Petr Soares de Alencar DISTÚRBIOS DO EQUILÍBRIO ÁCIDO BASE

Documentos relacionados
Lembrando. Ácidos são quaisquer substâncias capazes de ceder H+ Exemplos: ácido clorídrico, ácido lático, ácido úrico

Profª Allana dos Reis Corrêa Enfermeira SAMU BH Mestranda em Enfermagem UFMG

21/07/14. Processos metabólicos. Conceitos Básicos. Respiração. Catabolismo de proteínas e ácidos nucleicos. Catabolismo de glicídios

Distúrbios do equilíbrio ácido básico. Fisiologia do equilíbrio ácido básico (6,80) 7,35 7,45 (7,80)

DISTÚRBIO HIDRO- ELETROLÍTICO E ÁCIDO-BÁSICO. Prof. Fernando Ramos Gonçalves -Msc

SISTEMA TAMPÃO NOS ORGANISMOS ANIMAIS

Distúrbios Ácido Básicos

Equilíbrio ácido-básico. Monitor: Tarcísio Alves Teixeira Professor: Guilherme Soares Fisiologia Veterinária / MFL / IB / UFF

Conceito de ph ph = - Log [H + ] Aumento [H + ] => diminuição do ph => acidose Diminuição [H + ] => aumento do ph => alcalose Alterações são dependent

Alterações do equilíbrio hídrico Alterações do equilíbrio hídrico Desidratação Regulação do volume hídrico

Disciplina de BIOQUÍMICA do Ciclo Básico de MEDICINA Universidade dos Açores 1º Ano ENSINO PRÁTICO 5ª AULA PRÁTICA

ph do sangue arterial = 7.4

Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra Ano Lectivo 2011/2012. Unidade Curricular de BIOQUÍMICA I Mestrado Integrado em MEDICINA 1º Ano

EXAMES COMPLEMENTARES GASOMETRIA GASOMETRIA ARTERIAL EQUILÍBRIO ÁCIDO - BÁSICO EQUILÍBRIO ÁCIDO - BÁSICO

ALCALOSES 1. Introdução HA H + +A -.

Manutenção do ph do sangue

Fisioterapia em Terapia Intensiva

Profa Maria Clorinda EV/UFG

GASOMETRIA ARTERIAL- ARTIGO DE REVISÃO. interpretação

ph arterial entre 7,35 e 7,45 [H+] ~ 40 nanomoles/l (10-9) CO2 (Ácido volátil) O CO 2 não se acumula no organismo, é eliminado pelos pulmões

TRANSTORNOS ÁCIDOS-BÁSICOS

BIOQUÍMICA II SISTEMAS TAMPÃO NOS ORGANISMOS ANIMAIS 3/1/2012

D) Como seria a correção desse distúrbio? A correção seria atuar na causa e proporcionar eliminação de CO2 por aumento da ventilação alveolar.

Regulação renal do equilíbrio ácido base

Fisiologia do Sistema Urinário

Cetoacidose Diabética

Tampão. O que é? MISTURA DE UM ÁCIDO FRACO COM SUA BASE CONJUGADA, QUE ESTABILIZA O P H DE UMA SOLUÇÃO

TROCAS GASOSAS TRANSPORTE DE O 2 E CO 2 FUNÇOES DA HEMOGLOBINA QUÍMICA DA RESPIRAÇÃO. Profa. Dra. Celene Fernandes Bernardes

Homeostase do potássio, cálcio e fosfato

Reconhecendo os agravos clínicos em urgência e emergência. Prof.º Enfº. Diógenes Trevizan

Eletrólitos na Nutrição Parenteral

GASOMETRIA ph E GASES SANGUÍNEOS

Ácidos, bases e sistemas tampão

Sistema Respiratório. Superior. Língua. Inferior

Balanço Eletrolítico e Equilíbrio Ácido-Base

Considerações Gerais sobre Hemogasometria

98% intracelular extracelular

VI SEMINÁRIO. Tema: BIOQUÍMICA DO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE. Subtemas: Bioquímica do equilíbrio ácido-base Acidoses e alcaloses.

Testes de Consumo máximo de Oxigênio (Vo 2 máx) Fisiologia Do Esforço Prof.Dra. Bruna Oneda 2016

BIOQUÍMICA PARA ODONTO

DISTÚRBIO HIDRO- ELETROLÍTICO E ÁCIDO-BÁSICO. Prof. Fernando Ramos Gonçalves -Msc

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ PROGRAMA DE ENSINO TUTORIAL (PET) FACULDADE DE MEDICINA DISTÚRBIO HIDROELETROLÍTICO E ÁCIDO-BÁSICO

Hidroclorotiazida. Diurético - tiazídico.

Como interpretar a Gasometria de Sangue Arterial

QUÍMICA ANALÍTICA APLICADA - QUI 111 SOLUÇÃO TAMPÃO Natal/RN SOLUÇÃO TAMPÃO

Homeostase do ph. Ácidos e Bases. HA H + + A - HCl H + + Cl - H 2 CO 3 H + + HCO H + + NH 3. Escala de ph

Universidade Federal Rural de Pernambuco

ph SISTEMAS TAMPÕES Faculdade de Medicina PUC-Campinas Profa. Dra. Celene Fernandes Bernardes

Fisiologia Renal. Mecanismos tubulares I ESQUEMAS SOBRE FISIOLOGIA RENAL. Profa. Ms Ana Maria da Silva Curado Lins Universidade Católica de Goiás

Aula-8Gasometria Arterial. Profª Tatiani

Interpretação da Gasometria Arterial. Dra Isabel Cristina Machado Carvalho

Aula 05 DIABETES MELLITUS (DM) Definição CLASSIFICAÇÃO DA DIABETES. Diabetes Mellitus Tipo I

MECANISMOS DE ACIDIFICAÇÃO URINÁRIA. Carlos Balda UNIFESP

Objetivo: Estudar os mecanismos fisiológicos responsáveis pelas trocas gasosas e pelo controle do transporte de gases Roteiro:

Livro Eletrônico Aula 00 Questões Comentadas de Fisioterapia - Terapia Intensiva

GASOMETRIA ARTERIAL GASOMETRIA. Indicações 11/09/2015. Gasometria Arterial

INSTITUTO FEDERAL DO NORTE DE MINAS GERAIS KAMILA MARCIANO DE SOUZA SOLUÇÃO TAMPÃO ARINOS MINAS GERAIS

FISIOTERAPIA PREVENTIVA

Sistema tampão. Um sistema tampão é constituído por um ácido fraco e sua base conjugada HA A - + H +

Avaliação e tratamento das alterações do equilibrio ácido-base

INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA

Desequilíbrio Hidroeletrolítico. Prof.º Enfº. Esp. Diógenes Trevizan

EQUILIBRIO HIDRICO. Prof. Dr. Rodolfo C. Araujo Berber Médico Veterinário, MSc. PhD. UFMT-Sinop

Universidade Federal de Pelotas Núcleo de Pesquisa, Ensino e Extensão em Pecuária. Pelotas, 11 de novembro de 2015

Lesão Renal Aguda. Revista Qualidade HC. Autores e Afiliação: Área: Objetivos: Definição / Quadro Clínico:

Equilíbrio Ácido básico Enfa. Profa. Dra. Paula C Nogueira

Magnésio. Magnésio Funções. Magnésio Sódio Potássio. HNT 130 Nutrição normal. Organismo humano adulto

Biofísica renal. Estrutura e função dos rins

DISTÚRBIOS DO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO REVISÃO DE LITERATURA

Principais exames bioquímicos de. tratamento do paciente intoxicado

Sistema Urinário. Patrícia Dupim

FISIOLOGIA GERAL INTRODUÇÃO

EXAMES BIOQUÍMICOS. Profa Dra Sandra Zeitoun Aula 3

Profª:EnfªDarlene Carvalho Diálise : Aula I

FARMACOLOGIA. Aula 11 Continuação da aula anterior Rim Diuréticos Antidiuréticos Modificadores do transporte tubular ANTIGOTOSOS

Nefropatia Diabética. Caso clínico com estudo dirigido. Coordenadores: Márcio Dantas e Gustavo Frezza

PERFIL PANCREÁTICO. Pâncreas. Função Pancreática. Função Pancreática. Pancreatite aguda. Função Pancreática 22/08/2013

AVALIAÇÃO LABORATORIAL DA FUNÇÃO RENAL

05)Quanto ao ciclo de Krebs é INCORRETO afirmar que:

EQÚILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO E ACIFICAÇÃO URINÁRIA. Profa. Dra. Monica Akemi Sato

DISTÚRBIO HIDRO- ELETROLÍTICO E ÁCIDO-BÁSICO

Estado Hiperglicêmico Hiperosmolar. (EHH) e Cetoacidose Diabética (CAD) na. Sala de Urgência

As alterações são grandes para que haja sustentação das necessidades maternas e para o desenvolvimento do feto

Equilíbrio ácido-básico 2010

Sumário detalhado. Fundamentos S. Silbernagl e F. Lang 2. Temperatura, Energia S. Silbernagl 24. Sangue S. Silbernagl 32

FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO

28/10/2016.

Acidose Tubular Renal

Hemolenta. Bula para paciente. Solução para hemodiálise 6,14 MG/ML + 0,18596 MG/ML

Sugestões de atividades para avaliação. Ciências 8 o ano Unidade 8

Drogas que atuam no sistema cardiovascular, respiratório e urinário

SISTEMA EDUCACIONAL INTEGRADO CENTRO DE ESTUDOS UNIVERSITÁRIOS DE COLIDER Av. Senador Julio Campos, Lote 13, Loteamento Trevo Colider/MT Site:

Fundamentos de Química Profa. Janete Yariwake. Equilíbrio químico em solução aquosa. Soluções-tampão. Soluções tampão

EQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE

Frutose 5% Forma farmacêutica: Solução injetável

METABOLISMO DE ÁGUA E ELETRÓLITOS NA SAÚDE E NA DOENÇA

Cronograma. Introdução à disciplina de FISIOLOGIA. Conceito de Homeostasia AULA 1 - FISIOLOGIA APLIC. A ATIV. MOTORA

Transcrição:

Petr Soares de Alencar DISTÚRBIOS DO EQUILÍBRIO ÁCIDO BASE

GASOMETRIA ARTERIAL

GASOMETRIA ARTERIAL Paciente com os seguintes valores na gasometria arterial: ph = 7,08; HCO - 3 = 10mEq/litro; PCO 2 = 35 mmhg; anion gap = 14 (8 16 meq/l)

INTRODUÇÃO Ácido: substância capaz de doar íons H+ prótons acidose Base: substância (íon ou molécula) capaz de receber íons H + alcalose Sistema tampão: é o sistema formado por um ácido e uma base a ele conjugada, cuja finalidade é a de minimizar alterações na concentração hidrogeniônica.

ph = -log[h+] INTRODUÇÃO ph plasmático = 7,4 ; (pouco menor no sangue venoso e interstício = 7,35) Funções células, tecidos, órgãos e sistemas. Equação de Henderson: [H + ]= 24 x PaCO2 / [HCO 3- ] [H+]= 40nanomol/L PaCO2 (normal) = 40mmHg [HCO3] (normal) = 24 meq/l ph normal: 7,35 7,45 Limite compatível com a vida: ph = 6,8 8,0

Metabolismo ácido básico : Fisiológico: Gorduras e carboidratos: CO2 CO + H O <-> H CO <-> H + + HCO - CO 2 + H 2 O <-> H 2 CO 3 <-> H + + HCO 3 Cloreto de lisina: HCl e uréia Hidrólise de proteínas: ácido fosfórico Aminoácidos (enxofre): ácido sulfúrico Carga ácida diária: 1 meq/kg/dia

Metabolismo ácido básico: Patológico: Diabetes Mellitus descompensado: Alcoolismo Jejum prolongado Drogas: aspirina -> ácido salicílico *perdas fisiológicas de substâncias alcalinas, de cerca de 20-30 meq de bicarbonato por dia. (diarréia)

Frente a todos estes dados, percebemos que existe em nosso organismo uma predominância de mecanismos que levam a um excesso de ácido. Linhas de defesa: tampões, sistema respiratório e sistema renal Variáveis que determinam o ph: PCO2 e HCO3

Sistemas Tampão: Ácido carbônico-bicarbonato H + + HCO 3 - <-> H2 CO 3 <-> CO 2 + H 2 O Proteínas plasmáticas e intracelulares Hemoglobina *Ossos

Sistema Respiratório: Concentração de CO2 H + + HCO 3 - <-> H2 CO 3 <-> H 2 O + CO 2 Estimulação do centro respiratório [H]

Sistema Renal: Reabsorção do HCO 3 - Recuperação do bicarbonato consumido no processo de tamponamento de ácidos fixos Secreção de H + PCO 2, potássio, hormônios adrenais

Distúrbios clínicos: Acidose metabólica: Alcalose metabólica: Acidose respiratória: Alcalose respiratória: Mistos

Acidose metabólica Causas: Produção aumentada de ácido: Acidose láctica; cetoacidose; toxinas ingeridas Perda de Bicarbonato Redução na excreção renal de ácido Outras: acidose dilucional

Acidose metabólica Manifestações clínicas Respiração de Kussmaul Vômitos, dores pelo corpo, fadiga Manifestações neurológicas

Acidose metabólica Achados laboratoriais Diminuição do ph Diminuição do bicarbonato Diminuição da PCO 2 Causa a queda de 1,2 mmhg na PCO2 para cada redução de 1 meq/l de bicarbonato *compensação respiratória [HCO 3 - ] ---1,2 [CO 2 ] ou PCO 2 = 1,5 x [HCO 3- ] + 8 ex: bicarbonato= 10 a hiperventilação deverá trazer a PCO 2 para cerca de 23.

Acidose metabólica Na 140 Anion gap: Na (Cl + HCO 3- ) Lactato, proteínas, fosfato e sulfato Na = 140; HCO - 3 = 24; Cl = 105 (diferença de 8 16 meq/l) Anion gap normoclorêmica e hiperclorêmica AG 10 AG 10 Na 140 HCO3 4 HCO3 24 HCO3 4 Cl 106 Cl 126 Na 140 AG 30 Cl 106

Causas de acidose metabólica de acordo com o hiato iônico: Hipercloremica ( H I normal) A) gastrointestinal: diarréia, fístulas pancreáticas biliares B) renal: inibidores da anidrase carbônica, acidose tubular renal C) outras: acidose dilucional, nutrição parenteral

Normoclorêmica (H I aumentado) A) produção ácida aumentada: Cetoacidose Diabética ou alcoólica, acidose lática, B) ingestão de substâncias tóxicas: intoxicação por salicilatos C) falha na excreção ácida: IRA, IRC

Tratamento da acidose metabólica: Tratamento da doença de base Cetoacidose diabética: insulina + correção dos distúrbios da água, sódio e potássio Cetoacidose alcoólica: reposição de nutrientes e interrupção da ingestão de álcool Administração de álcali: Bicnecessário = (Bicdesejado Bicatual) x espaço do Bic

Alcalose metabólica Causas: Fase de geração da alcalose metabólica Fase de manutenção da alcalose metabólica

Alcalose metabólica Geração da alcalose metabólica Perda de Hidrogênio Gastrointestinal Renal Desvio do hidrogênio para o espaço intracelular Adição de bicarbonato ao líquido extracelular

Alcalose metabólica Manutenção da alcalose metabólica Depleção do volume extracelular Deficiência de cloro Depleção do potássio

Alcalose metabólica Manifestações clínicas: Não há sinais ou sintomas patognomônicos Avaliação do espaço extracelular: Deficiência de potássio: perda renal (diuréticos) ou gastrointestinal (vômitos)

Alcalose metabólica Achados laboratoriais Elevação do ph Elevação do bicarbonato Elevação do PCO 2 *O padrão eletrolítico é hipocloremia e hipocalemia

Alcalose metabólica Tratamento Corrigir os mecanismos que impedem os rins de excretarem quantidades maiores de bicarbonato

Acidose respiratória Causas Distúrbios neuromusculares Enfermidades pulmonares Denominador comum: hipoventilação alveolar H + + HCO 3 - <-> H2 CO 3 <-> CO 2 + H 2 O

Acidose respiratória Conseqüências clínicas (rápido, gradual) Confusão mental, coma *único sinal clínico fidedigno de hipercapnia é a demonstração de PCO 2 elevada no sangue.

Acidose respiratória Acidose respiratória aguda Anormalidades neuromusculares: síndrome de Guillain-Barré, drogas Obstrução das vias aéreas: corpo estranho, edema ou espasmo de laringe Desordens toraco-pulmonares: pneumotórax Doença vascular pulmonar: embolia pulmonar maciça VM: parâmetros inadequados (fr, volume corrente)

Acidose respiratória Acidose respiratória crônica Anormalidades neuromusculares: paralisia diafragmática Desordens toraco-pulmonares: DPOC

Acidose respiratória Tratamento É dirigido à causa de hipoventilação alveolar

Alcalose respiratória Causas *Qualquer condição que estimule a ventilação pulmonar pode levar à uma alcalose respiratória AVC, Tu Cerebrais, altitudes,estados infecciosos (septicemias), estados hipermetabólicos (febre), RESPIRE

Alcalose respiratória Tratamento Dirigido ao distúrbio que levou à hiperventilação

Distúrbios ácido-básicos mistos Ocorrência de 2 ou mais distúrbios ácido-básicos simultaneamente no mesmo paciente. Podem mascarar umas às outras

Valores normais para a gasometria: sangue arterial e venoso ph HCO 3 - PCO 2 po 2 Sangue 7,35-7,45 22-26mEq/litro 35-45 mmhg 80-100 mmhg Arterial Sangue Venoso 0,05 unidade menor Igual ao arterial 6 mmhg maior 50% menor

Distúrbio ph PaCO2 HCO3 Acidose Metabólica PaCO2 = 1,5 x Bicarbonato + 8 Alcalose Metabólica Acidose Respiratória Alcalose Respiratória

Roteiro de interpretação: Etapa 1: através do ph, PCO 2 e HCO 3 -, identificar a desordem mais aparente Etapa2: aplicar as fórmulas para ver se a compensação está adequada compensação respiratória [HCO 3- ] ---1,2 [CO 2 ] ou PCO 2 = 1,5 x [HCO 3- ] + 8 Etapa 3: anion gap

E aí, Vamos Treinar o que aprendemos?

Exemplo 1: Paciente com os seguintes valores na gasometria arterial: ph = 7,08; HCO - 3 = 10mEq/litro; PCO 2 = 35 mmhg; anion gap = 14

Etapa 1: ph baixo e bicarbonato baixo acidose metabólica ph = 7,08; HCO - 3 = 10mEq/litro; PCO 2 = 35 mmhg; anion gap= 14

Etapa 2: qual deveria ser a PCO2 para esta acidose metabólica? PCO 2 = (1,5 x HCO 3 - ) + 8 PCO 2 = 1,5 x 10 + 8 => 23 ph = 7,08; HCO 3 - = 10mEq/litro; PCO 2 = 35 mmhg; anion gap= 14

Etapa 3: anion gap ph = 7,08; HCO - 3 = 10mEq/litro; PCO 2 = 35 mmhg; anion gap= 14

Diagnostico final: distúrbio mista, metabólica e respiratória, com anion gap normal.

GASOMETRIA