DECISÃO LIMINAR. Esclarece que o corte de ponto e salário está atrelado à decretação de ilegalidade do movimento que ainda não foi julgado.

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MANDADO DE SEGURANÇA Nº 5289015.26.2016.8.09.0000 COMARCA DE GOIÂNIA IMPETRANTE: SINDICATO DOS TRABALHADORES DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE SNDSAÚDE/GO IMPETRADO: SECRETÁRIO DA SAÚDE DO ESTADO DE GOIÁS RELATOR: DESEMBARGADOR NORIVAL SANTOMÉ DECISÃO LIMINAR O SINDICATO DOS TRABALHADORES DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE SINDSAÚDE/GO, representado pela sua Presidente, FLAVIANA ALVES BARBOSA, impetra o presente Mandado de Segurança coletivo, com pedido de liminar, inaudita altera pars, em face de ato tido como coator praticado pelo Sr. SECRETÁRIO DE ESTADO DA SAÚDE DO ESTADO DE GOIÁS, Sr. LEONARDO MOURA VILELA. Informa que é representante de entidade sindical da categoria dos profissionais de saúde do Estado de Goiás, nas suas mais diversas especialidades. Busca no presente writ, assegurar aos servidores substituídos que não sofram descontos em seus vencimentos decorrentes dos dias de participação em movimento paredista a partir de 20 de setembro de 2016. Esclarece que o corte de ponto e salário está atrelado à decretação de ilegalidade do movimento que ainda não foi julgado. Busca, ainda, em sede de liminar, que a autoridade coatora seja compelida a se abster de qualquer ato punitivo aos servidores, em face dos dias parados, até porque, em recente decisão da Suprema Corte, com aplicação de repercussão geral, ficou assentado que, quando o movimento grevista for provocado por conduta ilícita do Poder Público RE 693456/RJ, como é o caso dos autos, em vista de não ter o reajuste previsto em plano de carreira, além de outros, é permitido a realização de greve. Informa que o ESTADO DE GOIÁS impetrou ação civil pública com pedido de tutela de urgência inaudita altera pars, buscando a suspensão do movimento grevista e/ou a manutenção de 90% dos servidores sob pena de multa.

A decisão do douto Desembargador relator deferiu parcialmente os efeitos da tutela determinando que o Sindicato implementasse as providências necessárias para garantir o quantitativo de, no mínimo, 70% (setenta por cento) dos servidores, enquanto perdurasse o movimento, sob pena de multa diária de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). Todavia, alega que a autoridade impetrada emitiu Memorandum Circular para que lançasse na folha de pagamento do mês de novembro de 2016, o registro de frequência ou a efetivação do registro sem a devida contraprestação do serviço, desobedecendo, pois, ao comando judicial liminar contido nos autos de ação civil pública nº 5244639.52.2016.8.09.0000. Verbera que tal determinação causou grande apreensão e revolta dos servidores da saúde, pois além do não cumprimento à liminar imposta na ação civil pública, consideram uma absurda impostura o não cumprimento da garantia e reivindicações como a não concessão da revisão geral dos anos de 2015 e 2016, prevista constitucionalmente, como a abrupta redução de vantagens conhecidas como produtividade e outras previstas no Plano de Cargos Carreira e Salários, além das péssimas condições de trabalho. Colaciona julgado do Supremo Tribunal Federal, referente ao Recurso Extraordinário nº 693456/RJ, com repercussão geral que discorre sobre o corte de ponto. Assevera que os vencimentos dos substituídos devem ser preservados, já que são de caráter alimentar, fazendo algumas considerações ao direito de greve. Por fim, entendendo a presença dos requisitos autorizadores da liminar, sem a outiva da parte, que seja deferida para determinar a autoridade coatora que se abstenha de efetuar qualquer lançamento de falta ou corte de salário dos servidores substituídos, sob pena multa a ser arbitrada. Em definitivo, requer a segurança. Para o seu desiderato, junta documentos. Atendendo despacho judicial, o impetrante juntou nos autos, através do evento nº 07, a guia comprovando o pagamento das custas iniciais. Éo relatório. DECIDO. Cediço que o mandado de segurança visa a proteção do direito líquido e certo do cidadão, violado ou em risco de violação, por ato ilegal ou abusivo de autoridade, seja qual for a categoria ou a função exercida.

Os pressupostos para concessão de liminar em ação mandamental são a relevância do fundamento (fumus boni iuris), e o perigo de ineficácia da medida (periculum in mora), caso seja ao final deferida, nos termos do art. 7, III da Lei n. 12.016/2009. Doutro norte, a liminar não merecerá deferimento quando não forem vislumbrados, na peça vestibular do mandamus, os prefalados requisitos, ou mesmo não for constatada a existência do direito líquido e certo, assim como a prova de sua violação. Nesse sentido, o ilustre Hely Lopes Meirelles professa: A liminar não é uma liberalidade da Justiça; é medida acauteladora do direito do Impetrante, que não pode ser negada quando ocorrer seus pressupostos como, também, não deve ser concedida quando ausentes os requisitos de sua admissibilidade. Nesse contexto, satisfeitas as condições da ação e os pressupostos de admissibilidade necessários à sua impetração, verifico ausência de pertinência do pedido liminar. Éque, não vislumbro o fumus boni iuris apto a lhe garantir a medida encarecida, uma vez que pela análise superficial da documentação carreada aos autos, não há elementos a sustentar a rigidez do direito invocado na exordial. Digo isso, notadamente, em razão do recentíssimo acórdão emanado do Supremo Tribunal Federal, por meio do qual deliberou-se acerca do desconto na remuneração de servidores grevistas, assunto afetado pela repercussão geral, senão vejamos: O Tribunal, apreciando o tema 531 da repercussão geral, por unanimidade, conheceu em parte do recurso, e, por maioria, na parte conhecida, deu-lhe provimento, vencidos os Ministros Edson Fachin, Rosa Weber, Marco Aurélio e Ricardo Lewandowski, que lhe negavam provimento. Em seguida, o Tribunal, por maioria, fixou tese nos seguintes termos: "A administração pública deve proceder ao desconto dos dias de paralisação decorrentes do exercício do direito de greve pelos servidores públicos, em virtude da suspensão do vínculo funcional que dela decorre, permitida a compensação em caso de acordo. O desconto será, contudo, incabível se ficar demonstrado que a greve foi provocada por conduta ilícita do Poder Público", vencido o Ministro Edson Fachin. Não participaram da fixação da tese a Ministra Rosa Weber e o Ministro Marco Aurélio. Presidiu o julgamento a Ministra Cármen Lúcia. Plenário, 27.10.2016. (STF, Tribunal Pleno, RE 693456/RJ, rel. Min. DIAS TOFFOLI, DJE de 27/10/2016, divulgado em 07/11/2016).

Naquela ocasião, como se pode perceber da leitura do trecho alhures transcrito, firmou-se o posicionamento segundo o qual a Administração Pública somente está proibida de descontar as faltas em razão do movimento paredista nos casos em que houver prática, por si, de flagrante ato ilícito, o que, deveras, não vislumbro demonstrado neste momento processual, em sede do qual é exercido um juízo precário. A meu ver, não restou comprovada, ao menos em sede de cognição sumária, a ilicitude de conduta apta a ensejar a justificativa da greve e, por consectário, a impedir sejam descontados dos servidores os dias em que se ausentaram do exercício do labor. Lado outro, é de ressaltar a possibilidade de que a categoria representada pelo ora impetrante apresente à Administração Pública um plano de compensação das horas não trabalhadas, o que poderá, a juízo da própria Administração Pública, afastar os descontos que se tenta impedir por meio do presente writ. Aliás, no voto condutor do Acórdão proferido pelo STF no julgamento do RE n.º 693.456, o voto do ilustre Relator, Ministro Dias Tóffoli, restou consignada a relevância da negociação para a solução dos efeitos oriundos do movimento grevista, senão vejamos: Volto a insistir, no entanto, que a negociação sempre será a melhor solução para resolver os efeitos de um movimento paredista, cabendo às partes envolvidas no conflito decidir de que forma serão resolvidos os efeitos da greve, inclusive sobre os demais direitos remuneratórios ou não - dos servidores públicos civis, observando-se os limites acima traçados. Forte em tais motivos, e em um juízo de cognição sumária, não exauriente, própria ao estágio atual da quaestio instaurada, vislumbro não prosperar o pedido de concessão da liminar encarecida. Por fim, deve ser realçado o caráter provisório desta decisão, que poderá ser modificada ao longo do procedimento, à vista da formação do contraditório e do definitivo conjunto probatório que, certamente, constará dos autos após a conclusão do trâmite. Ao teor do exposto, considerando não restarem comprovados, em um primeiro momento, os pressupostos autorizadores da concessão da liminar, hei por bem INDEFERIR A LIMINAR da ação mandamental em apreço. Notifique-se a autoridade acoimada de coatora, colhendo-se as suas informações no prazo de 10 (dez) dias - artigo 7º, inciso I da Lei nº 12.016/09.

Intime-se o representante legal do Estado de Goiás, nos termos previstos no artigo 7º, inciso II da Lei nº 12.016/09. Ultimadas as providências, remetam-se os autos à Procuradoria Geral de Justiça - artigo 12 da Lei nº 12.016/09. 9p/1 Após, à conclusão. Intimem-se. Goiânia, 21 de novembro de 2016. Desembargador NORIVAL SANTOMÉ Relator