JORNADAS CERTIEL Certificação de Empreendimentos da Construção com a Marca de Qualidade LNEC. Abril de 2010

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Transcrição:

JORNADAS CERTIEL 2010 Abril de 2010 Certificação de Empreendimentos da Construção com a Marca de Qualidade LNEC Álvaro Vale e Azevedo Centro da Qualidade na Construção Laboratório Nacional de Engenharia Civil

CERTIFICAÇÃO DE EMPREENDIMENTOS DA CONSTRUÇÃO COM A MQ LNEC - Conceitos Gerais - Objectivos da MQ LNEC - Entidades Intervenientes - Metodologia da MQ LNEC - Inscrição e Classificação dos Gestores Gerais de Qualidade - Empreendimentos submetidos à certificação MQ LNEC - Reflexões sobre a experiência havida 2

CONCEITOS GERAIS Conceito Geral da Qualidade Aptidão para o uso, ou seja, conjunto de propriedades e características da construção que determinam a sua aptidão para satisfazer as necessidades dos utilizadores. Qualidade do Projecto Adequação do produto projectado, no que se refere à facilidade de produção e à satisfação das exigências do utilizador. Qualidade da Produção Fidelidade com que o produto se ajusta ao projectado. 3

Fases dos Empreendimentos - Promoção e planeamento - Concepção e projecto - Fornecimento de materiais e componentes - Execução da obra - Utilização e manutenção 4

Características específicas da indústria da construção Indústria nómada; Produtos únicos ou em pequenas séries; Indústria tradicional com pouco dinamismo; Utilização de pessoal pouco motivado, por ser eventual, pouco qualificado e com difícil promoção; Trabalho sujeito às intempéries; Atribuições e responsabilidades dispersas e mal definidas; Incertezas elevadas; Projecto separado da produção. 5

Princípios Gerais da Garantia da Qualidade É função da garantia da qualidade assegurar que todas as actividades que influenciam a qualidade final duma construção são: Baseadas em exigências fundamentais, nomeadamente de segurança, funcionalidade e economia, todas elas claramente definidas; Referenciadas a condições de localização e implantação bem identificadas; Correctamente executadas por pessoal competente e de acordo com planos previamente elaborados; Executadas em ligação sistemática com instruções escritas. Tudo isto é verificado por meio de evidências objectivamente documentadas. 6

OBJECTIVOS DA MQ LNEC Decreto-Lei nº 310/90, de 1 de Outubro Com a sua concessão pretende-se assegurar: a) A plena implementação de um plano geral de garantia de qualidade preestabelecido conducente ao cumprimento efectivo das disposições contratuais, legais e regulamentares aplicáveis e das especificações técnicas que contemplem devidamente a satisfação das exigências essenciais, bem como a prática das boas regras da arte, na realização dos empreendimentos; b) Níveis de satisfação acrescidos em relação ao conjunto de requisitos exigidos, em particular de funcionalidade, de durabilidade e de segurança; c) A redução do risco de danos associados ao empreendimento e, em especial, do risco inerente a potenciais anomalias passíveis de terem lugar no processo construtivo; d) Condições propiciadoras da redução dos prémios de seguros de responsabilidade e ou da construção que venham a ser utilizados. 7

ENTIDADES INTERVENIENTES Nos processos conducentes à concessão da Marca de Qualidade LNEC intervêm as entidades seguintes: - LNEC, como entidade outorgante da MQ - DONO DE OBRA, como entidade beneficiária da MQ - GESTOR GERAL DE QUALIDADE (GGQ), como empresa de controlo técnico acreditada pelo LNEC DONO DE OBRA GGQ LNEC 8

METODOLOGIA DA MQ LNEC DONO DE OBRA Requerimento ao LNEC Nomeação do GGQ e comunicação ao LNEC GGQ Elaboração do PGGQ Realização de acções de controlo técnico e elaboração de Relatórios parciais LNEC Contrato DONO de OBRA - LNEC Aprovação do GGQ Nomeação do Grupo Auditor GA/LNEC Aprovação do PGGQ Visitas e auditorias; aprovação dos Relatórios parciais do GGQ Elaboração de Relatórios de Acompanhamento (Notas Técnicas) Aprovação do Relatório Final do GGQ Elaboração do Relatório Final Declaração de Conformidade Elaboração do Relatório de Síntese Concessão da Marca de Qualidade LNEC 9

INSCRIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS GGQ Compete a uma comissão que funciona no LNEC a actividade de inscrição e classificação dos Gestores Gerais da Qualidade (GGQ) de empreendimentos, por categorias e classes de obras. Categorias: 1ª Edifícios e Património Construído 2ª Vias de Comunicação, obras de Urbanização e outras Infra-estruturas 3ª Obras Hidráulicas Classes: 4 Até 2.656.000,00 5 Até 5.312.000,00 6 Até 10.624.000,00 7 Até 16.600.000,00 8 Acima de 16.600.000,00 10

INSCRIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS GGQ 80 inscrições total MQ LNEC 70 60 50 40 30 20 10 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 0 Evolução do número de Gestores Gerais da Qualidade inscritos 11

EMPREENDIMENTOS SUBMETIDOS À CERTIFICAÇÃO MQ LNEC Tipo de Empreendimento Dono de Obra Obras em curso Realização física concluída MQ atribuída Total Europarque, Sta Maria da Feira 1 1 Edifícios Laboratórios do IPQ 6 6 Lab. Regional Eng. Civil Madeira 1 1 Instituto Tecnológico e Nuclear 1 1 Santuário de Fátima 1 1 Hestia Apartamentos Porto 1 1 Vias de comunicação Sistemas Multimunicipais de abastecimento de água Sistemas Multimunicipais de Saneamento REFER Sintra e Cascais 13 3 16 SATU C. M. Oeiras 1 1 Águas do Algarve 1 28 29 Águas do Cávado 10 10 Águas do Douro e Paiva 8 61 69 Águas do Zêzere e Côa 3 3 SIMLIS 1 4 5 SIMRIA 2 8 10 SIMTEJO 1 1 Águas do Algarve 10 7 17 TOTAL 12 33 127 172 12

EMPREENDIMENTOS SUBMETIDOS À CERTIFICAÇÃO MQ LNEC Edifícios - Europarque, 1ª fase, Santa Maria da Feira - Sede, delegações e laboratórios do IPQ - Laboratório Regional Eng. Civil, Funchal - Instituto Tecnológico e Nuclear - Igreja da Santíssima Trindade, Fátima Igreja da Santíssima Trindade - Fátima 13

EMPREENDIMENTOS SUBMETIDOS À CERTIFICAÇÃO MQ LNEC Vias de Comunicação - REFER, renovação das linhas de Sintra e de Cascais - SATU Sistema Automático de Transportes Urbanos - C. M. de Oeiras REFER Estação de Santa Cruz - Damaia 14

EMPREENDIMENTOS SUBMETIDOS À CERTIFICAÇÃO MQ LNEC Sistemas Multimunicipais de Abastecimento de Água - Águas do Cávado (AC) - Águas do Douro e Paiva (AdDP) - Águas do Algarve (AdA) - Águas do Zêzere e Côa (AZC) AC ETA de Areias de Vilar 15

EMPREENDIMENTOS SUBMETIDOS À CERTIFICAÇÃO MQ LNEC Sistemas Multimunicipais de Abastecimento de Água AdDP Reservatório e EE de Portela de Rans AdDP - ETA de LEVER 16

EMPREENDIMENTOS SUBMETIDOS À CERTIFICAÇÃO MQ LNEC Sistemas Multimunicipais de Abastecimento de Água AdA ETA de Alcantarilha AdA ETA de Tavira 17

EMPREENDIMENTOS SUBMETIDOS À CERTIFICAÇÃO MQ LNEC Sistemas Multimunicipais de Abastecimento de Água AdA tubagem AdA EE de Loulé, reservatório do Esteval 18

EMPREENDIMENTOS SUBMETIDOS À CERTIFICAÇÃO MQ LNEC Sistemas Multimunicipais de Saneamento - SIMLIS Saneamento Integrado dos Municípios do Lis - SIMRIA Saneamento Integrado dos Municípios da Ria de Aveiro - SIMTEJO Saneamento Integrado dos Municípios do Tejo e Trancão - Águas do Algarve (AdA) Sistema Multimunicipal de Saneamento do Algarve AdA ETAR de Vilamoura AdA ETAR de Albufeira Poente 19

EMPREENDIMENTOS SUBMETIDOS À CERTIFICAÇÃO MQ LNEC Sistemas Multimunicipais de Saneamento AdA ETAR de Faro Noroeste Ada ETAR de Vila Real de Santo António 20

REFLEXÕES SOBRE A EXPERIÊNCIA HAVIDA - Balanço positivo da actividade desenvolvida - Os empreendimentos de construção objecto da MQ LNEC têm sido importantes empreendimentos públicos e privados, de forte impacto sócioeconómico. - O sistema de concessão da MQ LNEC, sendo um sistema integrado de garantia da qualidade dos empreendimentos, contribui de forma significativa para a respectiva valorização técnica, social e económica, em todos os domínios, tais como a promoção, o projecto, a execução da obra, os materiais, equipamentos e componentes utilizados. - O sistema tem permitido que o LNEC partilhe com a sociedade e o meio técnico os conhecimentos e a experiência acumulada. - O sistema faculta ao LNEC um conhecimento mais preciso dos problemas e necessidades do sector da construção, uma vez que envolve todas as entidades intervenientes no processo da construção: promotores, projectistas e empresas de consultoria, empresas de fiscalização e gestão, empreiteiros, instaladores e sub-empreiteiros, fabricantes de materiais e equipamentos. 21

REFLEXÕES SOBRE A EXPERIÊNCIA HAVIDA - Verifica-se haver um esforço das empresas de Gestão e Fiscalização de obras no sentido de se organizarem para fazerem gestão da qualidade segundo os princípios da garantia da qualidade. Grande parte destas empresas já têm o seu sistema de qualidade certificado no âmbito do SPQ. - Reconhecem-se algumas dificuldades na elaboração dos Planos Gerais de Garantia da Qualidade. Necessitam ser revistos e adaptados à evolução dos projectos e ao desenvolvimento das obras. Tem havido uma significativa evolução na elaboração destes planos, cada vez mais aperfeiçoados. Tendem a integrar os Planos da Qualidade das Fiscalizações e dos Empreiteiros. - Os Gestores da Qualidade têm em regra a seu cargo outras actividades de Gestão e Fiscalização. Reconhece-se alguma dificuldade em separar funções. - Os gabinetes de projecto não dispõem em regra de metodologias sistematizadas de garantia da qualidade do trabalho que realizam, embora haja acções parcelares nesse sentido: a actividade do Gestor da Qualidade é mais fiável se tiver por base o controlo interno do projecto. 22

REFLEXÕES SOBRE A EXPERIÊNCIA HAVIDA - Houve um progresso recente quanto à certificação de produtos, componentes e equipamentos para a construção. Actualmente quase todos os produtos que entram numa obra estão certificados segundo um sistema de certificação aceitável. O Decreto-Lei nº 50/2008 de 19 de Março, estabelece que a utilização de produtos da construção em edificações novas, ou em intervenções, é condicionada à respectiva marcação CE ou, na sua ausência, à certificação da sua conformidade com as especificações técnicas em vigor em Portugal. - Uma das dificuldades iniciais do sistema esteve relacionada com a falta de adequada organização da gestão da qualidade por parte da generalidade das empresas de construção. Muitas verificações tinham de ser asseguradas por outros intervenientes: Fiscalizações, Gestor Geral da Qualidade ou mesmo Dono de Obra. - Houve contudo uma evolução positiva e em grande parte das empresas de construção e também em alguns subempreiteiros já existem sistemas de gestão da qualidade, que envolvem a elaboração de Planos da Qualidade das Obras. - Tem-se consciência de que, nas acções em curso, se está a contribuir significativamente para a redução dos custos da não-qualidade. 23

REFLEXÕES SOBRE A EXPERIÊNCIA HAVIDA - Embora as limitações de meios não permitam ainda a completa generalização desta Marca, considera-se que ela está a contribuir para a divulgação das metodologias de garantia da qualidade. - Naquele sentido verifica-se, por exemplo, que a inscrição e classificação de entidades como Gestores Gerais da Qualidade está a ser usada por diversos promotores para intervenções que pouco têm a ver com a actividade da Marca ou com a intervenção do LNEC. Se, por um lado, constitui um reconhecimento daquela actividade de acreditação, por outro lado constitui uma razão para que a entidade que gere o sistema aumente o rigor das suas apreciações bi-anuais e institua auditorias periódicas às actividades destas entidades, particularmente quanto às suas intervenções em acções de gestão, direcção ou fiscalização de empreendimentos. Efectivamente uma coisa é tais entidades desenvolverem a sua actividade em ambiente tutelado, outra coisa, completamente diferente, é funcionarem de uma forma independente. 24

MUITO OBRIGADO PELA VOSSA ATENÇÃO 25