ENUNCIAÇÃO, DESIGNAÇÃO E METÁFORA: UM ESTUDO SOBRE O POLÍTICO NA LINGUAGEM 1 GABRIEL LEOPOLDINO DOS SANTOS Programa de Pós-Graduação em Linguística (Doutorado) Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) E-mail: gsantos18@gmail.com Resumo. Este texto objetiva tratar do político como constitutivo do funcionamento (semântico) da linguagem. Para levar a cabo esse objetivo, coloco em cena a produtividade da diferença conceitual entre "política linguística" e "política de línguas", tal como trabalhada por Orlandi (2007), e também proponho uma análise do funcionamento enunciativo da metáfora como um fato de linguagem importante de ser compreendido no estudo da designação do nome "português" no espaço de enunciação argentino. Palavras-Chave. Designação. Metáfora. Político. Espaço de Enunciação. Abstract. This text aims to work with the concept of "political" as constitutive of the (semantic) functioning of the language. To carry this objective out, I highlight the productivity of the conceptual difference between "language policy" and "politics of language", as it is studied by Orlandi (2007), and I also propose an analysis of the enunciative functioning of the metaphor as an important language fact in the study of the designation of the name "Portuguese" in the Argentinean enunciative space. Keywords. Designation. Metaphor. Political. Enunciative Space. 1 Texto apresentado no I Seminário de Pesquisas em Andamento (SEPA), na Universidade do Vale do Sapucaí (Univás), no dia 27 de setembro de 2012. 1
Os conteúdos ideológicos existem, dissemos, em continuidade com as práticas técnica e política: o segredo que cerca a ideologia e que nos propomos a examinar tem, então, algumas coisa a ver com as próprias práticas, em seu desenvolvimento próprio e em suas relações recíprocas. Thomas Herbert (2011 [1966]), Reflexiões sobre a situação teórica das ciências sociais e, especialmente, da psicologia social. 1. Introdução Há algum tempo, venho desenvolvendo pesquisas na área da semântica histórica da enunciação que procuram ser conseqüentes com a distinção que Orlandi (2007) faz, em seu texto "Há palavras que mudam de sentido, outras... demoram demais", entre política linguística e política de línguas. Sendo essa distinção importante para o que apresento mais adiante, retomarei essa diferença conceitual, procurando refletir sobre sua produtividade em trabalhos que objetivam estudar as relações entre línguas. Essa diferença que mencionei materializa-se nas seguintes formulações: Em geral, quando se fala em política linguística, já se dão como pressupostas as teorias e também a existência da língua como tal. E pensa-se na relação entre elas, as línguas, e nos sentidos que são postos nessas relações como se fossem inerentes, próprios à essência das línguas e das teorias. Fica implícito que podemos "manipular" como queremos a política linguística. Outras vezes, fala-se em política linguística apenas quando na realidade trata-se do planejamento linguístico, de organizar-se a relação entre línguas, em função da escrita, de práticas escolares, do uso em situações planificadas. (ORLANDI, 2007, p. 7) Antes de olhar sobre o modo como o conceito política de línguas formula-se no pensamento da autora, quero apresentar, brevemente, o meu gesto de leitura no que concerne ao fragmento há pouco citado. A partir das palavras de Orlandi (2007), vemos que o conceito política linguística pode ser compreendido, pelo menos, de dois modos que não se excluem mutuamente: 1. como sendo da ordem do "manipulável", tendo em vista a pressuposição da existência das teorias e das línguas enquanto tais, isto é, tomando-as como evidentes e homogêneas, apagando, assim, a relação de contradiçãosubordinação-desigualdade existente entre as teorias e entre as línguas, relação essa que faz com que, em condições históricas de produção específicas, determinada teoria apresente-se como "a" teoria explicativa (como, por exemplo, a sociolinguística e a dialetologia na área de política linguística e relações entre línguas) e determinada língua apresente-se como "a" língua ("o" português, "o" espanhol, "o" inglês, "o" crioulo, sempre no singular); 2. como sendo sinônimo de planejamento linguístico, sobretudo aquele operado pelos Estados Nacionais, que buscam administrar a relação entre línguas principalmente por meio do peso da língua de madeira (cf. GADET; PÊCHEUX, 2010) do Direito. O novo acordo ortográfico da língua portuguesa é um exemplo de política linguística, na medida em que ele legitima certa prática de escritura que sustenta, por um lado, a ideia de um português único, oficial, "internacional" e, por outro, a exclusão de outras práticas simbólicas dessa língua. 2
Retorno à fala de Orlandi (2007) que diz: Quando falamos de Política Linguística enquanto Política de Línguas, damos à língua um sentido político necessário. Ou seja, não há possibilidade de se ter língua que não esteja já afetada desde sempre pelo político. Uma língua é um corpo simbólico-político que faz parte das relações entre sujeitos na sua vida social e histórica. Assim, quando pensamos em política de línguas já pensamos de imediato nas formas sociais sendo significadas por e para sujeitos históricos e simbólicos, em suas formas de existência, de experiência, no espaço político de seus sentidos. (ORLANDI, 2007, p. 8) Segundo o que penso, neste excerto a autora coloca em cena aquilo que é ideologicamente apagado quando se toma a relação entre línguas pela perspectiva da política linguística. Falar em política de línguas significa considerar o funcionamento das línguas na história. Assim, nem as teorias nem as línguas possuem sentidos que lhes são imanentes, pois seu funcionamento é da ordem do simbólico e está inscrito em relações de contradição-desigualdade-subordinação. É, então, pelo conceito de política de línguas que podemos observar o político sendo significado. Trago, então, a definição de político de Guimarães (2002, p. 16) que ocupa, em meus trabalhos, um lugar importante: "O político, ou a política, é para mim caracterizado pela contradição de uma normatividade que estabelece (desigualmente) uma divisão do real e a afirmação de pertencimento dos que não estão incluídos". Diante dessas considerações, em minha prática científica, tenho olhado para a produtividade que essa distinção feita por Orlandi (2007) entre "política linguística" e "política de línguas" tem para se pensar as relações entre línguas em diferentes espaços de enunciação. Em minha dissertação de mestrado (cf. SANTOS, 2012), desenvolvi um estudo de política de línguas na Argentina a partir de três conceitos importantes no dispositivo teórico-metodológico da semântica histórica da enunciação: enunciação, designação e metáfora. Adiante darei visibilidade a esses conceitos, focalizando o de metáfora, já que será compreendida enunciativamente, distanciando-se, portanto, de uma perspectiva retórica ou de outras perspectivas que tomam a metáfora como parte de seu objeto de estudo e/ou de seu dispositivo analítico. Meu objetivo específico neste texto é apresentar uma análise enunciativa da metáfora, olhando para o modo como o seu funcionamento determina a constituição da designação do nome "português" em um espaço de enunciação específico da Argentina: a Universidade Nacional de Entre Ríos (UNER), que é um dos centros pioneiros de formação docente na área de português no país. 2. A Semântica Histórica da Enunciação Quero, neste momento, apresentar brevemente o dispositivo teórico com o qual trabalho: o da semântica histórica da enunciação. Aproveitarei, também, para dar visibilidade aos três conceitos que mencionei acima e que compõem meu dispositivo de análise: enunciação, designação e metáfora. A semântica histórica da enunciação, tal como a compreendo, é um campo disciplinar da linguística que tem por objetivo estudar e compreender materialmente os processos de significação da e na linguagem. Tem por fundador o linguista Eduardo 3
Guimarães. Seu objeto de análise é o enunciado, enquanto este integra um texto. Para levar a cabo a reprodução metódica de seu objeto 2, ela apropria-se de instrumentos teóricos tomados, por um lado, de uma posição estruturalista de estudos semânticos, com destaque para os trabalhos de Émile Benveniste e Oswald Ducrot, e, por outro, de uma posição de estudos materialistas da linguagem, com destaque para os trabalhos de Michel Pêcheux e Eni Orlandi. Nos desenvolvimentos atuais da teoria, a enunciação é concebida como acontecimento de linguagem que instala sua própria temporalidade. Dessa maneira, a significação não é estudada a partir de uma concepção de enunciação como a que traz Benveniste, para quem "a enunciação é este colocar em funcionamento a língua por um ato individual de utilização" (BENVENISTE, 2006, p. 82). O locutor não é mais o centro da significação, pois ele é, como nos diz Guimarães (2002, p. 12), "tomado na temporalidade do acontecimento". Esse deslocamento produz uma nova configuração científica nos estudos semânticos porque a significação não é mais considerada nem como produto de uma relação entre signos no sistema nem como produto da intenção daquele que usa a língua. Ela é pensada enquanto processo e é produzida pela inscrição da língua na história. O que estou mostrando aqui é que é o acontecimento enunciativo que produz a significação, já que ele temporaliza. Ao ser produzido em determinadas condições sócio-históricas de produção, o presente do acontecimento enunciativo recorta um passado de enunciações já esquecidas, mas que significam. Esse passado incide sobre o presente sob a forma de memorável. O encontro entre um presente e um dado memorável abre para uma latência de futuro ou futuridade, sem a qual não há acontecimento enunciativo. Por restrições de espaço, não me deterei em outros conceitos que se ligam ao conceito acontecimento enunciativo, como, por exemplo, cena enunciativa, o que deixo apenas sinalizado. O conceito designação nessa teoria também faz parte do projeto de pensar uma nova configuração científica da semântica. Como se sabe, o conceito designação integra, por exemplo, o dispositivo teórico-metodológico da semântica formal ou veritativa que se desenvolveu a partir dos trabalhos de Gottlob Frege. No entanto, esse conceito é apropriado pela teoria da semântica histórica da enunciação de tal maneira que, ao estabelecer relações com os demais conceitos de seu campo teórico, faz com que ele signifique diferentemente. A designação é compreendida como sentido, como uma construção simbólica que se constitui como "um confronto de lugares enunciativos pela própria temporalidade do acontecimento. [...] Se se mudam os lugares enunciativos em confronto recorta-se um outro memorável, um outro campo de 'objetos relativos a um dizer" (GUIMARÃES, 2002, p. 40). Por fim, quero dar visibilidade neste texto ao conceito metáfora, conceito esse bastante trabalhado em outros domínios do conhecimento científico, como a Retórica e a Análise de Discurso 3. Em minha dissertação de mestrado, produzi uma reflexão acerca 2 Segundo Thomas Herbert [pseudônimo adotado por Michel Pêcheux em sua etapa inicial de produção acadêmica], "a reprodução metódica do objeto consiste em uma reflexão do discurso teórico sobre si mesmo que lhe confere a coesão" (HERBERT, 2011, p. 49). 3 Para aqueles que desejam uma análise mais detalhada do modo como a metáfora foi compreendida em alguns campos científicos, remeto o leitor aos trabalhos de Mariângela Pecciolli Galli Joanilho (1995, 2005). 4
do funcionamento enunciativo da metáfora mobilizando o modo particular com que Eduardo Guimarães (2011), em seu texto "Uma hipótese sobre a metáfora", compreende esse conceito. Eis o que nos diz esse autor: Mantendo-me no espaço das minhas posições sobre o sentido, e assim me afastando do referencialismo da solução da retórica, vou considerar que a metáfora se constitui pela fusão de uma reescrituração por substituição sinonímica produzida pela sobreposição de enunciadores diferentes na cena enunciativa. (GUIMARÃES, 2011, p. 363) Além desse excerto, quero destacar outro: [...] pode-se dizer que o acontecimento da enunciação apresenta a voz, o lugar de dizer, que reescritura (que diz a metáfora) como assumida pelo Locutor. Assim o enunciado metafórico não é simplesmente um enunciado em que encontramos uma divisão do lugar de dizer, mais que isso, este enunciado apresenta não simplesmente esta divisão de enunciadores, mas principalmente apresenta o enunciado metafórico como o lugar em que se funde o dizer de um e outro enunciador. (GUIMARÃES, 2011, p. 368) Nesses dois fragmentos de texto que recortei é possível observar um trabalho teórico de apropriação conceitual que busca ser coerente com um campo disciplinar específico; nesse caso, o da semântica histórica da enunciação. Assim, a metáfora não é um desvio de sentido literal nem uma relação entre linguagem e objeto. Ela é, ao contrário, produzida simbolicamente. Em um texto, há uma relação desigual entre os lugares de dizer (os enunciadores), sendo a metáfora produzida pelo lugar de dizer que domina todos os outros e funde um percurso de sentidos. É nesse lugar de fusão que a compreensão enunciativa da metáfora toca dois outros conceitos já abordados aqui: a designação e o político. Torno a dizer que, por uma opção metodológica, suprimi deste texto outros conceitos importantes que constituíram o meu dispositivo analítico em minha pesquisa de mestrado, como, por exemplo, o já mencionado conceito cena enunciativa e também o de reescrituração. Passo a apresentar uma análise do funcionamento enunciativo da metáfora. 3. O tratamento enunciativo da metáfora: uma análise O recorte abaixo foi retirado de um conjunto de entrevistas orais feitas com alunos e professores do curso superior de Professorado em Português da Universidade Nacional de Entre Ríos, na Argentina. Entrevistador: Por que você escolheu estudar português como carreira profissional? Entrevistado: Principalmente porque eu gosto das diferentes línguas... o português... eu acho que é uma língua muito rica em relação a diferentes léxicos... falar com outras pessoas e profissionalmente porque eu gosto da docência e gostaria de ensinar a língua portuguesa. 5
Nossa análise aqui recairá sobre a determinação "língua muito rica" como metáfora de "português". Para isso, a partir dos enunciados que compõem o recorte, proponho as seguintes paráfrases: a) "Há algumas línguas diferentes ("diferentes línguas") cujos léxicos são mais ricos do que outros; b) "O português é uma língua diferente." c) "Eu acho que o português é uma língua muito rica em relação a diferentes léxicos." Passo, então, a tomar essas paráfrases como objetos de análise. O enunciado (a) é produzido pelo enunciador-universal e determina, pelo memorável que recorta, os argumentos presentes nos enunciados (b) e (c). Com isso, queremos dizer que tanto (b), enunciado, assim como (a), a partir do lugar de dizer universal, quanto (c), enunciado a partir do lugar de dizer individual (lugar esse marcado no enunciado por formas como "eu acho que..."), constituem-se determinados por "línguas diferentes" presente em (a). No enunciado (b), "português" reescreve por especificação "línguas diferentes" de (a). A determinação "uma língua diferente" articula-se por dependência a "português" e o reescreve por definição ("português" = "uma língua diferente"). Além disso, "português" em (b) pode reescrever por substituição "português" presente na pergunta do entrevistador 4. Então, pode-se dizer que "uma língua diferente" é uma determinação que constitui a designação do nome "português" nesta cena enunciativa. Do meu ponto de vista, essa constatação permite dizer que o português interessa ser estudado enquanto ele é uma língua diferente. PORTUGUÊS "língua diferente" Tendo constituído esse primeiro domínio semântico de determinação, a relação parafrástica que estabeleci mais acima permite compreender o modo como "língua diferente" significa nesse recorte. O enunciado (c), como já apontado, é produzido a partir do lugar de dizer individual (enunciador-individual), diferentemente de (a) e (b), que são enunciados pelo enunciador-universal. Em (c), "língua muito rica em relação a diferentes léxicos" determina "português" na medida em que reescreve por substituição "língua diferente" de (b), produzindo, desse modo, um efeito sinonímico. Assim, (c) contém um enunciado metafórico na medida em que temos: 1) "língua diferente" de (b) determina, por um lado, "português" (e, consequentemente, "línguas diferentes", tal como apresentado em (a)) e, por outro, "língua muito rica em relação a diferentes léxicos", tal como vemos no seguinte DSD: 4 Essa observação é importante porque a própria enunciação do entrevistador recorta um campo de paráfrases possíveis entre outros. 6
PORTUGUÊS "língua diferente" "língua muito rica em relação a diferentes léxicos" Embora o argumento presente em "língua muito rica em relação a diferentes léxicos" seja determinado por "língua diferente", a determinação "língua muito rica em relação a diferentes léxicos" passa a dizer, instituída nesse lugar pela enunciação, que sentido "língua diferente" e, em consequência, "português" possuem nesse recorte. Assim, "português" é uma "língua diferente" no sentido que essa determinação produz nesse acontecimento enunciativo: o de apontar para "português é uma língua muito rica em relação a diferentes léxicos". Portanto, é possível constituir o seguinte DSD: "língua diferente" "língua muito rica em relação a diferentes léxicos" PORTUGUÊS Considerações finais Nesta análise que apresentei, o funcionamento enunciativo da metáfora permite observar o modo como um dado sentido se impõe na relação que estabelece com os outros sentidos presentes em um texto. Isso quer dizer que há um sentido dominante que é estabelecido nesse lugar de dominância por meio de relações de linguagem (isto é, relações simbólicas). Nesse recorte, o nome "português" é significado como língua muito rica em relação às outras línguas presentes nesse espaço de enunciação com que estamos trabalhando. No entanto, embora esse seja o sentido dominante nessa cena enunciativa, o que ressalto em minha dissertação de mestrado, tendo feito outras análises, é que a designação de português é determinada predominantemente por metáforas que apontam para um lugar desprestigiado do português frente a outras línguas que circulam nesse espaço de enunciação, como, por exemplo, o espanhol, o inglês e o francês. De qualquer modo, é importante destacar que a análise da designação do nome de uma dada língua, como, por exemplo, a designação de "português", permite observar as configurações desiguais e contraditórias da relação entre línguas em certo espaço de enunciação. A partir da análise mostrada acima, pergunto-me pelas línguas e também pelos falantes dessas línguas que foram apagadas para que o português fosse significado como "língua muito rica". Além disso, essa metáfora de "português" leva-me a perguntar pelas línguas que se apresentam como hegemônicas e que não fazem parte do escopo dessa metáfora, isto é, pergunto-me pelas línguas que são "mais ricas" que o português. É preciso levar em consideração que o espaço de enunciação e nesse caso o espaço de enunciação argentino é um espaço simbólico contraditoriamente dividido. Para finalizar, gostaria de mostrar que este artigo também permitiu mostrar, analiticamente, um investimento teórico em torno do conceito metáfora nos domínios da semântica histórica da enunciação. Foi pelo estudo do funcionamento enunciativo da 7
metáfora como constitutivo da designação do nome "português" na Argentina que pude desenvolver uma reflexão que levasse em conta a política de línguas nessa região particular da América Latina. Referências BENVENISTE, Émile. Problemas de linguística geral II. 2. ed. Campinas: Pontes, 2006. GUIMARÃES, Eduardo. Uma hipótese sobre a metáfora. In: CASTELLO BRANCO, Luiza Katia. Andrade; RODRIGUES, Eduardo Alves; SANTOS, Gabriel Leopoldino dos. Análise de Discurso no Brasil: pensando o impensado sempre. Uma homenagem a Eni Orlandi. Campinas: RG, 2011, pp. 359-372.. Semântica do acontecimento: um estudo enunciativo da designação. Campinas: Pontes, 2002. ORLANDI, Eni. (Org.). Política linguística no Brasil. Campinas: Pontes, 2007. PÊCHEUX, Michel. Análise de Discurso: Michel Pêcheux. Campinas: Pontes, 2011.., GADET, Françoise. A língua inatingível: o discurso na história da linguística. 2. ed. Campinas: RG, 2010. SANTOS, Gabriel Leopoldino dos. O tratamento enunciativo da metáfora no estudo da designação do nome "português na América Latina: um trabalho com política de línguas. 2012. 207 f. Dissertação (Mestrado em Linguística) Universidade Estadual de Campinas, SP. 8