Constituintes químicos e atividade farmacológica de Baccharis dracunculifolia DC.

Documentos relacionados
ANEXO II PARTILHA DO SIMPLES NACIONAL - INDÚSTRIA

Cardans de Trat ores

Classif. Opção Nome Média Enem Situação 3 2 MIQUEIAS RAMOS DOS SANTOS 632,44 Pré-Selecionado em 2ª Chamada. Classif. Opção Nome Média Enem Situação

TABELA 25/04/2007. DATA DIA HORÁRIO JOGO Nº PARTIDA 25/04/07 quarta-feira 21h 01 Santo Amaro 04 X 05 Santana

CURSO DE TECN OLOGI A DO VÁCUO

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA APLICADA

PRÓPOLIS DO SEMIÁRIDO BRASILEIRO: COMPOSIÇÃO QUÍMICA E ATIVIDADE BIOLÓGICA Apresentação: Pôster

CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL (CDI) PROF. APARECIDO E. MORCELLI

Extrato vegetal padronizado obtido através de rigoroso processo extrativo, garantindo sua qualidade;

Nilson do Rosário Costa 1, Ana Paula Coelho 2, Maria Thereza Fortes 3 e Vanina Matos 4

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E DE TOXICIDADE DOS EXTRATOS DAS FOLHAS DE Clitoria guianensis.

Podemos representar a relação existente entre as entidades de um relacionamento 1:1 através do conjunto abaixo:

Resposta da questão. ÐR(s) = -45R/77. Resposta da questão. Resposta da questão. Resposta da questão R = R³ (Ë2) / 2. Resposta da questão.

ILMO(A). SR.(A) PRESIDENTE DA JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul para contato:

INVESTIGAÇÃO DA ATIVIDADE MUTAGÊNICA DO ARTEPELIN C

ILMO(A). SR.(A) PRESIDENTE DA JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

ILMO(A). SR.(A) PRESIDENTE DA JUNTA COMERCIAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS

EFEITO ANTI-INFLAMATÓRIO DO ÓLEO ESSENCIAL DE Lippia gracilis schauer.

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE E DE TOXICIDADE FRENTE À ARTEMIA SALINA DOS EXTRATOS DAS RAÍZES DE CLITORIA GUIANENSIS

XV Simpósio de Plantas Medicinais do Brasil, outubro 1998, Águas de Lindóia, SP.

AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIINFLAMATÓRIA E ANTINOCICEPTIVA DO EXTRATO AQUOSO DA Baccharis trimera EM

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA PLANO DE TRABALHO INDIVIDUAL ATIVIDADES EM DESENVOLVIMENTO ENSINO ORIENTAÇÃO

ESTUDO DO POTENCIAL ANTINOCICEPTIVO DE EXTRATOS DA FOLHA E DO CERNE DA GUATTERIA POGONOPUS

TCC em Re-vista LEANDRO, Luís Fernando. Estudo do efeito da baccharina sobre os danos cromossômicos induzidos por doxorrubicina

SUCUPIRA BRANCA. Controla as Inflamações das Articulações. Introdução

TÍTULO: AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ANTIOXIDANTE DE EXTRATOS DE UMA AMOSTRA DE PRÓPOLIS VERDE PROVENIENTE DO MUNICIPIO DE ATIBAIA, SP

A T I V O CODIGO DESCRIÇÃO DA CONTA SALDO ANTERIOR DEBITOS CREDITOS SALDO ATUAL A T I V O , ,37 (22.026,09) 353.

AVALIAÇÃO HISTOLÓGICA DO EFEITO NEFROTÓXICO EM RATOS DIABÉTICOS SUBMETIDOS À INGESTÃO DO EXTRATO DE BACCHARIS DRANCUNCULIFOLIA (ALECRIM-DO-CAMPO)

METODOLOGIA DE PROJETO

A NATURALIDADE DA DESINFECÇÃO. ORIGEM, PROCESSO PRODUTIVO E EFICÁCIA DA Baccharis dracunculifolia D.C

# Registra-se o agradecimento pela colaboração de Maurício Espasandim Miranda, graduando em Economia pela Universidade Estácio de Sá RJ.

Cronograma das Atividades Didáticas FCFRP/USP - 1 semestre de 2019 Integral

A NATURALIDADE DA DESINFECÇÃO ORIGEM, PROCESSO PRODUTIVO E EFICÁCIA DA Baccharis dracunculifolia D.C

Os antibióticos são utilizados para melhorar uma infecção estabelecida e possuem a finalidade

LINHA DE PESQUISA TECNOLOGIAS EM SAÚDE ESPELHO DA PROVA

INVESTIGAÇÃO DA ATIVIDADE ANTI-LEISHMANIA DO ÓLEO DA RAIZ DA PLANTA DO CERRADO BRASILEIRO Jatropha ribifolia.

MATEMÁTICA DISCRETA E LÓGICA MATEMÁTICA PROF. APARECIDO EDILSON MORCELLI

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA PLANO DE TRABALHO INDIVIDUAL ATIVIDADES EM DESENVOLVIMENTO ENSINO ORIENTAÇÃO

Este é um manual de procedimentos básicos padronizados para os Formulários on-line da Coleta Seletiva.

BRANCA MARIA CEREZER GERZSON RELAÇÃO ENTRE SINTOMATOLOGIA DEPRESSIVA, NÍVEIS DE VITAMINA B12 E VCM EM IDOSOS LONGEVOS

Caracterização fitoquímica e neurofarmacológica de plantas usadas na medicina tradicional pelas suas propriedades sedativas

As mudanças na política de financiamento da saúde a partir da segunda metade dos anos 90

Resposta da questão. b) 6000 N c) 14 m/s. Resposta da questão 17 N. Resposta da questão 90 N. Resposta da questão 12 N. Resposta da questão 60 N

USO TECNOLÓGICO DE ÓLEOS ESSENCIAIS

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA CÂMPUS DE BOTUCATU

MÓDULO 16 PLANEJAMENTO DE CONSTRUÇÃO, TESTES E DOCUMENTAÇÃO DO SISTEMA

Analise Financeira das Demonstrações Contábeis

CONTROLE DE QUALIDADE DA ESPÉCIE ACHYEROCLINE SATUREOIDES (LAM.) DC POR ANÁLISE FITOQUÍMICA

Dumping, Subsídios e Salvaguardas

ALCACHOFRA NATULAB MEDICAMENTO FITOTERÁPICO

ANÁLISE FITOQUÍMICA DE DIFERENTES AMOSTRAS DE ESPINHEIRA SANTA (Maytenus ilicifolia Mart.)

ADUBAÇÃO DE MANUTENÇÃO COM NITROGÊNIO E FÓSFORO PARA A PRODUÇÃO DE FENO COM O CAPIM MASSAI (Panicum maximum CV. Massai)

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Embrapa Amazônia Oriental Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Determinação do Consumo de Água e Kc para Plantas Isoladas utilizando a Técnica da Lisimetria.

Estudar a relação entre duas variáveis quantitativas.

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE CEILÂNDIA CURSO DE FARMÁCIA GABRIELA MARQUES BATISTA ARCANJO COSTA

UTILIZAÇÃO DO ÓLEO DE COPAÍBA NO TRATAMENTO E CICATRIZAÇÃO DE LESÕES

Princípios Orçamentários

Antibióticos, hormônios, resíduos de agrotóxicos e outros

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA PLANO DE TRABALHO INDIVIDUAL ATIVIDADES EM DESENVOLVIMENTO ENSINO ORIENTAÇÃO

CARQUEJA. Parte utilizada: Toda a planta, principalmente a parte aérea.

EXTRATOS VEGETAIS DE PLANTAS MEDICINAIS DO CERRADO NO ALTO PARANAÍBA - MG

RESOLUÇÃO Nº 19 / CONPRESP / 2012

J. Health Biol Sci. 2017; 5(1):16-23 doi: / jhbs.v5i p

Sucupira extrato seco

RECOMENDAÇÕES TERAPÊUTICAS DE CINCO PLANTAS AUTORIZADAS PELO SUS

José Maurício Sforcin e outros. Baccharis dracunculifolia. Uma das principais fontes vegetais da própolis brasileira

AFRF Exercícios Tele-Transmitido. Prof. Sérgio Altenfelder Estatística - 01

COMPOSIÇÃO QUÍMICA DE DUAS VARIEDADES DE PRÓPOLIS DOS CAMPOS GERAIS DO PARANÁ 1

Daniel F. Buss IOC/FIOCRUZ

ÓLEO DE COPAIBA, COMPOSIÇÃO E BIOATIVIDADE ANTIFÚNGICA.

SOLICITAÇÕES DE ACESSO AO PATRIMÔNIO GENÉTICO INDEFERIDAS PELO CNPq EM 2011

CARACTERÍSTICAS FITOQUÍMICAS E POTENCIAIS APLICAÇÕES DE Eugenia uniflora L. NA PRODUÇÃO DE MEDICAMENTOS NATURAIS

Boletim Técnico Plantas Medicinais / Jana Koefender... [et al.].- Cruz Alta / RS: UNICRUZ, p.; il.; color.

Os consumidores e organizações, dessa forma, são agrupados em mercados-alvo e reagem de maneira semelhante aos estímulos de marketing.

ANTIMICROBIAL ACTIVITY OF THE EXTRACTS OF Baccharis dracunculifolia D. C. (ASTERACEAE)

Informática UFRGS. Programação com Objetos Distribuídos (C. Geyer) Java Comunicação 1

EFICÁCIA ANTIMICROBIANA DA TINTURA DE TANSAGEM CONTRA STAPHYLOCOCCUS AUREUS E STREPTOCOCCUS PYOGENES

1780, Botucatu SP,

Cronograma das Atividades Didáticas FCFRP/USP - 1 semestre de 2019 Integral

AVALIANDO A VARIAÇÃO DO TEOR E COMPOSIÇÃO DO ÓLEO ESSENCIAL DAS FOLHAS DE Lippia gracilis CULTIVADA

METODOLOGIA DE PROJETO

Atividade biológica de aveloz (Euphorbia tirucalli), boldo (Pneumus boldus) e cânfora (Cinnamomun camphora) sobre Alternaria sp e Fusarium sp.

PERFIL FITOQUÍMICO DA POLPA LIOFILIZADA DA BABOSA (ALOE VERA)

ESPINHEIRA SANTA NATULAB MEDICAMENTO FITOTERÁPICO

0,6667 0,4750 0,3572 0,3046 0,2937 0,2734 0,2212 0,1615 0,1243 0,7000 0, ,5000 ' 0,4000 $ ( 0,3000 Ï 1 / 0,2000 0,1000

Faculdade de Imperatriz FACIMP

Ambiente 1: Colônia de Pesca do Rio Vermelho

Rio de Janeiro, 08 de dezembro de 2009

ESTUDO DOS POLIFENÓIS TOTAIS E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DA CASCA, FOLHAS E FRUTO DE Hymenaea stigonocarpa (JATOBÁ).

ABORDAGEM FITOQUÍMICA E AVALIAÇÃO FARMACOLÓGICA DE Solanum acanthodes Hook f. e Solanum jamaicense Mill.

RESUMO.

CHAMADA PARA SELEÇÃO Processo Seletivo 2012

CONSELEITE MATO GROSSO DO SUL CONSELHO PARITÁRIO PRODUTORES/INDÚSTRIAS DE LEITE DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL. RESOLUÇÃO Nº 01/2011

Antibacterial effect of Camellia sinensis on human pathogens

Introdução. Graduando do Curso de Engenharia Química FACISA/UNIVIÇOSA. gmail.com. 2

Avaliação da atividade antioxidante de duas espécies de leguminosae

Transcrição:

Constituintes químicos e atividade farmacológica de Baccharis dracunculifolia DC. Marcelo Rigotti. Eng. Agrônomo, Dsc. Agronomia. rigottims@yahoo.com.br A espécie Baccharis dracunculifolia DC (De Candole), é popularmente conhecida como vassoura ou alecrim-do-campo, é amplamente utilizada na medicina caseira. A forma de infusão de suas folhas é empregada para problemas hepáticos, disfunções estomacais e como antiinflamatório. Estudos de literatura relatam o uso medicinal e religioso do alecrim-do-campo comercializado em mercados e feiras livres no Rio de Janeiro (Azevedo & Silva (2006), assim como a utilização das folhas para feridas (Freise, 1933, citado por Fenner, et al. 2006) e o uso dos ramos, em decocto, como antifebril (Rodrigues & Carvalho, 2001). É uma planta dióica com as inflorescências masculinas e fêmininas, cujo arbusto cresce em quase todo o Brasil, e a principal fonte botânica da própolis verde no sudeste do Brasil. Uma característica dos compostos fenólicos das própolis analisadas e da espécie vegetal de B. dracunculifolia foi a alta proporção de artepilina C e outros derivados do ácido cinâmico. Com base nas evidências fitoquímicas, B. dracunculifolia foi identificada como a principal fonte vegetal das própolis produzidas nos estados de São Paulo e Minas Gerais (Alencar et al., 2005). O extrato de B. dracunculifolia mostrou a presença de germacreno-d, biciclogermacreno, assim como derivados prenilados do ácido coumarinico. Germacreno-D e o biciclogermacreno (14%) estão entre os principais compostos do óleo essencial em conjunto com o delta-cadineno (13%) e germacrona (5%) (Loayza et al., 1995). Os extratos aquosos da própolis de B. dracunculifolia e de partes da planta contêm o ácido 3,4-di-O-ácido-cafeoilquinico, ácido-3.5-di-o-cafeoilquinico e o ácido clorogênico. Além disso, 27 compostos incluindo os diterpenos labdânicos, compostos prenilatedos, flavonóides e outros fenólicos que foram isolados préviamente da própolis, foram identificados também no extrato metanólico de B. dracunculifolia. Entre eles, 24 compostos foram detectados nas gemas, indicando que deve ser uma fonte importante da própolis. A origem botânica de 19 componentes foi pela primeira vez estabelecida para B. dracunculifolia (Tezuka et al., 2003).

Resende (2007) confirmou seu potencial efeito anti-mutagênico no extrato obtido em acetato de etila. A análise do extrato por cromatografia líquida de alta eficiência permitiu a identificação dos compostos fenólicos: ácido cafeico, ácido p-coumárico, éter de aromadendrina-4'-o-metil, ácido 3-prenil-p-coumárico, 3,5-diprenil-p-coumárico (artepilina C) e baccharina. Funari et al. (2007), concluíram que a planta Baccharis dracunculifolia é a principal fonte botânica da própolis do estado de São Paulo, investigada para verificar a atividade biológica específica com relação aos fibroblastos em ratos NIH-3T3, células da pele envolvidas diretamente nos processos de cicatrização. O perfil cromatográfico, caracterizado pela maior parte por flavonóides e por ácidos aromáticos, demonstrou ser qualitativamente similar ao da B. dracunculifolia. Foi encontrado que a própolis de B. dracunculifolia apresenta uma toxicidade dependente da concentração in vitro em fibroblastos do rato NIH-3T3. Os perfis cromatográficos das gemas da folha e da própolis e das folhas não expandidas e expandidas de B. dracunculifolia mostraram similaridade, mas as folhas não expandidas diminuíram quantitativamente em constituintes químicos em comparação às gemas da folha. No caso das folhas expandidas, todos os constituintes químicos decresceram severamente ou desapareceram. Artepilina C (ácido 3,5-diprenil-4- hidroxicinâmico) foi identificado também em própolis e em exudatos resinosos e em ambos os extratos etanólicos continham as concentrações mais elevadas deste composto em comparação aos outros constituintes químicos (Park et al., 2004). Menezes (2005) avaliou a atividade antiinflamatória do extrato aquoso desta planta utilizando o modelo de pleurisia induzida por zimozan em camundongos. Os resultados indicaram que o extrato bruto aquoso de B. dracunculifólia possui atividade antiinflamatória e que é mais potente quando, concomitantemente, administrado ao estímulo da inflamação. Silva Filho et al., (2004) através do fracionamento cromatográfico das folhas, usando diversas técnicas, isolou os compostos isosakuranetina, aromadendrin-4'-metileter, ácido ferúlico, ácido diidrocinâmico, 3-prenil-4-(diidrocinnamoiloxi)- ácido cinâmico e friedelanol. Um sesquiterpeno novo, baccharisketona, e um monoterpeno novo, acetato de p-metoxitimol, foi isolado das folhas de B. dracunculifolia junto com dezessete compostos conhecidos. A atividade inibitória do crescimento dos compostos isolados contra células da leucemia (L 1210) foi testada e três terpenos fenólicos e cinco álcoois sesquiterpênicos exibiram forte atividade citotóxica (Fukuda, et al., 2006). Lemos et al. (2007), testou a eficiência do extrato da planta contra ulceras gástricas. A análise por cromatografia líquida de alta eficiência da composição química do extrato de B. dracunculifolia usado neste estudo revelou a presença principalmente de derivados ácidos e de flavonoides cinamicos. As doses de 50, 250 e 500 mg/kg do extrato cru de B. dracunculifolia e de controles positivos (omeprazol ou cimetidina) diminuíram significativamente o índice da lesão, a área total da lesão e a porcentagem da lesão causada pelas ulceras comparados com os grupos de controle negativos. A porcentagem da inibição das ulceras foram significativamente mais elevadas nos grupos tratados com o B. dracunculifolia, cimetidine ou omeprazole, com todos os protocolos usados, comparado com os grupos de controle negativos. Em relação a secreção gástrica, as reduções no volume do suco gástrico e a acidez total foram observados, assim como o

aumento no ph gástrico. Estes resultados foram similares aos resultados dos estudos realizados com extrato verde da própolis. Embora mais investigações sejam necessárias, nossos resultados sugerem que o B. dracunculifolia tem potencial para ser usado como um preparado fitoterápico para o tratamento da ulcera gástrica. Leitão et al. (2004), utilizaram o extrato da folha de B. dracunculifolia e o extrato verde da própolis ambos os extratos produziram efeito bacteriostático em culturas de Streptococcus mutans na concentração de 0.40 mg/ml. Os resultados demonstram que o extrato da folha de Bd e os extratos verdes da própolis têm efeitos inibitórios similares nos fatores cariogênicos de S. mutans, e permite nos sugerir que as folhas de Bd pode ser uma potencial fonte de produtos farmacêuticos empregados para esta finalidade. Da Silva Filho et al., (2004) utilizaram várias concentrações do extrato de B. dracunculifolia como tripanomicida. Os compostos isosakuranetin e oxido de baccharis foram os mais ativos na analise tripanomicida, mostrando os valores CI50 (concentração inibitória requerida para a inibição de 50%) de 247.6 e 249.8 microm, respectivamente. Compostos aromadendrin-4'-metileter, acido ferulico, e 3-prenil-4- (diidrocinnamoiloxi)- acido cinamico indicaram atividade moderada e os compostos acido diidrocinnamico e friedelanol foram inativos. Bibliografia ALENCAR, S.M. et al. 2005. Composição química de Baccharis dracunculifolia, fonte botânica das própolis dos estados de São Paulo e Minas Gerais. Ciência Rural. 35:4. 909-915. AZEVEDO, S.K.S. DE & SILVA, I.M. 2006. Plantas medicinais e de uso religioso comercializadas em mercados e feiras livres no Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Acta bot. bras. 20(1): 185-194. COELHO, F.B.R., et al. 2005. Levantamento etnofarmacológico realizado na comunidade mumbuca localizada no Jalapão TO. Revista Eletrônica de Farmácia Suplemento, 2:2, 52-55. FENNER, R. et al. 2006. Plantas utilizadas na medicina popular brasileira com potencial atividade antifúngica. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas. 42:3. In. FREISE, F.W. 1933. Plantas medicinaes brasileiras. Boletim de Agricultura. 34. 252-494. FUKUDA, M. et al. 2006. Studies on the constituents of the leaves of Baccharis dracunculifolia (Asteraceae) and their cytotoxic activity. Chem. Pharm. Bull. (Tokyo). 54(10):1465-8. FUNARI, C.S. de. et al. 2007. Analysis of própolis from Baccharis dracunculifolia DC. (Compositae) and its effects on mouse fibroblasts. J Ethnopharmacol. 4;111(2):206-12. LEITÃO, D.P. et al. 2004. Comparative evaluation of in-vitro effects of Brazilian green própolis and Baccharis dracunculifolia extracts on cariogenic factors of Streptococcus mutans. Biol. Pharm. Bull. 27(11):1834-9. LEMOS, M. et al. 2007. Baccharis dracunculifolia, the main botanical source of Brazilian green própolis, displays antiulcer activity. J. Pharm. Pharmacol. 59(4):603-8. LOAYZA, I. et al. 1995. Essential oils of Baccharis salicifolia, B. latifolia and B. dracunculifolia. Phytochemistry. 38:2. 381-389 MENEZES, H. 2005. Avaliação da atividade antinflamatória do extrato aquoso de Baccharis dracunculifolia (Asteraceae). In: 18 RAIB. São Paulo. Arquivos do Instituto Biológico. São Paulo: Instituto Biológico, 2005. v. 72. p. 33-33.

PARK, Y.K. et al. 2004. Chemical constituents in Baccharis dracunculifolia as the main botanical origin of Southeastern Brazilian propolis. J. Agric. Food Chem. 52, 1100 1103. RESENDE, F.A. 2007. Inhibition of doxorubicin-induced mutagenicity by Baccharis dracunculifolia. Mutat. Res. 30. RODRIGUES, V.E.G. & CARVALHO, D.A. DE. 2001. Levantamento etnobotânico de plantas medicinais no domínio do cerrado na região do alto Rio Grande Minas Gerais. Ciênc. Agrotec., 25:1.102-123. SILVA FILHO, A.A. da. et al. 2004. In vitro trypanocidal activity evaluation of crude extract and isolated compounds from Baccharis dracunculifolia D.C. (Asteraceae). J. Pharm. Pharmacol., 56(9):1195-9. TEZUKA, Y. et al. 2003. Buds of Baccharis dracunculifolia: potent source of biologically active caffeoylquinic acids and labdane-type diterpenes of Brazilian própolis. Journal of Traditional Medicines. 20:5. 187-194.

This document was created with Win2PDF available at http://www.win2pdf.com. The unregistered version of Win2PDF is for evaluation or non-commercial use only. This page will not be added after purchasing Win2PDF.