MF-1050.R-2 - MÉTODO DE DETERMINAÇÃO DE DERIVADOS DA CUMARINA, POR CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA (CLAE)
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- Gonçalo Farinha Raminhos
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1 MF-1050.R-2 - MÉTODO DE DETERMINAÇÃO DE DERIVADOS DA CUMARINA, POR CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA (CLAE) Notas: Aprovado pela Deliberação CECA nº 1249, de 01 fevereiro de 1988 Publicado no DOERJ de 02 de março de OBJETIVO Definir o método de determinação dos derivados da Cumarina utilizados como princípio ativo em formulações empregadas nos serviços de controle e combate a vetores e outros animais nocivos. 2. DOCUMENTO DE REFERÊNCIA MF MÉTODO DE COLETA, ACONDICIONAMENTO E PRESERVAÇÃO DE AMOSTRAS DE PRAGUICIDAS UTILIZADOS POR FIRMAS DE CONTROLE E COMBATE A INSETOS E ROEDORES NOCIVOS. 3. PRINCÍPIO O método se baseia na identificação e quantificação do princípio ativo por CLAE. Os princípios ativos são identificados e as concentrações determinadas pela comparação das áreas dos picos obtidos no cromatograma da amostra com a área do pico correspondente obtido no cromatograma de padrões com concentrações conhecidas. 4. APLICABILIDADE O método é aplicável à amostras de produtos derivados da Cumarina, Cumacloro, Cumafeno, Cumafuril, Cumatetralil e Brodifacum - formulados em iscas ou pó de contato, coletados de acordo com o MF Este método não se aplica a iscas parafinadas.
2 5. INTERFERÊNCIAS As iscas granuladas são geralmente formuladas em farelo de milho e contém substâncias tais como corantes e atrativos sexuais que interferem no procedimento analítico. Estas interferências são eliminadas, após extração, por filtração e "clean-up" com sílica-gel. 6. PRECISÃO E EXATIDÃO Na análise de um lote de amostras formuladas, a variação analítica da determinação foi de 10%. 7. ALCANCE DO MÉTODO ANALÍTICO -sensibilidade: 5 mg/l -limite de detecção: 5 mg/l -faixa ótima de trabalho: 20 a 100 mg/l 8. APARELHAGEM E MATERIAL 8.1 Cromatógrafo a líquido equipado com detetor ultra-violeta e coluna de fase reversa C 18 com 5 m de granulometria e 30 cm de comprimento ou equivalente. 8.2 Filtro de Teflon 0,5 m de porosidade. 8.3 Conjunto para filtração com seringa e adaptador para filtro especial para CLAE, ou conjunto para filtração a vácuo, tipo Millipore. 8.4 Rota-evaporador. 8.5 Agitador mecânico. 8.6 Coluna cromatográfica, com 1 cm de diâmetro interno e 30 cm de altura, com placa porosa e torneira de teflon. 9. PRODUTOS QUÍMICOS E SOLUÇÕES 9.1 Metanol (CH 3 OH) grau CLAE 9.2 Éter etílico [ (H 5 C 2 ) 2 O ] para análise de resíduos de pesticidas, bidestilado.
3 9.3 Solução metanol-éter etílico (8:92). 9.4 Soluções-padrão estoques Pesar 100 mg de cada princípio ativo puro e dissolver em metanol, completando o volume a 100 ml em balão volumétrico. Cada solução contém 1 mg do produto ativo por mililitro (1 mg/ml). 9.5 Soluções de trabalho Diluir 2,0, 5,0 e 10,0 ml de cada solução padrão estoque a 100 ml com metanol, utilizando pipetas e balões volumétricos para obter soluções de concentrações 20 mg/l, 50 mg/l e 100 mg/l. 9.6 Sulfato de sódio (Na 2 SO 4 ) anidro, p.a. Levar à mufla a 450 ºC por uma noite, resfriar no dessecador e armazenar em frasco fechado no dessecador. 9.7 Silica-gel mesh. Levar à estufa a 170 ºC, por uma noite, esfriar no dessecador e armazenar em frasco fechado, no dessecador, para uso no máximo por 3 dias. 10. PROCEDIMENTO 10.1 Preparo da curva de calibração Injetar os padrões e determinar as condições instrumentais ótimas para a determinação analítica. De modo geral as condições necessárias são: -comprimento de onda do detetor: 254 nm -efluente : metanol -fluxo: 0,3 ml/min -atenuação: 16 -volume injetado: 10 L -velocidade do registrador: 40 cm/h
4 10.2 Preparo das amostras a) Pesar uma quantidade (Pa) do produto formulado correspondente a 5 mg do princípio ativo, pulverizar em almofariz, se necessário adicionando sulfato de sódio anidro até obter uma mistura homogênea, e transferir para erlenmeyer de 250 ml com rolha esmerilhada. Adicionar cerca de 30 ml de éter e deixar em agitação mecânica durante 30 minutos. Filtrar a vácuo em filtro de teflon 0,5 m, lavando bem o resíduo com éter e completar o volume a 100 ml (Vf). b) Injetar a amostra sob as condições dos padrões e comparar o cromatograma obtido com o cromatograma do padrão de concentração mais próximo. c) Caso seja necessário, efetuar o "clean-up" de acordo com o seguinte procedimento: Em um béquer contendo éter etílico, adicionar sílica-gel suficiente para obter uma camada de 10 cm de altura na coluna cromatográfica. Misturar bem e transferir cuidadosamente, com auxílio de uma pipeta, para a coluna cromatográfica, lavando com éter. Adicionar ao topo da coluna uma camada de sulfato de sódio anidro com 2 cm de altura. Eluir o éter até alcançar a camada de sulfato de sódio sem ultrapassá-la e então adicionar 10 ml da amostra filtrada, utilizando o mesmo procedimento anterior. Eluir a coluna com 100 ml de solução metanol - éter etílico, recolhendo em balão de 300 ml que possa ser acoplado ao rota-evaporador. Concentrar lentamente, à temperatura ambiente, até cerca de 10 ml. Adicionar 30 ml de metanol e concentrar novamente, ajustando o volume final a 10 ml, com metanol. 11. CÁLCULO P = Cp Aa Ap Vf x Pa x onde: P = percentual de peso do princípio ativo na amostra (p/p) Cp = concentração do padrão em mg/l. Aa = área do pico da amostra. Ap = área do pico do padrão. Vf = volume final da amostra em ml.
5 Pa = peso da amostra em g. 1 = fator de conversão do resultado para porcentagem REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 12.1 FEEMA. FUNDAÇÃO ESTADUAL DE ENGENHARIA DO MEIO AMBIEMTE. Serviço de Análise Instrumental. Notas Técnicas. Rio de Janeiro, s.d. (manuscrito) 12.2 INGLATERRA - The British Crop Protection Council. The pesticide manual; a world compendium, 7 ed. London, 1983.
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