Papiloma Invertido Nasossinusal:

Documentos relacionados
Papiloma invertido nasossinusal Casuística do serviço de ORL do Hospital de Braga

ADENOCARCINOMA NASOSSINUSAL EXPERIÊNCIA DO SERVIÇO ORL DO HOSPITAL DE BRAGA

Papiloma invertido nasossinusal: Revisão de 8 anos

Tumores benignos nasosinusais: Estudo retrospectivo Benign nasosinusal tumors: Restrospective study

Endoscopic approach to nasal tumors - Our experience in IPOLFG

ORIGINAL ARTICLE. Retrospective analysis of 26 cases of inverted nasal papillomas. Análise retrospectiva de 26 casos de papiloma invertido nasal

Dr. Bruno Pinto Ribeiro Residente em Cirurgia de Cabeça e Pescoço Hospital Universitário Walter Cantídio

DOI: / original article. Evolution of endoscopic surgery in the treatment of inverted papilloma

Ivo Miguel Moura César Anjo José Colaço Tatiana Carvalho Ricardo Pacheco Pedro Montalvão Miguel Magalhães

Adenocarcinoma nasal - Experiência do serviço. Sinonasal adenocarcinoma - hospital de braga ent department expertise

Joana Filipe Teresa Matos Helena Ribeiro Luís Tomás Paulo Borges Dinis

Esvaziamento Cervical Seletivo em Pescoço Clinicamente Positivo

Projeto acadêmico não lucrativo, desenvolvido pela iniciativa Acesso Aberto

Tumores múltiplos em doentes com carcinoma da cabeça e pescoço Serviço de Oncologia Médica do CHLN Hospital de Santa Maria

Complicações da cirurgia endoscópica nasossinusal Revisão de 667 doentes do Centro Hospitalar do Porto

Melanomas da mucosa nasal no IPOLFG ( )

3º Curso Teórico Prático de ORL

RESUMO ABSTRACT. Vítor Hugo Cabral Veríssimo 2

Estesioneuroblastoma: um tumor heteróclito da oncologia clínica. Esthesioneuroblastoma: A Heteroclite Tumor of Clinical Oncology

MELANOMAS MALIGNOS DAS MUCOSAS DA CABEÇA E PESCOÇO: EXPERIÊNCIA DO IPO-FG DE COIMBRA

Acta Otorrinolaringológica Gallega

RELATO DE CASO DE SINUSITE MAXILAR POR FÍSTULA OROANTRAL COM DIAGNÓSTICO TARDIO

INFECÇÕES CERVICAIS PROFUNDAS ESTUDO RETROSPECTIVO

FIBROMA OSSIFICANTE ETMOIDO FRONTAL COMPLICADO DE MUCOCELO. ; ;

Neoplasias. Margarida Ascensão. Teresa Matias

XXIII Jornadas ROR-SUL. Mesotelioma Pleural no Sul do País. 15, 16 e 17 Fevereiro 2016 Lisboa

Cirurgia endoscópica nasossinusal em idade pediátrica Endoscopic sinus surgery in children

Mucocelos dos seios perinasais: Considerações em cinco casos clínicos Paranasal sinus mucoceles: Considerations in five clinical cases

Universidade Federal do Ceará Faculdade de Medicina Liga de Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Jônatas Catunda de Freitas

Serviço de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial Director: Dr. Luis Dias

Últimos 2 anos em polipose nasossinusal Rodrigo de Paula Santos Roberto Eustáquio Guimarães Camila Atallah Pontes

Carolina Durão João Pimentel Ana Hebe Ricardo Pacheco Pedro Montalvão Miguel Magalhães

Avaliação da cefaleia nasossinusal em doentes submetidos a cirurgia endonasal

Rinossinusite crónica: Correlação entre a clínica e o score lund-mackay Chronic rhinosinusitis: Correlation between the symptoms and score lund-mackay

DIAGNÓSTICO E MANEJO DAS DISPLASIAS DE LARINGE

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO

Sarcomas de partes moles do adulto Estudo Populacional/Institucional Regiões do Alentejo e Algarve

Gaudencio Barbosa R3 CCP HUWC Serviço de Cirurgia de Cebeça e Pescoço

FÍSTULA LIQUÓRICA ESFENOIDAL ESPONTÂNEA RELATO DE CASO

Adenoma Pleomórfico Nasal: Ressecção Via Degloving Médio-facial

irurgia Revista Portuguesa de Órgão Oficial da Sociedade Portuguesa de Cirurgia II Série N. 16 Março 2011

XXIII Jornadas ROR-SUL. 15, 16 e 17 Fevereiro 2016 Lisboa

PREDITORES DA RECUPERAÇÃO AUDIOMÉTRICA EM DOENTES COM SURDEZ SÚBITA NEUROSSENSORIAL

Autor : Larissa Odilia Costa Binoti Co-autores : Bernardo Relvas Lucas Camila Bae Uneda Daniella Leitão Mendes Juliana Cagliare Linhares

Resultado dos casos referenciados a consulta de Ortopedia Infantil por suspeita de Displasia de Desenvolvimento da Anca

Fibrous dysplasia is a pseudo-neoplastic lesion, ethiology

Joana Guimarães Joana Santos Daniel Miranda Filipa Carvalho Moreira Nuno Marçal Gabriel Pereira Olinda Marques Rui Almeida Sérgio Vilarinho

Radiologia do crânio e face

Acta Otorrinolaringológica Gallega

XXIII Jornadas ROR-SUL. 15, 16 e 17 Fevereiro 2016 Lisboa

IMAGIOLOGIA NOS TUMORES DE CÉLULAS RENAIS

A PTHi PODE PREVER AS VARIAÇÕES DO CÁLCIO APÓS TIROIDECTOMIA TOTAL?

Hamartoma adenomatóide epitelial respiratório: Caso clínico e revisão da literatura

Acta Otorrinolaringológica

Tomografia dos Seios Paranasais

FACTORES DE RISCO PARA REINTERVENÇÃO CIRÚRGICA NO TRATAMENTO DA OTITE MÉDIA EFUSIVA NA CRIANÇA

Como citar este artigo Número completo Mais artigos Home da revista no Redalyc

Fixador externo no tratamento de lesões ortopédicas tardias após sépsis meningocócica

Universidade Federal do Ceará Módulo em Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Tumores das Glândulas Salivares. Ubiranei Oliveira Silva

PROGRAMAÇÃO PRELIMINAR - IV COMBINED MEETING 23 de Maio

Punção Aspirativa com Agulha Fina Guiada por Ultrassonografia Endoscópica PAAF-USE primeira linha suspeita de neoplasia do pâncreas

original article Endoscopic treatment of esthesioneuroblastoma Abordagem endoscópica de estesioneuroblastoma

AULA: RINOSSINUSITES CRÔNICAS E SUAS COMPLICAÇÕES PROFESSORA: WILMA ANSELMO LIMA

Apresentação RINO Relato de caso

Diagnóstico por Imagem em Oncologia

Terapia conservadora da mama em casos multifocais/multicêntricos

Introduction: The anterior ethmoidal artery (AEA) is an

Clínica Universitária de Radiologia. Reunião Bibliográfica. Mafalda Magalhães Director: Prof. Dr. Filipe Caseiro Alves

MARCO AURELIO VAMONDES KULCSAR CHEFE DE CLINICA ICESP

Head and Neck Julho / Humberto Brito R3 CCP

Sara Martins Pereira Miguel Breda Diana Pinto Silva Ana Menezes António Lima Daniela Ribeiro Luís Dias

Dr. Bruno Pinto Ribeiro Residente em Cirurgia de Cabeça e Pescoço Hospital Universitário Walter Cantídio

Mucopiocele de seio frontal Relato de caso e Revisão da literatura

TESTE DE AVALIAÇÃO. 02 novembro 2013 Duração: 30 minutos. Organização NOME: Escolha, por favor, a resposta que considera correta.

RETALHOS ÂNTERO-LATERAL DA COXA E RETO ABDOMINAL EM GRANDES RECONSTRUÇÕES TRIDIMENSIONAIS EM CABEÇA E PESCOÇO

Imagem da Semana: Ressonância nuclear magnética

VIGILÂNCIA PÓS-OPERATÓRIA NA SEPTOPLASTIA - REGIME DE AMBULATÓRIO COM OU SEM PERNOITA

Angbfibroma juveni1:16 anos de experiência Juvenile anofibroma: sixteen years experience

Indicações e Contraindicações no Diagnóstico por Imagem da Sinusite Inflamatória nas Crianças

Marcos Sekine Enoch Meira João Pimenta

CÂNCER LARINGE. UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ Hospital Walter Cantídio Residência em Cirurgia de Cabeça e Pescoço CÂNCER DE LARINGE

Mestrado Profissional associado à residência médica MEPAREM. Diretrizes para tratamento de crianças disfônicas

Anatomic Variotions of the Paranasal Sinuses

Centro de Referência de Cancro do Reto. Carteira de Serviços

Marta Canas Marques Marco Alveirinho Simão Alberto Santos Carlos Macor Óscar Dias Mário Andrea

Carcinoma adenoide cístico de nasofaringe localmente avançado: Relato de caso

Caso Clínico - Tumores Joana Bento Rodrigues

20º CONGRESSO BRASILEIRO DE MASTOLOGIA PROGRAMA PRELIMINAR

Margens menores que 1 centímetro na hepatectomia são insuficientes?

Martins Pereira, S. Moreira, F.; Breda, M.; Pratas, R.; Dias, L. Serviço de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial Hospital de Braga

TÍTULO: COLESTEATOMA DE CONDUTO AUDITIVO EXTERNO COMO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE PATOLOGIAS DA ORELHA EXTERNA

ORIENTAÇÕES SOBRE CARCINOMA NÃO INVASIVO DA BEXIGA

EFICÁCIA DA TERAPÊUTICA NEOADJUVANTE EM DOENTES COM ADENOCARCINOMA DO PANCREAS: ANÁLISE MULTICÊNTRICA DOS ÚLTIMOS 5 ANOS.

Cláudia Reis José Gameiro dos Santos Rosário Figueirinhas Telma Feliciano Cristina Ramos Melo Pires Cecília Almeida e Sousa

PERCURSO DO DOENTE COM NEOPLASIA DA MAMA OPERADA

Gaudencio Barbosa R4 CCP HUWC Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço

Endonasal endoscopic dacryocystorhinostomy (EN-

Protocolo de Preservação de Orgão em Câncer de Cabeça e Pescoço

Nasopharyngeal angiofibroma: Our experience and literature review

CASO CLÍNICO Pós graduação em Mastologia 28 Enfermaria Santa Casa da Misericórdia RJ María Priscila Abril Vidal

Transcrição:

Serviço de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial Papiloma Invertido Nasossinusal: Casuística do Serviço de ORL do Hospital de Braga D. Miranda, M. Breda, D. Silva, N. Marçal, S. Vilarinho, L. Dias Lisboa - 2014

01. INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO O papiloma invertido (PI) é um dos tumores mais frequentes da região nasossinusal representando cerca de 0.5 a 4% dos tumores desta topografia Incidência: 0.6 1.5 casos/100 000 habitantes/ano. Peng, P. Har-El, G. Management of Inverted Papillomas of the Nose and Paranasal Sinuses. American Journal of Otolaryngology Head and Neck Medicine and Surgery. 2006. Vol.27. Págs:233-37. Xiao-Ting, W., Peng, L., Xiu-Qing, W., Hai-Bo, W. et al. Factors Affecting Recurrence of Sinonasal Inverted Papilloma. Eur Arch Otorhinolaryngol. 2013. 270: 1349-1353. 3

INTRODUÇÃO 1ª Descrição Ward, 1854 Lingen, MW, Kumar, V. Head and Neck. In Kumar, V, Abbas, AK, Fausto, N. (Eds) Robbins and Cotran Pathology. 7 th Ed. Cap. 16. 4

INTRODUÇÃO Agressividade local Potencial de malignização: 5 a 15% Associado a diferentes graus de transformação histológica (atipia, displasia, carcinoma in situ ou mesmo carcinoma espinocelular [CEC]) Ocorrência síncrona de CEC varia entre 1.7% a 56%. Peng, P. Har-El, G. Management of Inverted Papillomas of the Nose and Paranasal Sinuses. American Journal of Otolaryngology Head and Neck Medicine and Surgery. 2006. Vol.27. Págs:233-37. 5

INTRODUÇÃO Tratamento do PI é cirúrgico. Abordagens endoscópicas/externas/combinadas. Taxa de recorrência Variável; pode atingir os 78%. Xiao-Ting, W., Peng, L., Xiu-Qing, W., Hai-Bo, W. et al. Factors Affecting Recurrence of Sinonasal Inverted Papilloma. Eur Arch Otorhinolaryngol. 2013. 270: 1349-1353. 6

02. MATERIAIS E MÉTODOS

MATERIAIS E MÉTODOS Estudo retrospectivo. Doentes submetidos a cirurgia com diagnóstico histológico de PI entre Janeiro/1990 Dezembro/2013. Dados Analisados: demográficos clínicos imagiológicos cirurgia realizada evolução no follow-up 8

MATERIAIS E MÉTODOS Objectivo: Avaliar a casuística do serviço de ORL do Hospital de Braga no que respeita ao tratamento cirúrgico dos PI. 9

MATERIAIS E MÉTODOS Critérios de Exclusão: Cirurgia realizada noutra instituição. Omissão de dados relevantes Abandonaram seguimento pós-operatório. 10

MATERIAIS E MÉTODOS Estadiamento Estadio I Estadio II Classificação de Krouse Tumor limitado à cavidade nasal, sem extensão aos seios perinasais. Tumor envolve o complexo óstio-meatal, labirinto etmoidal e/ou a porção medial do seio maxilar, com ou sem envolvimento da cavidade nasal. Estadio III Estadio IV Tumor envolve a parede lateral, anterior, posterior, superior ou inferior do seio maxilar, seio esfenoidal ou seio frontal. Tumor com extensão às estrututas contíguas extra-nasossinusais, tais como a órbita, compartimento intracraniano ou fossa pterigopalatina. Qualquer tumor associado a malignidade. Adaptado de: Krouse JH. Development of a staging system for inverted papillomas. Laryngoscope. 2000; 110: 965-8 11

MATERIAIS E MÉTODOS Análise Estatística: SPSS, v. 20.0 Nível de significância estatística adoptado foi de p<0.05 12

03. RESULTADOS

RESULTADOS Amostra: 19 doentes 24 cirurgias realizadas. Idades: entre 19 86 anos; Média±desvio-padrão: 50,1±18,1 anos 14

RESULTADOS Não foram observadas lesões bilaterais ou multicêntricas. 15

RESULTADOS Manifestações Clínicas Casos de recidiva: assintomáticos; detectada ao exame físico, complementado com exames endoscópicos e/ou imagiológicos. 16

RESULTADOS Antecedentes Pessoais: 17

RESULTADOS Estadio de Krouse: Não foi registado nenhum caso no estadio IV. 18

RESULTADOS Técnica Cirúrgica: 19

RESULTADOS Complicações Cirúrgicas: Intra-operatórias ou pós-operatórias imediatas: Pós-operatórias tardias: parestesias da região malar, após abordagem de Caldwell. 20

RESULTADOS Resultados Cirúrgicos: Recidivas: 5 casos (26%) Detectadas, em média, 26.6 meses após a cirurgia, tendo este período de tempo variado entre os 3 e os 61 meses. O período de follow-up variou entre 6 e 85 meses, com média±desvio-padrão = 33,2±20,6 meses. 21

RESULTADOS Recidivas: Cirurgia Primária Abordagem de Caldwell-Luc Rinotomia lateral (via paralateronasal) Abordagem de Caldwell-Luc CENS CENS Cirurgia Revisão CENS+Abordagem de Caldwell-Luc CENS CENS+Abordagem de Caldwell-Luc CENS CENS 22

RESULTADOS Idade: >50 anos 30 49 anos < 29 anos Estadio de Krouse: I II III Técnica Cirúrgica: Endoscópica Combinada Externa Tabagismo: Sim Não % Recidiva Valor de p* 4/14 (28,6%) 0/7 (0%) 1/3 (33,3%) 0/4 (0%) 2/12 (16,7%) 3/8 (37,5%) 2/17 (11,8%) 1/4 (25%) 2/3 (66,7%) 4/15 (26,7%) 1/9 (11,1%) 0,268 0,283 0,095 0,360 Teste exacto de Fisher ou teste do χ 2 23

04. DISCUSSÃO

DISCUSSÃO O PI corresponde ao tumor benigno nasossinusal mais frequente, depois do osteoma. Indicação cirúrgica mais comum no que respeita a neoplasias benignas. Afecta predominantemente indivíduos do sexo masculino, entre a 5ª e a 6ª décadas de vida. Peng, P. Har-El, G. Management of Inverted Papillomas of the Nose and Paranasal Sinuses. American Journal of Otolaryngology Head and Neck Medicine and Surgery. 2006. Vol.27. Págs:233-37 Nicolai, P., Castelnuovo, P. Benign Tumors of the Sinonasal Tract. Flint, PW., Haughey, BH., Lund, VJ., Niparko, JK. (Eds.) Cummings Otolaryngology Head and Neck Surgery. 5ª Ed. Elsevier. Págs: 2067-2075 25

DISCUSSÃO Etiologia do PI permanece desconhecida. Associação ao HPV é objecto de controvérsia. Estudos revelam a presença de DNA de HPV em amostras de PI. Serótipos: 6, 11, 16 e 18 + prevalentes. Altavilla, G et al. Expression of p53, p16ink4a, prb, p21waf1/cip1, p27kip1, cyclin D1, Ki-67 and HPV DNA in sinonasal endophytic Schneiderian (inverted) papilloma. Acta Otolaryngol. 2009. 129: 1242-1249. 26

DISCUSSÃO Outros factores: exposição a poluentes ambientais e fumo de tabaco. Henriquez, M., Altuna, X., Zulueta, A., Gorostiaga, F. et al. Papiloma Invertido: Tratamiento e Evolución. Acta Otorrinolaringol Esp. 2003. 54: 242-248 Exposição a fumo do tabaco associado a maior taxa de recidiva. Moon, IJ., Lee, DY., Suh, MW., Han, DH., et al. Cigarette Smoking Increases Risk of Recurrence for Sinonasal Inverted Papilloma. Am J Rhinol Allergy. 2010. 325-329 27

DISCUSSÃO Manifestação clínica mais comum do PI obstrução nasal unilateral Associada a outros sintomas nasossinusais (rinorreia, epistáxis, hiposmia, pressão facial ou cefaleias) Sintomatologia é inespecífica atraso no diagnóstico e tratamento. Lesões endonasais unilaterais suspeição de patologia neoplásica. Molina, JP, Pendas, JL, Tapia, JP, Marcos, CA., et al. Inverted Sinonasal Papillomas. Review of 61 cases. Acta Otorrinolaringol Esq. 2009. 60 (6): 402-408. 28

DISCUSSÃO Maioria tem origem na parede lateral da fossa nasal. Descritas lesões com origem no septo nasal, sistema lacrimal, ouvido médio e nasofaringe. Nicolai, P., Castelnuovo, P. Benign Tumors of the Sinonasal Tract. Flint, PW., Haughey, BH., Lund, VJ., Niparko, JK. (Eds.) Cummings Otolaryngology Head and Neck Surgery. 5ª Ed. Elsevier. Págs: 2067-2075. 29

DISCUSSÃO Bhalla, RK, Wright, ED. Predicting the site of attachment of sinonasal inverted papilloma. Rhinology. 2009. 47: 345-348. 30

DISCUSSÃO Tratamento do PI exérese cirúrgica completa, incluindo o mucoperiosteo do local de implantação. Carta, F., Verillaud, B., Herman, P., Role of Endoscopic Approach in the Management of Inverted Papilloma. Current Opinion in Otolaryngology and Head and Neck Surgery. 2011. 19: 21-24. 31

DISCUSSÃO Védrine PO et al. Chirurgie des tumeurs sinusiennes. EMC Chirurgie (2005). 694-708. 32

DISCUSSÃO CENS Método de eleição na abordagem dos PIs. 33

DISCUSSÃO CENS vs. Abordagem Externa: CENS: idêntico ou melhor controlo tumoral. Vantagens: ausência de cicatriz facial menor tempo de internamento menor dor no pós-operatório Busquets, JM., Hwang, PH., Endoscopic Resection of Sinonasal Inverted Papilloma: a meta-analysis. Otolaryngology Head and Neck Surg. 2006. 134: 476-482. Lund, V., Stammberger, H., Nicolai, P., et al. European Position on Paper on Endoscopic Management of Tumours of the Nose, Paranasal Sinuses and Skull Base. Rhinol Suppl. 2010. 1-143. 34

DISCUSSÃO Abordagens Externas Indicações: Envolvimento extenso da mucosa do seio frontal e/ou célula supra-orbitária Extensão orbitária ou intra-dural Presença concomitante de malignidade Alterações cicatriciais secundárias a cirurgia prévia Nicolai, P., Castelnuovo, P. Benign Tumors of the Sinonasal Tract. Flint, PW., Haughey, BH., Lund, VJ., Niparko, JK. (Eds.) Cummings Otolaryngology Head and Neck Surgery. 5ª Ed. Elsevier. Págs: 2067-2075. 35

DISCUSSÃO Autor Follow-up Médio (meses) Nº Doentes Taxa de Recidiva (%) Kamel 28 17 0 Wormald et al 39.5 17 5 Chee e Sethi 32.8 18 5.6 Xu et al >24 14 7.1 Lund 45 13 7.7 Han et al 50 19 10.5 Waitz e Wigand 46 35 17.1 Stammberger >24 16 19 Sukenik e Casiano 36 19 21 Sham et al >33 22 27.3 Miranda et al 32 19 26 Adaptada de Peng, P. Har-El, G. Management of Inverted Papillomas of the Nose and Paranasal Sinuses. American Journal of Otolaryngology Head and Neck Medicine and Surgery. 2006. Vol.27. Págs:233-37. 36

DISCUSSÃO Limitações: Tamanho reduzido da amostra. Casos operados mais recentemente período de follow-up relativamente curto 37

05. CONCLUSÕES

CONCLUSÕES O PI é um dos tumores mais frequentes da região nasossinusal. Caracteriza-se pela sua agressividade local, potencial de malignização e elevada taxa de recorrência após tratamento cirúrgico. A abordagem endoscópica dos PI é cada vez mais aceite como a técnica cirúrgica de eleição, não obstante, a possibilidade de realização de uma abordagem externa/combinada. 39

40

FIM Correspondência: Daniel Miranda Serviço de Otorrinolaringologia Hospital de Braga Obrigado! Sete Fontes S.Victor 4710-243 BRAGA T. 253 027 000 F. 253 027 999 WWW.HOSPITALDEBRAGA.COM.PT E-mail: alvesmiranda@gmail.com