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Transcrição:

O QUE É? No Brasil um fundo de investimento possui a sua organização jurídica na forma de um condomínio de investidores, portanto o fundo de investimento possui um registro na Receita Federal (CNPJ) pois trata se de uma pessoa jurídica. Para existir como uma pessoa jurídica o fundo de investimento deverá ter um estatuto social (que deverá ser registrado em um cartório de notas e oficio) onde constarão os direitos e deveres dos cotistas bem como os aspectos relativos à organização social do fundo. Como todo condomínio a Assembléia de cotistas é o órgão decisor e a ela cabe aprovar o balanço social do fundo bem como definir certas funções administrativas que um fundo necessita para ser aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários que é o órgão do Governo Federal responsável pela fiscalização dos fundos de investimento. As funções administrativas são as seguintes: GESTOR DA CARTEIRA DE INVESTIMENTO será o responsável pela gestão do patrimônio do fundo de investimento. O gestor poderá ser uma pessoa física ou uma pessoa jurídica em ambos os casos necessitam de um registro junto a Comissão de Valores Mobiliários ( CVM ). ADMINISTRADOR, será o responsável pela representação do fundo perante os órgãos de fiscalização do governo federal (Comissão de Valores Mobiliários (CVM) ou o Banco Central do Brasil, necessariamente o administrador deverá ser uma instituição financeira aprovada pelo Banco Central do Brasil. Uma das funções do administrador é a determinação do valor da cota do fundo). CUSTODIANTE, será o responsável pela guarda dos títulos que compõe a carteira de investimento do fundo de investimento, o custodiante deverá ser uma empresa com autorização do Banco Central do Brasil para exercer essa função. Há uma quarta função que não é definida no estatuto social do fundo, mas é igualmente importante para a existência do fundo, trata se do Distribuidor que possui a função de captar recursos junto a investidores. O Administrador deverá ainda contratar os serviços de uma empresa de auditoria pois o balanço social do fundo deve ser auditado por uma empresa independente. Além do estatuto social, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) exige que o fundo tenha um prospecto onde conste de forma clara os riscos que o investidor corre ao ingressar como cotista, a política de investimento do fundo e informações gerais sobre fundo tais como quem é o administrador, gestor e custodiante do fundo.

No estatuto social deverá ainda estabelecer as datas de realização da Assembléia de Cotistas ( Ordinária e Extraordinária no caso dessa as regras de convocação e realização ). COMO FUNCIONA O investidor ao aplicar os seus recursos financeiros em um fundo de investimento estará adquirindo certa quantidade de cotas que representarão o patrimônio do fundo de investimento. Para calcular o valor da cota o administrador poderá utilizar duas metodologias : COTA FECHAMENTO, nessa metodologia o Administrador irá determinar o valor da cota no final do dia e para tanto irá se utilizar o valor do patrimônio do fundo constante no final do dia, nessa situação o investidor somente irá saber o valor da cota no dia seguinte ao da aplicação. COTA ABERTURA, nessa metodologia o Administrador irá determinar o valor da cota no inicio do dia e para tanto irá se utilizar o valor do patrimônio do fundo no inicio do dia, nessa situação o investidor sabe no momento da aplicação a quantidade de cotas que está adquirindo. Assim de posse do valor da cota o administrador poderá então calcular a quantidade de cotas que cada investidor possui e claro determinar o valor atual dos investimentos realizados pelos cotistas, bastando para isso dividir o valor financeiro aportado pelo investidor pelo valor da cota ( em caso de aplicação ) ou multiplicar a quantidade de cotas pelo valor atual da cota para se determinar o valor atual dos investimentos ( em caso de resgate por exemplo ). Além das metodologias acima mencionadas o Administrador do fundo poderá adotar a cota de um determinado dia para aplicação ou para resgate. Em geral os administradores adotam a cota do dia seguinte ( D + 1 ) para as aplicações e resgates. Essa informação deverá estar mencionada no estatuto social do fundo e no prospecto. Alguns administradores adotam também um prazo de carência para efetuar os resgates, caso o investidor saque durante a vigência da carência ele poderá perder o a rentabilidade entre a data de aniversário da carência e a data do resgate (essa condição deverá estar mencionada no estatuto social do fundo e no prospecto). Se estiver previsto no estatuto social do fundo o Administrador somente poderá resgatar em datas estipuladas. TAXAS COBRADAS As taxas que podem ser cobradas pelo Administrador do Fundo são : TAXA DE ADMINISTRAÇÃO: É uma taxa que o administrador cobra para executar os trabalhos relativos à gerência administrativa do fundo, essa taxa é definida (em geral) em termos anuais e incide diariamente

sobre o patrimônio do fundo. Assim ao divulgar o valor da cota o administrador já terá descontado o valor da taxa de administração. TAXA DE PERFORMANCE: É uma taxa que é cobrada em função dos objetivos de rentabilidade são definidos no estatuto social do fundo, assim caso o gestor do fundo ultrapasse esses objetivos ele fará jus a uma remuneração. De igual forma o administrador ao divulgar o valor da cota do fundo já terá descontado o valor da taxa de performance do fundo. Os critérios de cálculo da taxa de performance são definidos no estatuto social do fundo e constam do prospecto. TAXA DE ENTRADA OU DE SAÍDA. É uma taxa que poderá ser cobrada do investidor quando da aquisição de cotas do fundo (taxa de entrada ou de carregamento) ou quando o investidor solicita o resgate de suas cotas. Nesse caso a taxa de entrada ou de saída não está computada no patrimônio do fundo, portanto o valor da cota do fundo divulgado pelo administrador não contém essa taxa. Como todas as demais taxas esta também deverão estar definidas no estatuto social do fundo e constar no prospecto do fundo. TRIBUTAÇÃO IMPOSTO DE RENDA O imposto de renda nos fundos de investimento incide sobre a rentabilidade obtida pelo cotista. O percentual (alíquota) do imposto de renda varia de acordo com a composição da carteira do fundo de investimento e de acordo com o prazo médio dos títulos que compõem a carteira do fundo. Nos fundos de investimento onde haja uma percentual da carteira de investimento superior a 67% em ações, a alíquota será de 15% sobre a rentabilidade obtida e incidirá no momento em que o cotista efetuar um resgate. Já nos fundos de investimento onde a maioria da carteira seja composta por títulos de renda fixa as alíquotas serão definidas em função do prazo médio dos títulos que compõe a carteira, veja a tabela abaixo: PRAZO MÉDIO DA CARTEIRA DO FUNDO DE INVESTIMENTO ALÍQUOTA Até 180 dias 22,50% De 181 até 360 dias 20,00% De 361 dias até 720 dias 17,50% Acima de 721 dias 15,00%

No último dia útil dos meses de maio e novembro, a Receita Federal cobra uma parcela do imposto de renda calculado sobre a rentabilidade obtida pelo cotista, essa parcela é calculada a uma alíquota de 15% sobre a rentabilidade e é deduzida do saldo de cotas que o investidor possui (come cotas). A diferença de alíquota ( se houver ) será paga no momento em que o cotista solicitar o resgate. IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS (IOF) O imposto sobre operações financeiras (IOF) incide caso o prazo entre aplicação e o resgate seja inferior a 30 dias e as suas alíquotas são decrescentes em função do prazo como o imposto de renda, as alíquotas incidem sobre a rentabilidade obtida pelo cotista, veja abaixo as alíquotas: NÚMERO DE DIAS DECORRIDOS APÓS A IOF (EM%) NÚMERO DE DIAS DECORRIDOS APÓS A IOF (EM%) APLICAÇÃO APLICAÇÃO 1 96 16 46 2 93 17 43 3 90 18 40 4 86 19 36 5 83 20 33 6 80 21 30 7 76 22 26 8 73 23 23 9 70 24 20 10 66 25 16 11 63 26 13 12 60 27 10 13 56 28 6 14 53 29 3 15 50 30 0 TIPOS DE FUNDOS DE INVESTIMENTO Podemos dividir os fundos de investimento de acordo com as seguintes categorias: CURTO PRAZO: Os fundos de investimento dessa categoria possuem a sua carteira de investimentos composta por títulos de renda fixa cujo prazo seja inferior a 360 dias possuindo assim um prazo médio da carteira menor.

REFERENCIADO: Os fundos de investimentos dessa categoria têm por objetivo de rentabilidade proporcionar uma rentabilidade atrelada a um indexador financeiro e a sua carteira de investimento deverá ser composta (95%) por títulos de renda fixa que tenham rentabilidade atrelada a esse indicador financeiro. RENDA FIXA: Os fundos dessa categoria possuem a sua carteira de investimentos ( 80% ) composta por títulos de renda fixa pré ou pós fixados. MULTIMERCADOS: Os fundos dessa categoria obtêm a sua rentabilidade fundamentalmente a partir de operações de derivativos financeiros. Os derivativos financeiros são contratos que visam a simular um conjunto de operações de modo a permitir que o gestor do fundo possa alavancar o patrimônio do fundo em uma determinada estratégia de investimento. A alavancagem é a possibilidade que o gestor possuir de aplicar varias vezes o patrimônio do fundo, possibilidade que somente os derivativos financeiros proporcionam. AÇÕES: Os fundos dessa categoria têm a sua carteira de investimentos composta por 67% (no mínimo) em ações de empresas negociadas em Bolsa de Valores. CAMBIAL: Os fundos dessa categoria têm a sua carteira de investimentos composta por (80%) títulos de renda fixa que tenham como objetivo de rentabilidade proporcionar a variação de preços de uma determinada moeda estrangeira. DIVIDA EXTERNA: Os fundos dessa categoria têm a sua carteira de investimento composta por (80%) por títulos emitidos pelo governo brasileiro negociado no mercado internacional. DIREITOS CREDITÓRIOS: A carteira de investimento desses fundos é composta em sua totalidade por títulos que representam operações realizadas nos segmentos financeiro, comercial, industrial, imobiliário, de arrendamento mercantil e de prestação de serviços. Esses títulos são conhecidos como recebíveis. Esses fundos possuem uma regulamentação própria (Instruções CVM 356/2001 e 399/2003 e suas modificações). FUNDOS DE PREVIDÊNCIA: São fundos de investimento destinados a acolher os recursos captados pelo plano gerador de benefícios livres (PGBLs). IMOBILIÁRIO: São fundos de investimento cujos recursos são destinados para empreendimentos imobiliários e possuem uma regulamentação própria (Instruções CVM 205/1994 e 206/1994 e suas modificações. ). RISCO EM FUNDOS DE INVESTIMENTO Risco em investimento é a probabilidade de não se obter o que se esperava. Em se tratando de fundos de investimento temos duas dimensões para o risco:

RISCO DE CRÉDITO: É a probabilidade de que o emissor do título que compõe a carteira do fundo não pague o valor do título no seu vencimento. RISCO DE ESTRATÉGIA OU MERCADO: É a probabilidade de que a estratégia de investimento do gestor do fundo não produza os resultados esperados, o risco de estratégia poderá resultar em patrimônio negativo e se isso ocorrer o cotista será obrigado a aplicar mais recursos de tal forma a zerar o patrimônio negativo. Portanto é primordial que o investidor em fundos de investimento tenha a exata noção dos riscos que está correndo ao investir em um fundo de investimento. TRANSPARÊNCIA NA GESTÃO DO FUNDO Nesses tempos em que a governança corporativa está avançando nos mercados acionários, cabe aqui estabelecer também os mesmos critérios para os gestores de fundos de investimento. Infelizmente a transparência na gestão dos fundos de investimentos negociados no mercado brasileiro ainda é negligenciada em função de certos argumentos cuja asserção é baseada em conceitos de espionagem. A comissão de valores mobiliários em sua pagina já informa se não amplamente a carteira dos fundos de investimento permitindo que o investidor possa inferir o risco de crédito que ele corre ao adquirir cotas desse fundo.