A ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NO PROCESSO ASSISTENCIAL À FAMÍLIA DE RECÉM-NASCIDO DE RISCO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA.



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Transcrição:

A ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM NO PROCESSO ASSISTENCIAL À FAMÍLIA DE RECÉM-NASCIDO DE RISCO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA. Diniz, Alice Teixeira 1 ; Medeiros, Rita de Cássia Noronha 1 ; Rolim, Karla Maria Carneiro 2 INTRODUÇÃO: O cuidado de enfermagem neonatal é um processo que viabiliza a sistematização da assistência e um cuidado individualizado prestado a cada paciente, de acordo com suas necessidades. Trata-se de um processo no qual existe a interação entre profissional/recém-nascido; profissional/famíliae profissional/rn/família.entretanto, se não houver uma boa disposição por parte da equipe de enfermagem, que tem a função de criar um vínculo entre pais e bebê, este ambiente pode deixar traumas irreparáveis tanto na criança como na família.dentre os profissionais que estão envolvidos no cuidado perinatal, o enfermeiro é considerado essencial, pois presta assistência direta ao RN e oferece suporte emocional para as famílias.cabe ao enfermeiro, também, observar a vivência dos familiares nesta fase crítica, promovendo uma melhor adaptação e orientando sobre a patologia do RN, procurando tornar os pais participativos e com isso diminuindo o estresse causado pela falta de orientação e informação.objetivos: Descrever a importância do cuidado do enfermeiro aos familiares e a repercussão desse cuidado no desenvolvimento do RN de risco internado em UTIN. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo documental a partir de um levantamento bibliográficojunto à base de dados Scielo e Bireme, realizado entre os meses de fevereiro e abril de 2012. Foram usados como descritores: enfermagem, recém-nascido, família. RESULTADOS: Foram encontrados 13 artigos que abordavam a temática. Realizamos uma leitura aprofundada de cada documento, sendo posteriormente, categorizados os pontos relevantes dos referidos documentos.a análise dos dados nos permitiu reconhecer a importância da atuação dos enfermeiros no processo assistencial à família de RN de risco em UTIN. Percebemos, também, a preocupação dos enfermeiros em inserir a família aos cuidados ao RN na UTIN, pois baseados em pesquisas recentes, o toque estimula no desenvolvimento do bebê, como também, aumenta e fortalece a relação com os pais, principalmente a mãe.pelas normas do Ministério da Saúde podemos perceber a importância da presença da família, principalmente da família nuclear, ou seja, aquela constituída por pai, mãe e filho(s) na progressão da saúde e desenvolvimento do RN.A equipe de enfermagem neonatal está mais próxima à criança e à família e compreende que o cuidado evolui em torno de ambos, ou seja, 1 Discentes do 8º semestre do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade de Fortaleza(UNIFOR);

criança e família tornam-se um só cliente. Constatamos em estudo pesquisado, sobre o relato de uma enfermeira, que para conseguir um bom resultado terapêutico é preciso tratar não somente a criança, mas a mãe e o filho.consoantes pesquisadores,as intervenções de enfermagem com a família têm como objetivo gerar mudanças para que a mesma seja fortalecida para enfrentar a situação. Portanto, o enfermeiro oferece como primeira etapa informações e opiniões, atuando como um facilitador entre a família e a equipe médica, como segunda etapa, incentivar as narrativas de doença, permitindo uma reflexão sobre o acontecimento, elogia as forças da família, a fim de fortalecer a autoestima propiciando uma melhor interação com a família, incentivar o apoio familiar e a busca de recursos na comunidade para que tenha condições de realizar atendimentos em casa. Porém, existem fatores que dificultam a assistência elaborada pelos profissionais, ocasionando deficiência no desempenho das funções cujo objetivo é promover a interação RN/família.Foi relatado em alguns artigos sobre a qualidade de vida da equipe de enfermagem que trabalha diretamente com bebês de risco internados em UTIs e através dos comentários da equipe, que o excesso de RN internados, a gravidade deles e o número reduzido de enfermeiras dificultam a execução do trabalho e assistência aos familiares, não podendo esquecer a sobrecarga de trabalho administrativo que dificulta o enfermeiro a se dedicar ao cuidado direto ao RN e às atividades de capacitação.foi citado, também por alguns autores,os fatores positivos para melhorar o cuidado prestado pelos enfermeiros, entre eles a padronização dos cuidados, somada à educação permanente e à qualificação para manejo dos recursos tecnológicos. Segundo estudos qualquer criança sob estresse físico, psicológico e social é propensa a distorções perceptivas, intelectuais e emocionais, devido à imaturidade de sua capacidade cognitiva e à regressão emocional que apresenta nestas atuações. Portanto, a equipe de enfermagem deve agir de forma integral, buscando interagir com os familiares, atendendoas necessidades, apoiando, ensinando e incentivando a participação destes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A prática da enfermagem deve aliar a técnica e o cuidado humanitário ao conhecimento para que assim, consigam criar intervenções adequadas ao tratamento, reconhecendo a família como parte essencial para o desenvolvimento e recuperação do RN.Por fim, percebemos nos artigos analisados, que a enfermagem, por meio do cuidado humanizado integral, possibilita aos familiares uma participação ativa no tratamento terapêutico ao RN, aumentando o elo família/rn, e tendo estes como um só cliente. 1 Discentes do 8º semestre do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade de Fortaleza(UNIFOR);