

Laboratório de Análise Instrumental

Laboratório de Análise Instrumental

PRÁTICA 04 - DETERMINAÇÃO DA DUREZA TOTAL E TEOR DE CÁLCIO E MAGNÉSIO EM ÁGUA

GUIA DE LABORATÓRIO ANÁLISES QUALITATIVAS. Departamento de Química. Instituto de Ciências Exatas. Universidade Federal de Juiz de Fora

MF-0460.R-3 - MÉTODO PARA DETERMINAÇÃO DE METAIS (ESPECTROFOTOMETRIA DE ABSORÇÃO ATÔMICA COM CHAMA DE AR- ACETILENO)

Reconhecer as vidrarias volumétricas utilizadas no preparo de soluções;

Manual de Métodos de Análise de Solo

4. Reagentes e Metodologia Analítica

Concentração de soluções e diluição

MÉTODO DE ANÁLISE LL-WM 80 L NOVO PROCESSO PARA ANODIZAÇÃO DO ALUMÍNIO. Procedimento para a padronização da solução de Sulfato Cérico 0,1N

SÍNTESE DO 1-BROMOBUTANO Procedimento experimental a microescala (adaptado de Williamson, Minard & Masters 1 )

Ministério da Educação Universidade Federal do Paraná Setor Palotina. Soluções e cálculos de soluções

FELIPE TEIXEIRA PALMA HOMERO OLIVEIRA GAETA JOÃO VICTOR FERRAZ LOPES RAMOS LUCAS MATEUS SOARES SABRINA LEMOS SOARES

DETERMINAÇÃO DE FERRO TOTAL EM SUPLEMENTOS ALIMENTARES POR ESPECTROMETRIA DE ABSORÇÃO MOLECULAR

MÉTODO DE ANÁLISE TÍTULO: DETERMINAÇÃO DE ZINCO METÁLICO PELO MÉTODO DE EVOLUÇÃO DE HIDROGÊNIO

Exercícios Complementares - Recuperação Paralela. Soluções parte Dentre as misturas abaixo relacionadas, a que não corresponde a uma solução é

Casa Rosada Buenos Aires, AR abril de 2008 W.J.Melo

PRÁTICA 8 Determinação de ferro em leite em pó por F AAS

MÉTODO DE ANÁLISE LL-HARDWALL F. Determinação Potenciométrica de F -

Notas: Aprovado pelo Deliberação CECA nº 3 963, de 16 de janeiro de 2001, Publicada no DOERJ de 23 de janeiro de 2001.

Manual de Métodos de Análise de Solo

VOLUMETRIA DE NEUTRALIZAÇÃO.

PROCOLO PARA DETERMINAÇÃO DE AMÔNIO NA ÁGUA DO MAR

RESINA FENÓLICA PARA FUNDIÇÃO - DETERMINAÇÃO DO TEOR DE FENOL LIVRE

Norma Técnica SABESP NTS 007

AULA 3. Soluções: preparo e diluição. Laboratório de Química QUI OBJETIVOS

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA CURSO DE QUÍMICA

SOLUÇÕES E CONCENTRAÇÃO

Determinação de Cobalto, Cobre, Ferro, Magnésio, Manganês e Zinco em alimentos para animais por F AAS

Curso: FARMÁCIA Disciplina: Bioquímica Clínica Título da Aula: Doseamento de Uréia, Creatinina, AST e ALT. Professor: Dr.

MT DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM

BC-1302 QUÍMICA DOS ELEMENTOS

PRÁTICA 07: PADRONIZAÇÃO DE SOLUÇÕES

Ajustar o ph para 7,4. Filtrar o meio em 0,22 µm no fluxo e depois acrescentar o antibiótico/antimicótico. Armazenar de 2ºC a 8ºC.

TUTORIAL: Curvas de Calibração. Marcio Ferrarini 2008

CÁLCULO: amostra/padrão x 800 = mg/di NORMAL: 500 a 750 mg/di.

Química Analítica I Tratamento dos dados analíticos Soluções analíticas

Determinação de amido em farinha de mandioca, produtos amiláceos e outros

Detecção de IL-1 por ELISA sanduíche. Andréa Calado

REAGENTES H 2 C N CH 2 CH 2 N CH 2

Aprender a preparar soluções aquosas, realizar diluições e determinar suas concentrações.

Titulação de cálcio e magnésio no leite com EDTA. Ilustrar: Titulação por retorno Titulação complexométrica, com EDTA

Representar através de equações, as principais reações químicas inorgânicas. Nomenclatura dos compostos. Reações Químicas

AULA PRÁTICA N 15: DETERMINAÇÃO DE PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO NA ÁGUA OXIGENADA Volumetria de oxirredução permanganimetria volumetria direta

LCE0182 Química Analítica Quantitativa. Volumetria. Wanessa Melchert Mattos

Norma Técnica SABESP NTS 221

PROTOCOLO LAB No REV 00 Análises de Nutriente Inorgânicos Dissolvidos do WH

GRUPO 15 NITROGÊNIO E SEUS COMPOSTOS

Desenvolvimento de um método

Volumetria. Procedimentos gerais

MF.514.R-1 - DETERMINAÇÃO DA UMIDADE DO GÁS, EM CHAMINÉS

Norma Técnica SABESP NTS 012

CURSO PRÁTICO QUI 328 e 128 SÍNTESE DE COMPOSTOS ORGÂNICOS

4. Materiais e Métodos 4.1. Preparo da biomassa

RESINA FENÓLICA PARA FUNDIÇÃO DETERMINAÇÃO DE NITROGÊNIO TOTAL DA RESINA E DO CATALISADOR

Estudo Estudo da Química

Avaliação de métodos químicos para determinação de nitrogênio em amostras de grãos de soja

ISSN Manual de Soluções e Reagentes da Embrapa Agrobiologia

PRÁTICA 5 GRUPO 15 (Pnictogênios)

PROTOCOLO PARA DETERMINAÇÃO DE SILICATO INORGÂNICO DISSOLVIDO NA ÁGUA DO MAR

INTRODUÇÃO A TITULAÇÃO

Norma Técnica SABESP NTS 009

1. PREPARO DE SOLUÇÕES E TITULAÇÃO

Transformações Químicas A reação entre a solução de nitrato de prata e o fio de cobre

Transcrição:

MF-0419.R-1 - MÉTODO COLORIMÉTRICO DE DETERMINAÇÃO DE CIANETO TOTAL Notas: Aprovado pela Deliberação CECA nº 0042 de 04 de janeiro de 19. Publicado no DOERJ de 16 de março de 1979. 1. OBJETIVO O objetivo é definir o método colorimétrico usado na determinação de cianeto total - a ser adotado nas atividades de controle da poluição da água, como parte integrante do Sistema de Licenciamento de Atividades Poluidoras - SLAP. 2. PRINCÍPIO E APLICABILIDADE: 2.1 A amostra é inicialmente destilada para remoção de interferências e transformação de todas as formas de cianeto em HCN. Em seguida, o cianeto reage com a cloramina-t em ph inferior a 8,0 formando cloreto de cianogênio, que em presença de piridina e ácido barbitúrico forma um corante vermelho azulado medido espectofotometricamente a 578 nm 2.2 O método é aplicável a amostras de água contendo concentrações de cianeto inferiores a 1 mg/l. 2.3 Coletar e preservar a amostra conforme as instruções constantes no método titulométrico (referência MF-418). 3. ALCANCE E SENSIBILIDADE: 3.1 O método é indicado para amostras de água com teor de cianeto inferior a 1 mg/l. A concentração mínima detectável pelo método é de -20 g/l. 4. INTERFERÊNCIAS: 4.1 Este método está sujeito ao mesmo tipo de interferências descritas para o método titulométrico (referência MF-418). 4.2 A maioria dos interferentes é eliminada ou reduzida a um mínimo por destilação prévia da amostra.

5. PRECISÃO E EXATIDÃO: 5.1 Conforme controle analítico interno do laboratório da FEEMA, efetuado com amostras sintéticas, o desvio padrão relativo e o erro relativo são, respectivamente, igual a 7,0% e 8,3%, na faixa de concentração de 0,15 a 1,5 mg/l. 5.2 Segundo o Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 14a. edição, análises em amostras de água da bica acrescidas de solução de cianeto de sódio, de zinco, de cobre e de prata, apresentaram uma precisão descrita pela equação abaixo: S T = 0,115 x + 0,013 onde: S T = precisão total em mg/l. x = concentração de cianeto em mg/l. 6. APARELHAGEM: 6.1 APARELHO DE DESTILAÇÃO COMPOSTO DE: 6.1.1 Balão Claisen codificado, 1 000 ml. 6.1.2 Tubo para introdução de ar. 6.1.3 Frasco lavador de gases de 250 ml. 6.1.4 Kitazato. 6.1.5 Bomba de vácuo. 6.1.6 Placa de aquecimento. 6.2 BALÕES VOLUMÉTRICOS DE 50 ml. 6.3 ESPECTOFOTÔMETRO. 7. REAGENTES: 7.1 SOLUÇÃO DE HIDRÓXIDO DE SÓDIO - 1,25 N.

7.2 SOLUÇÃO DE CLORETO CUPROSO 7.3 SOLUÇÃO DE CLORETO DE MAGNÉSIO 7.4 SOLUÇÃO DE ÁCIDO SULFÚRICO A 50% V-V- 7.5 CLORAMINA-T Pesar 1,0 g de cloramina-t e diluir a 100 ml com água deionizada. Guardar sob refrigeração a 4 C. 7.6 SOLUÇÃO DE HIDRÓXIDO DE SÓDIO - 0,25 N. 7.7 SOLUÇÃO ESTOQUE DE CIANETO 7.8 SOLUÇÃO PADRÃO INTERMEDIÁRIA DE CIANETO (1) - 10 gcn/ml. Pipetar 5 ml da solução estoque e diluir a 500 ml com NaOH 0,25 N. 7.9 SOLUÇÃO PADRÃO INTERMEDIÁRIA DE CIANETO (2) - 0,25 gcn/ml Pipetar 25 ml da solução intermediária (1) e diluir a 1000 ml com NaOH 0,25 N. 7.10 SOLUÇÃO P 1 E P 2 Em balões de 250 ml pipetar 50 e 100 ml da solução intermediária (2) e completar com NaOH 0,25 N, obtendo as seguintes concentrações. P 1 = 0,050 gcn/ml P 2 = 0,100 gcn/ml 7.11 REAGENTE PIRIDINA E ÁCIDO BARBITÚRICO Colocar 15 g de ácido barbitúrico em balão volumétrico de 250 ml, cuidadosamente pesado em um pedaço de papel de alumínio e colocar no balão sem deixar que o pó fique aderido às paredes. Acrescentar

água deionizada, lavando as paredes até que todo o pó seja umedecido. Colocar 75 ml de piridina e misturar bem. Acrescentar 15 ml de HCl concentrado, misturar e esfriar à temperatura ambiente. Diluir até a marca com água deionizada. 7.12 FOSFATO DE SÓDIO MONOBÁSICO - 1 M Pesar 138 g de NaH 2 PO 4.H 2 O e diluir a 1 litro com água deionizada. Guardar sob refrigeração a 4 C. 8. PROCEDIMENTO: 8.1 DESTILAÇÃO DA AMOSTRA: 8.1.1 Conforme descrição constante no método titulométrico, (referência MF- 418). 8.2 DESENVOLVIMENTO DE COR E LEITURA: 8.2.1 Tomar 20 ml do destilado ou uma alíquota diluída a 20 ml com NaOH 0,25 N, em balão volumétrico de 50 ml. 8.2.2 Tomar 20 ml de cada padrão, obtendo 1,0 g de cianeto em P 1 e 2,0 g de cianeto em P 2, em dois balões de 50 ml. 8.2.3 Tomar 20 ml de NaOH 0,25 N (branco) em balão de 50 ml. 8.2.4 Adicionar 15 ml de tampão de fosfato de sódio monobásico 1 M em cada um dos balões (branco, amostra e padrões). Misturar. 8.2.5 Juntar 2 ml de solução de cloramina-t e misturar rapidamente. 8.2.6 Imediatamente após, acrescentar 5 ml de solução de piridina e ácido barbitúrico. 8.2.7 Completar até a marca com água deionizada e misturar bem. 8.2.8 Esperar de 8 a 15 minutos e ler no espectrofotômetro a 578 nm, com célula de 1 cm de caminho ótico. CÁLCULO: mg / 1 CN AxB CxD

onde: A A x C B gcn a = g de CN padrão b = absorbância da amostra c = absorbância do padrão B = ml da solução absorvente total usada na destilação C = ml da amostra original usada na destilação D = ml da solução absorvente usada. 9. BIBLIOGRAFIA: 9.1 Manual de Análises Físico-Químicas da Água, FEEMA, 1978. 9.2 Standard Methods for the Examination of Water and Waterwaster, APHA-AWWA - WPCF, 14a. edição, 1975.