DESENVOLVIMENTO RURAL PLANEAMENTO TERRITORIAL E OCUPAÇÃO E USO DA TERRA EM MOÇAMBIQUE: uma compilação para debate João Z Carrilho Outubro, 2013
ESTRUTURA Situação actual da ocupação da terra Evolução no desenvolvimento rural Política de terras para o desenvolvimento rural Debate
SITUAÇÃO ACTUAL(1) 1/6 de terra arável em uso Maior parte usada segundo direito costumeiro 13.9 M ha requeridos pelas comunidades; 7.25 adj udicados 7.5 M há adjudicados ao sector privado (56% para pecuária e fazendas dos bravio) (<10% used) 50% taxa de pobreza 1.5 ha média das explorações familiares
SITUAÇÃO ACTUAL (2) Explorações agrícolas Mozambique 2000 & 2010 No. de Explorações Ano Peq Med Grand TOTAL 2000 3,054,106 10,179 429 3,064,715 2010 3,801,039 25,654 546 3,827,239 Cresc. (%) 24.46% 152.03% 27.27% 24.88% Total area (ha) 2000 3,736,577 67,727 62,064 3,866,368 2010 5,427,864 130,651 56,809 5,615,324 Cresc. (%) 45.26% 92.91% -8.47% 45.24% area media por exploração (ha) 2000 1.22 6.65 144.67 1.26 2010 1.43 5.09 104.05 1.47 Cresc. (%) 16.72% -23.46% -28.08% 16.30%
SITUAÇÃO ACTUAL (3)
DESENVOLVIMENTO RURAL: o quê e porquê? A pergunta pode ser outra: o que sugere que o desenvolvimento rural é uma disciplina diferente do desenvolvimento, em geral? O desenvolvimento das cidades - os burgos - iniciado com a revolução industrial (séculos 18, 19), acelera-se nos começos do século 20 - o período pós-guerra, em que se aprofunda a diferença entre os modos de vida urbano e rural.
PARADIGMAS, MODELOS... Paradigma: (1) intervenção de (2) modernização (3) priorizando a economia e a (4) agricultura. Modelos: polar, regional, territorial polar, lugar central e centros de serviços (dos cantineiros e apeadeiros aos CREDS, Casas Agrárias, Parques de máquinas, centros de TIC, etc ); regional (das concessões aos CAIs, das regiões de desenvolvimento aos corredores ); territorial (dos prazos às companhias majestáticas, das autarquias às parcerias; Estratégias e abordagens: Juntas de povoamento e colonatos, Programa Nacional das Aldeias Comunais; Gabinetes das Zonas Verdes; IRDPs Programas de Desenvolvimento Rural Integrado; Programas de Desenvolvimento Comunitário; Programa de Distritos Prioritários; PPFD Programa de Planificação e Finanças Descentralizadas; OIIL, FDD ( 7 milhões ), Grandes Projectos ( vanguardas de exploração )
CRONOGRAMA GERAL DA AGRICULTURA A 3ª. Revolução Agrária também chamada revolução verde ocorreu em menos de 50 anos!
O PARADIGMA CORRENTE: temos consciência dele? (1) dependência de soluções de mercado e da síntese neoliberal que preconiza a privatização, o livre mercado, a redução das despesas públicas e o encolhimento dos governos; (2) a descentralização, devolução e descontrole são importantes, com os governos locais a desempenharem um papel cada vez maior e (3) o espaço de onde o governo se retira é ocupado pelo sector privado e por organizações nãogovernamentais.
COMO CHEGÁMOS AQUI? 1975 1979 1987 1992 1997 1998 Independence; State & Colletctive Farms; Communal Villages 1st Land Law. Civil unrest Regulations 1s Law, Divestiture Peace Accord; Start debate for new Land Law New Land Law Regulations of new law; Community development 2000 2004 2006 2009 2011 2012 Technical Annex; Start of Community delimitation Land Tenure Regularizatio n Tests Investment incentives; itc Investment incentives; itc; MCA- MCC Evolução de modernização para defesa de direitos Investment incentives; itc; MCA- MCC Investment incentives; itc; MCA- MCC Direitos das comunidades/utilizadores de facto não pode mais ser ignorado Redução da pobreza pelo crescimento por muitos (base alargada da produção)
PROBLEMA Qual seria uma boa política de terras promotora de desenvolvimento rural?
OPÇÕES Manter ( Business as usual ) Pequeno orçamento; custo social elevado) Regularizar direitos individuais Grande orçamento; socialmente arriscado; menor custo no apoio a comunidades e instituições Regularização das comunidades e Blocos Custo mais baixo, risco inferior, maior custo no apoio a comunidades e instituições.
SUGESTÃO (i) combinar os processos de planeamento territori al com registo sistemático de direitos das comuni dades em áreas de alta pressão num quadro de des envolvimento rural inclusive.; (ii) integrar mecanismos de registo de blocos a fa vour de grupos/comunidades provavelmente co m subdivisão e leilões; iii) reforçar as instituições locais, especialmente a s comunidades e distritos o registo individual de ve ser mantido ao nível local (a exemplo dos mun icípios) com cópias no registo central.
EXEMPLO 1: Área do ProSAVANA
BLOCOS INTRA-COMUNITÁRIOS
MAIS TRÊS SUGESTÕES 1) Nunca desistir de tentar, novas e velhas soluções, mas com muito cuidado, para dinamizar a actividade económica e administrar o espaço; 2) A cidade e a aldeia, a agricultura e a indústria estão demasiado interligadas não são inimigas devemos aprender a reconhecer a oportunidade 3) A colaboração e a abertura a todas as vozes, incluindo as discordantes, são uma vantagem e são mesmo absolutamente necessárias renovar o pacto social.