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Transcrição:

55 EDITAL DE CONCURSO PÚBLICO N o 01/2011 LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES ABAIXO. 01 - Você recebeu do fiscal o seguinte material: a) este caderno, com o tema da REDAÇÃO (com valor de 40,0 pontos) e o enunciado das 60 (sessenta) questões objetivas, sem repetição ou falha, com a seguinte distribuição: Questões Objetivas N o das Questões Valor por questão Total Conhecimentos Básicos Língua Portuguesa 1 a 8 Conhecimentos de Informática 9 a 12 1,00 ponto 25,00 pontos Legislação SUS 13 a 25 Conhecimentos Específicos 26 a 60 2,00 pontos 70,00 pontos Redação - - 40,00 pontos b) 1 folha para o desenvolvimento da REDAÇÃO grampeada ao CARTÃO-RESPOSTA destinado às respostas das questões objetivas formuladas nas provas. 02 - Verifique se este material está em ordem e se o seu nome e número de inscrição conferem com os que aparecem no CARTÃO-RESPOSTA. Caso contrário, notifique o fato IMEDIATAMENTE ao fiscal. 03 - Após a conferência, o candidato deverá assinar, no espaço próprio do CARTÃO-RESPOSTA, a caneta esferográfica transparente de tinta na cor preta. 04 - A REDAÇÃO deverá ser feita com caneta esferográfica transparente de tinta na cor preta. 05 - No CARTÃO-RESPOSTA, a marcação das letras correspondentes às respostas certas deve ser feita cobrindo a letra e preenchendo todo o espaço compreendido pelos círculos, a caneta esferográfica transparente de tinta na cor preta, de forma contínua e densa. A LEITORA ÓTICA é sensível a marcas escuras, portanto, preencha os campos de marcação completamente, sem deixar claros. Exemplo: 06 - Tenha muito cuidado com o CARTÃO-RESPOSTA, para não o DOBRAR, AMASSAR ou MANCHAR. O CARTÃO- -RESPOSTA SOMENTE poderá ser substituído se, no ato da entrega ao candidato, já estiver danificado em suas margens superior e/ou inferior - BARRA DE RECONHECIMENTO PARA LEITURA ÓTICA. 07 - Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 alternativas classificadas com as letras (A), (B), (C), (D) e (E); só uma responde adequadamente ao quesito proposto. Você só deve assinalar UMA RESPOSTA: a marcação em mais de uma alternativa anula a questão, MESMO QUE UMA DAS RESPOSTAS ESTEJA CORRETA. 08 - As questões objetivas são identificadas pelo número que se situa acima de seu enunciado. 09 - SERÁ ELIMINADO do Concurso Público o candidato que: a) se utilizar, durante a realização das provas, de máquinas e/ou relógios de calcular, bem como de rádios gravadores, headphones, telefones celulares ou fontes de consulta de qualquer espécie; b) se ausentar da sala em que se realizam as provas levando consigo o CADERNO DE QUESTÕES e/ou o CARTÃO-RES- POSTA grampeado à folha para o desenvolvimento da REDAÇÃO; c) se recusar a entregar o CADERNO DE QUESTÕES e/ou o CARTÃO-RESPOSTA e/ou a folha para o desenvolvimento da REDAÇÃO, quando terminar o tempo estabelecido. d) não assinar a LISTA DE PRESENÇA e/ou o CARTÃO-RESPOSTA. Obs.: O candidato só poderá se ausentar do recinto das provas após 1 (uma) hora contada a partir do efetivo início das mesmas. Por motivos de segurança, o candidato NÃO PODERÁ LEVAR O CADERNO DE QUESTÕES e/ou o CARTÃO-RESPOS- TA e/ou a folha para o desenvolvimento da REDAÇÃO, a qualquer momento. 10 - Reserve os 30 (trinta) minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES NÃO SERÃO LEVADOS EM CONTA. 11 - Quando terminar, entregue ao fiscal o CADERNO DE QUESTÕES E O CARTÃO-RESPOSTA grampeado à folha para o desenvolvimento da REDAÇÃO e ASSINE A LISTA DE PRESENÇA. 12 - O TEMPO DISPONÍVEL PARA ESTAS PROVAS DE QUESTÕES OBJETIVAS E DE REDAÇÃO É DE 4 (QUATRO) HORAS E 30 (TRINTA) MINUTOS, incluído o tempo para a marcação do seu CARTÃO-RESPOSTA, findo o qual o candidato deverá, obrigatoriamente, entregar o CADERNO DE QUESTÕES E O CARTÃO-RESPOSTA grampeado à folha para o desenvolvimento da REDAÇÃO. 13 - As questões e os gabaritos das Provas Objetivas serão divulgados no primeiro dia útil após a realização das mesmas, no endereço eletrônico da FUNDAÇÃO CESGRANRIO (http://www.cesgranrio.org.br). 1

RASCUNHO 2

REDAÇÃO Texto I Estatuto do idoso Art. 1 o É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. Art. 2 o O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade. Art. 3 o É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio do Sistema Único de Saúde SUS, garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção especial às doenças que afetam preferencialmente os idosos. Art. 18. As instituições de saúde devem atender aos critérios mínimos para o atendimento às necessidades do idoso, promovendo o treinamento e a capacitação dos profissionais, assim como orientação a cuidadores familiares e grupos de autoajuda. Art. 46. A política de atendimento ao idoso far-se-á por meio do conjunto articulado de ações governamentais e não governamentais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Art. 47. São linhas de ação da política de atendimento: I políticas sociais básicas; II políticas e programas de assistência social, em caráter supletivo, para aqueles que necessitarem; III serviços especiais de prevenção e atendimento às vítimas de negligência, maus-tratos, exploração, abuso, crueldade e opressão; IV serviço de identifi cação e localização de parentes ou responsáveis por idosos abandonados em hospitais e instituições de longa permanência; V proteção jurídico-social por entidades de defesa dos direitos dos idosos; VI mobilização da opinião pública no sentido da participação dos diversos segmentos da sociedade no atendimento do idoso. BRASIL. Lei n o 10.741, de 1 de outubro de 2003. Estatuto do idoso. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 3 out. 2003. Adaptado. Texto II Rumo a um mundo de centenários Quem tem por volta de 40 anos de idade hoje, ou menos, pode ir se preparando: se os especialistas estiverem certos, suas chances de chegar aos cem serão muito maiores, e em condições muito próximas das que vive atualmente. Este acréscimo na expectativa e qualidade de vida virá de diversos avanços esperados para as próximas décadas em áreas como medicina regenerativa, células-tronco e biologia molecular que, segundo alguns, não só vão interromper o processo de envelhecimento como podem até revertê-lo. Nos últimos 100 anos houve um aumento da expectativa de vida em mais de 30 anos. Agora, os cálculos são que, nos próximos 30 anos, a cada ano que você vive, vai conseguir viver mais um em virtude do que está sendo descoberto e aplicado pela medicina. Há um avanço muito grande que mostra que há formas de subverter ou manipular essa expectativa de vida entendendo melhor como funcionam as células e o organismo, afirma o neurocientista Stevens Rehen. BAIMA, Cesar. Rumo a um mundo de centenários. Ciência/Saúde. O Globo. 3 jul. 2011. p. 46. Adaptado. 3

O envelhecimento populacional tem sido considerado uma das principais conquistas científicas e sociais dos séculos XX e XXI, trazendo grandes desafios para as políticas públicas. A legislação brasileira incorporou grande parte das sugestões das assembleias internacionais, mas é preciso garantir que essas leis melhorem, efetivamente, o cotidiano dos idosos em nosso país. As mudanças nos sistemas de seguridade social têm contribuído para o bem-estar dos indivíduos nessa etapa da vida. É importante, agora, garantir acesso universal aos serviços de saúde pública, em todos os aspectos envolvidos. Tomando como ponto de partida essas reflexões, elabore um texto dissertativo-argumentativo, em que você DISCUTA AS POLÍTICAS PÚBLICAS, ENTRE ELAS A DA SAÚDE, NECESSÁRIAS PARA ENFRENTAR O IMPACTO SOCIOECONÔ- MICO DO ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO EM NOSSO PAÍS. Justifique sua posição com argumentos. Instruções: a) ao desenvolver o tema proposto, selecione, organize e relacione argumentos, fatos e opiniões para defender seu ponto de vista, elaborando propostas para a solução do problema discutido em seu texto; b) a produção do texto deverá demonstrar domínio da língua escrita padrão; c) a Redação não deverá fugir ao tema; d) o texto deverá ter, no mínimo, 25 linhas e, no máximo, 30 linhas, mantendo-se no limite de espaço a ele destinado; e) o texto não deve ser escrito em forma de poema (versos) ou de narrativa; f) o texto definitivo deverá ser passado para a folha para o desenvolvimento da REDAÇÃO, pois não será considerado o que for escrito na Folha de Rascunho; g) a Redação definitiva deverá ser feita com caneta esferográfica transparente de tinta na cor preta; h) a Redação deverá ser feita com letra legível, sem o que se torna impossível a sua correção; i) a Redação não deverá ser identificada por meio de assinatura ou qualquer outra marca ou sinal. 4

Texto I 5 10 15 20 25 30 35 40 LÍNGUA PORTUGUESA A FORÇA DO PENSAMENTO Leia a seguir a entrevista com o neurocientista Miguel Nicolelis sobre seu novo livro, em que discute como a ligação entre cérebro e máquina revolucionará a medicina e o modo como iremos nos relacionar. No futuro, controlaremos máquinas e resolveremos problemas de saúde pelo comando da mente. Revista Galileu: O que é uma interface cérebro-máquina? Miguel Nicolelis: Basicamente, é o envio de informações por pensamento. Transferimos o sinal elétrico do cérebro, codificado de forma digital, sem fio, a equipamentos adaptados para receber esse comando. Com essa união da mente a sistemas virtuais, poderemos ter grandes avanços na medicina já nos próximos anos. A curto prazo, a paralisia é nosso foco. Trabalhamos para fazer quadriplégicos andarem usando uma espécie de esqueleto externo controlado pela mente. A longo prazo, tentaremos encontrar formas de reduzir o processo neurodegenerativo ou as lesões neuronais. Mais adiante, o objetivo será chegar à melhora de funções cognitivas. Revista Galileu: A interação direta com as máquinas mudará o modo como nos comunicamos? Miguel Nicolelis: Por completo. Internet, redes sociais e voz são interfaces lentas. Digitação, e até mesmo a linguagem, são imprecisas. Se você pudesse interagir com milhões de pessoas por pensamento ao mesmo tempo, aumentaria a velocidade de comunicação e essas interações seriam muito mais vívidas e reais. Não haveria interface entre você e a máquina, seria uma interação quase que como uma fusão, um inconsciente coletivo, uma rede social feita apenas por pensamentos. A linguagem passa a se transformar num meio secundário de comunicação. Isso só ocorrerá daqui a centenas e centenas de anos. Revista Galileu: Que mudanças ocorreriam em uma sociedade que se comunica assim? Miguel Nicolelis: Essa tecnologia pode realmente libertar a percepção dos limites. Com o cérebro, conseguiremos controlar os mais diferentes artefatos mecânicos, robóticos, virtuais, computacionais. Além disso, poderemos também criar novos sentidos. PAVARIN, Guilherme. A força do pensamento: entrevista com Miguel Nicolelis. Revista Galileu, n. 236, São Paulo: Globo. mar. 2011, p. 11-13. Adaptado. 1 Segundo o neurologista entrevistado, a sociedade do futuro transformará a linguagem em meio secundário de comunicação porque (A) artefatos robóticos serão responsáveis por emitir mensagens automaticamente. (B) equipamentos modernos serão responsáveis pela digitação das mensagens. (C) sistemas virtuais permitirão que o cérebro envie informações por pensamento. (D) máquinas eficientes terão a capacidade de registrar por escrito as mensagens. (E) linguagens de caráter visual serão criadas para substituir a linguagem verbal. 2 Normalmente, utiliza-se a conjunção porque para expressar a relação lógica de causalidade entre duas ideias em um texto. Mas essa relação pode ocorrer, também, entre duas frases que se relacionam sem a presença explícita dessa conjunção, como em (A) Com essa união da mente a sistemas virtuais, poderemos ter grandes avanços na medicina já nos próximos anos. A curto prazo, a paralisia é nosso foco. (l. 13-15) (B) A longo prazo, tentaremos encontrar formas de reduzir o processo neurodegenerativo ou as lesões neuronais. Mais adiante, o objetivo será chegar à melhora de funções cognitivas. (l. 18-21) (C) Internet, redes sociais e voz são interfaces lentas. Digitação e, até mesmo, a linguagem são imprecisas. (l. 24-26) (D) A linguagem passa a se transformar num meio secundário de comunicação. Isso só ocorrerá daqui a centenas e centenas de anos. (l. 33-35) (E) Essa tecnologia pode realmente libertar a percepção dos limites. Com o cérebro, conseguiremos controlar os mais diferentes artefatos mecânicos, robóticos, virtuais, computacionais. (l. 38-41) 3 Os critérios que regulam o emprego do sinal indicativo da crase, na língua escrita padrão, determinam os casos em que seu uso é obrigatório, facultativo ou proibido. Na frase Transferimos o sinal elétrico do cérebro, codificado de forma digital, sem fio, a equipamentos adaptados para receber esse comando. (l. 10-13) o uso desse sinal é PROIBI- DO, porque, nesse caso, se aplica a mesma regra que em (A) Com essa união da mente a sistemas virtuais, poderemos ter grandes avanços na medicina já nos próximos anos. (l. 13-15) (B) [...] tentaremos encontrar formas de reduzir o processo neurodegenerativo ou as lesões neuronais. (l. 18-20) (C) Não haveria interface entre você e a máquina [...] (l. 30) (D) A linguagem passa a se transformar num meio secundário de comunicação. (l. 33-34) (E) Essa tecnologia pode realmente libertar a percepção dos limites. (l. 38-39) 5

4 Considere as afirmativas a seguir acerca das palavras em destaque. I Em Com essa união da mente a sistemas virtuais, poderemos ter grandes avanços na medicina já nos próximos anos. (l. 13-15), a palavra destacada refere-se a sistemas que existem apenas potencialmente, não como realidade. II Em Internet, redes sociais e voz são interfaces lentas. (l. 24-25), a palavra destacada refere-se aos meios pelos quais o usuário interage com um programa ou sistema operacional. III Em [...] essas interações seriam muito mais vívidas e reais. [...] (l. 29), a palavra destacada se refere a interações mais verdadeiras. IV Em Com o cérebro, conseguiremos controlar os mais diferentes artefatos mecânicos, [...] (l. 39-41), a palavra destacada se refere a aparelhos ou dispositivos. São corretas APENAS as afirmativas (A) I e II (B) II e III (C) I, II e III (D) I, II e IV (E) I, III e IV Texto II 5 10 15 A história de nós mesmos Somos dependentes da memória e é justificável que sejamos. É essa faculdade que nos permite desde executar tarefas básicas do dia a dia como escovar os dentes, ir ao mercado e encontrar o caminho de volta para casa até aprender (e fixar) conceitos, procedimentos ou teorias complexas. E é fundamental para nossa proteção, pois nos lembrarmos de que fogo queima e que nos envolvermos em certas situações é prejudicial (ou até fatal) muitas vezes garante a sobrevivência física e o bem-estar emocional. É também a capacidade mnêmica que nos possibilita conectar informações e transmitir nossas histórias tanto coletivas quanto pessoais. E oferece o contorno de nossa identidade, permitindo até mesmo planejar o futuro. Recentemente, pesquisadores comprovaram que as áreas cerebrais envolvidas na produção de projeções e planejamentos são as mesmas usadas na manutenção de recordações. 20 Essa constatação vai ao encontro de uma ideia com a qual a psicanálise trabalha há mais de um século: elaborar o que se viveu para escapar da repetição e encontrar possibilidades de futuro. Hoje os cientistas sabem que nossas recordações não são reproduções fiéis do que vivemos. LEAL, Gláucia. Revista Mente e Cérebro, Edição especial n. 27. São Paulo: Ediouro Duetto Editorial Ltda. Adaptado. 5 De acordo com o Texto II, a memória é fundamental para nossa proteção porque (A) assegura a sobrevivência física e também o bem-estar emocional. (B) impede que seres humanos se beneficiem de experiências passadas. (C) oferece informações práticas sobre hábitos saudáveis ao organismo. (D) possibilita a descoberta de como o cérebro produz lembranças. (E) revive as recordações traumáticas que devemos esquecer. 6 A justificativa do emprego do sinal de pontuação está ERRADA em (A) Somos dependentes da memória e é justificável que sejamos. (l. 1-2) - Emprego do travessão para introduzir um comentário. (B) É essa faculdade que nos permite desde executar tarefas básicas do dia a dia como escovar os dentes, ir ao mercado e encontrar o caminho de volta para casa [...] (l. 2-5) - Emprego do travessão para introduzir uma enumeração. (C) [...] pois nos lembrarmos de que fogo queima e que nos envolvermos em certas situações é prejudicial (ou até fatal) muitas vezes garante a sobrevivência física e o bem-estar emocional. (l. 7-11) - Emprego dos parênteses para acrescentar uma informação. (D) É também a capacidade mnêmica que nos possibilita conectar informações e transmitir nossas histórias tanto coletivas quanto pessoais. (l. 11-13) - Emprego do travessão para inserir um detalhamento da informação. (E) E oferece o contorno de nossa identidade, permitindo até mesmo planejar o futuro. (l. 13-15) - Emprego da vírgula para indicar a supressão de uma palavra. 6

7 O ofício é a forma de correspondência oficial em que se estabelece a comunicação entre órgãos oficiais, ou de um órgão oficial para uma pessoa. Deve ser redigido no padrão culto da língua, segue um esquema preestabelecido e não deve apresentar rasura. O texto que segue é um exemplo de ofício. SECRETARIA DE CULTURA DO ESTADO X Ofício n o 10/2011 Cidade Y, 30 de junho de 2011. Exmo. Senhor J. Cardoso Governador do Estado X Senhor Governador, Será realizada, no próximo dia 15 de julho, às 14 horas, em sessão pública, uma homenagem ao escritor N. Fernandes. Será para nós uma grande honra se V. Ex a. puder prestigiar esse evento com sua presença. Atenciosas saudações, A. Miranda Secretário de Cultura do Estado X A respeito desse tipo de correspondência, considere as afirmações abaixo. I Um ofício deve conter identifi cação do destinatário, agradecimento, recibo, mensagem. II Um ofício deve conter fundamentação legal, saudação fi nal, experiência profi ssional. III Um ofício deve conter local e data, mensagem, saudação fi nal, assinatura e cargo do remetente. IV Um ofício deve conter número do documento, saudação fi nal, identifi cação do destinatário. Estão corretas APENAS as afirmações (A) I e II (B) I e III (C) II e III (D) II e IV (E) III e IV 8 A correspondência oficial é uma espécie formal de comunicação, estabelecida entre os órgãos do poder público para elaborar atos normativos e comunicações. É pautada por uma padronização de linguagem e de estrutura, que se caracteriza por: padrão culto da linguagem, impessoalidade, formalidade, clareza, concisão, uniformidade, uso adequado dos pronomes de tratamento. Para que as comunicações sejam compreendidas por todo e qualquer cidadão, há que evitar o uso de uma linguagem restrita a determinados grupos, como a gíria, os regionalismos vocabulares ou o jargão técnico. Ofícios, memorandos, atas são exemplos de correspondência oficial. Com relação ao emprego dos pronomes de tratamento, é INCORRETO afirmar que (A) esses pronomes exigem forma verbal conjugada na terceira pessoa gramatical. (B) o pronome Vossa Excelência é utilizado em correspondência dirigida às altas autoridades do governo. (C) o gênero gramatical do adjetivo relacionado a um pronome de tratamento deve coincidir com o sexo da pessoa a que se refere. (D) o pronome Vossa Eminência deve ser empregado em correspondência dirigida a reitores de universidades. (E) os pronomes possessivos referidos aos pronomes de tratamento são flexionados na terceira pessoa. 7

CONHECIMENTOS DE INFORMÁTICA 9 Sobre os sistemas operacionais Microsoft Windows que suportam as tecnologias de 32 bits e de 64 bits, considere as afirmativas a seguir. I - A versão de 64 bits processa grandes quantidades de RAM (memória de acesso aleatório) com efi ciência superior à de um sistema de 32 bits. II - Os drivers para versões de 32 bits funcionam corretamente em computadores que executam versões de 64 bits. III - Se um programa for especialmente projetado para a versão de 64 bits, ele funcionará normalmente na versão de 32 bits. Está correto APENAS o que se afirma em (A) I (B) II (C) III (D) I e II (E) II e III 10 Qual dispositivo possibilita a comunicação entre redes de arquiteturas distintas? (A) Buster (B) Channel (C) Gateway (D) Firmware (E) Display 11 No modelo TCP/IP, a interface com redes Ethernet e Token Ring, entre outras, é feita na camada (A) de Rede (B) de Aplicação (C) de Transporte (D) Física (E) Síncrona 12 Criar cópias de si mesmo de um computador para outro de forma automática, com capacidade de se replicar em grande volume, é característica de uma praga eletrônica denominada (A) Trojan Horse (B) Opteron (C) Freeware (D) Shareware (E) Worm LEGISLAÇÃO SUS 13 O Sistema Único de Saúde implica ações e serviços públicos de saúde que integram uma rede regionalizada hierarquizada e que, de acordo com a Constituição Federal, organizar-se-á por algumas diretrizes. A esse respeito, considere as afirmativas abaixo. I - A descentralização é uma diretriz do SUS, com direção única em cada esfera de governo. II - O SUS busca, como diretriz, um atendimento parcial, com prioridade para as atividades assistencialistas, sem prejuízo dos serviços assistenciais. III - O SUS tem como uma das diretrizes a participação da comunidade. É correto APENAS o que se afirma em (A) I (B) II (C) III (D) I e III (E) II e III 14 Para os efeitos do Código Municipal de Saúde, art. 37 da Lei municipal n o 5.504/1999, (Salvador-BA), considera(m)-se informação(ões) epidemiológica(s) (A) a execução das ações de controle de higiene (B) as notificações facultativas sobre acidentes do trabalho (C) as declarações de nascimento e óbitos (D) o registro das ações de controle do meio ambiente (E) os resultados de investigação de poluição do meio ambiente 15 A Portaria GM/MS n o 698, de 30 de março de 2006, define que o custeio das ações de saúde é responsabilidade das três esferas de gestão do SUS, estatuindo cinco blocos de financiamento. NÃO está de acordo com o estabelecido nessa Portaria a afirmação de que (A) os recursos federais para custeio de ações e serviços de saúde serão transferidos a Estados, Distrito Federal e Municípios, de forma automática, fundo a fundo, observando os atos normativos específicos referentes a cada bloco. (B) os recursos de cada Bloco de Financiamento devem ser aplicados, exclusivamente, nas ações e serviços de saúde relacionados ao Bloco. (C) no Bloco de Financiamento da Assistência Farmacêutica, os recursos devem ser aplicados, exclusivamente, nas ações definidas para cada Componente que compõem o Bloco. (D) o Bloco da Atenção Básica será constituído por dois componentes: Piso de Atenção Básica PAB Fixo e Piso da Atenção Básica Variável PAB Variável. (E) o Bloco de Financiamento para a Vigilância em Saúde será constituído por um componente: o da Vigilância em Gestão de Limpeza. 8

16 Os Recursos do Fundo Nacional de Saúde, de acordo com a Lei n o 8.142, de 1990, serão alocados como (A) investimentos previstos no Plano Anual do Ministério do Planejamento (B) investimentos previstos no Plano Quinquenal do Ministério da Saúde (C) investimentos previstos em lei orçamentária, de iniciativa do Poder Executivo e aprovados pelo Conselho Nacional (D) cobertura das ações e serviços, em geral, do Ministério da Previdência (E) despesas de custeio e de capital do Ministério do Planejamento 17 A Lei Federal n o 8.080/1990 prevê que (A) a participação complementar dos serviços privados para garantir a cobertura assistencial do SUS será formalizada mediante concessão, estabelecida por normas predominantemente privadas. (B) a utilização do critério baseado no perfil demográfico é vedada para o estabelecimento de valores a serem transferidos a Estados, Distrito Federal e Municípios. (C) os cargos e funções de chefia, direção e assessoramento, no âmbito do SUS, só poderão ser exercidos em regime de tempo integral. (D) os Municípios, dentre as atribuições estatuídas nessa lei, ficam vedados de administrar os recursos orçamentários e financeiros destinados à saúde, em cada ano. (E) os serviços de saúde das Forças Armadas, em tempo de guerra, serão integrados ao Sistema Único de Saúde, independente de formalização de convênio. 18 O art. 198 da Constituição brasileira estabelece que as ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único. Rede regionalizada e hierarquizada significa que os (A) serviços de saúde devem estar ancorados em uma rede de atenção básica em cada região de saúde. (B) serviços de saúde devem ser organizados em bases territoriais definidas, de acordo com a distribuição da população e o nível de complexidade dos serviços. (C) serviços hospitalares de nível terciário devem necessariamente estar contidos em cada região de saúde. (D) ambulatórios, postos de saúde e as clínicas de saúde da família devem subordinar-se a hospitais de nível secundário e terciário em cada região. (E) hospitais especializados constituem o ponto de coordenação do sistema de saúde em uma dada região. 19 A Lei Federal n o 8.080/1990 que regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, estabelece, em seu art. 7 o, o princípio de integralidade dos cuidados de saúde. Esse princípio obriga a que (A) os pacientes portadores de doenças agudas sejam tratados em locais distintos daqueles dos portadores de doenças crônicas. (B) os serviços coletivos sejam prestados pelos municípios, e os curativos, pelas outras esferas de governo, de maneira integrada. (C) o conjunto das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema, deve compor um conjunto articulado e integrado. (D) as equipes de saúde devem ser sempre multiprofissionais, capazes de dar conta da unidade biopsicossocial dos pacientes. (E) serviços de prevenção no âmbito da saúde pública devem ser organizados para tratamento na rede de hospitais e postos de saúde, e os de reabilitação em centros especializados. 20 A Política Nacional de Atenção Básica (Portaria GM/MS n o 648/2006) estabelece a revisão de diretrizes e normas para a organização da Atenção Básica para o Programa Saúde da Família (PSF) e para o Programa Agentes Comunitários de Saúde (PACS). Visando à operacionalização da Atenção Básica, definem- -se como áreas estratégicas para atuação em todo o território nacional a eliminação da (A) AIDS, o controle de acidentes de trânsito, o controle do diabetes e da hipertensão. (B) hanseníase, o controle da tuberculose, o controle da hipertensão arterial, o controle do diabetes mellitus, a eliminação da desnutrição infantil, a saúde da criança, a saúde da mulher, a saúde do idoso, a saúde bucal e a promoção da saúde. (C) desnutrição infantil, o controle dos acidentes do trabalho, o controle da tuberculose e a saúde da mulher. (D) hanseníase, o controle da tuberculose, o controle da hipertensão arterial, o controle do diabetes mellitus, a eliminação da desnutrição infantil, a saúde da criança e da mulher, a eliminação da AIDS. (E) hanseníase, o controle da tuberculose, o controle da hipertensão arterial, a saúde da mulher, da criança e do idoso, o controle de acidentes de trânsito. 9

21 O chamado Pacto pela Saúde, estabelecido pela Resolução MS n o 399/2006, determina um conjunto de prioridades para intervenções em saúde no subcapítulo Pacto pela Vida, de acordo com o perfil epidemiológico brasileiro. As prioridades estabelecidas neste Pacto para as endemias e doenças emergentes são (A) malária, tétano neonatal, tuberculose, hanseníase e AIDS (B) malária, leptospirose visceral, dengue e tuberculose (C) malária, dengue, hepatites e tuberculose (D) dengue, hanseníase, tuberculose, malária e influenza (E) dengue, hanseníase, tuberculose e doença de Chagas 22 A estratégia de Saúde da Família visa à reorganização da Atenção Básica no País, de acordo com os preceitos do Sistema Único de Saúde (Portaria GM/MS n o 648/2006). Além dos princípios gerais da Atenção Básica, a estratégia Saúde da Família deve (A) atuar no território, realizando cadastramento domiciliar, diagnóstico situacional, ações dirigidas aos problemas de saúde de maneira pactuada com a comunidade onde atua, buscando o cuidado dos indivíduos e das famílias ao longo do tempo, mantendo sempre postura proativa frente aos problemas de saúde-doença da população. (B) dirigir-se aos problemas de saúde de maneira pactuada com a comunidade onde atua, buscando o cuidado dos indivíduos e das famílias ao longo do tempo, mantendo sempre postura reativa frente aos problemas de saúde-doença da população. (C) dirigir-se exclusivamente aos problemas mais frequentes de saúde do território onde atua. (D) articular-se com as outras formas de atenção básica, sem necessariamente ter caráter substitutivo. (E) rever permanentemente as tecnologias mais adequadas para o enfrentamento das endemias locais. 23 Quando da identificação em uma unidade básica de saúde de um caso de tuberculose pulmonar bacilífero, sem complicações clínicas maiores, o médico de família deve (A) transferir o paciente para ser acompanhado pelo enfermeiro da unidade. (B) encaminhar o paciente para um serviço de controle de tuberculose da unidade mais próxima. (C) convocar, por carta ou telefonema à unidade, todos os membros da família para revisão junto à unidade. (D) divulgar, publicamente, o caso para que todos os que tenham mantido contato com o paciente agendem visitas à unidade. (E) solicitar aos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) que compareçam ao domícilio do paciente, desenvolvam ações educativas e agendem consultas dos expostos à unidade. 24 Quantas equipes de saúde da família são necessárias para atender a um município de 40.000 habitantes? (A) 5 (B) 10 (C) 15 (D) 20 (E) 23 25 Um paciente portador de câncer de pâncreas intratável, em fase terminal, apresenta um quadro de pneumonia aguda com insuficiência respiratória aguda, está lúcido e recusa-se a ser internado, preferindo permanecer em seu domicílio. De acordo com a Portaria GM/MS n o 1.820/2009, o médico deve (A) sedar o paciente e transportá-lo para um hospital. (B) reunir a família e solicitar autorização para internação compulsória. (C) abandonar o caso, solicitando ao paciente que procure outro profissional. (D) suspender qualquer medida terapêutica para abreviar o sofrimento do paciente. (E) respeitar a vontade do paciente e tratá-lo com os recursos possíveis em seu domicílio. RASCUNHO 10

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 26 A atividade de brincar é de extremo valor e é a principal ocupação da criança. Essa atividade possibilita a interação e o aprendizado da criança no cotidiano, buscando os sentidos de seu fazer. O brincar pode ser caracterizado como uma atividade (A) espontânea e de motivação intrínseca ao indivíduo. (B) espontânea, sentida, contudo, como obrigatória para a criança. (C) exclusiva da infância e que, na vida adulta, é substituída pela atividade lúdica. (D) extrínseca ao indivíduo e favorecida por determinados espaços. (E) realizada em determinados jogos, com regras. 27 O terapeuta ocupacional é o profissional da área de saúde responsável pela reabilitação das Atividades da Vida Diária (AVD), quando ocorrerem determinadas disfunções. O retorno a essas atividades é fundamental ao processo de autonomia do cotidiano do paciente. A esse respeito, analise as atividades a seguir. I - Selecionar roupas e acessórios de vestimenta. II - Servir o próprio alimento e bebida, bem como mastigar e engolir. III - Envolver-se e realizar-se afetiva e sexualmente. IV - Usar equipamentos para comunicação, como telefone e computador. 29 Na avaliacão dos Componentes do Desempenho Ocupacional, o terapeuta ocupacional deve empregar alguns instrumentos que fornecem informações necessárias para se traçar metas de tratamento. Associe os instrumentos de avaliação a suas funções. I - Dinamômetro II - Estesiômetro III - Goniômetro As associações corretas são: (A) I - P, II - Q, III - R (B) I - P, II - S, III - Q (C) I - R, II - S, III - P (D) I - S, II - P, III - R (E) I - S, II - Q, III - R 30 P - Medir a força de preensão e de pinça. Q - Medir arco de movimento articular. R - Medir o grau do edema de um segmento corporal. S - Determinar o limiar ao toque leve e à pressão profunda. Podem ser consideradas Atividades da Vida Diária (AVD) as apresentadas em (A) I e II, apenas. (B) I e III, apenas. (C) II e III, apenas. (D) I, II e III, apenas. (E) I, II, III e IV. 28 A capacidade de identificar a posição espacial de um segmento corporal, sem o uso da visão, é denominada (A) propriocepção (B) interocepção (C) exterocepção (D) diadococinesia (E) barestesia O símbolo acima representa a profissão de Terapia Ocupacional. O triângulo ou delta localizado no alto, dentro do círculo, significa um aspecto importante da prática profissional. A tríade indispensável da terapêutica ocupacional à qual o triângulo se refere é (A) atividade, corpo e mente (B) saúde, doença e cura (C) AVD, trabalho e lazer (D) criança, adulto e idoso (E) terapeuta, cliente e atividade 11

31 O Acidente Vascular Encefálico (AVE) compromete, de forma significativa, a realização das Atividades da Vida Diária (AVD). PORQUE O AVE provoca uma disfunção nos neurônios motores superiores, resultando na hemiparesia ou hemiplegia que se caracteriza por alterações sensoriais e motoras em um lado do corpo. Analisando-se as afirmações acima, conclui-se que (A) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira. (B) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira. (C) a primeira afirmação é verdadeira, e a segunda é falsa. (D) a primeira afirmação é falsa, e a segunda é verdadeira. (E) as duas afirmações são falsas. 32 Nas transformações conceituais por que a Terapia Ocupacional passou, a introdução do conceito antropológico de cultura foi relevante. O conceito de cultura permite à profissão redimensionar a atividade humana e a análise que realiza sobre esta. Com relação à aproximação do conceito de cultura com a prática terapêutica ocupacional, NÃO é correto afirmar que a(o) (A) atividade humana é altamente complexa e toda a análise será sempre um recorte parcial de qualquer fazer, devendo o profissional entender que as análises a priori não contemplam a diversidade das variáveis e dos sentidos que podem ocorrer durante as ocupações cotidianas dos sujeitos. (B) atividade ganha sentidos diversos segundo grupos, etnias e comunidades, devendo o terapeuta ocupacional acolher essas diferenças, procurando entender os sentidos locais e regionais que as atividades recebem. (C) atividade é diversa e, por isso, a lógica da Terapia Ocupacional será criar protocolos baseados nas ciências biomecânicas e cinesiológicas, procurando revelar as propriedades clínicas das atividades terapêuticas e reorganizar as diferentes ocupações, reduzindo-as em unidades invariáveis. (D) profissão realiza um deslocamento da visão da atividade terapêutica para a atividade humana e da simples ação de tratar para a ressignificação das ocupações do cotidiano em sua multiplicidade e interrelações. (E) objeto da profissão se distingue dos objetos das ciências duras pois, diferente das intervenções medicamentosas e de recursos físicos, a atividade humana, sendo elemento da cultura, recebe significações plurais e modos de realização com tecnologias corporais próprias a cada pessoa, revelando uma singularidade incontestável do fazer. 33 No tratamento de grandes queimados, o terapeuta ocupacional deve prevenir as deformidades. Assim, as posições antideformantes e as órteses têm papel fundamental. Nesse sentido, o melhor posicionamento do ombro deve ser (A) 45º em adução (B) 90º em adução (C) 110º em abdução (D) 135º em abdução (E) 180º em abdução 34 A prática da Terapia Ocupacional Social se volta para a reflexão e para as ações concretas sobre a desigualdade social. A desigualdade social está marcada pelo(a) (A) reducionismo produzido no seio social. (B) falta de uma política higienista no campo social. (C) ausência de instituições sociais de longa permanência para acolher indivíduos marginalizados. (D) dificuldade de engajar o sujeito no bojo das políticas neoliberais e no processo de globalização de forma efetiva. (E) dissolução dos vínculos, pela vulnerabilidade das redes sociais e pela precarização do trabalho. 35 A arte tem sido um elemento importante no campo da Terapia Ocupacional, principalmente na área da saúde mental. A relação entre arte e loucura e entre arte e clínica são construções históricas e que estimularam o uso da arte nas práticas terapêuticas ocupacionais. Na trajetória da arte ocidental, em um determinado período, ocorreu um deslocamento do interesse da obra para valorização do processo de criação do artista, que passou a ser visto como misterioso e onírico, assemelhando-se à experiência da loucura, bem como foi ressaltada a função expressiva da obra. Que movimento artístico defendeu essas ideias? (A) Construtivismo (B) Futurismo (C) Neoclassicismo (D) Renascimento (E) Romantismo 36 As atividades que compõem as áreas do desempenho ocupacional são: (A) exteroceptivas, interoceptivas e proprioceptivas (B) lúdicas, expressivas e corporais (C) da vida diária, instrumental da vida diária e da vida prática. (D) da vida diária, profissionais e de lazer (E) de autocuidados, de alimentação e de higiene 12

37 As pranchas de comunicação alternativa são importantes para ampliar a autonomia da criança em suas escolhas e atividades cotidianas, mas não têm papel importante no processo de inclusão escolar. PORQUE As pranchas de comunicação alternativa são tecnologias caras, de alta complexidade e não podem ser personalizadas. Analisando-se as afirmações acima, conclui-se que (A) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira. (B) as duas afirmações são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira. (C) a primeira afirmação é verdadeira, e a segunda é falsa. (D) a primeira afirmação é falsa, e a segunda é verdadeira. (E) as duas afirmações são falsas. 38 Com relação aos recursos humanos do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), pode-se afirmar que o(a) (A) assistente social, o psicólogo e o terapeuta ocupacional compõem, obrigatoriamente, as equipes de referência da Proteção Social Básica, Especial de Média Complexidade e Especial de Alta Complexidade. (B) terapeuta ocupacional, na ausência do psicólogo, o substituirá, obrigatoriamente, nas equipes de referência da Proteção Social Básica, Especial de Média Complexidade e Especial de Alta Complexidade. (C) terapeuta ocupacional, o economista doméstico, o musicoterapeuta, dentre outras, são categorias profissionais de nível superior que poderão atender às especificidades dos serviços socioassistenciais. (D) participação do terapeuta ocupacional não está prevista nas categorias profissionais de nível superior que poderão atender às especificidades dos serviços socioassistenciais. (E) participação do terapeuta ocupacional na gestão do SUAS não está prevista. 39 O Nasf é composto por nove áreas estratégicas que são: saúde da criança/do adolescente e do jovem; saúde mental; reabilitação/saúde integral da pessoa idosa; alimentação e nutrição; atividade física/práticas corporais; práticas integrativas e complementares; assistência farmacêutica; além da saúde (A) coletiva e do serviço social (B) da mulher e do serviço social (C) do trabalhador e da saúde da mulher (D) da população indígena e da saúde do trabalhador (E) da população quilombola e da saúde da população indígena 40 A Reforma Psiquiátrica Brasileira luta pela extinção dos hospitais psiquiátricos e propõe a criação de serviços substitutivos, abertos e com base na comunidade, como os Caps. Esse deslocamento dos hospitais psiquiátricos para os Caps exige muito mais do que a mudança arquitetônica do espaço, exige fundamentalmente a ruptura com o paradigma psiquiátrico e a construção de um novo modo de pensar os serviços e as práticas em saúde mental, de modo a valorizar ações voltadas à cidadania, à cultura e aos valores humanos, sempre no território. Essa nova concepção pode ser identificada na proposta de (A) desinstitucionalização (B) desospitalização (C) humanização (D) comunidade terapêutica (E) psicoterapia institucional 41 O terapeuta ocupacional, como os demais profissionais de saúde, se engaja numa luta que pretende modificar as antigas instituições asilares. As transformações exigidas pela Reforma Psiquiátrica Brasileira não só produzem mudanças em relação às antigas instituições como também aquecem questionamentos no seio da própria Terapia Ocupacional e no sentido que essa profissão dá às atividades. Assim, movidas pelas inquietações dessa reforma, as atividades humanas e o cotidiano passam a ter uma dimensão diferente na prática da Terapia Ocupacional, pois devem lidar com realidades complexas e concretas e trabalhar numa lógica não excludente e alienada. Nessa ótica, qual é a importância das atividades da Terapia Ocupacional para a Reforma Psiquátrica Brasileira? (A) Possibilitar a livre expressão de delírios e fobias através de signos plasmados nos materiais plásticos ofertados nas oficinas terapêuticas. (B) Possibilitar os espaços de acolhimento, a escuta, a expressão e a reflexão, transformando o cotidiano dos indivíduos e ampliando suas relações com os espaços abertos da cidade. (C) Permitir a escuta e a reflexão dos comportamentos indesejados surgidos nos espaços terapêuticos, levando a adequação desses às normas institucionais. (D) Minimizar os efeitos colaterais inevitáveis da medicação por meio de atividades realizadas nas oficinas. (E) Avaliar por seu valor psicodinâmico as atividades realizadas nas oficinas terapêuticas. 13

42 O terapeuta ocupacional é um dos profissionais de saúde que pode compor o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf). Entretanto, sua participação exige novas estratégias de trabalho. Sobre as estratégias prioritárias a serem utilizadas no Nasf por esse profissional, analise as afirmações a seguir. I - O terapeuta ocupacional, ao receber demandas de ação em saúde mental e/ou de reabilitação com idosos, deve priorizar os atendimentos compartilhados junto à rede de cuidados, se corresponsabilizando com ações de participação e inclusão social, deslocando a centralização dos procedimentos terapêuticos ocupacionais. II - O terapeuta ocupacional, ao receber demandas de ação em saúde mental e/ou de reabilitação com pessoas defi cientes, deve estimular ações coletivas de educação popular que visem à participação social dos usuários na luta pela manutenção e melhoria das condições dos hospitais psiquiátricos e dos centros especializados de reabilitação. III - A construção de projetos terapêuticos ocupacionais para indivíduos e/ou grupos de pessoas idosas e/ou defi cientes deve centrar-se nas atuais avaliações das atividades de vida diária e de controle domiciliar, tais como: Medida de Independência Funcional (MIF) e no Health Assessment Questionnaire (Questionário de Avaliação da Saúde). Está correto APENAS o que se afi rma em (A) I (B) II (C) I e II (D) I e III (E) II e III 43 No serviço da rede de saúde de um município brasileiro, o terapeuta ocupacional deve pautar sua atuação nos princípios e nas diretrizes do SUS. Associe as ações do terapeuta ocupacional aos princípios e diretrizes do SUS, apresentados a seguir. I - Na emergência de um hospital geral, a equipe de saúde mental priorizou a escuta e o acolhimento de um homem jovem com história de tentativa de suicídio em detrimento de um idoso em estado confusional decorrente de um quadro de hiperglicemia. II - O primeiro atendimento de uma mulher deprimida não obedeceu à rotina de horário burocrática do serviço em que trabalha. III - No atendimento de um grupo de idosos hipertensos com sequelas de AVC, é realizado um trabalho de educação e promoção de saúde, bem como o de reabilitação. X - Equidade W - Integralidade Y - Igualdade Z - Universalidade As associações corretas são: (A) I - W, II - X, III - Y (B) I - W, II - Y, III - Z (C) I - X, II - Z, III - W (D) I - Y, II - W, III - X (E) I - Z, II - X, III - W 44 O Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf) tem como objetivo(s) (A) apoiar a inserção das equipes da Estratégia de Saúde da Família (ESF) na rede de serviços. (B) estabelecer o primeiro contato dos usuários na rede assistencial dentro do sistema de saúde. (C) criar e implantar equipes da ESF para a atenção e a gestão da saúde na Atenção Básica/Saúde da Família. (D) apoiar e compartilhar as intervenções, no território, junto às equipes da Saúde da Família. (E) coordenar a atenção e a gestão da saúde dentro da Estratégia Saúde da Família. 14

45 Qual é o documento de base legal que sustenta o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf), dentro da estratégia saúde da família, na Política Nacional de Atenção Básica? (A) Portaria GM n o 145, de 24 de janeiro de 2008, republicada em 4 de março de 2008 (B) Portaria GM n o 154, de 24 de janeiro de 2008, republicada em 4 de março de 2008 (C) Portaria GM n o 648, de 28 de março de 2006, republicada em 4 de março de 2008 (D) Portaria GM n o 8.080, de 24 de janeiro de 2008, republicada em 4 de março de 2008 (E) Portaria GM n o 8.142, de 24 de janeiro de 2008, republicada em 4 de março de 2008 46 Os Centros de Atenção Psicossocial constituem-se nas modalidades de serviços definidas por Caps I, Caps II e Caps III. Que base legal fundamenta essa classificação? (A) Lei n o 10.216/2006 (B) Lei n o 8.080/1990 (C) Portaria n o 457/2006 (D) Portaria n o 432/2006 (E) Portaria n o 336/2002 47 A primeira fase da reabilitação cardíaca de uma pessoa internada, que sofreu infarto do miocárdio, consiste em (A) atividades físicas não intensas e não monitoradas. (B) atividades que demandam a resistência máxima do cliente. (C) atividades manuais, realizadas em plano elevado, em ortostatismo e em tempo prolongado. (D) instruções sobre conservação de energia e atividades graduadas. (E) instruções para a realização de atividades de cuidados pessoais na resistência máxima, sempre que a pessoa apresente dispneia. 48 O terapeuta ocupacional, durante uma avaliação de função sensorial, solicita que seu paciente mantenha os olhos fechados, colocando em uma de suas mãos objetos do cotidiano desse paciente, como chave, escova de dente, garfo, pente, caneta, bem como formas geométricas bi e tridimensionais, para que ele tente identificá-los através do tato e da manipulação ativa. Nesse caso, o objetivo do terapeuta ocupacional é avaliar a (A) cinestesia (B) disgrafia (C) esterognosia (D) grafoestesia (E) prosopognosia 49 É função estratégica do Caps (A) desinstitucionalizar as práticas psiquiátricas por meio de uma nova organização do serviço, ou seja, substituindo os atendimentos dentro dos hospitais psiquiátricos para dentro dos Caps, contemplando os atendimentos médico-psiquiátricos, psicológicos e terapêuticos ocupacionais. (B) articular a rede de serviços, potencializando parcerias intersetoriais, ou seja, ampliando e intensificando a comunicação e a integração de trabalho conjunto entre os Caps, a rede de saúde mental, a rede geral de saúde e as redes intersetoriais. (C) oferecer acesso a toda pessoa com transtorno mental, regionalizado no território, obedecendo à faixa etária do usuário e elaborando projetos terapêuticos singulares que possam ser agrupados de acordo com seus diagnósticos psiquiátricos. (D) operar com atenção integral, de forma interdisciplinar e intersetorial, reorientando as ações de saúde mental desenvolvidas nos Nasf, de modo a facilitar o fortalecimento dos procedimentos necessários aos atendimentos médico-psiquiátricos, psicológicos e terapêuticos ocupacionais. (E) centralizar as ações em saúde mental, de modo a minimizar as entradas das pessoas com transtornos mentais nos hospitais psiquiátricos, favorecendo, por exemplo, o primeiro contato dos usuários na rede assistencial dentro da ESF, de modo a supervisionar os profissionais de saúde mental dos Nasf. 50 No início do século XX, Laban contribuiu para a análise do movimento, revelando que as qualidades de movimento podiam produzir estados mentais diversos. Assim, os movimentos repetitivos e limitados realizados pelos trabalhadores na indústria passam a ser vistos como preocupantes, pois podem conduzir a estados mentais prejudiciais. Procurando levar o trabalhador a experimentar movimentos significativos e diversos, Laban afirma que os movimentos apresentam 4 esforços que podem ser experimentados pelo corpo de modo criativo e também podem servir para a análise de atividades. Os esforços descritos por Laban são: (A) peso, tempo, espaço e fluxo (B) peso, tempo, duração e fluxo (C) peso, tempo, dinâmica e duracão (D) dinâmica, tempo, espaço e fluxo (E) dinâmica, duração, espaço e fluxo 15

51 Define-se equilibração como (A) a constante reorganização do corpo frente à ação da gravidade (B) a postura ideal para a realização das atividades ocupacionais (C) uma atividade para sempre manter a coluna na posição ratificada (D) uma reação de permanência estática do centro de gravidade (E) uma reação dos nervos periféricos em resposta reflexa ao estímulo da gravidade 52 Os Centros de Atenção Psicossociais (Caps) apresentam modalidades de serviços estabelecidos em bases legais próprias. O Caps II corresponde ao serviço de atenção psicossocial com capacidade operacional para atendimento em municípios com população (A) até 70.000 habitantes (B) entre 70.000 e 200.000 habitantes (C) entre 200.000 e 700.000 habitantes (D) entre 700.000 e 1.500.000 habitantes (E) acima de 1.500.000 habitantes 53 A origem da Terapia Ocupacional é complexa, composta por diversos eventos históricos. No final do século XIX, a deteriorização do cotidiano, empobrecido de experiências estéticas e coletivas do trabalhador, em consequência da Revolução Industrial, contribuiu significativamente para que movimentos sociais, éticos e estéticos procurassem resgatar a dignidade do trabalho e humanizar a vida da populacão operária através do retorno à potência comunitária e estética do artesanato existente nas sociedades pré-capitalistas. O movimento que contribuiu para o surgimento da Terapia Ocupacional e que possui as características apresentadas foi o Movimento (A) Moral Pineliano (B) Internacional de Reabilitação (C) da Contracultura (D) de Artes e Ofícios (E) dos Trabalhadores de Saúde 54 Na avaliação terapêutica ocupacional, o discriminador de dois pontos estáticos é empregado para avaliar a (A) corrente elétrica muscular nos pontos de origem e inserção (B) força muscular em contração isométrica e isotônica (C) gnosia tátil relacionada a tarefas motoras mais finas (D) resistência muscular em dois grupos musculares simultaneamente (E) variação de temperatura entre o quente e o frio em um segmento corporal 55 O terapeuta ocupacional é um profissional que tem um papel destacado nas equipes multiprofissionais que atuam nas oficinas em saúde mental nos Caps, nos Centros de Convivência e nos Ambulatórios. A forma de produção artesanal pode ser um elemento importante nesse modo de operar a clínica da terapia ocupacional. A esse respeito, considere as afirmativas abaixo. I - A produção artesanal é feita com base em experiências práticas, nas habilidades de cada usuário e produz uma aproximação entre trabalho e produção de desejo, diferenciando-se do modo capitalista que articula trabalho com a produção de capital. II - A obra produzida nas ofi cinas artesanais estimula a criação de estéticas singulares e ritmos próprios, respeitando o modo de fazer de cada usuário, ao mesmo tempo que compartilha experiências inscritas no coletivo. III - A prática artesanal, mesmo que atravessada pela produção capitalista, ainda apresenta modos de produção diferentes porque todo o processo de produção é experimentado pelo usuário e respeita sua temporalidade. IV - A prática do artesanato nas ofi cinas não deve ser vista como um saudosismo melancólico da forma de produção das sociedades pré-capitalistas, de maneira que os usuários excluídos se tornem marceneiros, oleiros, etc, mas que possibilite outros modos de existir a partir de experiências singulares, possibilitando a inclusão social. Estão corretas as afirmativas (A) I e II, apenas. (B) I e III, apenas. (C) II e III, apenas. (D) I, II e III, apenas. (E) I, II, III e IV. 56 Na hanseníase, os músculos lumbricais são frequentemente afetados, levando ao aparecimento da mão em garra. A mão em garra surge porque os lumbricais perderam a capacidade de realizar a (A) extensão do punho, das articulações metacarpofalangianas e das interfalangianas (B) extensão do punho e das articulações interfalangianas (C) extensão das articulações metacarpofalangianas e a flexão das interfalangianas (D) flexão das articulações metacarpofalangiana e a extensão das interfalangianas (E) flexão do punho e das articulações metacarpofalangianas 16

57 A protetização pode fazer parte do processo terapêutico ocupacional, devendo o terapeuta avaliar sua necessidade, conhecer a classificação e treinar de modo adequado. Considere as afirmações abaixo sobre as próteses usadas na clínica da Terapia Ocupacional. I - As próteses podem ser classifi cadas como ativas, estéticas, mioelétricas e híbridas. II - As próteses devem ser modeladas com termomoldável sobre o membro afetado na posição funcional. III - As alterações sensoriais do coto, como o neuroma doloroso, devem ser tratadas na fase pré-protética, pois podem difi cultar a adaptação à prótese. IV - As próteses são dispositivos que visam a auxiliar a função de um membro e modifi car as estruturas do sistema musculoesquelético das extremidades. 60 Com relação ao desempenho ocupacional, os elementos sensório-motores, neuromusculoesqueléticos, cognitivos e habilidades psicossociais são (A) contextos de desempenho (B) funções de desempenho (C) áreas do desempenho (D) componentes do desempenho (E) unidades do desempenho Estão corretas as afirmações (A) I e III, apenas. (B) II e IV, apenas. (C) I, II e III, apenas. (D) II, III e IV, apenas. (E) I, II, III e IV. 58 O Reflexo Tônico Cervical Assimétrico (RTCA) é identificado quando o examinador (A) flexiona a cabeça do lactente para a região anterior e observa a extensão dos braços e a flexão das pernas. (B) flexiona a cabeça do lactente para a região anterior e observa a flexão dos braços e a extensão das pernas. (C) estende a cabeça do lactente para a região posterior e observa a extensão dos braços e a extensão das pernas. (D) vira a cabeça do lactente para um lado e observa a extensão de braço e perna no lado para o qual está voltada a face, enquanto os membros do lado correspondente à região occipital entram em flexão. (E) vira a cabeça do lactente para um lado e observa a flexão de braço e perna, no lado para o qual está voltada a face, enquanto os membros do lado correspondente à região occipital entram em extensão. RASCUNHO 59 Os primeiros cursos de Terapia Ocupacional, em nível de graduação, criados no Brasil, foram os cursos da (A) Faculdade de Ciências Médicas em Minas Gerais, e o da USP em São Paulo (B) Faculdade de Ciências Médicas em Minas Gerais, e o da ABBR no Rio de Janeiro (C) ABBR no Rio de Janeiro e o da USP em São Paulo (D) ABBR no Rio de Janeiro e o da UFSCar em São Paulo (E) UFSCar e o da USP, ambos em São Paulo 17