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Transcrição:

Capital Social: 75.000.005 Capital Próprio Individual a 30 de Junho de 2009: ( 11.790.198) Capital Próprio Consolidado a 30 de Junho de 2009: ( 11.825.113) Sede: Av. General Norton de Matos Estádio do Sport Lisboa e Benfica 1500-313 Lisboa Matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa Número de Matrícula e de Identificação de Pessoa Colectiva: 504 882 066 INFORMAÇÃO TRIMESTRAL (1T09) Empresa: Sport Lisboa e Benfica Futebol, SAD NIPC: 504 882 066 Sede: Avenida General Norton de Matos Estádio do Sport Lisboa e Benfica 1500-313 Lisboa Período de Referência: Início: 01-07-2009 1º Trimestre X 3º Trimestre X 5º Trimestre (1) X Fim: 30-09-2009 DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS Individual Consolidado (contém informação trimestral não auditada) 30.09.09 30.09.08 30.09.09 30.09.08 3 meses 3 meses 3 meses 3 meses Proveitos operacionais: Prestação de serviços 14.209.389 12.366.869 14.209.389 12.366.869 Outros proveitos operacionais (1) 1.511.284 718.141 1.511.284 718.141 15.720.673 13.085.010 15.720.673 13.085.010 Custos operacionais: Fornecimentos e serviços de terceiros (4.762.478) (4.843.710) (4.762.478) (4.843.710) Custos com pessoal (8.575.886) (8.609.045) (8.575.886) (8.609.045) Amortizações (2) (462.663) (427.637) (462.663) (427.637) Provisões do exercício - - - - Outros custos operacionais (1) (418.221) (145.310) (418.221) (145.310) (14.219.248) (14.025.702) (14.219.248) (14.025.702) Resultados operacionais (1) (2) 1.501.425 (940.692) 1.501.425 (940.692) Amortizações e perdas de imparidade com passes de atletas (5.872.240) (5.388.555) (5.872.240) (5.388.555) Proveitos/(Custos) com transacções de passes de atletas (785.250) 5.231.091 (785.250) 5.231.091 (6.657.490) (157.464) (6.657.490) (157.464) Resultados operacionais (5.156.065) (1.098.156) (5.156.065) (1.098.156) Proveitos e ganhos financeiros 543.406 437.935 543.406 437.935 Custos e perdas financeiros (1.567.404) (1.313.396) (1.567.404) (1.313.396) Resultados relativos a investimentos - - 124.501 (19.119) Resultados antes de impostos (6.180.063) (1.973.617) (6.055.562) (1.992.736) Imposto sobre lucros (15.600) (12.216) (15.600) (12.216) Resultado líquido (6.195.663) (1.985.833) (6.071.162) (2.004.952) Resultado por acção básico/diluído (0,41) (0,13) (0,40) (0,13) (1) Excluíndo transacções de passes de atletas (2) Excluíndo depreciações de passes de atletas

BALANÇO Individual Consolidado (contém informação trimestral não auditada) 30.09.09 30.06.09 30.09.09 30.09.08 ACTIVO Activos fixos tangíveis 17.299.206 17.614.775 17.299.206 17.614.775 Activos intangíveis 84.813.677 83.293.595 84.813.677 83.293.595 Activos financeiros 6.505.080 505.080 6.594.666 470.165 Clientes 4.357.507 4.710.778 4.357.507 4.710.778 Accionistas - - - - Outros activos não correntes 14.760.998 14.882.489 14.760.998 14.882.489 Total activos não correntes 127.736.468 121.006.717 127.826.054 120.971.802 Clientes 39.500.249 36.285.541 39.500.249 36.285.541 Accionistas 2.681.710 1.044.690 2.681.710 1.044.690 Outros devedores correntes 4.186.879 1.592.893 4.186.879 1.592.893 Outros activos correntes 10.632.725 6.130.134 10.632.725 6.130.134 Caixa e disponibilidades em bancos 4.311.424 786.035 4.311.424 786.035 Total de activos correntes 61.312.987 45.839.293 61.312.987 45.839.293 Total do activo 189.049.455 166.846.010 189.139.041 166.811.095 CAPITAIS PRÓPRIOS Capital social 75.000.005 75.000.005 75.000.005 75.000.005 Prémio de emissão de acções 121.580 121.580 121.580 121.580 Resultados acumulados (86.911.783) (52.085.932) (86.946.698) (52.090.932) Resultado líquido (6.195.663) (34.825.851) (6.071.162) (34.855.766) Total dos capitais próprios (17.985.861) (11.790.198) (17.896.275) (11.825.113) PASSIVO Provisões 4.651.753 4.651.753 4.651.753 4.651.753 Empréstimos obtidos 16.134.762 17.483.828 16.134.762 17.483.828 Fornecedores 11.675.167 6.870.843 11.675.167 6.870.843 Outros credores não correntes 3.344.631 7.051.090 3.344.631 7.051.090 Total de passivos não correntes 35.806.313 36.057.514 35.806.313 36.057.514 Empréstimos obtidos 86.606.729 89.920.612 86.606.729 89.920.612 Fornecedores 25.477.688 20.130.122 25.477.688 20.130.122 Outros credores correntes 25.418.946 19.738.145 25.418.946 19.738.145 Outros passivos correntes 33.725.640 12.789.815 33.725.640 12.789.815 Total passivos correntes 171.229.003 142.578.694 171.229.003 142.578.694 Total do passivo 207.035.316 178.636.208 207.035.316 178.636.208 Totais dos capitais próprios e do passivo 189.049.455 166.846.010 189.139.041 166.811.095 Análise às Demonstrações Financeiras Na análise às demonstrações financeiras do 1º trimestre de 2009/2010, que compreendem o período de 1 de Julho a 30 de Setembro de 2009, os principais destaques são como segue: Os resultados operacionais correspondem a 1,5 milhões de euros, tendo sofrido um acréscimo de 2,4 milhões de euros face ao período comparativo do exercício anterior; esta variação é essencialmente explicada pelo crescimento das receitas, provenientes de transmissões televisivas, de quotizações, de receitas de bilheteira, de cachets e de prémios das competições europeias, e pela manutenção dos custos operacionais ao nível do praticado no período homólogo anterior;

De referir que este bom desempenho económico em termos operacionais está directamente relacionado com a performance desportiva da equipa principal de futebol, sendo ainda de destacar que no período homólogo as receitas de bilheteira já incluíam os jogos com o FC Porto e o Sporting, ao contrário da presente época; Os resultados com transacções de atletas apresentam um prejuízo de 6,6 milhões de euros, o que tem um impacto significativo no resultado líquido apurado no período; este resultado está em linha com a estratégia seguida pela Sociedade, nomeadamente a não venda dos principais atletas do plantel e o investimento continuado em jogadores com créditos firmados; verificou-se um decréscimo destes resultados face ao período homólogo do exercício transacto, dado que o mesmo incluiu a alienação dos direitos desportivos dos atletas Nélson Ramos, José Fonte e João Coimbra, que geraram no seu conjunto mais-valias no valor de 5,4 milhões de euros; de referir que a venda parcial de direitos económicos de atletas aos Benfica Stars Fund posteriormente descrita não teve qualquer impacto nos proveitos do trimestre em análise; Os resultados financeiros do trimestre correspondem a cerca de 1 milhão de euros negativos, o qual comparado com o prejuízo de 875 mil euros apresentado no período homólogo anterior equivale um recuo de aproximadamente 17%, essencialmente explicado pela aumento do montante dos empréstimos obtidos pela Sociedade junto de instituições financeiras; Por contrapartida, verificou-se uma melhoria dos resultados relativos a investimentos, que apresentaram um valor positivo de 125 mil euros, justificado pelos resultados do 1º trimestre da Benfica TV; O resultado líquido consolidado do trimestre atingiu os 6,1 milhões de euros negativos, o que representa um recuo em cerca de 4 milhões de euros face ao período homólogo anterior, no qual o prejuízo correspondeu a 2 milhões de euros; este resultado está directamente relacionado com a política de venda de atletas, conforme já foi anteriormente referido, uma vez que, caso tivessem ocorrido no 1º trimestre de 2009/2010 as alienações de jogadores que se realizaram no período homólogo do ano transacto, o actual resultado líquido estaria próximo do equilíbrio ou, por outro lado, se a valorização dos atletas do plantel do Benfica proveniente da referida operação com o Benfica Stars Fund fosse registada em proveitos do trimestre, o actual resultado líquido seria francamente positivo; O activo consolidado da Sociedade atingiu o montante de 189 milhões de euros, o que corresponde a uma variação de 11,4%, essencialmente explicada pelo registo da participação de 15% no Benfica Stars Fund equivalente a 6 milhões de euros e pelo aumento dos activos correntes, nomeadamente as rubricas de clientes, outros devedores e outros activos; O passivo consolidado cresceu cerca de 39,2%, sendo o principal motivo o registo na rubrica de proveitos diferidos do montante de 17,6 milhões de euros proveniente da mais-valia apurada com a venda de direitos económicos de atletas ao Benfica Stars Fund e que não foi considerado em resultados do período; adicionalmente, verificaram-se aumentos nas rubricas de fornecedores e outros credores correntes essencialmente explicados pelos investimentos efectuados na aquisição de atletas no decorrer deste trimestre; Os capitais próprios consolidados diminuíram para um montante negativo de aproximadamente 18 milhões de euros a 30 de Setembro de 2009 devido ao resultado líquido negativo alcançado no presente trimestre.

Evolução da Actividade no Trimestre A Sport Lisboa e Benfica Futebol, SAD vem cumprir os seus deveres de prestação de informação de natureza económica e financeira, de acordo com o quadro normativo vigente, nomeadamente o disposto no Código das Sociedades Comerciais, Código dos Valores Mobiliários e nos Regulamentos da CMVM, relativo ao primeiro trimestre do exercício 2009/2010, que compreende o período de 1 de Julho a 30 de Setembro de 2009. Estando criadas as condições necessárias para um desenvolvimento sustentável da Sociedade, a estratégia passa por privilegiar o factor desportivo numa perspectiva de médio e longo prazo, em detrimento dos resultados económicos de curto prazo. Assim, foi implementada uma estratégia com cinco vectores básicos que serão cruciais para o futuro, tanto na perspectiva desportiva como económica: em primeiro lugar, a não venda de jogadores, nomeadamente os mais credenciados e de maior potencial; estes jogadores, ao dominarem já a dimensão do Benfica e mantendo o seu potencial de evolução numa equipa extremamente competitiva, contribuirão para o sucesso no relvado e serão ainda mais valorizados num futuro próximo; em segundo lugar, já no último defeso, a contratação de atletas com créditos firmados, sendo disso exemplo a compra de Ramires, internacional da selecção brasileira e ainda Javi Garcia ou Saviola, titulares de uma equipa cujo mérito é reconhecido tanto a nível nacional como externamente; também neste caso, estes activos serão objecto de forte valorização no curto prazo; em terceiro lugar, a retenção, por um período suficientemente alargado, dos jovens jogadores oriundos da formação interna e com maior potencial de afirmação desportiva; a título de exemplo, Nélson Oliveira e Rodrick Miranda são já atletas que despertam a cobiça dos maiores emblemas europeus e a sua evolução no Benfica garantirá também um crescimento do seu valor no mercado internacional; em quarto lugar, a renovação dos contratos dos jogadores mais importantes do plantel, garantindo assim um maior compromisso entre o clube e o atleta e aumentando as respectivas clausulas de rescisão; finalmente, a criação de um Fundo de Jogadores que potencia a realização de mais valias geradoras de um maior equilíbrio da conta de resultados, uma diversificação do funding da Sociedade e simultaneamente um potencial ganho a médio prazo para os respectivos detentores de unidades de participação. Estes cinco vectores da estratégia serão naturalmente alavancados em função da evolução desportiva da equipa. Para tal, a contratação do treinador principal Jorge Jesus deve ser entendida como um factor exponencial destes activos, tendo em consideração a sua elevada competência e o conhecimento, não só do modelo competitivo nacional, como dos campeonatos mais importantes a nível internacional. Estas valias e a ambição do técnico principal serão determinantes para uma evolução continuada e duradoura do plantel e dos bons resultados já alcançados. Em termos nacionais, o Benfica terminou na 11ª jornada no 2º lugar da classificação da Liga Sagres, com um total de 25 pontos referentes a oito vitórias, dois empates e uma derrota, encontrando-se a dois pontos da liderança. Ao nível das competições europeias, o Benfica ocupa actualmente o 1º lugar do Grupo I da Liga Europa, fruto das duas vitórias alcançadas contra o Everton FC nas terceira e quarta jornadas (respectivamente, 5-0 em Lisboa e 0-2 no Goodison Park), teoricamente o adversário mais forte do Grupo.

Em termos negativos, há a referir o facto do Benfica ter sido eliminado na Taça de Portugal pelo Vitória de Guimarães na 4ª eliminatória da prova, realizada no final do mês de Novembro. Apesar deste revés nos objectivos estabelecidos no início da época, o bom nível de desempenho da equipa de futebol tem sido reconhecido pela generalidade da opinião dos especialistas e do público em geral, sendo actualmente a equipa com a melhor média golos marcados (31 golos em 11 jornadas da Liga Sagres), tendo empolgado os Sócios e adeptos do Benfica a acompanhar a equipa em massa em qualquer estádio. Adicionalmente, o Sport Lisboa e Benfica atingiu no final do mês de Outubro a histórica marca dos 200.000 sócios, o que apesar de não um facto directamente relacionado com a Benfica SAD, tem um impacto indirecto por via da transferência de 75% das receitas líquidas de quotização que o Clube realiza para a Benfica SAD. A 30 de Setembro de 2009, a Benfica SAD constituiu o Fundo Benfica Stars Fund Fundo Especial de Investimento Mobiliário Fechado, gerido pela ESAF Espírito Santo Fundos de Investimento Mobiliário, S.A, e cujo objecto principal consistirá no direito a participar em determinada percentagem nas receitas e potenciais mais valias decorrentes da eventual transferência de um conjunto de jogadores vinculados desportivamente à Sport Lisboa e Benfica Futebol, SAD. Na mesma data, a Benfica SAD subscreveu 1,2 milhões de unidades de participação no referido Fundo ao preço unitário de 5 euros, o que perfaz um investimento global de 6 milhões euros, correspondente a 15% do valor total do Fundo. Em simultâneo, a Benfica SAD alienou a título definitivo ao Benfica Stars Fund um valor global de 22.025.000 euros de direitos económicos de atletas que detinha, nas percentagens e preços abaixo mencionados: Percentagem adquirida pelo Fundo Preço pago pelo Fundo (em euros) David Luiz 25% 4.500.000 David Simão 25% 375.000 Di María 20% 4.400.000 Javi Garcia 20% 3.400.000 Leandro Pimenta 25% 375.000 Miguel Vítor 25% 500.000 Nélson Oliveira 25% 2.000.000 Roderick Miranda 25% 2.000.000 Ruben Amorim 50% 1.500.000 Shaffer 40% 1.400.000 Urretaviscaya 20% 1.200.000 Yartey 25% 375.000 22.025.000 De referir que a mais valia obtida com esta transacção, no montante superior a 17,6 milhões de euros, não foi registada em proveitos, tendo sido contabilizada em proveitos diferidos no passivo. A Sociedade apresenta capitais próprios individuais e consolidados negativos, mantendo-se a intenção referida em relatórios anteriores da Direcção do accionista Sport Lisboa e Benfica de promover um aumento de capital na Benfica SAD, através da entrada em espécie das acções detidas na Benfica Estádio e posterior fusão entre as duas sociedades, como uma das medidas a encetar como forma de cumprir com o disposto no artigo 35º do Código das Sociedades Comerciais. No âmbito deste processo, foi convocada uma Assembleia Geral da Sociedade para proceder à apreciação e deliberação sobre um aumento do capital social da Benfica SAD até um montante máximo de 40 milhões de euros, de acordo com proposta a apresentar pelo Conselho de Administração.

O Projecto de Reestruturação do Grupo Benfica, no qual se insere esta proposta de aumento do capital social da Benfica SAD, será apresentado no próxima dia 7 de Dezembro aos associados do accionista Sport Lisboa e Benfica e a respectiva aprovação em Assembleia Geral permitirá um reforço dos capitais próprios desta Sociedade. Adicionalmente, a Administração está convicta que a geração de resultados económicos e financeiros positivos nos próximos exercícios irá permitir de forma faseada a recuperação dos capitais próprios da Sociedade e complementar a medida anteriormente referida. O Conselho de Administração Lisboa, 30 de Novembro de 2009