O Valor da Prova Indiciária na Persecução Penal e na Regulação do Sinistro SETEMBRO/2013 SÃO PAULO
AS MEIAS VERDADES NA SISTEMÁTICA DE PROVAS NO DIREITO PENAL BRASILEIRO NO DIREITO PROCESUAL PENAL, MUITAS VEZES OS CONCEITOS DOS MANUAIS ACADÊMICOS SÃO DESMENTIDOS PELA PRÁTICA. TALVEZ, O MAIS ELOQUENTE DESSES DESMENTIDOS É O MANTRA REPETIDO INSISTENTEMENTE, DE QUE NÃO HÁ HIERARQUIA ENTRE AS PROVAS. HÁ. E UMA FORTÍSSIMA HIERARQUIA, QUEIRAMOS OU NÃO.
NEM TUDO É O QUE PARECE PROVAS LÍCITAS: SÃO AQUELAS REGULADAS NO CÓDIGO DE PROCESO PENAL OU POR ELE NÃO PROIBIDAS; PROVAS ILÍCITAS: SÃO AQUELAS PROIBIDAS OU PRODUZIDAS CONTRARIAMENTE À LEI (EX.: INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA); PROVAS ILEGÍTIMAS: SÃO AQUELAS QUE IMPEDEM O EXERCÍCIO DA DEFESA (EX.: CARTA PSICOGRAFADA);
NÃO É VALE-TUDO PRIMEIRO MITO A SER DESFEITO: NEM TUDO SE PERMITE COMO PROVA, NEM TUDO É PROVA, NEM TUDO PODE SER UTILIZADO COMO PROVA
PROVAS ILÍCITAS MAIS COMUNS A CAMPEÃ: TERMOS DE CONFISSÃO. VALEM MENOS QUE INGRESSO FALSO. TODAS AS SUSPEIÇÕES SE LEVANTAM. É CRIME DE CONSTRANGIMENTO ILEGAL PRATICADO NÃO PELO CONFITENTE, MAS POR QUEM EXTRAI A CONFISSÃO, CASO NÃO CONFIGURE CRIME AINDA MAIS GRAVE, COMO EXTORSÃO.
PROVAS ILÍCITAS MAIS COMUNS - II GRAMPO TELEFÔNICO SOMENTE PODE SER FEITO COM AUTORIZAÇÃO JUDICIAL, EM CASOS ESPECÍFICOS, JUSTIFICADAMENTE. É DIFERENTE DA GRAVAÇÃO DA CONVERSA, MANTIDA ENTRE AQUELE QUE A GRAVA E SEU INTERLOCUTOR. O GRAMPO É A INVASÃO À PRIVACIDADE DE TERCEIROS. A GRAVAÇÃO PODE SER MEIO EFICAZ DE PROTEÇÃO DE DIREITOS.
PROVAS ILÍCITAS MAIS COMUNS - III SORRIA, VOCÊ ESTÁ SENDO FILMADO: NADA IMPEDE QUE SE FILME O LOCAL DE TRABALHO, NOS SEUS ESPAÇOS PÚBLICOS OU COMUNITÁRIOS. É ILÍCITA A FILMAGEM FURTIVA DE PESSOA EM ATIVIDADES PRÓPRIAS OU PRIVADAS, CAMINHANDO COM SEU CÃO, ANDANDO NA PRAIA, FAZENDO COMPRAS, ETC.
PROVAS ILÍCITAS MAIS COMUNS - IV DIVULGAÇÃO DE SEGREDO, CUJA GUARDA É CONSEQUENCIA DE COMANDO DE LEI OU DE PROFISSÃO O SIGILO DO MÉDICO, TERAPEUTA, ETC. NÃO SE CONFUNDE COM A POSSIBILIDADE DE EXAME CLÍNICO-LABORATORIAL, DESDE QUE COM A ANUÊNCIA DA PESSOA OU QUE DISSO RESULTE ÔNUS PROCESSUAL. A QUEBRA DO SIGILO É CRIME.
VOLTANDO À HIERARQUIA DAS PROVAS Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas.
O INQUÉRITO É PARA A DENÚNCIA PRIMEIRO DADO DA HIERARQUIA DAS PROVAS E DE SUA OBTENÇÃO: A CONDENAÇÃO COM BASE NA PROVA DO INQUÉRITO É CAUSA DE NULIDADE ABSOLUTA, PORQUE AFRONTA O DIREITO À AMPLA DEFESA, GARANTIDO CONSTITUCIONALMENTE.
AS PROVAS LÍCITAS PROVAS DIRETAS: AQUELAS QUE RESULTAM DA RELAÇÃO ENTRE A INVESTIGAÇÃO E O OBJETO DE INVESTIGAÇÃO (EXAME NECROSCÓPICO OU CADAVÉRICO, SEXOLÓGICO, GRAFOTÉCNICO, EXAME DE LOCAL, ETC) PROVAS INDIRETAS: PROVAS OBTIDAS FORA DESSA RELAÇÃO DIRETA, MAS COM RELAÇÃO AOS FATOS (CONFRONTO BALÍSTICO, DNA, ETC)
A PROVA INDIRETA A VALORAÇÃO DA PROVA INDIRETA ESTARÁ SEMPRE SUJEITA AO VIÉS IDEOLÓGICO DO JULGADOR OU DOS COMPONENTES DO TRIBUNAL SUPERIOR.
FINALMENTE, Art. 239. Considera-se indício a circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com o fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias.
É, MAS NEM TANTO É SUFICIENTE PARA CONDENAR? NO VIÉS IDEOLÓGICO, ABRIR-SE-ÃO OS VALES DA CONDENAÇÃO OU DA ABSOLVIÇÃO MAS, DE FATO, NA PRÁTICA OBSERVADA E VIVENCIADA, É A PROVA MAIS FRÁGIL LEMBREM-SE: AS SEGURADORAS ESTÃO NO MESMO PATAMAR QUE OS BANCOS, ODIADOS EM PRIMEIRA INSTÂNCIA, MAS AMADOS EM SEGUNDA...
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