ONS e Copel on-line: acordo operativo assegura otimização do Sistema. Pesquisa. Desempenho. Usina José Richa (Salto Caxias): arquivo Copel



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Transcrição:

91 Ano VIII Abril 2006 Informativo do Operador Nacional do Sistema Elétrico Usina José Richa (Salto Caxias): arquivo Copel 4 ONS e Copel on-line: acordo operativo assegura otimização do Sistema Pesquisa Desempenho 3 7

EDITORIAL Jogo aberto Informativo do Operador Nacional do Sistema Elétrico Escritório Central Rua da Quitanda, 196 Centro Rio de Janeiro RJ 20.091-005 Telefone (21) 2203-9400 Fax (21) 2203-9444 www.ons.org.br Edição Assessoria de Comunicação e Marketing Comissão Editorial Cláudio Carneiro Roberto Gomes Tristão Araripe Fotos Reynaldo Dias e arquivo Coordenação Editorial Expressiva Comunicação e Educação (21) 2578-3148 www.expressivaonline.com.br Filiado à Participe Envie sua sugestão de pauta ou proposta de texto de matéria para: jornal@ons.org.br Tem gente que se arrepia só em ouvir a palavra feedback. Mas, também, convenhamos: a prática de criticar negativamente é tão comum que poucos enxergam essa ferramenta como importante para a gestão de pessoas, capaz de orientar a vida profissional, apontando direções e caminhos. Talvez seja por isso que os manuais mais recentes de gestão de pessoas vêm substituindo a expressão inglesa por outras formas mais adequadas e menos desgastadas de se dizer o mesmo, como retornos positivos ou devolutivas sinceras. O livro Feedback, de Roland & Frances Bee, recentemente distribuído aos gestores do ONS como um incentivo para a prática mais constante da crítica construtiva, propõe dez ferramentas para esse processo: 1. Analisar a situação, para determinar o que precisa ser mudado, e por que. 2. Determinar o objetivo, o que se deseja como resultado da crítica. 3. Ajustar-se à receptividade, isto é, à capacidade do outro em aceitar a crítica. 4. Criar um ambiente apropriado para a crítica, em que a verdade e o respeito mútuo prevaleçam. 5. Fazer uso das habilidades de comunicação a linguagem corporal vale por 55% da mensagem para efetivamente alcançar seu interlocutor. 6. Descrever claramente o comportamento que deseja mudar, o foco da sua crítica. 7. Descrever o comportamento ideal ou o padrão futuro desejado. 8. Procurar soluções conjuntamente, orientando e ajudando seu interlocutor a executar as mudanças necessárias. 9. Levar em conta aquilo que está funcionando certo, adicionando mensagens positivas àquelas que visam a melhorar o comportamento. 10. Chegar a um acordo sobre o que precisa ser mudado, sobre o tamanho da diferença entre o que existe e o desejado, sobre como mudar e em que prazo. Pode parecer apenas mais um decálogo simplório, mas é uma receita poderosa para aprimorar a prática do feedback. Devemos ter consciência de que é muito mais difícil melhorar desempenhos quando não há alguém para nos orientar e estimular a mudança. Mas para aprimorar o processo de criticar construtivamente é preciso estudar e praticar. Se você é gestor, leia o livro. Se não, pegue emprestado na biblioteca, ou peça ao seu chefe. Com certeza, essa obra irá contribuir para o contínuo aprimoramento dos interrelacionamentos humanos na organização e mesmo fora dela. 2 Informativo do Operador Nacional do Sistema Elétrico Ligação 91 Abril 2006

PESQUISA Metas para um melhor ambiente Realizada no dia 18 de abril, no Escritório Central, a apresentação dos resultados corporativos da pesquisa Melhor Ambiente destacou, entre outros assuntos, as metas e ações propostas. Transmitido por videoconferência para todas as localidades do ONS, o encontro reuniu assistentes de Diretoria, assessores, gerentes executivos, gerentes e coordenadores. No comando das explicações, a assessora da Diretoria, Angela Bessa (foto), apresentou os resultados da pesquisa Melhor Ambiente, com a análise feita pelo Great Place to Work Institute e o detalhamento do plano de ação. Abrindo o evento, o diretor Geral, Hermes Chipp, fez questão de enfatizar a importância da iniciativa para o ONS. Essa pesquisa tem uma finalidade fundamental para o Operador, pois foram contempladas dimensões essenciais, como credibilidade, respeito, imparcialidade, orgulho e camaradagem. As três primeiras marcam a sistemática de gestão do ONS. É a consolidação do modelo gestor, destacou Hermes Chipp, que lembrou também os bons resultados da pesquisa realizada com os agentes. A partir dos comentários e sugestões feitos pelos colaboradores, apontados tanto nos questionários, como nas dinâmicas de grupo, foram apresentados os pontos fortes da organização e as oportunidades de melhoria. Na primeira etapa da análise dos dados coletados, Angela Bessa explicou que estão sendo trabalhados os resultados da organiza- ção como um todo. Em uma segunda fase, entraremos no âmbito setorial. Para isso, nos meses de abril e maio, convocaremos todas as diretorias do ONS para discutir seus resultados individualmente. Ela ressaltou que os dados obtidos na pesquisa ficaram acima da média, quando comparados com os de outras grandes empresas do mercado. As ações Foram definidas seis ações prioritárias, com base nas dimensões imparcialidade, credibilidade e respeito, para atender aos itens que foram classificados na pesquisa. São elas: a revisão do processo de implantação da Avaliação de Desempenho por Metas; a revisão do Plano de Cargos e Remuneração (PGCR); a elaboração de um Plano de Desenvolvimento Individual, que envolve a revisão do processo de Levantamento de Necessidade de Treinamento (LNT) e a implantação do Plano de Desenvolvimento. Estão incluídas também a sistematização da Comunicação Interna na gestão do ONS; a revisão das Normas Corporativas; e a consolidação do papel e desenvolvimento dos gestores, com a definição das suas atribuições e responsabilidades e a implantação dos primeiros módulos do Programa de Desenvolvimento Gerencial. Segundo os pontos levantados na análise do Great Place to Work Institute, o esforço continuado na implementação de melhorias focadas na gestão de pessoas é essencial para tornar o ONS um excelente lugar para trabalhar. A pesquisa, feita em parceria com o Great Place to Work Institute, teve 778 questionários distribuídos, dos quais 601 foram respondidos, significando um retorno de 78% no grau de envolvimento da organização. As oportunidades de melhoria encontramse, principalmente, nas dimensões Credibilidade, Respeito e Imparcialidade. Abril 2006 Ligação 91 Informativo do Operador Nacional do Sistema Elétrico 3

OTIMIZAÇÃO DO SISTEMA Mais uma etapa cumpri Usina Ney Braga (Segredo) Fotos: arquivo Copel O dia 6 de abril marcou a conclusão de uma importante etapa para a otimização da operação do Sistema Interligado Nacional (SIN). Na ocasião, foi assinado um Acordo Operativo entre o ONS e a Companhia de Energia Elétrica do Paraná (Copel). Conforme estabelecido na Lei n o 9648, o ONS tem como uma de suas atribuições o planejamento e a programação da operação e o despacho centralizado da geração, visando à otimização do SIN. Com a formalização do Acordo Operativo com a Copel, o ONS fecha esse ciclo com todos os agentes e dá um passo decisivo para o cumprimento da legislação. Usina Bento Munhoz da Rocha Netto (Foz do Areia) Barragem da usina Parigot de Souza (Capivari-Cachoeira) Além das hidrelétricas acima, o acordo também contempla a usina Governador José Richa (Salto Caxias) - Foto da capa. O Acordo Operativo entre a Copel e o ONS foi firmado pelo diretor Geral do Operador Nacional, Hermes Chipp, e seus diretores de Operação do Sistema, Luiz Eduardo Barata, e de Planejamento e Programação da Operação, Darico Pedro Livi; e, pela companhia paranaense, seu diretor presidente, Rubens Ghilardi, e o diretor de geração e transmissão de energia e de telecomunicações, Raul Munhoz Neto (foto abaixo). O documento estabelece procedimentos e atribuições de ambas as partes no que se refere à geração de energia pelas hidrelétricas da Copel. Além do acordo, a data marcou também a descontratação dos serviços prestados pelos centros de operação da Copel, conforme o estabelecido pela Aneel e a exemplo do que já foi feito em outras regiões. Programação eletroenergética Para o cumprimento efetivo da Lei n o 9648, cabe ao Operador Nacional estabelecer a geração proveniente das diferentes fontes energéticas existentes no sistema, como hidrelétrica, termelétrica e nuclear, por exemplo. O Acordo Operativo para realizar as atividades de elaboração da programação diária eletroenergética, celebrado entre o ONS e a Copel, atendendo aos princípios exigidos pela Aneel, fortalece a eqüidade deste processo no tratamento com todos os agentes de geração, avalia Darico Pedro Livi, diretor de Planejamento e Programação da Operação do Operador Nacional. Segundo os entendimentos entre o ONS e a Copel, o Operador Nacional passa a ter acesso on-line às ferramentas de programação utilizadas pela companhia e vice-versa, o que atribui uma maior transparência ao proces- 4 Informativo do Operador Nacional do Sistema Elétrico Ligação 91 Abril 2006

OTIMIZAÇÃO DO SISTEMA da com sucesso Foto: arquivo Copel so. O acordo assinado com a Copel é uma importante etapa vencida e assegura a reprodutibilidade dos resultados e a transparência do processo. Em um futuro próximo, a atividade de programação da operação será otimizada com a implantação do modelo DESSEM, ressalta Hermes Chipp. Acredito que conseguimos chegar a uma solução de bom termo, afirmou, em matéria veiculada no site da companhia, o diretor de geração e transmissão da Copel, Raul Munhoz Neto. O documento que assinamos manteve as responsabilidades e as atribuições que cabem ao ONS e à Copel, para o melhor controle das instalações, avalia. No que se refere à operação hidráulica dos reservatórios, o ONS e os agentes devem atuar de forma coordenada, para que a geração hidrelétrica despachada pelo Operador atenda às condições da bacia, estabelecidas tanto pelas empresas como pelos órgãos de gestão de recursos hídricos, como a Agência Nacional de Águas. Por outro lado, no que diz respeito à segurança dos empreendimentos sob a responsabilidade dos agentes de geração, os procedimentos preservam a autonomia das empresas para o estabelecimento das condições operativas necessárias a garantir o nível de segurança adequado. Desta forma, a Copel continua responsável pelo controle do nível de água armazenada nos reservatórios em situações de emergência, segundo suas regras e normas operacionais. Estamos garantindo tranqüilidade e segurança às comunidades instaladas ao longo dos rios, principalmente o Iguaçu, declarou o diretor presidente da companhia Rubens Ghilardi, em matéria veiculada no site da estatal. Operação em Tempo Real Com relação à descontratação dos centros da Copel, no dia 6 de abril também foi assinado um memorando de entendimentos, pelo qual o Centro Regional de Operação Sul (COSR- S) passa a assumir todas as responsabilidades de operação do sistema na região, uma vez que os centros da Companhia Estadual de Energia Elétrica, do Rio Grande do Sul, já haviam sido descontratados em 2005. Como em todos os outros casos, durante dois meses, os centros de operação da Copel e do ONS farão uma operação paralela. Ao final desse período, o controle automático da geração passa a ser feito pelo COSR-S, em Florianópolis. É importante ressaltar que o processo de descontratação dos centros é precedido por todo um trabalho de preparação do ONS, com a participação tanto da Diretoria de Operação, como das diretorias de Planejamento e Programação e de Assuntos Corporativos, principalmente da sua Gerência de Informática e Telecomunicação. Nessa fase, anterior às descontratações, a colaboração dos agentes envolvidos também tem sido fundamental para o Operador, enfatiza Luiz Eduardo Barata, diretor de Operação do Sistema. Até o momento, dos 17 centros terceirizados, o ONS já descontratou 15. Restam apenas os da Companhia Energética de Minas Gerais e da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista. A previsão é que todo o processo seja concluído até março de 2007, com o término da operação paralela do Centro de Operação do Sistema São Paulo. No início de suas atividades, além dos seus centros próprios, o ONS teve a necessidade de contratar os serviços de 17 centros, sendo 13 de operação local e 4 de operação do sistema. Com a descontratação, o ONS passa a assumir plenamente as suas atribuições, operando o Sistema Interligado Nacional de forma integrada, com transparência, eqüidade e neutralidade, assegurando o suprimento de energia elétrica de forma contínua, econômica e segura. O Centro Regional de Operação Sul passa a ser responsável por toda a operação na região Abril 2006 Ligação 91 Informativo do Operador Nacional do Sistema Elétrico 5

CONTINUIDADE DE NEGÓCIOS Morand (à esquerda) em videoconferência com Juvenor. ONS sem parar O grupo de coordenação do PCA conta com: Maurício Moszkowicz (DAC); Juvenor Pereira da Silva Jr. (DOP); Alice Azevedo e André Luiz Guimarães (DAT); Osmar Cardoso e Mario Jorge Daher (DPP); Setsuko Kodama (DGL); além de Sergio Morand, como coordenador, e José Leonel Carneiro, como secretário-geral. O Plano de Continuidade de Negócios (PCA), que tem como objetivo manter o funcionamento do ONS de forma menos vulnerável a ameaças (leia matéria no Ligação 88), passa a incluir também as áreas de Pré-Operação, Pós-Operação e Operação em Tempo Real. O trabalho realizado até o momento compreendeu a avaliação de riscos e a elaboração de um relatório de impacto sobre as atividades do ONS, o Business Impact Analysis (BIA). Isso envolveu visitas a todas as instalações do Operador e entrevistas com um grande número de colaboradores, destaca Sergio Morand, assistente da Diretoria de Assun- tos Corporativos. O andamento do trabalho e a aplicação da metodologia empregada pelas consultorias Impsat e PS demonstraram ser possível elaborar um plano mais completo e conciso. Após várias análises feitas pela coordenação do projeto e interações com a Diretoria, as atividades de Tempo Real foram também incorporadas no PCA, de forma que não houvesse impacto significativo nos prazos e custos envolvidos. A conclusão da primeira fase, que já inclui o Tempo Real, tem prazo determinado para final de julho. Já foram totalmente cumpridas as fases de Sensibilização e Análise, conta Juvenor Pereira da Silva Junior, membro da equipe responsável. Visão de futuro Juvenor Pereira da Silva Junior passou a fazer parte do time de novos gestores do Operador Nacional (leia matéria no Ligação 90), ao assumir a posição de assessor da Diretoria de Operação do Sistema. Juvenor Pereira da Silva Junior Formado em Matemática, pelo CEUB, e especialista em Informática, pela ETUC. Nascido em Anápolis (GO), é casado com Darcy e tem três filhos: Rodrigo, de 20 anos, Marina, de 7, e Giovanna, de 6. Nas horas vagas trabalha em um movimento católico. A construção de uma sociedade mais justa e fraterna passa, necessariamente, por uma consciência coletiva. Quais os seus novos desafios no ONS? Pretendo contribuir no desenvolvimento de projetos que tenham como objetivo conferir ao ONS maior qualidade, seja no aspecto de seu relacionamento institucional com os demais agentes do setor, seja nas questões internas que o configurem como um bom lugar para trabalhar. Atualmente, tenho trabalhado em alguns projetos, dos quais posso destacar o Sistema de Informações de Gestão de Informação e Relacionamento, Plano de Continuidade de Atividades Empresariais (leia matéria acima), a Força Tarefa de Tecnologia da Informação e o Comitê de Recursos Humanos. Tenho me sentido bastante motivado com as atividades que venho desempenhando. Como você avalia as alterações promovidas pelo ONS no seu time de gestores? Esse tipo de mudança é naturalmente positivo, pois obriga a um repensar de processos e formas de atuação. Neste sentido, sempre que um profissional sai de seu reduto e vai emprestar sua competência em outra área, os ganhos são sensíveis. Vale também ressaltar que a Diretoria teve a percepção para alocar adequadamente alguns de seus potenciais, fortalecendo a composição do time de gestores. Em uma analogia com um jogo de xadrez, o ONS posicionou melhor algumas peças, visando obter consistência na retaguarda e maior poder de fogo para enfrentar os desafios. 6 Informativo do Operador Nacional do Sistema Elétrico Ligação 91 Abril 2006

PERFORMANCE ORGANIZACIONAL Gestão e desempenho No dia 17 de abril, os gerentes executivos do ONS tiveram a oportunidade de conhecer de perto o Programa de Performance Organizacional 2006 e os critérios para a avaliação de desempenho. O encontro, realizado no Escritório Central, e transmitido por videoconferência para todas as localidades do Operador, teve o intuito de apresentar os objetivos e os desafios do Programa de Performance do ONS. Marco Antonio Carvalho (foto), gerente executivo da Assessoria de Desenvolvimento de Recursos Humanos, detalhou as formas de ponderação do programa, com a apresentação das metas a serem cumpridas e os seus marcos físicos. Na abertura do evento, o diretor Geral, Hermes Chipp, destacou a importância da participação dos gestores, lembrando que o processo de aperfeiçoamento de gestão é uma das principais metas a serem atingidas pelo Operador em 2006. Não adianta desenvolver um programa desse porte sem que haja o envolvimento dos gerentes executivos, dando o feedback necessário aos colaboradores de suas equipes. É importante que os gerentes possam ser multiplicadores das metas e dos objetivos do ONS, enfatizou Hermes Chipp. Na ocasião, o diretor de Assuntos Corporativos, Luiz Alberto Fortunato, ressaltou a importância de se ter o foco nos resultados globais da organização. Ao longo do avanço do programa, nós encontraremos mais facilidade para renunciar à percepção local em troca de uma visão global. Vamos crescer na medida em que construímos a solução coletiva. Essa construção vai nos alimentar e nos fazer sentir cada vez mais íntegros, como parte de um todo chamado ONS. A segunda parte do encontro contou com a presença da gerente executiva de Serviços em Recursos Humanos, Fernanda Roitman, que apresentou os critérios e a forma como o processo de avaliação será conduzido. Ela destacou, ainda, que o pilar para o desenvolvimento do programa veio do resultado da pesquisa de clima (leia matéria na pág. 3). A estrutura do programa O programa foi estruturado em dois grupos de metas: as globais, referentes aos objetivos gerais da organização, e as setoriais, divididas por diretoria. As metas globais somam 70% da remuneração e os 30% restantes estão associados ao cumprimento das metas setoriais. Foi dado, justamente, um peso maior aos objetivos globais para estimular a visão coletiva dos resultados, explica Marco Antonio Carvalho. Na fase de divulgação, serão desenvolvidas duas ações de comunicação: uma será a visitação de todas as localidades por meio do projeto RHonda, a outra prevê a distribuição de cartilhas para cada colaborador, descrevendo o programa, as metas a serem cumpridas, as formas de mensuração, quem são as pessoas beneficiadas e como é feito o cálculo. As metas globais são compostas por três grupos: o primeiro engloba sete projetos referenciais do Plano de Ação. O segundo envolve produtos e processos, com um estudo referente à implantação do Processo de Integração de Novas Instalações de Geração e Transmissão. E, por último, dois projetos de gestão corporativa associados, entre outras metas, ao desenvolvimento gerencial e à execução de ações para a melhoria do clima organizacional. Serão três metas setoriais por diretoria. São elas: o desenvolvimento de um dos projetos do plano de ação; a melhoria de um produto ou processo, a ser escolhido por cada diretoria; e a redução de despesas gerenciais. Abril 2006 Ligação 91 Informativo do Operador Nacional do Sistema Elétrico 7

INTERLIGADAS Novos gestores do Sul Enio Schlemper Júnior (à direita) e Ivair Lima de Freiria assumiram seus novos cargos no Centro Regional de Operação Sul, no dia 13 de março. Formado em Engenharia Elétrica, pela Universidade Federal de Santa (UFSC), e pós-graduado pela Escola Federal de Engenharia de Itajubá (EFEI), Enio Schlemper Júnior é o novo Gerente da Normatização. Considero o exercício de liderança como um desafio permanente. Desta forma, tenho uma expectativa muito positiva com relação ao aprimoramento dos instrumentos de gestão colocados à disposição pelo ONS. Essas ferramentas tornam mais ameno e transparente o relacionamento do gestor com o colaborador, em benefício do ambiente de trabalho, avalia Enio. Para Ivair Lima de Freiria, os principais desafios do novo cargo são gerenciar pessoas e estar atento às necessidades da equipe, assumindo responsabilidades e promovendo um ambiente com sinergia. Formado em Engenharia Elétrica (UFSC), especializado em Sistema de Potência (EFEI e UFSC) e, atualmente, cursando o Caise na PUC-RJ, Ivair assumiu a Gerência de Pós-Operação. A energia que vem do vento No dia 28 de março, foi colocado em teste o primeiro aerogerador da Usina Eólica de Rio do Fogo, localizada no Estado do Rio Grande do Norte, com apoio do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa). A atividade foi coordenada pelo Centro Nacional de Operação do Sistema e pelo Centro Regional de Operação Nordeste do ONS. Até 30 de junho, deverão ser inseridas outras 47 unidades de 800 kw cada uma, que compõem a primeira etapa de um total de 62 dessa usina eólica. Lançado em março, o Projeto Compartilhar realizou seu segundo evento no dia 18 de abril, no Auditório do Escritório Central. O workshop Custos e Tarifas de Transmissão, promovido pela Diretoria de Administração dos Serviços de Transmissão (DAT), em parceria com o Comitê Gestor de Desenvolvimento Tecnológico e Gestão do Conhecimento, foi transmitido por videoconferência a todas as unidades. O diretor da DAT, Roberto Gomes; o assistente da Diretoria, João Batista dos Santos Silva; bem Projeto Compartilhar como a especialista Alice Helena e o engenheiro Lenilson Mattos, ambos da Gerência de Monitoração de Conformidades e de Encargos de Transmissão e de Serviços Ancilares, ministraram as palestras. Os palestrantes explicaram como é feita a disponibilização dos dados da rede na internet para uso dos agentes. 8 Informativo do Operador Nacional do Sistema Elétrico Ligação 91 Abril 2006