A reabilitação urbana na Dinamarca

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Transcrição:

A reabilitação urbana na Dinamarca Reabilitação urbana A lei dinamarquesa sobre Reabilitação Urbana e Desenvolvimento Urbano, que entrou em vigor em 1 de janeiro de 2004, é o instrumento que permite aos municípios dinamarqueses desenvolver ações específicas no âmbito das políticas urbanas e de habitação. Para atingir este objetivo, os municípios podem recorrer a quatro medidas: Reabilitação de edifícios Declaração de inabitabilidade Áreas/espaços de lazer Requalificação de áreas (espaços de utilização colectiva) Caixa 1. Estratégia do governo relativa à reabilitação urbana O desenvolvimento urbano é um instrumento importante para o reforço da habitação social. O desenvolvimento urbano deve iniciar o desenvolvimento e a transformação das cidades e zonas urbanas problemáticas para as tornar atraentes para a sua ocupação e para investimentos privados. O desenvolvimento urbano deve melhorar o padrão habitacional nessas zonas e, assim, garantir uma habitação moderna e de boa qualidade. O desenvolvimento urbano é baseado no voluntariado, bem como em iniciativas privadas e co-financiamento privado. Em 2011, 250 milhões de coroas dinamarquesas (DKK) (cerca de 33,5 milhões) foram afetados ao desenvolvimento urbano. 50 milhões de coroas dinamarquesas ( 6,7 milhões) dos fundos foram atribuídos à requalificação de áreas e o restante financiamento foi alocado à reabilitação de edifícios, melhorias dos áreas de lazer, declarações de inabitabilidade, etc.

Reabilitação de edifícios A reabilitação de edifícios diz respeito à reconstrução e renovação de fogos (excepto os da habitação social), à renovação de salas de convívio das aldeias e outros aglomerados populacionais e à recuperação/reconstrução de estabelecimentos comerciais para os transformar em propriedade para arrendar. Os regulamentos constam da lei dinamarquesa sobre a Reabilitação Urbana e Desenvolvimento Urbano, Partes 3-5 e têm como objetivo criar alojamentos e zonas residenciais com boas condições de funcionamento. Os fundos para a reabilitação de edifícios são alocados aos municípios que pretendam subsidiar projetos de reabilitação urbana. A distribuição entre os municípios é baseada em critérios objetivos que devem refletir a necessidade de reabilitação dos edifícios nos diferentes municípios. Os municípios que utilizam fundos públicos para a reabilitação urbana devem contribuir com um montante equivalente. Os municípios administram o sistema de subsídios e tomam a decisão de conceder subsídios em cada caso particular. Os critérios para a concessão subsídios podem variar de município para município. As despesas são divididas igualmente entre o governo central e o município. A Lei sobre a Reabilitação Urbana e Desenvolvimento Urbano permite subsídios para: Habitações para arrendamento privado que não possuam instalações com aquecimento moderno, instalações sanitárias ou banheira, ou que foram construídas antes de 1950 e se encontram num estado consideravelmente degradado, ou para as quais foi elaborada uma classificação de energia, sugerindo melhorias. Os subsídios podem ser concedidos para manutenção ou obras de melhoria, demolições e qualquer outro trabalho mencionado na classificação energética. O subsídio é calculado com base no total das despesas elegíveis para subsídios. Normalmente, o subsídio cobre apenas uma parte dos custos totais e o município exige ao proprietário que cubra uma parte do custo. Habitação própria e habitação cooperativa. que não possuam instalações com aquecimento moderno, instalações sanitárias ou banheira, ou que foram construídas antes de 1950 e se encontram num estado consideravelmente degradado, ou para as quais foi elaborada uma classificação de energia, sugerindo melhorias. Os subsídios podem ser concedidos para trabalhos na envolvente do edifício, demolições, qualquer trabalho mencionado na classificação energética e para corrigir situações de inabitabilidade. O subsídio

pode ir até ao máximo de um quarto das despesas elegíveis para subsídios. O montante do subsídio vai depender de critérios estabelecidos pelo município ou resultar de uma avaliação concreta da necessidade de apoio para que o projeto possa ser implementado. Se o edifício em questão é classificado ou merece recuperação, o subsídio pode ir até um terço das despesas elegíveis para subsídios. Os subsídios são isentos de imposto. Salas de convívio das aldeias e outros aglomerados populacionais ou edifícios de uso semelhante. que estão localizados em aldeias ou zonas rurais. Os subsídios podem ser concedidos para trabalhos na envolvente do edifício, implementação de medidas para melhorar a acessibilidade e para corrigir situações de inabitabilidade. O cálculo dos subsídios está sujeito a regras idênticas às utilizadas na habitação própria e cooperativa. Estabelecimentos comerciais vagos que estão a ser convertidos em habitação para arrendamento. Os subsídios podem ser concedidos para trabalhos na envolvente do edifício, demolições, qualquer trabalho mencionado na classificação energética e para corrigir situações de inabitabilidade. O cálculo dos subsídios está sujeita às mesmas regras utilizadas para a habitação própria e cooperativa. Caixa 2. Resultados Entre 1990 e 2010, o número de fogos com falta de uma ou mais instalações (sanitárias, banheira ou aquecimento central) desceu de 324.000 para 138.000. Esta redução é resultado da modernização, conversão de dois ou mais fogos num, demolições de fogos de má qualidade e um esforço orientado para a reabilitação urbana. Desde 1990, aproximadamente, 65.000 habitações foram objeto de reabilitação urbana por parte do setor público.

Declaração de inabitabilidade Se um edifício ou parte de um edifício utilizado para fins residenciais ou outros constituir um risco para os seus ocupantes, a nível de saúde ou de incêndio, o edifício é considerado inabitável. De acordo com a parte 9 da Lei de Reabilitação Urbana e Desenvolvimento Urbano, a câmara municipal deve inspecionar as propriedades utilizadas para fins residenciais ou outros, se devido à sua localização, remodelação ou outras condições desses edifícios constituírem um risco para a saúde ou de incêndio. Sempre que a utilização de um edifício é avaliada como representando um risco para a saúde ou de incêndio, incumbe à câmara municipal declarar o edifício inabitável, ou seja, proibir a utilização do edifício ou parte do mesmo como residência ou para outra ocupação. As declarações de inabitabilidade não não dão direito a qualquer indemnização. Quando uma residência foi considerada inabitável, a câmara municipal deve alocar outro fogo ao agregado familiar. Todas as despesas de realojamento são repartidas igualmente entre o governo central e o município. Ao mesmo tempo ou depois de uma proibição, feita em conformidade com a Lei de Reabilitação Urbana e Desenvolvimento Urbano, a câmara municipal pode ordenar ao proprietário do edifício para reparar as situações alvo da declaração de inabitabilidade. Os regulamentos sobre a declaração de inabitabilidade de fogos que constituem um risco para a saúde ou de incêndio constam da lei sobre Reabilitação Urbana e Desenvolvimento Urbano, Parte 9, secções 75-83. O objetivo dos regulamentos é garantir que sejam tomadas medidas para eliminar as condições perigosas em fogos. Áreas/espaços de lazer Os regulamentos relativos às áreas de lazer podem ser encontrados na Lei de Reabilitação Urbana e Desenvolvimento Urbano, Parte 6, secções 39-50. Em vários quarteirões mais antigos do parque habitacional da Dinamarca, os espaços de lazer estão ainda divididos entre os proprietários individuais e as sociedades cooperativas e estão completamente inadequados para zonas de recreio e lazer. Além disso, muitos desses espaços de lazer não têm áreas verdes nem qualquer vegetação. As despesas para a criação e manutenção de uma área de lazer comum (de utilização colectiva) podem, sob certas condições, ser cobertas por subsídios públicos, integrados numa dotação financeira que compreende os subsídios para a habitação e os subsídios para áreas.

Requalificação de áreas (espaços de utilização colectiva) Pela Lei de Reabilitação Urbana e Desenvolvimento Urbano, o governo central pode conceder subsídios aos municípios para implementarem uma decisão sobre a requalificação de áreas em cidades e territórios problemáticos. A requalificação de áreas foi implementada na lei em 2004. O objetivo global de requalificação de áreas é dar início ao desenvolvimento e transformação das cidades e territórios com graves problemas sociais, a fim de os tornar atraentes para a sua ocupação e fortalecer a base para os investimentos privados. Por ano, um montante total de 50 milhões de coroas dinamarquesas ( 6,7 milhões) é destinado à requalificação de áreas. A qualquer projeto de requalificação de uma área pode ser atribuído um valor máximo de DKK 10 milhões ( 1,3 milhões), mas o montante não pode exceder um terço do total das despesas do município com o projeto. Os municípios podem solicitar subsídios para requalificação de uma área e estes podem ser utilizados para iniciativas como a melhoria das estradas e praças públicas, medidas relacionadas com o trânsito, bem como a intervenções de natureza social e cultural. Os projetos de requalificação de uma área devem ser implementados num prazo de cinco anos. Os subsídios são priorizados para projetos localizados nos seguintes locais: 1. áreas urbanas degradadas em cidades pequenas 2. áreas urbanas degradadas em grandes cidades 3. áreas de habitação com graves problemas sociais 4. antigos estabelecimentos comerciais e bairros Quando uma reserva de fundos tiver sido concedida a um município para um projeto de requalificação de uma área, o município é obrigado a preparar um programa de reabilitação urbana para a área em questão. O programa de reabilitação urbana deve ser preparado em cooperação com os moradores e outros parceiros que podem ser afetados pela decisão da câmara municipal sobre a requalificação dessa área. O programa de reabilitação urbana constitui a base para a decisão da câmara municipal sobre a requalificação da área e para o compromisso final do Ministério para os Assuntos Sociais relativo ao reembolso das despesas relativas a essa requalificação. Caixa 3. Número de projetos de reabilitação de zonas Desde a aprovação da Lei em 2004, foram iniciados um total de 101 projetos de requalificação de áreas.

Algumas zonas em que os projetos de requalificação de áreas estão a ser implementados têm também necessidade de reabilitação de edifícios. Nestes casos, podem ser concedidos subsídios adicionais a partir dos fundos para a reabilitação de edifícios. Ao combinar iniciativas para a requalificação de áreas com iniciativas para a reabilitação de edifícios pode ser conseguido um esforço combinado e reforçado, englobando as medidas de natureza física, cultural e social e as destinadas a melhorar as condições dos edifícios residenciais. A combinação destas iniciativas contribui para criar um efeito benéfico de sinergias tanto para a comunidade local como para os atores locais. DRICD, 26 junho 2012