INDICADORES DA ECONOMIA BRASILEIRA OUTUBRO OBSERVATÓRIO DE POLÍTICAS ECONÔMICAS 2017

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9 Ver em especial o site:

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SUMÁRIO. Empresas no Simples. Inadimplência. Síntese. Inflação PIB. Crédito. Empreendedorismo. Juros. Expediente. Emprego. Confiança.

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CENÁRIO ECONÔMICO 2017:

a.a. 30% 25% 20% 15% 4,9% mar/11

Transcrição:

INDICADORES DA ECONOMIA BRASILEIRA OUTUBRO OBSERVATÓRIO DE POLÍTICAS ECONÔMICAS 2017

FUNDAÇÃO DOM CABRAL NÚCLEO DE ESTRATÉGIA E NEGÓCIOS INTERNACIONAIS OBSERVATÓRIO DE POLÍTICAS ECONÔMICAS Indicadores da Economia Brasileira Outubro 2017 EQUIPE TÉCNICA Paulo Paiva Professor Associado da Fundação Dom Cabral Foi ministro do Trabalho e do Planejamento e Orçamento Cássio Daldegan Assistente de Pesquisa, Bolsista de Apoio Técnico I FAPEMIG Núcleo de Estratégia e Negócios Internacionais

ATIVIDADE ECONÔMICA INDICADORES DA ECONOMIA BRASILEIRA Observatório de Políticas Econômicas

out/14 jan/15 abr/15 jul/15 out/15 jan/16 abr/16 jul/16 out/16 jan/17 abr/17 jul/17 ATIVIDADE ECONÔMICA ÍNDICE DE ATIVIDADE ECONÔMICA IBC-Br (Série com Ajuste Sazonal. Banco Central do Brasil) 150 148 146 144 142 140 138 136 134 132 130 índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) ÍNDICE DE ATIVIDADE ECONÔMICA DO BANCO CENTRAL (IBC-Br) Em setembro de 2017 a estimativa de safra nacional de grãos foi de 242 milhões de toneladas, aumento de 30,3% (56,2 milhões de toneladas) em relação ao mesmo período de 2016. A produção industrial no mês de setembro de 2017 apresentou aumento de 0,2% em relação a agosto. Comparativamente ao mesmo mês do ano anterior, a produção industrial cresceu 2,6%. Os resultados do setor industrial foram positivos tanto para o fechamento do terceiro trimestre (aumento de 3,1%) quanto para o acumulado no ano (elevação de 1,6%) em comparação com 2016. Com aumento de 6% no setor de supermercados, o comércio varejista terminou o mês de setembro com crescimento de 6,4% em relação ao mesmo período 2016. Em relação a agosto de 2017, houve aumento de 0,5% nas vendas e de 1,3% no acumulado do ano. O setor de serviços foi o único que permaneceu negativo no mês, com variação de -0,3% frente ao mês de agosto. Apesar do resultado ainda ser negativo (-3,2) frente a setembro de 2016, a variação acumulada nos últimos doze meses (-4,3%) é a menor variação negativa desde fevereiro de 2016, sinalizando uma recuperação. O IBC-Br de setembro foi 135,74, representando uma elevação de 0,54 p.p. em relação ao mês anterior.

nov/14 fev/15 mai/15 ago/15 nov/15 fev/16 mai/16 ago/16 nov/16 fev/17 mai/17 ago/17 ATIVIDADE ECONÔMICA EMPREGO FORMAL (Cadastro Geral de Emprego e Desemprego CAGED) 190 188 186 184 182 180 178 176 174 172 ÍNDICE DE EMPREGO FORMAL (IEF) O saldo do emprego formal em outubro de 2017 foi o maior do ano, chegando a 76.599 vagas criadas. Os principais setores que contribuíram positivamente para este resultado foram comércio (37.321 vagas), indústria de transformação (33.200 vagas) e serviços (15.915 vagas). Os demais setores sofreram redução no número de vagas, com destaque para a construção civil (-4.764 vagas) e agropecuária (-3.551 vagas). Este é o sétimo mês consecutivo de saldo positivo, sendo o melhor resultado para um mês de outubro desde 2013. No ano, o saldo foi de geração de 302.489 novas vagas. Nos últimos doze meses, entretanto, o resultado ainda é negativo, com o fechamento de 294.305 vagas. O Índice de Emprego Geral de outubro foi de 173,74, sendo o sétimo mês consecutivo de crescimento do índice. 170 Índice do Emprego Formal

set-out-nov 2014 nov-dez-jan 2014 jan-fev-mar 2015 mar-abr-mai 2015 mai-jun-jul 2015 jul-ago-set 2015 set-out-nov 2015 nov-dez-jan 2015 jan-fev-mar 2016 mar-abr-mai 2016 mai-jun-jul 2016 jul-ago-set 2016 set-out-nov 2016 nov-dez-jan 2017 jan-fev-mar 2017 mai-jun-jul 2017 jul-ago.set 2017 ATIVIDADE ECONÔMICA DESEMPREGO (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua PNAD C, IBGE) 14,0 13,5 13,0 12,5 12,0 11,5 11,0 10,5 10,0 9,5 9,0 8,5 8,0 7,5 7,0 6,5 6,0 3.1 Taxa de Desemprego TAXA DE DESEMPREGO No terceiro trimestre de 2017, a taxa de desocupação chegou a 12,2%, o que equivale a uma redução de 0,2 p.p. em relação ao segundo trimestre do ano. Este é o sétimo trimestre móvel seguido de redução na taxa de desocupação, sendo o menor nível desde o trimestre de out-nov-dez de 2016 (12,0%). Houve estabilidade na quantidade de trabalhadores empregados no setor privado com carteira e crescimento na quantidade de trabalhadores sem carteira (elevação de 2,4% em relação ao segundo trimestre), dando continuidade à aumento na quantidade de trabalhadores informais, assim como os de conta própria. Taxa de desemprego

ago-set-out 2014 out-nov-dez 2014 dez-jan-fev 2014 fev-mar-abr 2015 abr-mai-jun 2015 jun-jul-ago 2015 ago-set-out 2015 out-nov-dez 2015 dez-jan-fev 2016 fev-mar-abr 2016 abr-mai-jun 2016 jun-jul-ago2016 ago-set-out 2016 out-nov-dez 2016 dez-jan-fev 2016 fev-mar-abril 2017 abr-mai-jun 2017 jun-jul-ago 2017 ATIVIDADE ECONÔMICA RENDIMENTO REAL (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua PNAD C, IBGE) 2.200,0 2.150,0 2.100,0 2.050,0 3.2. Rendimento Real Médio RENDIMENTO REAL MÉDIO HABITUAL DA POPULAÇÃO OCUPADA O rendimento real médio habitual da população ocupada terminou o segundo trimestre de 2017 em R$ 2.127, mantendo a relativa estabilidade desde o início do ano. No segundo trimestre esta variável ficou em R$ 2.119, havendo elevação em relação ao valor do terceiro trimestre de 2016, quando foi R$ 2.076. A massa de rendimento real de todos os trabalhos terminou terceiro trimestre de 2017 cm R$ 189.827 milhões. Houve estabilidade em relação aos valores do segundo trimestre de 2017 (R$ 185.781 bilhões) assim como em relação ao terceiro trimestre de 2016 (R$ 182.169 milhões). 2.000,0 Rendimento Real

jan/17 fev/17 mar/17 abr/17 mai/17 jun/17 jul/17 ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 ATIVIDADE ECONÔMICA META DE INFLAÇÃO OBSERVADA (IPCA acumulado no ano) 11,0 9,0 7,0 5,0 3,0 1,0-1,0 ÍNDICE DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO (IPCA) ACUMULADO NO ANO O IPCA para o mês de outubro de 2017 ficou em 0,42%, configurando o maior aumento mensal no ano, com uma elevação de 0,26 p.p. em relação ao resultado de setembro, (0,16%). Os alimentos continuaram com tendência de queda, chegando ao sexto mês consecutivo com contribuição negativa para a variação da inflação. Ajuda a explicar a alta no nível dos preços, principalmente, o encarecimento da energia elétrica, já que a partir de 1º de outubro, entrou em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 2, equivalendo a uma cobrança adicional de R$ 3,50 a cada 100 Kwh consumidos. Em setembro vigorava a bandeira amarela, representando um adicional de R$ 2,00 a cada 100 Kwh consumidos. IPCA mensal meta IPCA

nov/14 jan/15 mar/15 mai/15 jul/15 set/15 nov/15 jan/16 mar/16 mai/16 jul/16 set/16 nov/16 jan/17 mar/17 mai/17 jul/17 set/17 ATIVIDADE ECONÔMICA INFLAÇÃO ANUAL E VARIAÇÃO DOS PREÇOS ADMINISTRADOS (IPCA Índices acumulados em 12 meses) 20,0 18,0 16,0 14,0 12,0 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 0,0 COMPONENTES DA INFLAÇÃO O IPCA acumulado para o ano foi de 2,21%, resultado bem inferior aos 5,78% registrados no mesmo período de 2016. Nos últimos doze meses, o índice acumulado foi de 2,7%, maior que os 2,54% nos doze meses imediatamente anteriores. Apesar de sofrer um pequeno aumento, o IPCA continua abaixo do piso da meta estabelecida pelo banco centra, que é 3,0%. Os preços monitorados/administrados, que são aqueles definidos pelo governo, ficaram em 0,38% em outubro de 2017, representando um aumento de 0,74 p.p. em relação ao mês imediatamente anterior. O acumulado em doze meses foi de 6,59%, maior valor desde o resultado para outubro de 2016, quando foi 7,00%. Os preços livres ficaram em 2,06% no acumulado em doze meses, sendo este o segundo aumento consecutivo no índice, que vinha sofrendo redução desde agosto de 2016. Meta Administrados Livres IPCA

POLÍTICA MONETÁRIA E CAMBIAL INDICADORES DA ECONOMIA BRASILEIRA Observatório de Políticas Econômicas

nov/14 jan/15 mar/15 mai/15 jul/15 set/15 nov/15 jan/16 mar/16 mai/16 jul/16 set/16 nov/16 jan/17 mar/17 mai/17 jul/17 set/17 POLÍTICA MONETÁRIA E CAMBIAL META TAXA DE JUROS SELIC E TAXA REAL DE JUROS (Conselho de Política Monetária COPOM, Expectativas de Mercado. Banco Central do Brasil) 9,0 8,0 7,0 6,0 5,0 TAXA DE JUROS SELIC E TAXA DE JUROS REAL Na reunião dos dias 24 e 25 de outubro de 2017 o Comitê de Políticas Monetárias (Copom) promoveu uma nova redução da taxa de juros básica da economia, a SELIC, chegando a 7,5%, o que equivale a um corte de 0,75 p.p. Com a convergência da inflação para a meta estabelecida para os anos de 2017 e 2018, o Banco Central (BC) deu continuidade ao processo de corte nos juros. Dada a atual conjuntura econômica, o Copom entende ser importante manter a flexibilização monetária iniciada ao fim de 2016, mas sinaliza para uma redução moderada na magnitude destas reduções já na próxima reunião, caso o cenário básico evolua de acordo com o esperado. 4,0 3,0 A taxa de juros neutra/estrutural, que é aquela necessária para manter o nível de crescimento sem ocorrência de inflação ou desinflação, ficou em 5,67%. A taxa de juros real (taxa de juros nominal descontada a inflação), terminou outubro de 2017 em 3,23%, dinâmica equivalente a uma expansão monetária. Juros Reais Juros Neutros

nov/14 jan/15 mar/15 mai/15 jul/15 set/15 nov/15 jan/16 mar/16 mai/16 jul/16 set/16 nov/16 jan/17 mar/17 mai/17 jul/17 set/17 POLÍTICA MONETÁRIA E CAMBIAL OPERAÇÕES DE CRÉDITO (Participação no PIB. Banco Central do Brasil) 55,0 54,0 53,0 52,0 51,0 50,0 49,0 48,0 47,0 46,0 45,0 EVOLUÇÃO DO CRÉDITO Em outubro de 2017 o saldo total das operações de crédito do sistema financeiro chegou a R$ 3.052 bilhões. Em relação ao mês imediatamente anterior, observamos uma elevação de 0,1% e variação -1,4% nos últimos doze meses. Referente às operações com pessoas físicas no mês, o resultado foi um saldo de R$ 1.627 bilhões (-0,5%) e às com pessoas jurídicas saldo de R$ 1.425 bilhões (-8,3%). A razão crédito/pib terminou o período valendo 46,9%, representando uma pequena redução em relação a setembro de 2017 (47%) e outubro de 2016 (49,9%).

nov/14 jan/15 mar/15 mai/15 jul/15 set/15 nov/15 jan/16 mar/16 mai/16 jul/16 set/16 nov/16 jan/17 mar/17 mai/17 jul/17 set/17 POLÍTICA MONETÁRIA E CAMBIAL TAXA DE CÂMBIO (R$/US$. Banco Central do Brasil) 4,50 4,00 3,50 3,00 TAXA DE CÂMBIO NOMINAL (R$/US$) A taxa de câmbio nominal terminou outubro de 2017 valendo 3,28 R$/US$, seguindo uma tendência de valorização iniciada no mês de setembro. A valorização do real ocorreu em um período em que as mudanças da reforma trabalhista começam a vigorar assim como de continuidade na melhora no mercado de trabalho e queda na taxa de juros. Com isso, há uma melhora nas expectativas tanto sobre a situação atual quanto para o futuro, influenciando a dinâmica do câmbio. A volatilidade da taxa de câmbio durante o mês foi de 0,046, calculada com base no desvio padrão da série. 2,50 2,00

POLÍTICA FISCAL INDICADORES DA ECONOMIA BRASILEIRA Observatório de Políticas Econômicas

out/14 dez/14 fev/15 abr/15 jun/15 ago/15 out/15 dez/15 fev/16 abr/16 jun/16 ago/16 out/16 dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 POLÍTICA FISCAL NECESSIDADE DE FINANCIAMENTO DO SETOR PÚBLICO (Acumulado em 12 meses. Em milhões de R$. Banco Central do Brasil) 650 600 550 500 450 400 350 300 250 200 150 NECESSIDADE DE FINANCIAMENTO DO SETOR PÚBLICO (NFSP) No mês de setembro de 2017 o setor público consolidado apresentou um déficit primário de R$ 21,3 bilhões. O resultado configura um aumento de 124% em relação a agosto de 2017, quando foi R$ 9,5 bilhões e redução em relação a setembro de 2016, quando foi de R$ 26,6 bilhões. O Governo central apresentou déficit de R$22,2 milhões, enquanto os governos regionais e as empresas estatais (Petrobras, Eletrobrás e o setor público financeiro não inclusos) tiveram superávits de, respectivamente, R$ 776 milhões e R$ 191 milhões. O déficit nominal do setor público, acumulado em 12 meses, ficou em R$ 567.516,8 milhões (8,75% do PIB), sendo uma variação de -0,23 p.p. em relação ao mesmo resultado para agosto de 2017.

out/14 dez/14 fev/15 abr/15 jun/15 ago/15 out/15 dez/15 fev/16 abr/16 jun/16 ago/16 out/16 dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 POLÍTICA FISCAL RESULTADO PRIMÁRIO (Acumulado em 12 meses. Em milhões de R$. Banco Central do Brasil) 200 180 160 140 120 100 80 60 RESULTADO PRIMÁRIO O setor público consolidado apresentou no ano um déficit primário de R$ 82,1 bilhões (1,69% do PIB). Houve uma variação de -0,15 p.p. como proporção do PIB em relação ao resultado para o mesmo período de 2016, que foi de R$ 85,5 bilhões. Considerando o acumulado em doze meses, o resultado foi de R$ 152,4 bilhões (2,35% do PIB). Em relação ao resultado para o mês de setembro, como proporção do PIB, houve uma variação de -0,08 p.p. 40 20 0-20 -40

out/14 dez/14 fev/15 abr/15 jun/15 ago/15 out/15 dez/15 fev/16 abr/16 jun/16 ago/16 out/16 dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 POLÍTICA FISCAL DÍVIDA LÍQUIDA DO SETOR PÚBICO (Acumulado em 12 meses. Banco Central do Brasil) 3.300.000 3.100.000 2.900.000 2.700.000 DÍVIDA LÍQUIDA DO SETOR PÚBLICO (DLSP) A Dívida Líquida do Setor Público terminou setembro de 2017 em R$ 3.298,1 bilhões, o correspondente a 50,9% do PIB. Dando continuidade à trajetória ininterrupta de crescimento deste índice, iniciada no começo de 2016, houve no mês uma elevação em 0,7 p.p. como proporção do PIB em relação a agosto de 2017. No ano houve elevação de 4,7 p.p. na relação DLSP/PIB. 2.500.000 2.300.000 2.100.000 1.900.000 1.700.000

out/14 dez/14 fev/15 abr/15 jun/15 ago/15 out/15 dez/15 fev/16 abr/16 jun/16 ago/16 out/16 dez/16 fev/17 abr/17 jun/17 ago/17 POLÍTICA FISCAL DÍVIDA BRUTA DO GOVERNO GERAL (Percentual do PIB. Banco Central do Brasil) 75 70 65 60 DÍVIDA BRUTA DO GOVERNO GERAL (DBGG) No mês de setembro de 2017 a dívida interna chegou a 70,5% do PIB, alcançando R$ 4.570.919,69 milhões, crescimento de 0,2 p.p. como proporção do PIB. Já a dívida externa ficou estável durante o mês, terminando o período em R$ 218.421,89 milhões ou 3,4% do PIB. A DBGG (Governo Federal, INSS, governos estaduais e municipais) alcançou no período R$ 4.789,3 bilhões (73,9% do PIB). Comparativamente ao mês de agosto de 2017, houve elevação de 0,2 p.p. 55 50

CONFIANÇA E EXPECTATIVAS INDICADORES DA ECONOMIA BRASILEIRA Observatório de Políticas Econômicas

nov/14 fev/15 mai/15 ago/15 nov/15 fev/16 mai/16 ago/16 nov/16 fev/17 mai/17 ago/17 CONFIANÇA E EXPECTATIVAS CONFIANÇA DO CONSUMIDOR (Fundação Getúlio Vargas) 110 100 90 80 70 60 11,0 10,0 9,0 8,0 7,0 6,0 ÍNDICE DE CONFIANÇA DO CONSUMIDOR (ICC) O ICC atingiu 83,7 pontos em outubro de 2017, subindo 1,4 pontos em relação ao mês anterior. O índice alcançou um valor superior ao de maio de 2017, valor anterior à intensificação da crise política. Entretanto, a confiança dos consumidores continuam abaixo do nível observado nos indicadores empresariais, levando a crer que a melhora no consumo nos últimos meses tem sido impulsionada mais por um cenário favorável de inflação, que eleva o poder de compra da população, que pelo aumento de confiança por parte dos consumidores. Comparativamente ao mesmo mês de 2016 houve aumento de 3,9 pontos. EXPECTATIVAS DE INFLAÇÃO DO CONSUMIDOR Em outubro de 2017 a expectativa mediana dos consumidores para a inflação dos próximos doze meses ficou em 6,4%, recuando 0,3 p.p. em relação a setembro. A redução nas expectativas ocorreu entre a maioria das faixas de rendimento familiar, com exceção dos mais pobres. Já em comparação com outubro de 2016, houve crescimento de 2,7 p.p. ICC EXPECTATIVAS DE INFLAÇÃO (eixo secundário)

nov/14 fev/15 mai/15 ago/15 nov/15 fev/16 mai/16 ago/16 nov/16 fev/17 mai/17 ago/17 CONFIANÇA E EXPECTATIVAS CONFIANÇA DO COMÉRIO E DOS SERVIÇOS (Fundação Getúlio Vargas) 110 105 100 95 90 85 80 ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS COMERCIANTES (ICOM) Atingindo 92,5 pontos em outubro de 2017, o ICOM apresentou crescimento de 3,3 pontos na comparação com setembro. Este é o maior nível do índice desde agosto de 2014, quando havia chegado a 92,7. Seguindo a melhora em alguns índices econômicos, como a redução nos juros, aumento no consumo das famílias e queda da inflação, a tendência de alta do indicador observada no início do ano foi retomada, sendo este o segundo mês consecutivo de crescimento. 75 70 ÍNDICE DE CONFIANÇA DOS PRESTADORES DE SERVIÇOS (ICS) 65 60 ICOM ICS O ICS chegou a 87,8 pontos em outubro de 2017, o equivalente a uma variação positiva de 2,2 pontos em relação a setembro, sendo o maior nível alcançado pelo indicador em três anos. Houve melhora nas dimensões que captam tanto a situação atual quanto a expectativa, com peso maior para a primeira.

nov/14 fev/15 mai/15 ago/15 nov/15 fev/16 mai/16 ago/16 nov/16 fev/17 mai/17 ago/17 CONFIANÇA E EXPECTATIVAS CONFIANÇA DO INDÚSTRIA E CONSTRUÇÃO CIVIL (Fundação Getúlio Vargas) 110 105 100 95 90 85 80 75 70 65 60 ICI ICST ÍNDICE DE CONFIANÇA DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO (ICI) Chegando a 95,4 pontos em outubro de 2017, o ICI teve aumento de 2,6 pontos em comparação com setembro de 2017. Este é o maior nível alcançado pelo indicador desde abril de 2014, quando chegou a 97. Influenciaram este resultado as expressivas melhoras nas avaliação sobre a situação presente, apesar de o nível de utilização da capacidade ainda estar abaixo de sua média histórica. A incerteza quanto a futuras instabilidades no campo político e suas influências sobre a economia inibem o crescimento mais acentuado. ÍNDICE DE CONFIANÇA DA CONSTRUÇÃO CIVIL (ICST) O ICST aumentou 0,5 p.p. em outubro de 2017 em relação a setembro, chegando a 78 pontos. Esta é a quinta alta consecutiva do indicador, atingindo seu maior nível desde fevereiro de 2015, quando seu valor era 80,8. As melhoras ocorreram principalmente nas expectativas, tendo a percepção sobre a situação atual apresentado estabilidade. Os indicadores de atividade da construção tiveram uma melhora discreta melhora, havendo indicadores apenas de um início de retomada dos empregos no setor.

01/mai 08/mai 15/mai 22/mai 29/mai 05/jun 12/jun 19/jun 26/jun 03/jul 10/jul 17/jul 24/jul 31/jul 07/ago 14/ago 21/ago 28/ago 04/set 11/set 18/set 25/set 02/out 09/out 16/out 23/out CONFIANÇA E EXPECTATIVAS EXPECTATIVAS DE INFLAÇÃO IPCA 12 MESES (Mediana das estimativas semanais. Relatório Focus. Banco Central do Brasil) 6,50 6,00 5,50 5,00 4,50 4,00 3,50 3,00 2,50 Tolerância Meta de inflação 2017 2018 EXPECTATIVAS DE INFLAÇÃO 2017 As expectativas de inflação sofreram elevação em outubro de 2017 comparativamente ao mês de setembro, terminando o período em 3,08%. Com este aumento as expectativas voltam a ficar dentro dos limites estabelecidos pelo Banco Central (BC), cujo piso é 3,0% a.a. Contribuiu para este resultado a expectativa da continuidade na política de corte de juros pelo BC, tendo promovido um novo corte, já esperado, em 25 de outubro. A SELIC, taxa básica de juros da economia, chegou a 7,5%, promovendo expectativa de aumento no nível de atividade econômica ao fim deste ano. EXPECTATIVAS DE INFLAÇÃO 2018 Para outubro de 2018, a expectativa de inflação interrompeu a trajetória de queda apresentada ao longo do ano, mostrando estabilidade e fechando o mês em 4,02%. O resultado ocorre em um cenário de queda nos juros e piora dos resultados fiscais do governo, que apresentou revisão da meta de superávit para 2018, indicando aumento nos níveis de consumo dos indivíduos e de gastos do governo. Nesse contexto, o aumento da demanda pode configurar uma interrupção na queda da inflação.

01/mai 08/mai 15/mai 22/mai 29/mai 05/jun 12/jun 19/jun 26/jun 03/jul 10/jul 17/jul 24/jul 31/jul 07/ago 14/ago 21/ago 28/ago 04/set 11/set 18/set 25/set 02/out 09/out 16/out 23/out CONFIANÇA E EXPECTATIVAS EXPECTATIVAS DE CRESCIMENTO DO PIB (Mediana das estimativas semanais. Relatório Focus. Banco Central do Brasil) 3,00 2,50 2,00 1,50 1,00 0,50 0,00 2017 2018 EXPECTATIVAS DE CRESCIMENTO 2017 Ao longo do mês de outubro, as expectativas de crescimento para o ano de 2017 aumentaram, chegando 0,73%. A melhora dos indicadores da economia ao longo do ano como a queda na inflação e um consequente aumento no consumo das famílias, ajudam a explicar essa dinâmica. O crescimento nos níveis de produção tem se generalizado entre os setores, ainda que a uma taxa não muito elevada, com a geração de empregos formais apresentando saldo positivo no ano após um longo período de redução no número de vagas. EXPECTATIVAS DE CRESCIMENTO 2018 As expectativas de crescimento para o ano de 2018 voltaram em outubro de 2017 aos níveis anteriores ao aprofundamento da crise política, chegando a 2,5%. Apesar de ainda pairar muita incerteza sobre os termos em que será aprovada a reforma da previdência, o que pode comprometer o equilíbrio fiscal de longo prazo, a melhora nos níveis de consumo das famílias devido à queda na inflação ajudam a explicar tal dinâmica. Há necessidade de uma retomada também do investimento para um crescimento mais acentuado nas expectativas.

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