CARACTERIZAÇÃO DOS INTERNAMENTOS HOSPITALARES POR TUBERCULOSE EM HOSPITAIS DA REGIÃO NORTE

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Transcrição:

Administração Regional de Saúde do Norte Centro Regional de Saúde Pública do Norte Ministério da Saúde CARACTERIZAÇÃO DOS INTERNAMENTOS HOSPITALARES POR TUBERCULOSE EM HOSPITAIS DA REGIÃO NORTE -4 Centro Regional de Saúde Pública do Norte Fevereiro 6

. INTRODUÇÃO A tuberculose é uma doença que deve ser tratada em ambulatório, sendo o internamento hospitalar reservado para situações cuja gravidade o justifique. No entanto, a evolução dos internamentos por tuberculose reflecte a evolução da doença na comunidade. Os internamentos hospitalares em casos de tuberculose levantam ainda um conjunto de problemas relativos à prevenção da transmissão nosocomial da doença, sendo este problema particularmente premente em relação às formas contagiosas da doença e em relação aos internamentos prolongados. Como forma de complementar o diagnóstico da situação epidemiológica da tuberculose na Região Norte (RN) julgámos que seria pertinente caracterizar os internamentos por aquela doença. Este relatório pretende dar uma visão global da vertente internamento hospitalar da tuberculose. Centro Regional de Saúde Pública do Norte, Tuberculose na Região Norte -4

. METODOLOGIA Para proceder a este relatório foram utilizados os dados dos Grupos de Diagnóstico Homogéneo (GDH) inseridos na base de dados que o Instituto de Gestão Informática e Financeira da Saúde (IGIF) fornece anualmente à Administração Regional de Saúde do Norte, relativos ao período entre e 4. Foram seleccionados os casos com diagnóstico principal de tuberculose (códigos a 8 da Classificação Internacional de Doenças 9ª revisão) internados em hospitais da Região Norte durante o período de tempo atrás referido. Os dados apresentados dizem respeito a internamentos e não a doentes, em face da dificuldade de identificar as situações em que o mesmo doente foi internado mais do que uma vez no mesmo ano.

. RESULTADOS Desde que o número de internamentos por tuberculose tem vindo a descer, acompanhando a evolução do número de casos de tuberculose notificados na região, variando entre um valor máximo de 956, observado em e um valor mínimo de 79 em 4. O número total de dias de internamento ao longo daquele período de tempo apresentou uma distribuição semelhante, observando-se um valor máximo em e um mínimo em 4 (Figura ). Figura - Evolução do número de internamentos e do total de dias de internamento por tuberculose nos hospitais da Região Norte. -4 N.º internamentos 8 6 4 876 86 956 N.º internamentos Dias de internamento 88 79 95 9 85 8 75 7 65 6 N.º dias 4 55 Em 4 registou-se o valor mais baixo no número de internamentos durante o quinquénio -4, no entanto, foi neste ano que os internamentos foram, em média, mais longos. O número médio de dias de internamento variou entre, dias em e, e,7 dias em 4. No Quadro apresentamos os internamentos durante o período a 4 de acordo com a sua duração. Em 4, ano em que, em média, os internamentos foram mais longos, os internamentos com duração superior ou igual a cinco semanas representaram cerca de um quarto do total. Centro Regional de Saúde Pública do Norte, Tuberculose na Região Norte -4

QUADRO Caracterização da duração dos internamentos hospitalares por tuberculose em hospitais da Região Norte. -4 Duração 4 Até semana 7 7 9 semanas 98 7 7 5 semanas 46 6 77 45 6 4 semanas 9 9 94 9 76 5 ou mais semanas 96 77 88 9 76 876 86 956 88 79 Os internamentos em hospitais do distrito do Porto representaram entre 67% e 7% do total de internamentos em hospitais da RN. Nos distritos de Bragança e de Viana do Castelo não foi o ano em que se registaram mais internamentos, ao contrário dos outros distritos (Quadro ), tendo sido o número de internamentos ocorridos em o mais baixo do quinquénio. Em cada um dos dois distritos mais populosos da região, Braga e Porto, o hospital com maior número de internamentos por tuberculose foi, no distrito de Braga o Hospital de Guimarães e no distrito do Porto o Hospital Joaquim Urbano. QUADRO Distribuição do número de internamentos por tuberculose por hospital. Região Norte -4 Distrito 4 Hospital Braga Barcelos Braga Fafe Famalicão Guimarães 5 5 5 6 7 5 5 5 9 49 4 5 67 84 6 48 9 55 5 8 9 9 5 9 8 87 76 76 Bragança Porto Bragança Macedo de Cavaleiros Mirandela Amarante IPO Joaquim Urbano Maria Pia Matosinhos Prelada Póvoa de Varzim 6 7 8 88 7 9 6 54 7 9 7 5 88 8 6 6 5 9 69 5 5 9 8 7 5 5 4 6 7 8 5 48 8 79 5 8 7 4

Santo António Santo Tirso São João Vale do Sousa Valongo Vila do Conde Vila Nova de Gaia Viana do Castelo Ponte de Lima Viana do Castelo Vila Real Chaves Peso da Régua Vila Real 67 5 5 45 5 6 5 5 4 5 54 4 5 5 95 586 7 9 56 54 46 8 4 78-8 64 4 7 4 4 67 4 7 89 7-4 568 9 5 47 8 9 57-48 479-8 8 4 7 4 56 5 87 8 88 895 46 58 4 98 64 65 Sem informação TOTAL 876 86 956 88 79 45 No Quadro apresentamos o número de internamentos por tuberculose por distrito de residência. A maior parte dos internamentos ocorreram em residentes no distrito do Porto. Apenas % do total de internamentos registados durante o quinquénio ocorreram em residentes fora da RN. QUADRO Internamentos por tuberculose em hospitais da Região Norte por distrito de residência -4 Distrito 4 Aveiro 5 6 Braga 6 76 5 4 Bragança 7 6 Guarda Leiria 4 Lisboa Porto 598 56 67 54 44 Viana do Castelo 9 58 7 9 8 Vila Real 49 44 6 48 7 Viseu 5 9 7 Ignorado 4 6 8 8 876 86 956 88 79 5

Cerca de dois terços dos internamentos por tuberculose registaram-se em indivíduos do sexo masculino. Também se observou que o número de internamentos nas mulheres se manteve estável pelo que a evolução observada neste quinquénio resulta da evolução no sexo masculino (Figura ). Figura - Evolução do número de internamentos por tuberculose nos hospitais da Região Norte por sexo. - 4 (GDH-IGIF) 8 M F 6 4 4 A maior parte dos internamentos registou-se em indivíduos com idades compreendidas entre os 5 e os 54 anos de idade (Figura ). O aumento de internamentos observado em deveu-se ao crescimento dos internamentos em idades compreendidas entre os 5 e os 4 anos de idades. Figura - Distribuição do número de internamentos por tuberculose nos hospitais da Região Norte por grupo etário. -4 5 5 4 5-4 5-4 anos 5-4 5-4 5-44 45-54 55-64 65-74 75+ 6

A tuberculose pulmonar representou a maioria dos internamentos seguindo-se-lhe as outras tuberculoses do aparelho respiratório. O aumento observado no número total de internamentos observado em se fez à custa do aumento no número de internamentos por tuberculose pulmonar. As outras tuberculoses do aparelho respiratório apresentaram um decréscimo ao longo de todo o quinquénio (Quadro 4). QUADRO 4 Distribuição dos internamentos por tuberculose em hospitais da Região Norte segundo a localização da doença (CID 9ª revisão). -4 Classificação 4 (CID 9ª revisão) Infecção primária () 9 4 7 8 Tuberculose pulmonar () 54 544 67 56 45 Outras tuberculoses do aparelho 79 65 6 4 respiratório () Tuberculose das meninges e 9 6 6 9 SNC () Tuberculose intestino, peritoneu 9 8 e gânglios mesentéricos (4) Tuberculose dos ossos e 9 4 4 articulações (5) Tuberculose aparelho genitourinário 9 (6) Tuberculose outros órgãos (7) 9 7 4 47 45 Tuberculose miliar (8) 4 6 4 9 A maior parte dos internamentos por tuberculose ocorridos ao longo do quinquénio -4 resultaram na alta dos doentes para o domicílio (Quadro 5). A proporção de internamentos que resultaram no óbito variou entre 6,7% dos casos em e 7,9% em. De realçar que, ao longo do quinquénio, um número de doentes teve alta a pedido. 7

QUADRO 5 Distribuição dos internamentos por tuberculose em hospitais da Região Norte segundo o destino após a alta. -4 Destino 4 Domicílio 79 78 89 76 597 Transferido 5 49 49 4 4 Serviço domiciliário 4 Alta a pedido 6 4 4 Óbito 6 6 64 66 56 876 86 956 88 79 8

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Tal como esperado, a evolução dos internamentos por tuberculose parece reflectir a epidemiologia da doença, nomeadamente quanto à maior proporção em adultos jovens do sexo masculino, e à maior proporção de casos com localização pulmonar. Verificou-se ainda que em 4 aumentou a duração média dos internamentos. Há alguns aspectos assinalados neste relatório que mereceriam um estudo mais detalhado, nomeadamente a variação no número de dias de internamento, as características da doença e dos doentes que têm alta a pedido, para identificar intervenções possíveis no sentido de minimizar o impacto que estes factos têm na epidemiologia da doença. A importância do estudo detalhado dos internamentos por tuberculose resulta também do impacto que a doença pode ter ao nível da infecção nosocomial, particularmente para os profissionais de saúde. 9