Breve síntese sobre os mecanismos financeiros de apoio à internacionalização e cooperação
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- Micaela Anjos Cipriano
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1 Breve síntese sobre os mecanismos financeiros de apoio à internacionalização e cooperação 1 Incentivos financeiros à internacionalização Em 2010 os incentivos financeiros à internacionalização, não considerando verbas directas do QREN, representavam aproximadamente 5.7 bi. Estes incentivos materializaram se, por exemplo, em linhas de crédito, capital de risco, fundos comerciais / investimento nacionais e internacionais. A figura seguinte apresenta a distribuição percentual dos fundos pelas diversas entidades gestoras dos incentivos financeiros à internacionalização. Em termos de distribuição monetária os 5.7 bi de incentivos financeiros à internacionalização distribuem se do seguinte modo: Entidade Montantes Observações CGD Caixa Geral de Depósitos SOFID Sociedade para o Financiamento do Desenvolvimento Bancos Privados: BPI, BES, BPopular e Totta 700 INPI Instituto Nacional de Propriedade Industrial 500 Linhas de crédito ao investimento/comercial para vários países "Facilidade de Investimento para a Vizinhança" "Trust Fund África Infraestruturas" "Fundo de Apoio ao Investimento em Moçambique" Linhas de crédito ao investimento/comercial para vários países Registo internacional de patentes
2 PME Investimentos FAIE Fundo de Apoio à Internacionalização e Exportação IFAP Instituto de Financiamento da Agricultura e Pesca Turismo Fundos (Turismo de Portugal, CGD, BES) Inclui o IAPMEI, DGTesourro, Banca Comercial, AICEP e Petrogal (portaria regulamentar não publicada até Setembro 2011) Linhas de crédito para apoio à exportação de produtos agro, pecuários e florestais 2. Apoios Financeiros à Internacionalização A AICEP disponibiliza o Guia Prático Apoios Financeiros à Internacionalização, especialmente vocacionado para as Pequenas e Médias Empresas (PME), com o intuir de apresentar o vasto leque de instrumentos e ferramentas de financiamento e incentivos à promoção externa de produtos e serviços ao dispor das empresas. A informação mais actual data de Setembro de Em termos sintéticos, tendo por base o Guia Prático Apoios Financeiros à Internacionalização, existem os seguintes grupos de apoios e instrumentos financeiros à internacionalização das empresas: Apoios Financeiros à Internacionalização Guia da AICEP 1. Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) 2. Protocolos de colaboração com Bancos 3. Linhas de Crédito 4. PME Consolida Programa de Apoio às PME 5. Seguros de Créditos 6. Linhas de Apoio à Internacionalização de Patentes 7. Benefícios Fiscais à Internacionalização 8. Garantia Mútua 9. Capital de Risco 10. Financiamentos, Garantias e Capital de Risco SOFID 11. Novas Medidas que Concretizam a Estratégia de Internacionalização da Economia (2010) 12. Fundo Português de Apoio ao Investimento em Moçambique 13. Fundo de Apoio à Internacionalização e Exportação (FAIE) 14. Apoios ao Sector Agrícola 15. Apoio à Promoção Externa de Vinhos Os próximos subcapítulos fazem uma breve síntese dos principais objectivos de cada um dos incentivos apresentados no Guia Prático Apoios Financeiros à Internacionalização
3 2.1.Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) O guia da AICEP apresenta, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), o sistema de incentivos à qualificação e internacionalização de PME, o sistema de incentivos à inovação e o sistema de apoio a acções colectivas Protocolos de colaboração com Bancos Em termos de protolocos de colaboração celebrados entre a AICEP e Bancos, destaca se a colaboração com vista ao desenvolvimento e concretização de iniciativas e instrumentos de apoio às empresas exportadoras portuguesas, sendo apresentados os protocolos com o Millennium BCP, o Banco Popular Portugal, o Banco Santander Totta, o Barclays Bank de Portugal, o BES, o BPI e a CGD. Com o Bank Millennium da Polónia, existe um protoloco com vista à prestação de serviços às empresas portuguesas que se venham a estabelecer na Polónia. Adicionalmente, existe um protocolo com o BPI, o Millennium BCP, o EFISA, o BES, o BANIF e a CGD, com o intuito de promover e realizar sessões de trabalho visando a divulgação de oportunidades de negócios, incluindo as respectivas condições de financiamento de projectos de investimento, nas áreas geográficas cobertas pelo âmbito de actuação do Banco Europeu para Reconstrução e o Desenvolvimento (BERD) Linhas de Crédito Um primeiro grupo de linhas de crédito é constituído pelas linhas de crédito concessional. Estas linhas de crédito têm como intuito aprofundar a cooperação bilateral, através do reforço das parcerias empresariais, com os seguintes países: o Reino de Marrocos, a República da Tunísia, a República Popular da China, a República de Moçambique, a República de Cabo Verde, a República de Angola, a República Democrática de São Tomé e Príncipe e a República Democrática de Timor Leste. A figura seguinte apresenta os compromissos assumidos através das linhas de crédito concessionais em projectos de ajuda pública ao desenvolvimento, notando se que os compromissos assumidos andam pela metade do montante máximo e que as utilizações acumuladas andam pelo quarto dos compromissos assumidos. Valores em euros País Montante Total de Máximo da Compromissos Utilizações Utilizações Utilizações Utilizações Utilizações linha de assumidos (a) até 2007 em 2008 em 2009 em crédito ANGOLA CABO VERDE CABO VERDE / Renováveis
4 CABO VERDE / Habitação social MOÇAMBIQUE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE TIMOR LESTE CHINA MARROCOS MARROCOS TUNÍSIA Total Um segundo grupo de linhas de crédito é constituído por linhas de crédito comercial que visam estreitar o relacionamento comercial de Portugal com diversos países, com vista ao reforço das exportações portuguesas destinadas a esses mercados, nos quais se destacam a Federação Russa, a República de Moçambique e a República Dominicana. Ainda nas linhas de crédito comercial, também se destacam: Linha de crédito CGD e BEI / PME e outras entidades que tem como intuito contribuir para a melhoria da competitividade empresarial através da criação de uma linha de crédito especial, concebida em parceria com o Banco Europeu de Investimento (BEI). Esta linha visa o financiamento de projectos de desenvolvimento da actividade de PME, em Portugal e na União Europeia e de outras entidades com projectos em Portugal; e Linha de crédito CGD e BEI Midcap que tem por objectivo contribuir para a melhoria da competitividade empresarial, através da criação de uma linha de crédito especial, concebida em parceria com o Banco Europeu de Investimento (BEI). Esta linha visa o financiamento de projectos de desenvolvimento da actividade de empresas de média capitalização, em Portugal e Espanha. Além do acesso a linhas de crédito concessional e comerciais o Guia Prático Apoios Financeiros à Internacionalização inclui: Créditos ao Importador para Apoio à Exportação Portuguesa. A candidatura a este produto é efectuada junto da CGD. Este crédito tem como principal objectivo aumentar as exportações portuguesas de bens de equipamento e/ou de serviços para países em desenvolvimento e emergentes. Linhas de Crédito PME Investe III e IV. Estas linhas são instrumentos de apoio à internacionalização que visam o acesso a crédito bancário em condições mais favoráveis com o intuito de promover a manutenção de empregos, o crescimento económico pela via do investimento e da exportação de empresas, em particular de PME PME Consolida Programa de Apoio às PME
5 O PME Consolida foi desenvolvido para beneficiar essencialmente PME, mobilizando recursos para a promoção da capitalização e facilitação da reestruturação / redimensionamento das empresas e das suas condições de liquidez Seguros de Crédito O guia de AICEP apresenta diversos seguros de crédito. O primeiro grupo de seguros é da COSEC e inclui seguros de crédito à exportação que têm por objectivo cobrir os riscos de não pagamento nas vendas a crédito efectuadas no estrangeiro e seguros de crédito à exportação com garantia do Estado. Os seguros de investimento Português no estrangeiro visam cobrir prejuízos causados pela ocorrência de factos de natureza política que se verificam nos países de destino dos investimentos. Destaca se ainda ao nível dos seguros de crédito: A Convenção Portugal Angola que tem por fim o reforço das relações de cooperação económica entre Portugal e a República de Angola. Seguros de Créditos Protocolos CGD com Entidades Multilaterais ; e Linhas de seguro de créditos à exportação para países da OCDE com garantia do Estado e para países fora da OCDE, Turquia e México, também com garantia do Estado Linhas de Apoio à Internacionalização de Patentes Estas linhas visam o apoio a empresas, instituições sem fins lucrativos (que desenvolvam actividades de investigação) e inventores individuais para os registos de patentes pelas vias Europeia e internacional, apoiando deste modo estratégias de internacionalização e expansão das tecnologias e patentes criadas em Portugal. 2.7 Benefícios Fiscais à Internacionalização Os benefícios fiscais à internacionalização visam a promoção de projectos de internacionalização, nomeadamente de investimento directo português no estrangeiro, com o intuito de contribuir positivamente para os resultados das empresas promotoras e para o desenvolvimento estratégico da economia nacional Garantia Mútua O sistema de Garantia Mútua tem como objectivo facilitar o acesso ao crédito e promover a melhoria das condições de financiamento, através da prestação de garantias financeiras que facilitem a obtenção de crédito em condições adequadas às necessidades de investimento e ao ciclo de actividade das PME Capital de Risco O capital de risco traduz se em investimentos financeiros em empresas nacionais com o intuito de promover o empreendedorismo e a participação no capital de empresas
6 inovadoras e promover projectos sustentáveis de expansão e operações de reestruturação e concentração de empresas vocacionadas para o mercado externo. Destaque para a AICEP Capital Global e a Inovcapital Financiamentos, Garantias e Capital de Risco SOFID A SOFID enquanto instituição financeira de crédito possui a sua actividade vocacionada para a promoção do desenvolvimento. Pretende se que em articulação com os objectivos e a estratégia do Estado Português em matérias de economia, cooperação e ajuda pública ao desenvolvimento se contribua para o progresso sustentável dos países em desenvolvimento e emergentes Novas Medidas que Concretizam a Estratégia de Internacionalização da Economia (2010) Em linha com as medidas da estratégia de internacionalização da economia e de aumento das exportações, definidas pelo anterior Governo em 2010, esta medida tem por objectivo a definição de uma estratégia de recuperação económica sustentada com o intuito de estimular o aumento da competitividade e da capacidade produtiva nacional. Os beneficiários desta medida são empresas portuguesas exportadoras e investidoras Fundo Português de Apoio ao Investimento em Moçambique O fundo português de apoio ao investimento em Moçambique promove o financiamento de projectos de investimento nas áreas da energia, e em especial, das energias renováveis, do ambiente e das infra estruturas Fundo de Apoio à Internacionalização e Exportação (FAIE) Este fundo visa a promoção e o desenvolvimento de actividades económicas com vista à internacionalização e ao aumento da capacidade exportadora das empresas nacionais. Em Setembro de 2010, o fundo ainda estava em constituição necessitando da aprovação do respectivo regulamento de gestão por Portaria do Ministério da Economia, Inovação e Desenvolvimento Apoio ao Sector Agrícola IFAP Estes apoios financeiros à internacionalização estão vocacionados para o sector agrícola através de mecanismos de compensação financeira que permitem aos exportadores comunitários escoar determinados produtos agrícolas para países terceiros, através do apoio a acções de informação e promoção destes produtos e através do acesso a linhas de crédito bonificadas.
7 2.15 Apoio à Promoção Externa de Vinhos Estes apoios visam a promoção externa do sector vinícola nacional, através de acções de valorização da imagem e qualidade dos vinhos e produtos vínicos portugueses. 3 Projectos apoiados por organismos do Ministério das Finanças e Administração Pública O valor dos orçamentos dos projectos de Ajuda Pública ao Desenvolvimento (APD) apoiados pelos organismos do Ministério das Finanças e Administração Pública ascende a , repartidos pelo Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais (GPEARI), 0.65 e pela Direcção Geral do Tesouro (DGT), No bilateral PALOP dominam Moçambique e Cabo Verde (81%) ao passo que a quota da Comissão Europeia atinge ¾ do multilateral. Área Geográfica 80% África 79% Angola 4% Cabo Verde 24% Guiné Bissau 0% Moçambique 57% São Tomé e Príncipe 2% Ásia 1% Organizações Internacionais 20% Comissão Europeia 15% Banco Mundial 3% Bancos de Desenvolvimento Regional 3%
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