Supremo Tribunal Federal

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1 Ementa e Acórdão Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 18/04/2017 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS MINAS GERAIS RELATOR PACTE.(S) IMPTE.(S) PROC.(A/S)(ES) COATOR(A/S)(ES) : MIN. MARCO AURÉLIO :AILSON DE SOUZA SILVA :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA HABEAS CORPUS PREJUÍZO. Ante a perda de objeto, cumpre declarar o prejuízo da impetração. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do em julgar prejudicada a impetração, nos termos do voto do relator e por unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Marco Aurélio, na conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas. Brasília, 18 de abril de MINISTRO MARCO AURÉLIO PRESIDENTE E RELATOR documento pode ser acessado no endereço eletrônico sob o número

2 Relatório Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6 18/04/2017 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS MINAS GERAIS RELATOR PACTE.(S) IMPTE.(S) PROC.(A/S)(ES) COATOR(A/S)(ES) : MIN. MARCO AURÉLIO :AILSON DE SOUZA SILVA :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO Adoto, como relatório, as informações prestadas pela assessora Dra. Mariana Madera Nunes: O Juízo da Primeira Vara de Tóxicos da Comarca de Belo Horizonte/MG, no processo nº , converteu a prisão em flagrante do paciente, ocorrida em 6 de março de 2012, em preventiva, ante a suposta prática do crime previsto no artigo 33 (tráfico de drogas) da Lei nº /2006. Apontou a presença dos requisitos autorizadores da custódia, salientando que, embora a gravidade do delito, isoladamente, não impeça o implemento da liberdade provisória, a periculosidade e a possibilidade de reiteração devem também ser consideradas para determinar a segregação cautelar, tendo em vista a necessidade de garantia da ordem pública. Sobreveio a denúncia em 13 de abril de A Defensoria Pública do Estado de Minas Gerais impetrou habeas corpus no Tribunal estadual, sustentando constrangimento ilegal. Disse do caráter genérico da motivação do ato mediante o qual convertido o flagrante. Discorreu sobre a inconstitucionalidade do artigo 44 da Lei Antidrogas e o direito à liberdade provisória. A Segunda Câmara Criminal, ao indeferir a ordem, observou estar o pronunciamento atacado devidamente fundamentado nos termos do artigo 312 do Código de Processo Penal. Asseverou ter o Juízo demonstrado a documento pode ser acessado no endereço eletrônico sob o número

3 Relatório Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6 HC / MG existência de perigo concreto para a ordem pública decorrente da soltura do paciente, ante a quantidade e a diversidade da droga com ele apreendida 23 tabletes de maconha e 1 porção de cocaína, o que indicaria a prática da mercancia ilegal, circunstância a revelar a necessidade da constrição. Aludiu à jurisprudência dos Tribunais Superiores nesse sentido. Concluiu inviável a aplicação das medidas cautelares diversas da prisão. No Superior Tribunal de Justiça habeas corpus nº /MG, reiterou-se a ausência de premissas concretas da decisão que implicou a custódia, requerendo-se a expedição de alvará de soltura. A Quinta Turma inadmitiu o habeas. Assentou a inadequação da via eleita, pois substitutiva de recurso ordinário. Frisou ter sido o ato de segregação alicerçado na garantia da ordem pública. Aduziu o fato de o paciente possuir condenação anterior pela prática do crime de tráfico de drogas, situação a legitimar a medida extrema. Não vislumbrou flagrante ilegalidade a ensejar o deferimento da ordem de ofício. A Defensoria Pública da União alega constrangimento ilegal, repetindo os argumentos expendidos nas demais instâncias no tocante à falta de fundamentação concreta do pronunciamento em que determinada a prisão cautelar. Afirma que a periculosidade do agente não é motivo apto à manutenção da constrição, revelando-se contrário à jurisprudência do Supremo. Requereu, liminarmente, a revogação da custódia cautelar, expedindo-se o consequente alvará de soltura, até o julgamento definitivo desta impetração. No mérito, pleiteia a confirmação da providência, a fim de assegurar ao paciente o direito de recorrer em liberdade, mediante a imposição, ou não, de medidas alternativas à segregação. 2 documento pode ser acessado no endereço eletrônico sob o número

4 Relatório Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6 HC / MG Vossa Excelência acolheu o pedido liminar, determinando a soltura do paciente. Consulta ao sítio do Tribunal de Justiça revelou ter ocorrido, em 5 de julho de 2013, o trânsito em julgado da sentença condenatória. Lancei visto no processo em 9 de março de 2017, liberando-o para exame na Turma a partir de 28 de março seguinte, isso objetivando a ciência da impetrante. É o relatório. 3 documento pode ser acessado no endereço eletrônico sob o número

5 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6 18/04/2017 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS MINAS GERAIS V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) Ante o trânsito em julgado da condenação, em 5 de julho de 2013, no processo nº , declaro prejudicada a impetração, porque voltada, unicamente, ao afastamento da prisão preventiva. Torno insubsistente a liminar implementada. É como voto. documento pode ser acessado no endereço eletrônico sob o número

6 Extrato de Ata - 18/04/2017 Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6 PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) : AILSON DE SOUZA SILVA IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma julgou prejudicada a impetração, tornando insubsistente a liminar deferida, nos termos do voto do Relator. Unânime. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Primeira Turma, Presidência do Senhor Ministro Marco Aurélio. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Luiz Fux, Rosa Weber e Alexandre de Moraes. Ausente, justificadamente, o Senhor Ministro Luís Roberto Barroso. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n /2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico sob o número