Contabilidade II Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados. O Relatório de Gestão e a Certificação Legal de Contas 1 Tópicos a abordar: Resultados Relatório de Gestão 2
Tópicos a abordar: Resultados Relatório de Gestão 3 Anexo ao Balanço e à Demonstração de Resultados 1. Resultados Instrumentos básicos de suporte da análise económico-financeira. Incluem: Balanço Documento Financeiro Estático Demonstração de Resultados Documento Económico Dinâmico Dem. dos Fluxos de Caixa Anexo ao Balanço e DR (ABDR) Documento Monetário Contém elementos económico e financeiros 4
Peça final que abrange um conjunto de informações que se destinam a: desenvolver e comentar quantias incluídas no balanço e demonstração dos resultados; divulgar factos ou situações que, não tendo expressão naquelas demonstrações financeiras, influenciam ou podem vir a influenciar a posição financeira da empresa. Utilidade do Anexo Existem numerosos dados necessários para interpretar e analisar adequadamente o Balanço e a DR que não é possível incorporar nestes documentos Torna as DF mais claras, concisas e precisas Permite satisfazer as características qualitativas das DF 5 Essa utilidade é obtida através da comunicação de factos potencialmente relevantes, nomeadamente: Princípios e critérios contabilísticos aplicados na preparação das DF Elementos extraordinários Compromissos financeiros que não figuram no balanço Contingências Alterações nos elementos do capital próprio Acontecimentos relevantes que possam ter surgido posteriormente à data do fecho das contas e cujo conhecimento possa ser de grande interesse para o analista 6
ORDEM DAS NOTAS DE ACORDO COM O POC CONTEÚDO 1 e 2 Relativas aos princípios contabilísticos 3 a 5 6 a 40 41 a 46 47 48 Relativas aos critérios valorimétricos adoptados Relativas ao Balanço Relativas aos Resultados Relativas a informações exigidas por diplomas legais. Outras informações relevantes 7 Vantagens do Anexo: Possibilidade de apresentar informação não quantitativa como parte integrante dos relatórios financeiros; Possibilidade de comunicar certas excepções e restrições relativas a elementos do Balanço e da DR; Comunicação de informação com maior detalhe do que aquele que pode ser apresentado no corpo do Balanço e da DR; Apresentação de material quantitativo ou descritivo de importância secundária. 8
Inconvenientes do Anexo: As notas do anexo tendem a ser difíceis de ler e compreender sem um esforço considerável e, por isso, podem ser lidas por alto; As descrições textuais são mais difíceis de usar na tomada de decisões do que os dados quantitativos; Existe o perigo de abusar das notas do Anexo em detrimento do desenvolvimento apropriado dos princípios de contabilidade para incorporar novas relações e acontecimentos nas demonstrações financeiras apropriadas. 9 Em Conclusão Os utilizadores da informação contabilística colhem no Anexo informações que lhe possibilitam: Obter um conjunto de indicações metodológicas que visam assegurar a transparência da informação contabilística; Esclarecer sobre a forma como foram elaboradas as DF; Pormenorizar o conteúdo de certas rubricas. 10
Tópicos a abordar: Anexo ao Balanço o e à Demonstração de Resultados Relatório de Gestão 11 O Relatório de Gestão 2. Relatório de Gestão É um documento de prestação de contas mas não é uma Demonstração Financeira Conteúdo obrigatório de acordo com os art. 66.º, 447.º e 448.º do Código das Sociedades Comerciais No caso específico das empresas cotadas a informação será mais abrangente de acordo com recomendações e regulamentos da CMVM, nomeadamente: Recomendações da CMVM sobre o Governo das Sociedades Cotadas; Regulamentos diversos: 07/2001 Governo das sociedades; 06/2002 Apresentação de informação financeira por segmentos; 04/2004 Deveres de informação 12
O Relatório de Gestão O relatório da gestão deve conter, pelo menos, uma exposição fiel e clara da evolução dos negócios, do desempenho e da posição da sociedade, bem como uma descrição dos principais riscos e incertezas com que a mesma se defronta A exposição prevista no número anterior deve consistir numa análise equilibrada e global da evolução dos negócios, dos resultados e da posição da sociedade, em conformidade com a dimensão e complexidade da sua actividade. 13 O Relatório de Gestão O relatório da gestão Na medida do necessário à compreensão da evolução dos negócios, do desempenho ou da posição da sociedade, a análise prevista no número anterior deve abranger tanto os aspectos financeiros como, quando adequado, referências de desempenho não financeiras relevantes para as actividades específicas da sociedade, incluindo informações sobre questões ambientais e questões relativas aos trabalhadores 14
O Relatório de Gestão O Relatório de Gestão deverá indicar: A evolução da gestão nos diferentes sectores em que a sociedade exerceu actividade, designadamente no que respeita a: condições de mercado; investimentos; custos; proveitos; e actividades de investigação e desenvolvimento. Os factos relevantes ocorridos após o termo do exercício. A evolução previsível da sociedade 15 O Relatório de Gestão O Relatório de Gestão deverá indicar (continuação): O número e o valor nominal de quotas ou acções próprias adquiridas ou alienadas durante o exercício, os motivos desses actos e o respectivo preço, bem como o número e valor nominal de todas as quotas e acções próprias detidas no fim do exercício As autorizações concedidas a negócios entre a sociedade e os seus administradores Uma proposta de aplicação de resultados devidamente fundamentada. A existência de sucursais da sociedade. Participações dos membros dos órgãos sociais (art. 447.º) Participações accionistas (art. 448º) 16
Tópicos a abordar: Anexo ao Balanço o e à Demonstração de Resultados Relatório de Gestão 17 A 3. Produto final do trabalho do revisor; Só é obrigatório para as seguintes empresas (262º C.S.C.): Sociedades Anónimas Sociedades por Quotas, quando ultrapassem, durante dois anos consecutivos, dois dos três seguintes limites: Total de Balanço: 1.500.000 Total de vendas liquidas e outros proveitos: 3.000.000 Nº de trabalhadores empregados em média durante o exercício: 50 Tem que ter uma linguagem: Clara; Concisa; Precisa; Tecnicamente reconhecida Com estes objectivos o conteúdo da certificação legal de contas foi sistematizado e uniformizado (ISA 700 e DRA 700) 18
A Estrutura e Conteúdo Em consequência do exame das contas, o revisor oficial de contas deve emitir documento de certificação legal das contas, o qual deve incluir Introdução Uma introdução que identifique, pelo menos, as contas do exercício que são objecto da revisão legal, bem como a estrutura de relato financeiro utilizada na sua elaboração Âmbito Uma descrição do âmbito da revisão legal das contas que identifique, pelo menos, as normas segundo as quais a revisão foi realizada Parecer Um parecer sobre se as contas do exercício dão uma imagem verdadeira e apropriada de acordo com a estrutura do relato financeiro e, quando apropriado, se as contas do exercício estão em conformidade com os requisitos legais aplicáveis, sendo que o parecer de revisão pode traduzir uma opinião sem ou com reservas, uma opinião adversa ou, se o revisor oficial de contas não estiver em condições de expressar uma opinião, revestir a forma de escusa de opinião Uma referência a quaisquer questões para as quais o revisor oficial de contas chame a atenção mediante ênfases, sem qualificar a opinião de revisão 19 A Estrutura e Conteúdo (continuação) Parecer (continuação) Um parecer em que se indique se o relatório de gestão é ou não concordante com as contas do exercício Data e assinatura do revisor oficial de contas 20
A Formatos Certificação sem reservas e sem ênfases Cert. sem reservas e com ênfases Opinião com Reservas (qualificada) Opinião não qualificada (sem reservas) (situações extremas) Escusa de Opinião Opinião Adversa 21 A Quando o auditor não está em condições de emitir um relatório de auditoria porque se lhe deparam situações em que a matéria para apreciação é: Inexistente Significativamente insuficiente Ocultada revestir a forma de escusa de opinião 22